Watchmen

Watchmen Alan Moore...




Resenhas - Watchmen


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saraiva 11/11/2023

Indescritível
Eu confesso que não sei como iniciar a resenha dessa HQ. quero falar tudo, mas ao mesmo tempo sei que tudo que eu disser aqui ainda não será digno da magnitude dessa história.

vamos começar pelo começo. Watchmen é uma historia de super-herói. mais especificamente, começamos com a morte do Comediante (um super-herói), o que culmina no Rorschach (outro super-herói...?) investigando o que levou à morte do parceiro de jornada e quem fez isso. e disso sai uma das maiores obras-primas que eu já tive a oportunidade de ler.

a HQ em si é simplesmente fantástica. desde as características técnicas, como as cores, a divisão de quadrinhos, a continuação dos quadrinhos, os diferentes estilos de caixas de texto e desenho – que diferencia em que situação estamos imersos -, os momentos de tensão muito bem tecidos e divididos ao longo das páginas, que ao mesmo tempo que dá um medo de virar a página, é quase impossível não virar; até a história em si, muito bem construída, contada de maneira não cronológica, que no início é meio complexa demais por conta da quantidade de tramas, mas conforme os capítulos avançam tudo vai se desnovelando até uma das reviravoltas – e desfechos - mais chocantes que já li em quadrinhos.

é uma história grande em todos os sentidos. quase quinhentas páginas de um tipo de folha quase do tamanho de uma A4, os quadrinhos mostram não só o enredo principal da história, como também memórias dos personagens, o passado de alguns e até mesmo uma outra história em quadrinhos dentro dos quadrinhos, numa metalinguagem absurda. além disso, ela é tão completa que também apresenta trechos de livros ou artigos que os próprios heróis escreveram, cartas, notícias, entrevistas, jornais, até ficha psicológica tem entre um capítulo e outro. é diverso, interessantíssimo e, além de incrementar substancialmente a história, humaniza ainda mais os personagens.

todos os personagens são extremamente importantes à sua maneira. apesar de Rorschach ser o herói mencionado na sinopse e ser o primeiro a aparecer na história, eu não senti que ele foi o protagonista em si. Daniel, Laurie, Dr. Manhattan – todos eles também se destacaram de maneira única ao longo da HQ, de modo que ninguém é mais importante que o outro e qualquer perda ali deixa uma grande lacuna na história. o escritor deu relevância para todos os protagonistas e todos os personagens em geral, secundários ou não, foram trabalhados de maneira completa, apresentando personalidade, maneirismos únicos e profundidade. é até decepcionante parar para pensar e se tocar de que nenhum deles existe no nosso mundo de fato.

a trama é tão bem elaborada que eu não duvido que, mesmo tendo acabado de ler, deixei passar alguma coisa da história ou não entendi plenamente certo pedaço, o que me dá a certeza de que, algum dia na minha vida, eu lerei esse quadrinho outra vez. não ano que vem ou daqui a dois anos, porque ele é inesquecível a ponto da história permanecer recente na cabeça por muuuito tempo, mas está confirmadíssima a releitura. eu gostaria de surtar muito mais sobre como a história se desenrola, mas além do fato de que a resenha teria quinze páginas, eu quero muito que ela não possua (muitos) spoilers para eu nem correr o risco de estragar a experiência de alguém lendo essa HQ (além do mais, eu não sei se tenho inteligência o suficiente para conseguir debater sobre o grande acontecimento do livro).

por fim, eu não posso deixar de mencionar o material extra-HQ do Alan Moore e Dave Gibbons que tem no fim do livro. sério, foi uma das coisas mais legais que eu já vi numa leitura minha. acompanhar o processo criativo do Moore junto com os esboços iniciais do Gibbons me deixou ainda mais encantada pela arte que é produzir uma HQ – curiosamente, em diversos momentos da leitura, eu me perguntava como eles haviam feito aquilo daquele jeito em específico, com a divisão de quadrinhos daquele assunto certinha para caber na página e na outra já mudar de ambiente, ou então com a quantidade de texto em cada balão ou caixa. descobrir no fim do livro exatamente como é feito tudo o que me perguntei, com os “scripts” do Moore e layouts do Gibbons me encantou demais –, e eu nem tenho o que falar das fichas de personagens. estupendo, ajuda a entender demais certos comportamentos e nuances deles, e ainda por cima nos é mostrado alguns detalhes que não são mencionados na história. o depoimento de cada autor pôs um sorriso enorme no meu rosto, e é impossível, depois de ler tudo, não dizer que ambos são gênios, desde a ideia do enredo e do modo como ele seria contado até o fato de nenhum quadrinho ter alguma informação ou característica por acaso. tudo foi cuidadosamente pensado e planejado para que o que estivesse em nossas mãos fosse uma das maiores obras do mundo literário e dos super-heróis, e os dois, ao terem o simples objetivo de criar um quadrinho do zero, conseguiram fazer algo infinitamente maior - e digo isso da minha posição de bebê no mundo das HQs.

