Os Irmãos  Karamázov

Os Irmãos Karamázov Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Irmãos Karamázov


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dmfg85 17/08/2023

Magistral. Monumental. Um colosso. De aplaudir de pé. Alterou a minha química cerebral pra sempre.
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André 07/05/2021

Reli após onze anos e o impacto foi completamente diferente. Em certos momentos, a nossa vivência faz da leitura algo totalmente novo. Desse vez, os diálogos entre Kólia e Aliocha foram aqueles que me confrontaram mais diretamente. Fora isso, a grandiosidade do trecho sobre o Grande Inquisidor é profundamente atual, sobretudo quando vemos o avanço sem limite das igrejas pentecostais. Enfim. Uma obra, de fato, eterna.
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Craotchky 23/01/2020

Provocações rasas sobre narrador(es)
AVISO: não trato aqui sequer de uma ínfima parte dos profundos elementos que constituem o livro. Em verdade, este texto se satisfaz tão somente em abordar apenas um elemento: o narrador.

UMA DIVAGAÇÃO TALVEZ INOPORTUNA
Ao longo dos anos sempre me incomodou ver o narrador Bentinho, em Dom Casmurro, ser alvo de tanta desconfiança por parte dos leitores. Aceito que Bentinho não deve ser acreditado completamente, que deve se ter um pé atrás com ele, mas acho que a desconfiança dos leitores é exagerada; talvez ele seja o narrador mais desacreditado da literatura! E qual é o principal (embora não único) motivo para tamanha desconfiança? A narração em primeira pessoa. Ora, quantos e quantos livros são narrados em primeira pessoa e mesmo assim não vemos o narrador ser colocado sob suspeita de tal forma extrema? Penso mesmo que a fama de Bentinho como narrador, tão conhecida, faça com que o(a) leitor(a) de Dom Casmurro já comece o livro condicionado(a) a ver em Bentinho alguém tendencioso (pra não dizer mentiroso). Assim, a partir deste primeiro e principal motivo, torna-se mais fácil achar no texto outros motivos (para muitos, argumentos) para o condenar. Cria-se, de fato, uma forte tendência ao viés de confirmação.

(O parágrafo/preâmbulo acima serve apenas para apontar a relevância que um narrador pode ter na literatura. Não há praticamente tangência entre ele e o resto do texto. Portanto, que fique claro: meu objetivo não será comparar narradores e defender que o narrador de Os irmãos Karamázov é tão suspeito quanto Bentinho.)

O NARRADOR DE OS IRMÃOS KARAMÁZOV
Ao terminar Os irmãos Karamázov, onde encontrei um narrador peculiar, fui até a página de resenhas do livro e, com a ajuda do ctrl+G, procurei o termo "narrador". Em quase 150 resenhas encontradas atualmente, o termo aparece não mais que 15 vezes. Fiquei surpreso com a pequena importância com que este aspecto do livro é tratado. Com isso, resolvi escrever este texto para refletir sobre essa questão, lançar provocações e quem sabe suscitar debates.

O narrador de Os irmãos Karamázov me chamou atenção por ser um tanto incomum. O narrador, logo no princípio, apresenta-se como biógrafo de Aliocha Karamázov e sugere ter certo apreço ao personagem ao declarar que este será o herói de sua história. Diante deste início podemos ao menos supor que o narrador pode não ser imparcial nos relatos sobre seu biografado? (Esta é apenas uma primeira observação e sinceramente acho que estou viajando quanto a ela. Prossigamos.)

