O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Carol 14/06/2020

Sorel é um pau no cu que não sabe o que quer
Curti muito o fato de Sorel detestar a burguesia mas sinceramente o cara num sabe o que quer no amor. Vá fazer terapia, meu filho.
Caio 16/06/2020minha estante
Puta merda, você consegue me emprestar isso depois?


CB 11/11/2020minha estante
Kkkkkkkkkkkkkkkk


fabio.orlandini 30/04/2021minha estante
Ufa!!! Pensei que eu tinha problema. Achei o cara um porre.




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Pedro 08/08/2023minha estante
Uma resenha apaixonada. ?


Camila Felicio 09/08/2023minha estante
Emocionada total ???




Alan Santana 23/12/2020

Um romance (e uma leitura) agridoce.
Achei a história incrível, original, agridoce e muito bem construída. É um prato cheio para quem quer conhecer melhor os costumes, pensamentos, organização social, futilidades e hipocrisias da França pós-Napoleão. O autor divaga sobre diversos aspectos de sua vida e expõe muito de si através de Julien (destaque especial para quando Stendhal chama Rosseau de hipócrita).
Por outro lado, não recomendo para quem prefere uma leitura mais objetiva e fluída, o romance possui capítulos que beiram a inutilidade para a história principal e insiste num lenga-lenga infindável que em alguns pontos torna a leitura massante em níveis estratosféricos. Toda a história e as divagações pertinentes à mesma poderiam ser contadas em 300 páginas (minha edição tem 652).
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GauterX 11/02/2023

A ideia mais útil aos tiranos é a de Deus
"Porque querem que eu tenha hoje a mesma opinião de três semanas atrás? Nesse caso, minha opinião seria meu tirano. [...] Nunca essa criatura privilegiada teria a mesma ideia de buscar apoio e e socorro nos outros! Ele despreza os outros e é por isso que não o desprezo. [...] Julien, cego da felicidade e da sensação de poder, tão nova para um pobre-diabo, entrou na Ópera Italiana. Ouviu cantar seu amigo Geronimo. Nunca a música o exaltara a tal ponto. Era um deus. [...] Seria feliz se o forçassem repousar para sempre?"
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Maria 22/08/2023

?Hoje a abstracção já não é a do mapa, do duplo, do espelho ou do conceito. A simulação já não é a simulação de um território, de um ser referencial, de uma substância. É a geração pelos modelos de um real sem origem nem realidade: hiper-real.? Simulacros e Simulação - Jean Baudrillard


Vocês já tiveram a experiência de ler o final de um livro duas vezes ininterruptamente? Eu recentemente tive a minha experiência com O Vermelho e o Negro de Stendhal.

O sucessor d?O Conde de Monte Cristo não prometia muito nas resenhas rasas que eu havia lido e ouvido, mas entregou uma experiência de fim de sessão no psicólogo. Para quem não vivenciou a sensação muitas vezes é assim: Você sai tonto, achando que está confuso com algo que diz não entender mas na verdade é a sua resistência quando você se depara com um insight que vai te tirar daquela cadeia de repetições que impulsionaram sua angústia. Para Nietzsche, Stendhal foi um dos últimos psicólogos franceses, o que exemplifica um pouco a experiência acima.

Julien Sorel incomoda. Incomodou a aristocracia de sua narrativa, incomodou a burguesia por ter alcançado sua patente e o amor representativo de Mathilde e incomoda ao leitor porque é tão divertidamente cru que dentro de seus jogos mentais você prefere acreditar que não é igual a ele e chamá-lo de hipocrita. Ele utiliza do que é ofertado para sair de sua condição mesmo que seja da religião que não crê ou do exército pós napoleônico. Mas pra mim, le rouge et le noir tá mais para sua condição: a paixão e a desgraça. Baseado em uma situação verdadeira e sem trazer spoilers, vemos um rapaz que era absurdamente bonito e inteligente para sua condição (eu imaginava o Gaspard Ulliel quando estava lendo) e que foi muito protegido e foi muito julgado. Ele denunciou uma sociedade hipocrita e de aparências que não é nada diferente da nossa atual.

?Mesmo, porém que eu fosse menos culpado, vejo homens que, sem se deterem no que minha mocidade possa merecer de piedade, quererão punir em mim, e desencorajar para sempre, esses moços que, nascidos numa classe inferior e de certa forma oprimidos pela pobreza, tiveram a felicidade de dispor de uma boa educação, e a audácia de imiscuir-se naquilo que o orgulho das pessoas ricas chama a sociedade.?

