Resenhas - Os Irmãos Karamázov

OPHTHORN 14/06/2024

Tenho opiniões, e não são boas
Esse livro é bom ou ele é apenas um clássico? Vamos debater (quem discordar de mim levará block).
Vamos começar falando do doido do Dostoievski que escreveu esse livro a beira da morte e que não conseguiu escrever a continuação dele. Não gostei Dot, melhore.
Em segundo lugar: eu achei esse livro chato chato chato chato e chato. Meu deus que perca de tempo, e isso me fez pensar "esse livro é bom por ser bom ou é apenas um clássico?"
Se eu falar que o velho não sabe escrever bem eu estaria mentindo, mas se eu disser que gostei do livro eu estaria falando a vdd, e eu fico triste com isso sabe.
Eu li Noites brancas e não gostei, li esse e não gostei.
Tô achando que tenho um problema com a literatura russa, pq Anna Karenina é outro livro que sou doida pra ler, mas não saio da página 100.
Enfim, eu vou ler Crime e Castigo (vou dar mais uma chance pro velho) e depois venho aqui falar o que achei (eu tô pressentindo que a nota também não vai ser boa pra esse).

Obs: esqueci de escrever: não é pq o livro é um clássico que automaticamente ele é bom, e eu não gostei de Os irmãos Karamazov.

Ariel.Souza 14/06/2024

Todos somos Karamázov's
Uma das melhores tramas familiares que já li!

O autor coloca em voga assuntos como traição, justiça, morte, entre outros, de modo que, os temas aparecem na característica individual de cada personagem.

As reflexões, o modo como os acontecimentos são narrados, conectados e desenrolados, são de uma maestria genial. Nos fazem refletir sobre como temos o bem e o mal dentro de nós mesmos e nos questionar sobre nossas concepções das pessoas e do mundo.

Outra coisa que dá um brilho especial para toda a história é a forma escolhida para descrever os acontecimentos (Narrador observador).



Enfim, o livro é longo, mas não é maçante ou cansativo. Pelo contrário, te empolga a cada novo acontecimento e te deixa ansioso para saber como tudo irá se desenrolar.

Alice2095 13/06/2024

ESPETACULAR
Eu não tenho nem palavras pra esse livro. Um dos melhores que eu já li na minha vida. Uma mistura de emoções que variavam de risadas, a lições e adrenalina. Dostoiévski é uma facada no peito mesmo, o cara era bom.
A construção de cada personagem, o desenrolar da historia, os momentos de agitação e como cada irmão tem sua particularidade:

Alexei você se sente tranquilo durante a leitura
Dmitri você lê com maior agitação e loucura
Ivan com maior mistério e insanidade

Eu amei demais, recomendo demais
Viva Karamazóv!

Juliana.PlAcido 09/06/2024

Além do retrato de uma Rússia
Dostoiévski parece ter colocado as suas vivências neste livro, mas não só isso, também suas fases e suas dúvidas na figura dos personagens. Três irmãos de tão distintas personalidades: o mais velho, Dimitri, o inconsequente, passional; Ivan, o ateu, o que parece ser indiferente, distante; e Alexei (o caçula), o cristão, o mais maduro, o mais equilibrado, o mais amado.
O retrato de uma Rússia pré Revolucão não está somente nos irmãos, mas em cada personagem, em cada diálogo. Me arrisco em dizer que é um retrato do ser humano, uma pintura detalhada das descobertas científicas, do pensamento filosófico, do cotidiano do século XIX. Mesmo ousando discordar do discurso moral que o autor traça em vários momentos do livro, me rendo à genialidade, à beleza de suas palavras, do caminho que percorreu nas páginas desta obra prima!

Giovana 07/06/2024

Não é tudo isso não?
O livro é bom mesmo por conta dos personagens e dos diálogos, são tão envolventes e tão cheios de reflexões, me lembrou muito devaneios filosóficos de bêbados de fim de rolê, ou seja, adorei. Mas o enredo em si não tem nada demais, acredito que Noites Brancas e O idiota tenham uma narrativa melhor, mas em questão de construção de personagem e diálogo, não conseguiriam competir com esses irmãos.

Adão 07/06/2024

Dostoievski é especial. Nessa obra o autor mostra todo seu talento. A narrativa é excepcional, tanto que ao final esperamos uma segunda parte, uma continuação, que infelizmente nunca virá, mas esse é única frustração que há nessa brilhante história.