Aparentemente o narrador é um habitante da região onde se passou a história narrada. Este narrador não participa ativamente das ações que constituem a história, apenas parece ter acompanhado os eventos como um observador distante, assim como os demais habitantes do lugar. Sua narrativa tem como matéria prima sobretudo o testemunho de sua própria memória (passível de falha?) e os relatos de terceiros (muitas vezes dúbios e/ou vagos) que chegaram ao seu conhecimento. Aqui talvez seja possível colocar a exatidão da narrativa sob suspeita. Vejamos abaixo um trecho do início do livro que demonstra certa incerteza quanto aos fatos ocorridos:

"Enquanto isso, a família de sua esposa soube que a infeliz tinha morrido de repente em um cortiço: de tifo, segundo alguns, ou de fome, segundo outros. Fiódor Pávlovitch estava ébrio quando lhe deram a notícia da morte de sua esposa; contam que ele correu para a rua e começou a gritar, alegremente, com os braços erguidos para o céu: 'Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo'. Outros contam que ele chorava como uma criança e dava pena de vê-lo, apesar da rejeição que ele inspirava." (Primeiro capítulo do livro)

Além disso, embora o narrador utilize na maior parte do tempo a terceira pessoa no singular e adote um tom impessoal e praticamente de caráter onisciente, por vezes assume também a primeira pessoa no singular e plural. E embora não seja tão recorrente, de quando em vez emite sua opinião particular, expressa suas próprias reflexões acerca de eventos, além de falar com o leitor diretamente. Sem dúvida isso pode influenciar o(a) leitor(a) a interpretar desta ou daquela maneira (de forma geral o(a) leitor(a) tende a aceitar o viés do narrador). Chega mesmo a antecipar/insinuar que um grande acontecimento será narrado em breve. Na reta final, quando é narrado o julgamento, momento importante da obra, o narrador declara que só dirá aquilo que julga de maior importância e necessário para a compreensão do(a) leitor(a), deixando claro que omitirá partes dos discursos das testemunhas. Veja:

"Assim, não me queiram mal por contar apenas o que mais me impressionou, pessoalmente, assaltando toda a minha memória, dominando todas as minhas lembranças. Posso ter tomado o secundário por principal, posso ter omitido até mesmo os aspectos mais marcantes e indispensáveis..." (Primeira página do capítulo: O dia fatal)

Tudo isso indica a importância de se observar de perto o narrador, não ao nível de descrer de suas palavras, mas para levar em conta suas peculiaridades na hora de interpretar a história. De fato, o resultado aqui é um livro que desafia o(a) leitor(a) ao apresentar muitas interpretações possíveis. De qualquer forma, este narrador, assim como Bentinho (pobre Bentinho), nos sendo a única fonte da história, merece nossa confiança pois, do contrário, a leitura se torna quase impraticável.

Acho que já estou me perdendo, então chega. Fim.
Ari Phanie 23/01/2020minha estante
Massa. Gostei da tua resenha. Me pareceu intrigante tuas opiniões sobre o narrador.


Craotchky 23/01/2020minha estante
Obrigado, Ari!


Eder 25/01/2020minha estante
Não que eu discorde de você, mas é que Dom Casmurro (bem como Lolita) é um exemplo bom demais quando se trata de narrador em primeira pessoa. A forma como interpretamos e acreditamos, ou não, no que estamos lendo num livro assim, é parte enriquecedora da experiência de leitura. Preciso fazer uma anotação mental pra voltar a essa resenha quando eu ler essa obra. Um belo texto, Filipe. Abraço.


Craotchky 25/01/2020minha estante
Com certeza a possibilidade de múltiplas interpretações é um ponto positivo. Gosto quando o autor não entrega tudo de mão beijada. Meu ponto principal é que, como praticamente todo leitor que pega Dom Casmurro pra ler (Lolita também se enquadra aqui, como bem você colocou) já conhece de antemão essa questão do narrador não confiável, já ouviu falar disso muitas vezes, e penso que isso cria mesmo uma tendência ao viés de confirmação. Fica mais fácil ver ali elementos para corroborar esse viés. Porém, nada disso se aplica a Os irmãos Karamázov. Essa parte de Dom Casmurro foi meio aleatória. Talvez eu estivesse com isso preso e precisava colocar pra fora...hahahaha




Lívia 13/04/2022

Dostoievski
O grande Dostoievski não decepciona jamais!

