Diário da queda

Diário da queda Michel Laub




Resenhas - Diário da Queda


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Isolda 22/11/2016

Cair, a arte fundamental
Diário da Queda é um livro muito bom. Um homem de 40 anos conta como sua vida mudou desde o episódio da queda de um amigo em que ele se coloca como corresponsável. Eles tinham 13 anos. Não pense, porém, que esse é o único baque da narrativa ou o mais impactante. O livro de Michel Laub viaja entre a Alemanha nazista, Porto Alegre e São Paulo numa trajetória de quedas e tropeços dos três personagens centrais: ele mesmo, o pai e o avô – um judeu que sobreviveu a Auschwitz, o campo de concentração, mas possivelmente passou a vida atormentado pela Auschwitz de suas lembranças, mais massacrante e letal. Documentar a própria história, uma herança genética que parece ter sido herdada do avô paterno, passa para o pai e para ele próprio. Cada um desses homens tem um motivo próprio, único e arrebatador para construir sua narrativa. Cada um tenta combater uma parte obscura da própria história com um remédio amargo: olhar para dentro dela mesma, equilibrando-se o tempo inteiro para não cair mais.
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Gabi 24/09/2023

É um livro sobre Auschwitz, que não é sobre Auschwitz, diferente de tudo que eu já li a respeito, porque foca mais nas consequências e nos impactos às futuras gerações do que nos acontecimentos em campo.

É livro de memórias. Memórias de um avô, de um pai e de um filho. O livro tem muitas nuances, mas, apesar de tantos temas retratados na narrativa, aquele que me chamou mais atenção foi "paternidade". Para mim, é um livro sobre paternidade. Foi impactante ler tantos traumas sobre relacionamento com o pai e perceber o quanto é preciso "quebrar o ciclo".

Sobre a escrita, os parágrafos enumerados guiam a leitura e tornam menos complicado ler falas não sinalizadas. Com algumas páginas lidas você já se acostuma e entende a narrativa. Também há muitas idas e vindas das três memórias que se entrelaçam, além dos trechos repetitivos, que vira e mexe ressurgem, principalmente quando o final do livro se aproxima.
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Marto 20/10/2022

Escrita excelente
Gostei muito do estilo do texto, leitura fluida e com muito significado. Você ler rápido mas o livro te faz pensar e refletir de uma forma que não esperava
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kaká 15/08/2022

Li esta obra para a escola, e definitivamente não é o meu estilo de livro: o vai e volta no tempo não tem marcação explícita, o que pode deixar a leitura confusa. Às vezes você começa a se interessar pelo que o protagonista sofria, e repentinamente ele volta pro avô.

Se você gosta de não-ficção, desenvolvimento pessoal e não se importa com o que listei acima, recomendo este livro. Mas pra mim não funcionou.
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Nazaré 13/05/2012

3 fatos, 3 gerações e a confluência.
Um livro que fala de 3 gerações - avô, pai e filho, sendo o último o autor e narrador da história.

Para cada geração, uma fato marcante.

Para cada fato marcante, uma consequência na vida própria e na vida do descendente, a geração seguinte e seguinte.

Um livro com uma linguagem dinâmica - com a qual rapidamente o leitor se habitua, cheio de orações sindéticas aditivas que ratificam o encadeamento dos fatos.

Um livro que nos faz refletir acerca do fato de deixarmos alguns episódios de nossa vida - considerando o nossa como as histórias e os episódios que envolvem (também) nossa família e os que nos cercam - tomarem conta dela, ou de os usarmos como desculpa para as nossas fraquezas.

Um livro que nos mostra como nos tornamos a confluência do que vemos e do que vivemos.

Um livro de memórias: vividas e ouvidas.

Um livro como um final bonito!

")
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Euler 04/05/2021

Eu queria dizer pro Laub que eu dei uma chorada na p 147 porque não há história que mais me pegue do que de um pai que adoece e de repente a vida passa a ser a coisa mais importante da nossa vida e pouco importa se é clichê e o livro não seja sobre isso. Diário da Queda narra a história de três gerações, o narrador que deixa o amigo sofrer uma queda em pleno aniversário por não segurá-lo, do seu avô que sobreviveu a Auschwitz - a palavra se repete tanto num efeito de esgarçar e minimizar o significado já dado e é interessante acompanhar esse jogo -, e do pai na iminência do Alzheimer. Em comum, o trauma de um familiar que viveu o horror do nazismo e como isso reverbera nas próximas gerações, e a necessidade de tentar entender a vida, na escrita de um diário - inclusive, o texto é a versão do protagonista, com excertos do seu pai e avô. Com fragmentos curtos, o texto avança sem que a gente perceba. Acho que uma das coisas que mais gosto na escrita desse autor é a facilidade com que ele brinca com as micro narrativas do romance e como ele retoma as coisas numa brincadeira com a repetição, e o deboche. O tratamento não maniqueísta dado aos sobreviventes do Auschwitz é também uma coisa que vale muito a pena e que foge a rota de outros romances que tocam no tema. A metáfora da queda perpassa todo o livro, na relação com o amigo, da forma que o avô não consegue lidar com os traumas, no envelhecimento/adoecimento do pai, e na relação que o narrador tem com o alcoolismo.
como dizia meu tio: escorrego não é queda é jeito que o corpo dá. Ou seja, o corpo precisa cair pra continuar.Caiam nessa leitura .??
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ThiHenrique 01/09/2022