Tay 03/06/2024

"A verdade nem sempre é espirituosa".

Como falar sobre essa leitura? Começo dizendo como Dostoiévski é um dos maiores autores de todos os tempos. De verdade. Pouco conseguem articular e apresentar para seus leitores uma riqueza de detalhes, de narrativas, de histórias que vão além da ficção. Ler algo de Dostoiévski é saber que irá aprender sobre a vida.

"Os Irmãos Karamázov" é uma obra pra quem realmente quer estar ali. Você não pode ler por ler, pra dar um check, você tem que querer estar ali. No 1° volume o leitor é exposto a dinâmica da família Karamázov, com muito destaque nos filhos. Os três irmãos são fascinantes a seu próprio modo, mas pra mim é Dmitri, Mítia, é o mais interessante. Com sua sinceridade, eloquência e 0 medo de se expor, tal como o pai, Mítia rouba o brilho e protagoniza a alma do romance.

Claro que o tópico do assassinato, o "parricídio", ganha destaque, mas juro que isso não é o mais importante da obra. As discussões sobre "Deus", moral e até mesmo a existência do mal puro são nobres e estonteantes. Dão vida ao que podemos chamar de "Rússia do povo". Gosto bastante do discurso de Mítia sobre o fato de ser alguém que comete erros, muitos desses julgados horríveis pelos outros, mas que isso não o fazia um assassino e ladrão. Pontuo também o diálogo de Lise e Aliócha sobre o mal. Incrível!

"Crime e Castigo" continua sendo meu livro favorito do autor, mas ressalto como "Os Irmãos Karamázov" ganhou um espaço grande aqui em meu coração.

Luiz111 02/06/2024

Absolutamente único, ímpar, singular...
Feliz de ter sido este meu livro de introdução à literatura russa.
Com certeza uma obra q revisitarei com prazer para poder apreciar sua leitura novamente.

Jucieli2 31/05/2024

?Todo mundo é culpado por todos?

Muito incrível, profundo e envolvente. No começo, achei que a história se desenvolveria com a vida do Aliocha e o final foi surpreendente.

felipefrancica 31/05/2024

Um espetáculo
Recomendo demais essa leitura. É um livro grande, que requer uma dedicação por parte do leitor para acompanhar seu enredo, mas é daqueles livros que quando você termina, sente um vazio no peito.

A edição da Martin Claret de capa dura é de uma qualidade excepcional. A tradução é muito boa, que torna a leitura bem fluida.

Há tempos queria ler e tive a sorte e a oportunidade de conseguir um bom desconto na aquisição do livro.

Entra para o rol dos favoritos, para mim é tão bom quanto Crime e Castigo. Tem um suspense e um drama arrebatador. Há trechos mais difíceis e enrolados, mas a partir de um certo ponto é quase que impossível parar de ler.

A família Karamazov ficará eternamente marcada pra mim, afinal é o livro que lia no período em que me tornei pai. Meu filho saberá disso um dia. Aproveito para destacar uma frase muito bonita que aparece no finalzinho do livro :

"Então, saibam que não há nada mais nobre, mais forte, mais saudável, mais útil, na vida, do que uma bela lembrança"

Esse livro fica como uma bela lembrança, sem dúvida.

lanstov_ 28/05/2024

ESPETACULAR
As vezes me pergunto como funcionava a mente de Dostoiévski, como uma pessoa consegue escrever essa histórias, concebê-las.

O livro conta a história dos homens Karamázov, um pai e seus 3 filhos legítimos e 1 bastardo. Desde o início a história te prende, contando como uma grande fofoca o início dessa família, e já te dando indícios de que tipo de relação familiar vêm por aí.

Como sempre, amo as reflexões do Dostoiévski sobre os aspectos humanos, e nesse livro acredito ter encontrado as minhas favoritas. O clássico capítulo da Inquisição vale com toda certeza a sua fama.

A forma como a situação construiu a personalidade de cada irmão, como todos eles tem tanto em comum, se tratando das marcas do pai, mas ao mesmo tempo são tão opostos um do outro.O fato do Dmitri ser o espelho do pai que ele tanto odeia, em tantos sentidos, me lembra muito aquela frase do Freud: "Quanto de você existe naquilo que você odeia?". O triângulo Dmitri, Catalina e Ivan e o relacionamento do Aliocha com a Lise também me trouxeram muita curiosidade e me prenderam na história.