Não se assuste com o tamanho do calhamaço, pois a leitura é fluida, as cenas são dinâmicas e os capítulos curtos.

Recomendo!
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Alan Martins 23/12/2020

A filosofia de Dostoiévski
Poucas obras atingem a unanimidade de Os irmãos Karamázov. Marco da literatura universal, influenciou escritores e pensadores como Nietzsche e Freud, que o considerava “o maior romance já escrito”.

O último livro publicado por Dostoiévski em vida é extenso, denso e complexo. Repleto de filosofia, apresenta debates que, de tão atuais, fazem parecer se tratar de um escritor contemporâneo.

Três irmãos
Fiódor Pavlovitch Karamázov é um homem de 55 anos. Levou uma vida libertina, casando-se duas vezes. Com o dinheiro obtido como dote de suas falecidas esposas, conseguiu subir na vida.

Do primeiro casamento, veio Dmitri, orgulhoso e apaixonado. Ivan, intelectual e atormentado, e Aliócha, “puro” e místico, são frutos do segundo matrimônio.

Acho difícil alguém dizer que os Karamázov compõem a família mais unida e harmoniosa do mundo. Fiódor Pavlovitch nunca foi um pai presente e seus filhos não são tão próximos.

Cada irmão possui uma personalidade bem distinta. Dmitri, com seu orgulho, se parece um pouco com o pai, e ambos amam a mesma mulher. A paixão torna-os rivais. Ivan é inteligente, estudioso e está por dentro do socialismo e do ateísmo. Aliêksei, ou Aliócha, é religioso e entrou para o mosteiro do stárietz Zossima.

Apesar das distinções, os três irmãos acabam se dando bem e nutrem sentimentos mútuos. Porém, o conflito entre Dmitri e o patriarca da família mudará completamente a vida e a perspectiva de todos eles.

Os temas abordados em Os irmãos Karamázov
Quem conhece o autor sabe que seus romances são intensos. Dostoiévski foi um socialista arrependido. Não largou a causa totalmente, ainda se importava com as questões sociais e a pobreza na Rússia czarista. Entretanto, abominava a violência, o radicalismo e a hipocrisia do movimento, que evoluía no final do século XIX.

Isso não fez dele um conservador, ou um capitalista. Em determinado momento de sua vida, tornou-se uma pessoa bastante religiosa. Tinha a convicção de que a aproximação entre o socialismo e o ateísmo seria algo negativo.

No romance, vemos os socialistas da época representados por Ivan, a brutalidade da antiga Rússia em Dmitri e a religiosidade e o novo em Aliócha. O autor escolheu o “caminho do meio”, acreditando numa união entre política e religião, ideia execrada pelos defensores do progressismo.

Fica muito claro que Aliócha é o preferido do escritor. Mesmo sendo “puro”, o rapaz é um pecador, e está ciente de tal fato. Haveria uma sequência desse livro, onde Aliêksei seria o protagonista. Infelizmente, Fiódor Dostoiévski faleceu poucos meses após a publicação de Os irmãos Karamázov.

Existem várias interpretações para esse grandioso romance, tudo depende de sob qual lente o leitor fará sua análise. Diferentes compreensões políticas e filosóficas podem gerar diferentes significações. O confronto entre pai e filho (complexo de Édipo) faz parte de uma visão psicanalista da obra, e Sigmund Freud a reverenciava por diversos fatores. Ou seja, motivos não faltam para conhecê-la.

Sobre a edição da Editora 34
Dividida em dois volumes, a edição da Editora 34 vem em uma caixa (ou luva) feita de papel cartão. Encadernação brochura, capa com orelhas, miolo em papel Pólen Soft e diagramação confortável. Ao longo das mil e tantas páginas, o leitor encontrará ilustrações de Ulysses Bôscolo, um toque diferenciado.

