Lelah 14/11/2009
Intrigante. Paulo Coelho, um autor que – confesso somente a vocês – me traz à tona toda a antipatia de meu ser, consegue me surpreender (novamente) de uma maneira tão pura, tão simples e tão suave. Durante dois anos olhei aquela obra, possuidora de um nome intrigante que se encontrava dentro de meu armário. A Bruxa de Portobello. Lutei contra os desejos que uma bela capa e um sedutor titulo proporcionava em minha mente, afinal, sinto um grande desgosto pelo autor. Mesmo assim, não resisti. Na segunda-feira peguei para ler. Li vorazmente suas 192 páginas. Não vi o tempo passar e não conseguia parar de ler um segundo que fosse. Confesso, não parei de ler sequer para tomar água ou preparar um café. No mesmo dia já havia terminado de ler. Queria que mais pessoas conhecessem a obra e então divulguei para alguns amigos.
As declarações prestadas a respeito da Bruxa de Portobello fazem com que desejássemos conhecê-la. Juro que antes mesmo da quinta pagina me encontrava totalmente apaixonada por Athena, uma jovem mãe que acreditava não naquilo que estava diante de seus olhos, sim no que sentia.
Sedutora filha de uma cigana com um gaje (estrangeiro), fora abandonada quando criança e adotada por uma família que lhe prestou todos os deveres tradicionalistas. Freqüentava a Igreja, estudava em boa escola, começou a cursar a faculdade. Enfim, tinha tudo para ser uma mulher feliz e bem resolvida. Mas isso não bastava para a nossa protagonista. O amor era mais importante e para se conquistá-lo era necessário viver intensamente.
Aprendeu com a dança e com a caligrafia a conhecer o seu próprio eu, tornando-se assim conhecida. Como todos sabem, grandes poderes nos trazem grandes responsabilidades. A bruxa de Portobello não estava preparada para isso. Athena viu seu castelo desabar várias vezes, mas isso não a impediu de seguir seu caminho, um caminho que só ela sabia aonde iria dar.