Não achei extraordinário mas gostei
Ele nos faz ter algumas boas reflexões sobre assuntos bem delicados.
Nazismo, alcoolismo, família, relacionamento, doenças, traumas...
E isso é muito bom, mas a história em si não me pegou tanto então fiquei no campo da reflexão apenas e me sentindo pouco entretido.
Vale a leitura.
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Wellington.Pimente 04/03/2021

Surpreende.
Um livro que me surpreendeu da melhor forma. Normalmente os livros que abordam sobre memórias do autor, na quase totalidade do que li até agora, são chatos, enfadonhos e há muitas palavras que não levam a nada. O autor Michel Laub consegue fugir de tudo isso e por isso tive uma leitura prazerosa e principalmente me sensibilizou ao adentrar a esse mundo tão singular.
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Rodrigo 22/03/2018

DIÁRIO DA QUEDA
Fantástico. O cara faz um balanço da sua vida, intercalando o que sabe sobre as experiências escritas do avô, sobrevivente de Auschwitz, e do pai. Muito envolvente a maneira como ele investiga como se tornou o que é, e o quanto isso tem influência dos dois, como foi afetado ao reproduzir padrões, e renegar outros.
Eu nunca tinha lido nada do Michel Laub, mas já virei fã. O cara screve muito bem.
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helenunesss 16/12/2020

Achei que seria um livro rápido e tranquilo de ler. Foi rápido realmente, mas nada tranquilo. Aliás, isso nem é livro, é dedo na ferida. Do começo ao fim.
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Maria.Clara 13/04/2023

Diário da Queda
Três gerações afetas por um único acontecimento: Auschwitz e o que significa ser um sobrevivente de Auschwitz. Avô, pai e filho, todos afetados por isso. Um ato de violência que repercutiu gerações, o ódio que repercutiu por essas gerações. No livro, acompanhamos um garoto judeu, filho de um homem judeu e neto de um judeu que sobreviveu a Auschwitz.
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Rodrigo1001 11/08/2019

Impactante e confessional (Sem Spoilers)
Uma das principais vozes da literatura brasileira contemporânea, Michel Laub é um escritor e jornalista gaúcho autor de oito livros publicados em treze países e dez idiomas. Leitura obrigatória do vestibular da UFRGS, Diário da Queda narra histórias de três gerações de uma mesma família - filho, pai e avô - que lidam de modos distintos com suas memórias, dilemas e conflitos.

Já nas primeiras páginas, o filho, que é o narrador principal, adianta para o leitor o tom em torno do qual o relato orbitará: um tom íntimo, confessional, particular. A memória é o que constrói a narrativa de "Diário da Queda" e a maneira como o enredo é construído coloca o leitor no papel de confidente. Você está lendo um diário, quase como um invasor, pois não há convite prévio.

Talvez seu ponto mais forte, os três personagens principais são muito bem construídos e terrivelmente críveis. Perpetuamente marcado pelo seu passado, os dramas do narrador principal transportam o leitor para as relações dessa família, em um compasso cadente e intempestivo.

O livro é muito bonito, apesar de toda a dor que carrega. A escrita de Michel Laub é contundente, com frases longas, sintaticamente trabalhadas, que adia por alguns momentos o clímax do enunciado, e a trama desemboca em um desfecho inesperado e trágico-barra-bonito.

Dito isso, esse não é um livro para todos. Como ele não entrega tudo de bandeja, cabe ao leitor interpretar algumas passagens para entender, de fato, o que se passa ali. Não é um livro Walita, que simplifica a vida. Mostra, pelo contrário, as entranhas de um relacionamento familiar conturbado, como muitos dos relacionamentos que vemos por aí. O autor se utiliza da repetição para realçar os sentimentos do narrador e deste para outros personagens. Há uma espiral de remorso, medo, arrependimento e desorientação que requer um certo olhar atento ao que não está escrito, ao que está nas entrelinhas.

Então, se você tem facilidade pra entender e gosta de livros que não entregam tudo de bandeja, esse livro vai te agradar. Se você se interessa por temas como judaísmo, alcoolismo, paternidade e relacionamento, também vai gostar.

Por fim, me pareceu claro o esforço do autor de não querer somente contar uma história de reavaliação da vida numa situação-limite, como se a perspectiva do fim de alguém próximo nos fizesse ver o quanto tudo o mais é desimportante. O livro vai além disso e me deu muito o que pensar.

Ironicamente, um dos pilares da narrativa é a relação do narrador com seu pai.

Hoje é dia dos pais.

Dia em que os tentáculos da saudade me agarram com potência máxima.

Os tentáculos desse livro, que me deu imenso prazer na leitura, ficarão comigo por um bom tempo também, até tirá-lo novamente da estante.

Pela lindeza de livro e sua profundidade, leva 5 de 5 estrelas.
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Ocelo.Moreira 14/01/2020

Memórias Fragmentadas
Ficção e realidade se misturam nesse livro escrito de maneira simples e impactante. O livro se trata de uma reflexão pelo próprio autor a partir dos seus 13 anos.

Tal reflexão perpassa três gerações onde sua história parece ser uma só, apenas parece, mas são lembranças que se juntam de forma fragmentada.

O livro na verdade é uma viagem inusitada pela memória de um homem no momento em que ele precisa fazer a escolha que mudará para sempre sua vida.

Esse é o segundo livro do autor que leio, o primeiro foi "A maçã envenenada", muito bom também. Mas gostei um pouco mais desse por ser mais direto e conciso.
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