Tradução e notas de Paulo Bezerra, diretamente do original em russo, a partir da edição crítica das obras completas de Dostoiévski. Ótima tradução, já que, por ser direta, apresenta menos perdas de estilo e pormenores.

Já vi muita gente reclamar do tradutor. Acontece que tais pessoas levam em conta a visão política de Paulo Bezerra. Ele é um profissional sério, assim como a Editora 34. Sua opinião não interferiu em seu trabalho. Afirmar o contrário é acreditar em teorias da conspiração.

Seria interessante que outras editoras publicassem edições de Os irmãos Karamázov com traduções diretas do idioma original. Dessa forma poderíamos comparar as traduções, e os leitores sairiam ganhando.

A edição da Martin Claret, assinada por Herculano Villas-Boas, utilizou como base uma versão francesa. Villas-Boas é um grande e competente profissional, especialista em autores franceses, todavia, uma tradução indireta acarreta em prejuízos. Embora você esteja lendo o mesmo livro, não será pela voz do autor.

Existe uma versão em volume único, da 34, com menos páginas (provavelmente por não ser ilustrada). Particularmente, gosto da divisão em dois volumes. Segurar um calhamaço cansa o braço, sem falar que as ilustrações de Bôscolo são um excelente acréscimo.

Vale a pena ler? O veredito
Um dos melhores livros que já li. Os irmãos Karamázov é incrível! Com um enredo vasto e cheio de personagens, Dostoiévski nos leva a refletir acerca de temas importantes, que tiram nosso sossego até os dias de hoje.

Só por esses detalhes a obra já merece um lugar em qualquer prateleira. Mas ela não é perfeita!

O autor adorava escrever romances longos, com linguagem rebuscada e um estilo truncado, além de parágrafos longuíssimos. Ele corria contra o tempo e mal revisava seus trabalhos.

Quem sofre somos nós, já que a leitura acaba sendo um pouco cansativa. Outro ponto negativo são os personagens, seus modos e falas, não soando muito como pessoas reais. É uma linguagem extremamente literária.

Quanto maior for a maturidade daquele que lê, melhor será a experiência com Os irmãos Karamázov. Com certeza eu terei que fazer uma nova leitura quando for mais velho. Os defeitos que citei não diminuem a qualidade e grandeza desse monumento literário. Realizar sua leitura é uma atividade prazerosa, enriquecedora e necessária para amantes da literatura clássica.

Nota (de 0 a 5): 4,5 ⭐

site: https://anatomiadapalavra.com/2020/12/23/resenha-os-irmaos-karamazov/
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Sabrina.Uliana 30/10/2022

Uma obra atual e atemporal
Primeira coisa: vocês já viram Dostoievski errar em algum livro? Não né. Então, esse não é diferente.

Afinal de contas, se Deus não existisse, tudo seria permitido? Em uma sociedade sem Deus, como nós nos comportariamos? Tememos mais as leis dos homens ou as leis morais e religiosas?

O livro data do século passado, mas poderia tranquilamente ser escrito hoje ou daqui a 100 anos e continuaria trazendo assuntos atuais para discussão.

Maravilhoso, final excepcional.
Filosofia e psicologia pura. Uma obra de arte.
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rafamassagardi 20/03/2024