enfim, isso aqui já tá ridiculamente grande e eu provavelmente estou muito emocionada nessa ânsia de querer panfletar essa HQ para o mundo inteiro, mas de coração, é absurda. agradeço humildemente ao meu amigo Daniel, que além de ser maluco de não ter lido essa HQ inteira, foi mais maluco ainda de me emprestar de boa vontade para que eu lesse antes dele kkkkkkkkkk é isso, resenha grande para um livro grandioso. recomendadíssimo!!!
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ElisaCazorla 24/10/2023

O projeto que deu errado
Ler quadrinhos é uma experiência muito interessante. Super heróis e super poderes me cansam mas cheguei no fim. Considerando a história em si, não é o meu Alan Moore preferido, mas considerando a construção dos quadrinhos e a maneira como a história foi contada é o meu preferido. Adoro o fato de não ser linear e ter me deixado com a sensação de totalmente perdida durante uma boa parte da leitura mas, de repente, tudo parece se encaixar de forma brilhante. Achei GENIAL os quadrinho onde a imagem está num momento da história e o texto do quadrinho está em outro momento e, muitas vezes, até em outro tempo, ou seja, um diálogo acontecendo antes ou depois do quadrinho que estamos vendo. Genial! Sensacional! Parece confuso, mas não é. Brilhante.
A partir do contexto histórico no qual o autor do quadrinho está inserido no momento que escreve sua obra, é compreensível esse ambiente constante de guerra, URSS sempre vista como a grande inimiga mas, pra mim isso também é muito cansativo.
Ao final nos é apresentada uma ideia de esperança, uma tal utopia que eu considero muito infantil sobretudo quando enxergamos esse desejo por uma perspectiva mais atual e depois de tantos outros debates e livros que pensaram essa tal utopia. Alan Moore não é o único. É interessante pensar que autores que viveram as duas grandes guerras tinham esse desejo utópico de um mundo de paz e me parece que acreditavam mesmo na possibilidade de paz mundial e oferecem um possível caminho para chegar nela. Autores mais recentes já entendem que se pudéssemos começar de novo, estaríamos exatamente no mesmo lugar.
O ser humano é um projeto que deu errado.
Muito embora não tenha sido a minha obra preferida do Alan Moore e tenha me cansado algumas vezes, eu adorei ler! Me diverti e me impressionei com a capacidade incrível dos autores. Realmente, ler quadrinho é uma experiência diferenciada!
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Icaro.Morbeck 13/10/2023

O suprassumo da nona arte
Watchmen não se trata apenas de um dos melhores quadrinhos que já li, mas uma das mais incríveis experiências literárias que já tive. Cada página que passava me fazia apreciar o cuidado minuscioso que foi tido com essa história, e isso me deixavam em êxtase. Os capítulos são tão ricos em conteúdo, e a narrativa tão cheia de personalidade é o que eleva o patamar desta obra para um nível inigualável.

A maneira como Alan Moore e Dave Gibbons compoêm os planos e quadros possui uma virtude cinematográfica. A dupla tem conhecimento de como um plano influencia diretamente no seguinte, e fazem cortes motovados em favor da narrativa, que
manipulam de maneira inteligente e criativa. Isso, faz com que os dois aproveitem tudo do que a mídia dos quadrinhos pode oferecer.

É brilhante a maneira como os quadros, embora mostrem duas cenas paralelas, fazem uso dos diálogos e dos balões de pensamento para comumicar uma mesma ideia, em conjunto com a ilustração. Dessa forma, a frase sendo dita em uma cena, faz
completo sentido quando inserida no contexto da outra.

