spoiler visualizarLeituras da Lau 31/01/2021
O livro é constituído por cartas escritas pela filha para a mãe morta.
Me lembrou o livro O peso do pássaro morto de Aline Bei.
Aborda racismo, religião, violência, luto e amadurecimento.
Leitura rápida, porém muito reflexiva.
Mostra como uma criança tão madura já conseguia se afirmar como negra, ter orgulho disso, mesmo que suas amigas e parentes “não sabiam ser negras.”
A filha tinha uma visão super clara sobre o que acontecia com a mãe dela ao ponto de dizer que sabia que a mãe estaria mais feliz no céu do que na onde elas moravam.
Como ela não tinha mais a mãe, ficava indignada de como alguns colegas na escola tinha vergonha dos seus pais e mães e volta a reafirmar que se a mãe estivesse viva, ela não ia ter vergonha dela.
Uma das partes que me tocou bastante foi o amor e a importância de ser professora, como que a Sílvia foi importante para dar apoio e dizer que ela era inteligente, que conseguiria ser alguém na vida e isso acaba motivando-a ser professora também para ficar guardada na memória de seus alunos.
Aborda religião, pois antes dela ter contato com a Igreja, ela acreditava que Jesus era branco e provavelmente nascido na França, pois a sociedade em que ela vivia jamais aceitaria um Jesus negro.
Apesar de viver em uma casa que a avó não gostava dela, que a tia não a suportava, que uma prima não a aceitava e toda a sociedade racista, ainda sim o livro termina com ela tendo uma pontada de otimismo para um mundo melhor.
“O amor não tem nada a ver com a cor.”