"Somos naturezas amplas, karamazovianas"
Os Irmãos Karamázov é um livro extremamente profundo, reflexivo, filosófico e psicológico. Provamente, é o melhor livro que já li; e definitivamente uma obra-prima.
Nesse sentido, com um enredo marcante e significativo, Dostoiévski nos apresenta personagens que representam diferentes tipos de pessoas no contexto da Rússia czarista da segunda metade do século XIX. Dentro desse panorama, o autor têm a habilidade impressionante de nos colocar na pele de cada um dos irmãos; é como se nós vivêssemos a história não apenas junto com eles, mas sendo eles. Ademais, cada um dos participantes do enredo têm sua psique muito bem desenvolvida, melhor do que em qualquer outra história que já li.
O escritor também aborda várias questões relevantes tanto na época quanto hoje em dia. Religião, política, filosofia, ideologias, moralidade, relações familiares e psicologia são algumas das temáticas presentes na trama.
Para mim, foi uma leitura bastante lenta e pesada, uma vez que é uma obra que demanda atenção e tempo. Entretanto, definitivamente valeu a pena. Todas as pessoas do mundo deveriam ler esse escrito sublime!!!
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Luiz Felipe 01/07/2021

Denso, intenso, longo e cansativo, essa obra monumental é uma das melhores coisas que já li na vida. Acredito que não seja o tipo de livro pra devorar em pouco tempo, tentei fazer isso e vi que não dava certo, então fui degustando aos poucos, no ritmo necessário pra digerir alguns dos intensos debates da família Karamázov. É a história de um microcosmo onde você tem um herança genética basicamente horrenda, e muitas questões envolvendo família, religião, moral, mentira, vingança, amor, ódio e todos os outros ingredientes pra culminar numa verdadeira reação em cadeia de desastres. Pensei em desistir do livro, pensei que iria odiar e dar três estrelas, mas entendi perto do final que essa minha antipatia foi mais culpa minha do que do autor, já que queria ler num ritmo específico pra dar conta de outras leituras. Dentre as coisas que eu já li, as conversas entre os personagens me lembraram um pouco o estilo/intensidade daquelas travadas em Berghof, no romance A Montanha Mágica, no entanto com temas diferentes, num contexto social diferente. Os Irmãos Karamázov são, cada um à sua maneira, interessantes, mas pra mim o Ivan ficou na memória como o mais marcante. Pelo o que eu entendi, o romance teria uma continuação, mas o autor morreu antes que pudesse colocar isso em prática, mas não ficam grandes lacunas, terminei a leitura satisfeito. Sobre as especificidades das relações familiares e sociais dos irmãos, acredito que qualquer informação, ainda que mínima, pode estragar a leitura de quem não gosta de spoiler, então a dica é: leia. Até o que parecer inútil ou desnecessariamente longo vai fazer sentido no final.
iamfabs 01/07/2021minha estante
Faz bem um ano que estou travado em 10% da leitura?


Luiz Felipe 01/07/2021minha estante
Às vezes vale a pena dar uma olhada em outra tradução, baixar uma amostra grátis no aplicativo do Kindle e ver se consegue destravar lendo outras versões, salvo engano tem a do Paulo Bezerra (que eu li, da Editora 34), do Herculano Villas-Boas e do Oleg Almeida (Editora Martin Claret). Não entendo muito de literatura russa, mas já ouvi de quem entende que o estilo do Dostoievski de escrever às vezes "trava" o leitor mesmo, e cada tradução lida com isso de forma diferente. Vale a pena dar uma olhada se decidir voltar a ler!




Marcia 20/03/2024

Minhas impressões sobre o livro
Leitura concluída com sucesso!
Livro: Irmãos Karamázovi de Fiódor Dostoiévski.
Esse é o quinto livro dele que leio e assim como os outros termino muito feliz com a jornada literária.
Esse livro é um calhamaço maravilhoso e recomendo a todos. Não se intimidem pelo número de páginas pois vale cada uma delas. Se forem ler, leiam com calma, dividam o livro em páginas por dia e vai se aventurando. Eu me propuz a ler 15 pg/dia assim não atrapalhava outras leituras que faço. Confesso que teve dias que li muito mais páginas kkk
A TENÇÃO AO TRADUTOR!
Amigos, essa é uma informação importantíssima. Eu li essa edição da Abril, traduzido por Natalis Nunes e Oscar Mendes e tenho uma versão no Kindle da Montecristo, tradução de Augusto dos Santos. Comparei as duas e a edição da Montecristo é péssima.
Vejam exemplo:
Frase tradução Abril:
"- Ilucha, meu querido filhinho..."
Tradução da Montecristo:
"- Ilucha, Velhinho, meu querido..."
O ideal é da Editora 34 que tem tradução direto do russo mas essa da Abril nao perdemos o conteúdo, as diferenças não atrapalham a compreensão. Mas d Montecristo é terrível, não recomendo.
A história é maravilhosa, adorei conhecer os 3 irmãos Karamázov, tão diferentes entre si e a escrita de Dostoiévski nos transporta para a história.
Um livro que super recomendo.
Valeu!!
Regis 20/03/2024minha estante
Que ótima recomendação, Márcia, adorei a dica da melhor tradução. Obrigada. ??