A coesão na obra de Alan Moore é algo para se inspirar. Sua história foi tão bem elaborada, que o leitor constantemente se encontra tentado a voltar à capítulos anteriores em busca dos detalhes perdidos que, só foram ganhar maior relevância depois na história. Isso torna as cenas muito mais significativas e completas. Me vi fazendo isso até a última página.
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Ana Paula 07/10/2023

Até hoje, li poucas HQs na minha vida. Li Maus, li uma ou outra edição de HQs de super-heroi. Mas Watchmen e Sandman eram duas histórias que sempre estiveram na minha lista de leitura, e eu apenas esperava uma oportunidade para lê-las. A oportunidade de ler Watchmen chegou quando saiu uma promoção de queima de estoque na submarino em que consegui comprar por 5,99.
Senti uma certa estranheza no início da história. Sou acostumada a ler livro em prosa, com descrições e diálogos e ambientações narradas. De certa forma, ter de absorver contextos e cenários e trejeitos pelas ilustrações foi um grande desafio inicialmente. Por volta da página 100 já tinha me acostumado, entretanto.
A história de Watchmen é muito bem contada, bem amarrada, bem planejada. Mesmo em uma primeira leitura, vários detalhes se entrelaçam e fazem sentido no fim de uma forma única. Acredito que em uma releitura esses aspectos vão encantar ainda mais.
As facetas reais que são atribuídas aos personagens, a esses vigilantes, a organização governamental e os desdobramentos de todos os acontecimentos no cenário político e social é simplesmente um show a parte. A perspicácia de Alan Moore e o toque de Dave Gibbons nas ilustrações me deram calafrios em diversos momentos da leitura.
Uma narrativa um tanto quanto diferente sobre a perspectiva de vigilantes que consegue cativar, preocupar e chocar ao mesmo tempo.
Essa edição por si só é um espetáculo: capa dura, com as cores das ilustrações muito vívidas, organização dos capítulos e o conteúdo extra no final sobre o planejamento da história que só enriquecem a obra.
De forma geral, uma experiência única de leitura. Mal posso esperar para me aventurar no mundo das HQs novamente, dessa vez, será com Sandman.
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Renan 29/09/2023

Claramente uma das melhores hqs que já li, não só pelo roteiro da historia em si, mas a própria arte e alguns detalhes da edição (a cada capítulo tem uma página que os divide com uma imagem de um relógio na parte inferior e na superior um ?sangue? que escorre e vai aumentando a cada capítulo, conforme a história avança) que tornam a experiência da leitura muito gratificante.

Eu não conhecia a história completamente, sabia de trechos, conhecia alguns personagens, mas nada disso atrapalhou a leitura. Inclusive na edição que li tem alguns textos extras no final explicando detalhadamente sobre eles e o todo universo envolvido. Enfim, agora pretendo ver a série da hbo que me disseram que é legal (aparentemente tem um filme que não é tão legal e disseram pra evitar). Leitura divertida, recomendo.
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Jessica Alves 09/09/2023

Quem vigia os vigilantes?
Se tivéssemos heróis, como seria o mundo, a sociedade? E se aparecesse um super herói, com super poderes, o que aconteceria? Ao longo do quadrinho vamos tendo vários questionamentos a respeito disso, a respeito da sociedade imersa nesse sistema. O quadrinho mostra as problemáticas, de maneira nua e crua, nos fazendo refletir e entender o lado de vários personagens.
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pazuzuls 05/09/2023

Olha eu já vi muita gente reclamar do final de Watchmen e agora lendo tudo eu entendo muito o motivo, honestamente e lembrou um filme infantil da Disney chamado “Bolt - o supercão”. Talvez pra época deve ter sido inovador (ou não, não sei), mas eu sinceramente achei um final ingênuo demais pra uma obra tão… Complexa? Com muita ruindade? Não sei se vou conseguir me expressar direito.

Mas de qualquer forma, eu gostei muito de Watchmen, já é a terceira vez que leio, porém a primeira que consigo chegar até o final (infelizmente a faculdade me impediu de ler tudo das outras vezes) e gostei muito, mesmo que a história perca um pouco o ritmo mais ou menos nos 2-3 últimos volumes.
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Danilo 29/08/2023

Ninguém está no controle, o mundo está à deriva.
"Watchmen" é uma HQ escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, trazendo à tona uma arte detalhada que se funde a um roteiro complexo e profundo.
Publicada entre 1986 e 1987, ela revolucionou o gênero de super-heróis, pois existe o mundo dos super-heróis antes e depois de Watchmen, isso se deve ao fato da HQ explorar e enfatizar temas bem mais complexos como moralidade, política, conflitos internos, traumas e variações de identidade. Tudo isso em meio a uma trama que segue um grupo de vigilantes aposentados e proibidos de exercer suas funções, em um mundo alternativo, onde a Guerra Fria pende para um possível confronto nuclear.

