Andrea 11/07/2011Aleluia, irmão! Há revisores no mundo!Olha, isso até pode parecer um pouco exagerado, mas depois de ler vários livros pessimamente editados, é pra levantar as mãos pro céu e agradecer quando se acha um onde a editora REALMENTE se preocupou com a qualidade. Posso até ter tido sorte com esse livro e o outros lançados serem totalmente meia boca, mas me deixem ser feliz com esse, só por um momento? Por favor?
Então, esse livro, eu pretendia comprar no original. E nem era pela história, mas por causa da autora mesmo. E não, nunca fui fã dela, mas coloquei na cabeça que queria ler e ficou. Quando finalmente fui pra encomendar minha cópia, fiquei sabendo que a iD ia lançá-lo em português. Bom, editora nova, preço razoável, mesma capa da edição original... Resolvi arriscar. Só agora pude lê-lo e olha, se soubesse que teria tanta alegria, teria lido antes. Ou talvez não, talvez precisasse disso depois de tantos livros ruins.
Como já comentei, a capa é a mesma original e isso é ótimo porque ela realmente tem a ver com a história. O papel usado (fotográfico? não tenho certeza, só sei que não é o comum) é muito bonito. Por dentro, é roxo (ooun, pra combinar) e no começo de cada capítulo há uma ilustração da flor da capa (flor de íris). Gostei da fonte usada. E do tamanho, não me cansou durante a leitura.
Agora, o principal: além da boa tradução (obrigada, Otávio Albuquerque!) houve revisão. Eu expliquei direito? Houve alguém (obrigada também, Maristela S. Carrasco!) que fez o seu trabalho e revisou o livro. Obviamente, há alguns errinhos, mas eles são tão insignificantes que eu, provavelmente, só notei porque estava procurando. Assumo, estava mesmo. Li com olhos clínicos. E te digo uma coisa: vocês deveriam ler esse livro só pelo cuidado que a editora teve com ele. Me custou um preço altamente razoável e olha que comprei basicamente no lançamento.
OK, você não vai comprar o livro só porque ele é bem feito (mas devia), então vamos à história. Começa MUITO bem. Do tipo que você lê e pensa, "putz, promissor". E vai lendo. Só que depois de, não sei, 2/3 do livro, eu comecei a achar que a história esfriou. Não, não esfriou copmpletamente. Só ficou... clichê? Não o resto, mas uma cena em especial. Aconteceu e eu pensei, "estragou a história". E realmente eu perdi um pouco a graça depois. Fora que a parte em Tóquio foi muito sem sentido. Houve algumas explicações aí e elas foram interessantes. Mas a coisa toda na praia? Pff.
O tema - que eu só fui descobrir enquanto lia, porque não conhecia a sinopse - é um dos meus favoritos, mas também é um dos mais complicados de se lidar com. Pode ficar meloso demais e estragar tudo. Não totalmente o caso dessa história. E foi isso que me fez tirar uma estrelinha da classificação, porque até então, eu queria classificar o máximo. Outra coisa perigosa também é terminar livro quando ele faz parte de série. Pior ainda quando ele é o primeiro. Alguns autores não sabem como fazer isso e te irritam mais do que te deixam curiosa. Aqui, a história terminou onde melhor poderia terminar. Mas obviamente se vê que há continuação.
Quanto aos personagens... Gosto do Ben, não posso evitar. Não de todo me surpreende que isso aconteceria. Ele é o amigo prestativo, fofo, carinhoso, que tá sempre alí... E outra coisa mais. A Clea, me deu vontade de sacudir algumas vezes, do tipo, "o que você tá fazendo, garota?". Principalmente depois da cena. (É, isso vai me incomodar até o final da história!) E o Sage... Não gosto dele. Não consigo! Desde o começo. E essa coisa das fotos me assustou.
Pra terminar, li alguma pessoa falando sobre as cenas passadas no Rio, que não tinha nada a ver a geografia do local. Bom, eu não conheço o Rio, então pra mim, tava tudo legal. Assim como não conheço Paris nem Tóquio. Nem pretendo conhecer por livros. Não por esse tipo de livro, pelo menos. Então não me incomoda nem um pouco essa falta de exatidão.
Espero a continuação, mas mais pelo Ben. Li a sinopse e achei, "ah meu Deus, ela vai fazer AQUILO". Mas né, quero saber como ele termina. Sempre.