Enfim tudo nesse livro é maravilhoso, desde a construção dos personagens, a relação deles entre si, as reflexões, a narração do tribunal, tudo muito bem conectado e escrito. Única coisa que deixa a desejar é o final, porém é perdoável, afinal Dostoiévski queria escrever uma continuação, infelizmente morreu antes. Esse é tipo de livro que recomendo ler sabendo o menos possível, simplesmente vá com fé e tempo.

marieta. 25/05/2024

Viva Karamázov!
Cada irmão busca a felicidade à sua própria maneira: Dmitri por meio da força, Ivan pelo intelecto e Alexei por meio da espiritualidade. Essas três características representam não só a Rússia, mas a humanidade. Porém, o tempo todo os irmãos ficam tentados a ceder aos abismos das ideias “karamazovianas”.

Karamázov significa “aqueles que buscam a própria punição”. Acredito que essa frase é a personificação de Mítia, que diz que se castiga por toda sua vida e se compara a um verme que é necessário exterminar para que não estrague a vida dos outros. Me identifiquei muito com o dono desse “coração selvagem, mas bom e nobre, meus senhores jurados. Ele se curvará ante seu gesto de coragem, já que tem sede de um grande ato de amor (...) Há almas que, em sua mesquinha pequenez, acusam o mundo inteiro. Mas esmaguem uma alma dessas com o perdão!... Testemunhem-lhe, (...), o amor, e essa alma irá amaldiçoar as suas próprias obras, pois ela contém em si infinitas sementes do bem”. Assim como seu pai, Dmitri também tinha sede de nobreza.

Já Ivan com o seu “tudo é permitido” e “quem não quer matar o pai?” (sendo o pai, não necessariamente Fiodor, mas Deus) toma o lugar de Deus e enlouquece.

Dostoiévski acreditava que a solução da sociedade russa era o cristianismo, representado por Alexei. Durante todo o livro o nome Karamázov é criticado, mas no final é ovacionado, pois Aliocha é o futuro.

Em conclusão, é uma leitura densa: foram meses de pausa e retomada, mas enfim terminei! O ritmo é lento e as reflexões são inúmeras (recomendo fortemente que anotem no livro pra ajudar na absorção), mas realmente genial. Um clássico é um clássico.

Larissa804 25/05/2024

A obra vai narrar a história de Fiodor Pavlovitch Karamazov, e seus três filhos, Dmitri fiodorovitch, fruto do primeiro casamento, e Ivan e Aliocha, frutos do segundo.
Fiodor é um homem desprezível, beberão, que só pensa em si mesmo. Se quiser problema, vá até ele. Ele foi um péssimo pai,mas "criou" filhos com personalidades muito distintas, Dmitri é egoísta, Ivan é inteligente e Aliocha é amável.
Aliocha vira monge e a história começa a se desenvolver quando Dmitri e o pai se apaixonam pela mesma mulher, e Ivan se apaixona pela noiva de Dmitri. A obra é uma verdadeira novela, apesar de lenta não é cansativa, os personagens conseguem ser cativantes e ao mesmo tempo desprezíveis, todos tem as emoções a flor da pele e muitos traumas não curados. Além dos personagens principais podemos contar com a presença dos criados, do demais monges,fiéis e moradores da cidade para completar a história.
Assim, Dostoievski vai viajando pelas emoções,fazendo críticas sociais,filosóficas e religiosas. Sem dúvida, uma das maiores obras da literatura.

nerycarol 23/05/2024

O valor de uma bela lembrança
Destaque para um dos trechos finais do livro: ?não há nada mais nobre, mais forte, mais saudável, mais útil, na vida, do que uma bela lembrança, principalmente uma lembrança de infância, vinda da casa paterna?

Para mim foi bastante difícil de ler este livro.. foram muitos meses de pausa e retomada. Mas por fim, posso concluir que é uma escrita brilhante, porém cansativa (para quem for encarar.. prepare-se).

Por fim, concluo que a mensagem que o livro quer transmitir é a influência que as primeiras impressões da infância e do lar familiar podem exercer na formação do caráter (entre pai e filhos).

Vinicius39 21/05/2024

Muito bom
?O selvagem se escondendo
Nômade, deixando os campos
Desertos, nus, sublinhado
O arco e a flecha, lançando
Caçando através da Terra
Até que as ondas o lançam
E jogam na praia a guerra?