Com uma narrativa não linear e personagens que vão ganhando profundidade à medida que a trama se desenrola, "Watchmen" desconstrói a imagem tradicional dos super-heróis, focando e analisando as imperfeições dos mesmos, assim como seu reflexo na sociedade como um todo.
Em resumo, "Watchmen" é uma obra-prima que desafia as normas do gênero, examinando a complexidade humana, a ética e o poder. Com várias citações marcantes e uma arte que consegue criar uma sequência de quadros que dizem mais do que páginas inteiras de prosa. A propósito, a estética visual de "Watchmen" é uma parte crucial de sua identidade, que contribuiu muito para obra continuar sendo uma referência essencial para a história dos quadrinhos e da cultura pop.
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Tião S3 27/08/2023

"O relógio do juízo final"
Watchman é sem dúvidas uma das melhores histórias em quadrinhos já escritas, por mais que ache uma obra um pouco superestimada, ela merece sim toda a fama e renome que possue, trabalhando o puro suco da sociedade norte-americana nos anos 80 durante a guerra fria, somado a um contexto de super heróis bem podre e realista, muito da grandeza dessa obra se vale da sua arte, fantástico, uma obra prima que se dá a essência e se mescla como ponto fundamental dessa grande obra.
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Gabe_Yoda 18/08/2023

Crème de la crème dos quadrinhos
.
As vezes falar de uma coisa que você gosta, se mostra uma tarefa difícil. Não por falta de motivos, mas justamente por sua grande quantidade. Como se a sua fala não fosse capaz de exprimir de forma digna aquilo que significou tanto para você. E de certa maneira, eu me vejo nessa situação com o Watchmen.

Minha espectativa era alta. Claro, não poderia esperar pouco de um dos quadrinhos mais clássicos. Mesmo assim, já havia lido e visto clássicos que foram apenas bons. Conseguia reconhecer o que os davam o título, mas não me impressionava. Fico feliz de Watchmen superar minha espectativa.

Não exagero ao dizer que são muitos os detalhes que fazem essa obra excelente. Mas, como este meu texto deve ser relativamente curto, vou tentar só passar uma visão geral. Uma Review Pocket:

Uma narrativa inteligente que discute diversas temáticas complexas de forma orgânica: moral, ética, política, humanidade. Com um ritmo adequado e personagens bem construídos. Sem dúvidas o melhor jeito possível de iniciar a onda de entretenimento com temática "heróis mais realistas".

Recomendo.
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Alessandro.Aguilera 15/08/2023

Fantástica
Que HQ fantástica Alan Moore escreve aqui. Que história e que personagens ele criou. Uma das melhores HQ escrita... uma obra de arte!
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Marcelo573 10/08/2023

Uma das coisas mais densas que ja li na vida.
Não tenho muitas palavras para definir o que é Watchmen, e menos ainda o porque ele é tão bom. Me deixou estramente pensativo, empolgado em alguns momentos e chocado em outros. Não é uma leirura indicada para quem esta começando a ler quadrinhos ou quem não conhece nada de super-heróis, mas se você gosta do gênero e ja esta familiarizado com suas convenções, leia imediatamente.
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_lendogibi 02/08/2023

Obra máxima do grande Alan Moore, esse quadrinho dispensa comentários e apresentações.

Todo mundo que gosta da nona arte precisa ler e reler sempre que possível.
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Richelle 25/07/2023

Completamente chocada com todo o enredo, criatividade, estória e principalmente com os personagens. Adorei!
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emclara 19/07/2023

"No fim? Nada chega ao fim..."
? // ?

Watchmen é fascinante e alucinante. É uma obra que te prende e te afunda em um universo incrível, mas também desprezível.

Somos apresentados não só aos Estados Unidos de 1985, com sua população temendo uma guerra e vigilantes sendo assassinados, como também a seus aspectos políticos, sociais e a forma como cada um vê esse caos, seja a visão de um jornaleiro sem nome ou a do homem mais inteligente do mundo.

Também preciso elogiar o trabalho de Dave Gibbons e John Higgins. O uso do vermelho e amarelo ao longo dos capítulos é espetacular! A iluminação e os planos são muito bem pensados, amava quando destacavam, de forma singela, pequenos detalhes ou personagens, como se a obra dissesse: "Ei, preste atenção! Isso é importante".

As partes finais dos capítulos acrescentavam muito na história. Eu adorei ler a autobiografia "Sob O Capuz", as fichas de Rorschach, o livro de recortes de Sally e as entrevistas. Obrigado por isso, Alan Moore!
WalterGoncalves 19/07/2023minha estante
? Obra prima!
5 estrelas ?????




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