Millions of mind guerillas putting their soul power to the karmic wheel
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Caroline.Sandin 17/06/2022

Segui a indicação de um amante da literatura e me surpreendi. Uma narrativa de personagens com personalidades bem descritas , que vivem num confronto de seus desejos com o que se espera deles o tempo todo. Isso os torna mutantes durante toda a narrativa, impossível prever o que acontecerá .
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Leonardo 27/12/2020

Julien Sorel é um jovem bonito, inteligente, ambicioso e orgulhoso. Só por essas características já sabemos que será um bom livro, porém por vezes voce vai ter vontade de bater muito em Julien. E o autor fez isso de propósito! É um dos grandes personagens da literatura mundial, por sua profundidade e complexidade psicológica, o que não faz dele mais legal, ou a leitura mais agradável, pelo contrário você vai precisar perseverar e passar pela "primeira parte" do livro que é por vezes massante e arrastada, mas ao passar desse ponto a história toma outro rumo e fica mais instigante e o final eletrizante e inesperado (o que certamente faz valer a leitura e perseverança das partes "chatas").
Stendahl faz uma crítica aberta à sociedade Francesa da época, assim como a história tem como pano de fundo o período da Reforma, pela qual a França passou após a queda de Napoleão, que diga-se de passagem era o ídolo de Julien e que ele não podia declarar abertamente.
Leonardo 27/12/2020minha estante
Período da Restauração* e não Reforma.




Beatriz 18/02/2022

Uma obra política e sócio-histórica que vale a pena ser lida
Comecei esse livro pensando que leria sobre o típico protagonista campestre e ingênuo que é corrompido pela alta sociedade parisiense. Contudo, Julian Sorel não se deixa corromper pela aristocracia, muito pelo contrário, desde o início fica evidente seu desgosto pelas sociedades dominantes. Filho de um marceneiro em uma cidadezinha pastoral, Julian tem sua chance de crescer ao virar preceptor de latim dos filhos do prefeito local. Sendo a instituição religiosa o único meio de ascender e enriquecer, o protagonista não mede esforços ao utilizar seus estudos no clero em benefício próprio, não demora para Julian usar seus talentos para conseguir a admiração e o respeito das pessoas ao redor. Crescendo dentro da alta sociedade, o protagonista se envolve em casos amorosos secretos: sua relação com a Sra. Rênal é quase maternal, há um sentimento de cuidado e proteção entre ele e a esposa do prefeito. Já sua relação com Mathilde de La Mole é mais complexa, a filha mimada do marquês de La Mole encontra em Julian a aventura que pode tirá-la do tédio, mas a relação de amor e ódio entre os dois acarreta sérias consequências. Apesar de ser o protagonista, Julian é muito inconsistente, o leitor fica surpreso com as suas artimanhas movidas pela ambição. Já as duas mulheres de sua vida são mais concretas, há um certo contraste entre a delica e ingênua Sra. Rênal com a ardilosa e mimada Mathilde de La Mole, mas ambas tem algo em comum: o tédio se faz muito presente em suas vidas, que são movidas por relações de convenção. O livro traz uma leitura densa no início, mas logo somos tão envolvidos pela sociedade francesa a ponto de ficarmos realmente interessados pelo destino de Julian (principalmente no final do livro). O autor coloca muitos elementos históricos em sua obra, por isso, aconselho que pesquisem um pouco sobre a era pós-napoleônica e a época da restauração francesa antes de começarem a leitura. Por ter participado da administração do governo de Napoleão, Stendhal colocou muito de seus pontos no protagonista, como a admiração pelo líder militar e o mal estar no mundo pós-napoleônico, o que torna a leitura ainda mais interessante. Por fim, fazendo jus ao título do livro, Julian veste seu traje negro da religião como disfarce, utilizando ensinamentos do clero para ascender socialmente, mas por dentro o protagonista veste o traje vermelho de soldado, sempre em uma luta interna contra a classe dominante.
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Lilian 28/06/2020

Realmente um clássico...é o tipo de livro que precisa ser lido na vida....
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Antonio 18/07/2021

