Maisa @porqueleio 09/07/2023Resenha / Valente /@porqueleioEmbora seja o segundo livro da série Contos de Fadas Modernos, Valente começa sua história com outra protagonista: Valerie, que acaba de sofrer uma grande decepção envolvendo sua mãe, seu namorado e sua melhor amiga. Como boa adolescente, resolve fugir para Nova York. Depois de vagar sem rumo, acaba encontrando Lolli, Dave e Luís, 3 jovens que vivem nos túneis do metrô.
Luís é ser o único a ter uma espécie de ‘trabalho’, fazendo entregas de uma substância misteriosa. Dave e Lolli acabam descobrindo alguns efeitos da substância, que eles passam a chamar de ‘nuncamais’, que incluem poderes mágicos. Mas Val parece atrair problemas, e sem querer, acaba caindo numa trama que envolve assassinatos, traições, feéricos exilados e cortes feéricas, além de uma confusa atração por um troll.
Mais uma vez, a autora trabalhou temas bem fortes, com jovens marginalizados e uso abusivo de dr0g4as. Além disso, temos uma mudança de ambientação e de personagens, que pode causar certa estranheza no início – era quase como começar uma história completamente nova. Mas, os feéricos estão lá, aparecendo devagar, acima de tudo quando entendemos que o Luís, um menino preto que cresce tentando proteger o irmão mais novo, tem a ‘’visão’, ou seja, ele consegue ver apesar do glamour.
A Val é uma personagem complicada. Vive uma vida perfeita, com o namorado e a mãe, e quando descobre uma traição, sai correndo sem avaliar suas opções – não que ela tivesse muitas. Ao encontrar os 3 garotos perdidos, acaba se envolvendo com o ‘nuncamais’, e começa a desenvolver dependência. A sorte dela foi encontrar Ravus, um troll com um passado traumático, que tenta amenizar os efeitos do ferro na população feérica que vive na cidade.
Enfim, os feéricos da Holly não têm distinção entre certo e errado, vimos muito disso na trilogia do povo do ar, mas aqui eles até parecem tender para a maldade – ainda que não tenham essa percepção. Por isso, se não leu, mas tem vontade, saiba que é uma história crua, sobre amadurecer em meio ao turbilhão da adolescência...
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