isadorasx 03/05/2021

Em "Os Irmãos Karamázov", Dostoiévski aborda temas como moralidade, a fé em Deus e a ausência desta, conflitos amorosos, traições, ganância, crime e redenção, tudo através da família Karamázov e dos laços formados por ela ao longo da história. Confesso que estava com medo de começar a leitura e acabar achando tudo muito complicado, denso e tedioso, mas me surpreendi ao ficar completamente entretida e presa na narrativa. A escrita do autor é impecável, por ser um livro bem extenso pensei que não deveria ter tanto assunto pra ser abordado sem que ficasse chato ou sem rumo, porém o detalhamento de cada acontecimento junto com o aprofundamento dos diversos personagens foi essencial, pois além de me deixar cada vez mais envolvida no romance, transformou a obra em um quebra-cabeça perfeito, todas as peças foram se encaixando fielmente a medida que a história se desenvolvia. Gostei muito, não foi de difícil entendimento como imaginei que seria, mas é um livro longo que possui muitos personagens e nomes diferentes (e apelidos também) para assimilar, bem como inúmeros conflitos, situações diversas e reflexões propostas.
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Julia Tristão 31/10/2021

O livro é tão maravilhoso, fiquei tão envolvida na história, que ainda estou presa nela e tentando voltar aos tempos atuais.
Que escrita fenomenal! Dostoiévski é, sem dúvida, um dos meus autores preferidos.
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Gabrielli 15/01/2024

Um clássico de fôlego
A obra-prima de Dostoiévski não tem temas que me atraem tanto assim, e isso foi um dos principais motivos para não ganhar 5 estrelas. As discussões teológicas são densas e a opinião pessoal do autor é bastante nítida. Em alguns momentos, o enredo ficou arrastado para mim. Mas a história é muito bem delineada, é realmente o livro mais bem planejado do Dostoiévski que li até o momento. O personagem Aliocha, designado como herói do livro, é muito tocante, e os demais irmãos também são bem desenvolvidos e bastante interessantes.
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thami 24/07/2023

Livro muito denso mas riquíssimo. Dostoiévski nunca decepciona, comecei quase sem expectativas e foi uma leitura maravilhosa devido a quantidade de reflexões filosóficas. Pretendo ler novamente numa nova tradução, bem mais nova q a minha de 1971 skskkskskd

ps: apesar de ter adorado muito, crime e castigo ainda é o meu favorito
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sizifu 27/05/2021

A Síntese de ?Os Irmãos Karamázov?
(Fragmento da matéria "Os Abismos do Sofrimento Humano em Dostoiévski" texto na íntegra em: apistajornal.com)

O romance ?Os Irmãos Karamázov? foi o último livro escrito por Fiódor Dostoiévski e nele se reúnem todos os debates que permeiam a obra Dostoiévskiana, como se fosse um grande apanhado de tudo que o autor havia escrito até então. Assuntos como religião, niilismo, morte e conflitos inerentes à condição humana estão estritamente contidos na obra, assim como complementa a Professora Elena Vássina:

?Sintético é o gênero desse romance antes de mais nada: podemos dizer que é um romance familiar, um romance de suspense ? pois aqui acontece um crime, um parricídio, o pai da família é assassinado. Esse romance já foi chamado muitas vezes de ?romance tragédia? (?) ou seja, ele na segunda metade do século XIX faz voltar o gênero trágico que era próprio das tragédias da Grécia e da Roma Antiga. É um romance psicológico, ideológico, filosófico e também um romance polifônico ? um conceito que foi elaborado pelo grande teórico literário, filósofo russo e estudioso da obra de Dostoiévski, Mikhail Bakhtin. Ou seja, é um romance de ideias, de diferentes vozes.?

No livro somos apresentados a família Karamázov, composta pelos irmãos: Dmitri (o atormentado e suposto parricida), Ivan (o ateu e niilista) e Alexei (o espirituoso e bondoso); além do pai de mesmo nome do escritor, Fiódor Dostoiévski. Os conflitos já esperados entre os personagens devido às suas diferenças, somado a um delirante episódio que resulta em um misterioso assassinato, são os pontos regentes da obra, na qual se sobressai a polifonia (definição já mencionada anteriormente) e a forte representação de ideias em cada personagem.

Em uma das passagens mais marcantes do livro, que foi posteriormente publicada avulsamente como um conto denominado ?O Grande Inquisidor? (Contos Reunidos, Fiódor Dostoiévski ? Editora 34), os irmãos Ivan e Alexei Karamazov conversam a respeito de um poema sobre uma determinada situação imaginada por Ivan ? personagem responsável pela famosa fala ?Se Deus não existe tudo é permitido?, afirmação essa, que ainda é/foi bastante reproduzida e discutida no ramo filosófico por autores como Albert Camus, Friedrich Nietzsche, entre outros.

O poema de Ivan lida com a situação hipotética do retorno de Cristo na época da Inquisição. Nesse contexto, Jesus é hostilizado pelo povo e preso a mando dos Inquisidores e, por meio do monólogo de um deles ao confrontar Jesus em sua cela, Ivan tece sua crítica à falsa e enganosa fé de uma instituição e à hipocrisia religiosa de seus fiéis, que colocaram a disposição a liberdade sacrificada por Jesus Cristo no deserto.

?Não há preocupação mais constante e torturante para o homem do que, estando livre, encontrar depressa a quem sujeitar-se. Mas o homem procura sujeitar-se ao que já é irrefutável, e irrefutável a tal ponto que de uma hora para outra todos os homens aceitam uma sujeição universal a isso. Porque a preocupação dessas criaturas deploráveis não consiste apenas em encontrar aquilo a que eu ou outra pessoa deve sujeitar-se, mas em encontrar algo em que todos acreditem e a que se sujeitem, e que sejam forçosamente todos juntos.?
O Grande Inquisidor, Fiódor Dostoiévski.

Com esse conto, a Professora Elena Vássina reitera que o ?texto ideia? desempenha um papel imenso na obra de Dostoiévski, sendo esse mesmo o exemplo perfeito para tal demonstração. Essa passagem também é ótima para exemplificar o antagonismo dos personagens e evidenciar a oposição ideológica entre eles, sendo que o ouvinte de Ivan, Alexei Karamázov, é a representação perfeita do ideal cristão ortodoxo da época.
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Andréia 24/07/2021

Aquele livro que vale cada letra lida!
Uma leitura complexa e longa. No começo não me senti atraída pela história, mas logo me envolvi de tal maneira que "devorei" o livro para saber o que aconteceria com os irmãos. Confesso que algumas partes foram exaustivas, mas ela só acrescentaram e de nada diminuíram a história. Não esperava pelo desfecho do assassinato daquela forma... Me surpreendeu a inteligência e artimanhas envolvidas. Alguns personagens me envolveram mais que outros, como o Aliocha, para mim, o melhor de todos. É um livro maravilhoso e super recomendo!
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