Um grande retrato da França no início do Séc. XIX
O que mais me chamou a atenção neste livro foi o grau de detalhes na descrição do modo de vida francês e dos valores, usos e costumes da época. E também uma rica descrição das relações de poder, hierarquias e diferentes grupos existentes. É considerado um dos primeiros romances psicológicos, mas como romance histórico. Surpreendem as semelhanças da vida daquela época como o nosso modo de vida hoje. Por exemplo, o fato da educação ser uma das poucas forma de ascensão social para quem é pobre. E também a segregação/discriminação social por causa da origem pobre. E a necessidade, para quem é pobre, de obter algum tipo de "apadrinhamento" para ser reconhecido socialmente. Enfim, o livro nos traz um "museu de grande novidades", como já disse Cazuza, porém ricamente narrados. Um grande livro.
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Rodrigo.Rodrigo 18/06/2021

Um livro típico do século XIX, que traz uma boa introdução ao conturbado período que a França passava na primeira metade daquele século. Uma boa história de amores e ambição.
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Erudito Principiante 17/12/2023

A batina e a farda
Optar pela leitura dos clássicos é estar ciente de que a complexidade dessas obras exige um entendimento que leva tempo para se adquirir, diferente do que ocorre com obras mais comerciais que tem a profundidade de um pires. Normalmente quando inicio a leitura de um clássico minhas expectativas são altas e tenho uma tendência a gostar de antemão, porém nem sempre essas expectativas são correspondidas logo de cara... E esse fato aconteceu com a leitura de O Vermelho e o Negro, obra máxima do francês Marie-Henry Beyle (1783-1842), mais conhecido como Stendhal. As aventuras (e desventuras) do jovem Julien Sorel demorou um pouco para me cativar, mas aos poucos fui compreendendo melhor a história que acabou por me envolver totalmente.

A narrativa começa na cidade de Verrières, quando o jovem Julien Sorel, belo e franzino, é indicado para ser o preceptor dos filhos do Sr. de Rênal, prefeito de Verrières. Julien, tratado de forma desdenhosa e bruta pelo pai e os irmãos que o veem como um inútil, tornou-se um latinista graças aos ensinamentos do padre Chélan, o que lhe rendeu a indicação como preceptor.
Julien, possuidor de um aguçado intelecto, oscila entre a carreira eclesiástica e a militar pois consegue enxergar ganhos financeiros e glória pessoal nas duas ocupações. Mas seu grande dilema acaba sendo o amor que surge pela Sra. de Rênal, esposa do prefeito e mãe dos seus alunos. Esse amor proibido (e correspondido) acaba levando Julien a partir para Paris em busca da realização do seus sonhos de glória e grandeza. E na Cidade Luz ele encontra um novo amor...

As lutas interiores de Julien Sorel, tendo como pano de fundo a sociedade francesa da primeira metade do século XIX, nos levam às mais profundas reflexões sobre o amor, a honra, as relações humanas, a responsabilidade para com o outro, etc. Stendhal desenvolve a história de maneira cativante ao mostrar os conflitos internos, sobretudo de Julien. O autor não nos causa tédio com descrições desnecessárias, focando no desenvolvimento dos personagens e suas características.

O final totalmente inesperado e impactante fecha com chave de ouro a obra escrita com tanta maestria por Stendhal, que elevou O Vermelho e o Negro ao patamar de uma das mais importantes obras da literatura francesa. A primeira metade do século XIX na França foi marcada pelas disputas de poder originadas pela queda de Napoleão, o medo das elites remanescentes de acontecer uma nova revolução e a reformulação das novas estruturas de poder. Tudo isso é apresentado no livro, fazendo com que o leitor viaje no tempo e no espaço, ocasionando uma experiência imersiva que apenas os grandes clássicos são capazes de proporcionar.
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Maria Julia 10/04/2022

Um clássico
Tenho a meta de todo ano ler no mínimo uns cinco livros clássicos e esse foi o escolhido.
Acompanha a trajetória do jovem Julian, seu amadurecimento e pensamento. Achei legal ele não ser o personagem ?perfeito? q a gente vê por ai: ele é egoísta, don juan, orgulhoso? Pena q as mulheres só sofrem nesse livro
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AnaP14 12/10/2023

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A obra é uma análise crítica à sociedade francesa, com seus jogos e hipocrisia. Julien é um personagem que busca realizar sua ambição social mas se deixa levar por paixões que acabam interferindo nas vidas de várias outras pessoas. Achei interessante perceber as mesmas críticas do autor na nossa sociedade.
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