Pam Gonçalves 16/03/2011BLOG: WWW.GAROTAIT.COM.BR
Destino foi um daqueles livros que eu não sabia se queria ou não ler logo. Quando soube dele pelas resenhas na blogosfera internacional, me encantei pela capa, mas não cheguei a ter interesse em saber algo mais. Lembro que na época nem a sinopse eu tinha lido. Era o típico livro que você fica com a pulga atrás da orelha porque muitos estão falando bem, mas mesmo assim não dá a importância necessária.
Quando eu soube da publicação no Brasil pela editora Suma de Letras, ainda assim não dei tanta atenção. Determinei que a leitura seria certa, mas não nesse momento. Para minha surpresa surge a oportunidade de ler uma prova do livro antes do seu lançamento. Li a sinopse e tudo que poderia saber sobre a história e resolvi embarcar nessa. Afinal seria uma oportunidade para também ajudar quem quer comprar o livro e leva em consideração a minha opinião -, mas que ainda não tem certeza se deveria ou não.
É notável a quantidade de lançamentos de livros sobre o que acontecerá no futuro. A maioria trazendo uma sociedade quase ditadora, com regras duras, que são aceitáveis porque a população é convencida de que isso é o melhor para a sobrevivência e fazendo com que o exemplo do passado seja algo totalmente negativo.
Não pude parar de pensar no livro Feios do autor Scott Westerfeld enquanto lia Destino. Há várias coincidências, não de uma forma que seja cópia, mas uma forma de pensar e de coordenar a população. Um pensamento em comum contado de formas diferentes e com histórias diferentes.
Ally cria uma sociedade no futuro em que quase tudo é decidido pela sociedade. Acredito que a única coisa que não seja decidido pelos Funcionários seja a rebelião, ou eu posso estar errada e isso também esteja nos planos deles. Tudo é guiado por estatísticas e probabilidades, tudo para aparentemente se viver a melhor vida. O casamento, a profissão, a morteTudo é decidido por eles.
Narrado em primeira pessoa por Cassia, uma garota que aparentemente segue todas as regras impostas pela sociedade, até acontecer um erro e fazê-la questionar as verdades dos Funcionários. Após seu Banquete do Par em que é anunciado quem será seu par (marido) para o resto da vida, ela recebe um cartão com todas as informações sobre ele. Ao conferir o cartão algo estranho acontece, porque além da foto do seu par anunciado no Banquete, a tela se apaga e mostra por um instante a foto de outro rapaz. Um erro rápido, mas um erro, algo está errado e ela tentará descobrir o que é.
Diferente dos livros similares em que o romance não é um dos assuntos principais, o foco de Destino é o romance. Certamente porque o erro envolvendo as regras dos Funcionários, e o motivo para toda a história tenha se baseado na escolha do par de Cassia.
Eu fiquei um pouco decepcionada com esse romance. Aconteceu de uma forma boba, eu pensava que a relação com Xander seria mais presente no livro, mas acontece que ele quase não aparece. É dada muito mais importância para o Ky e a montanha. Hahahah Certo, ignorem a montanha. Tudo bem que o Ky é a chave para que os outros livros aconteçam, mas poderia ser mais equilibrado ou vai ver que eu que não suporto todo esse melodrama (ou o Ky, to achando que sou #teamXander nesse primeiro livro).
Falando em Ky ser a chave para os próximos livros, já prevejo um segundo livro baseado no drama. Tudo pelo final de Destino.
O livro em si é muito bom. Dá outra margem para pensarmos no futuro. Mas acredito que não teve um clímax legal, ou algo que me prendesse de fato. A leitura corre perfeitamente o que facilitou o fato de nada me prender e me fazer curtir bastante o livro.
Fica aí a fica para um lançamento de Abril!