O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Jacy.Antunes 18/09/2022

A árvore genealógica de Faulkner
Faulkner utilizou em O Som e a Fúria a técnica de fluxo de consciência utilizada por Joyce e outros escritores, fato que tornou difícil a leitura no primeiro capítulo.

A chave para identificar o tempo primeiro capítulo é identificar os tres cuidadores de Benji da infância à idade adulta.

Depois a leitura segue melhor, e acompanhamos a decadência dos Compsons pela perspectiva de três dos quatro filhos e da empregada da família.

Ao final, um apêndice do autor s faz o fechamento desse que sem dúvida é um dos melhores livros que eu já li esse ano.

 
Carolina.Gomes 22/09/2022minha estante
Desisti de ler esse ano, Jacy. Esse livro tem essa fama de ser difícil, por vezes incompreensível e eu vejo q ele divide opiniões. Sua resenha incentiva.


Jacy.Antunes 22/09/2022minha estante
Só o primeiro capítulo, que é narrado por Benji. O resto flui melhor. Eu gostei muito.


Vicente.Sanches 19/01/2023minha estante
É um dos meus livros preferidos! Já estou programando uma releitura. Acho que vai ser bem legal reler o primeiro capítulo sabendo do que acontece e entendendo a forma com que ele é composto.


Jacy.Antunes 19/01/2023minha estante
Vicente, fluxo de consciência precisa de uma leitura de apoio. Voltarei a ele ainda esse ano.




Brenda 28/04/2022

É árido e cru. A história me vem como um retrato tirado com uma lente vermelha. O autor conseguiu trazer uma narrativa que expõe a fragilidade, a confusão e a torpeza da condição humana de uma forma que eu nunca tinha visto. É um drama subjetivo que expõe a alma dos personagens, ao mesmo tempo que traz uma imagem maior, de um lugar e um povo muito característico. A proeza de Faulkner em trazer três narradores diferentes e conseguir escrevê-los de forma que suas vozes são únicas e totalmente diferentes uma das outras foi fenomenal (o mesmo não pode ser dito de Lúcio Cardoso em "A Casa Assassinada "). Uma obra prima.
MireilaMM 29/04/2022minha estante
Livro incrível, né? Ainda estou impactada com a leitura dele.


Brenda 29/04/2022minha estante
Virou um dos meus favoritos ? ansiosa pra começar a leitura de absalão absalão


MireilaMM 29/04/2022minha estante
Idem para as duas coisas ?




Luiz Pereira Júnior 04/03/2017

Difícil, mas obra-prima!
Nada de mentiras. É muito fácil escrever que li o livro virando páginas a todo instante e com enorme facilidade. Nada disso! Primeiramente, imprimi um resumo da obra e, a partir dele, lia o livro e acompanhava o filme homônimo. Tive, dessa forma, uma excelente experiência de leitura e, em momento algum, pensei em abandonar essa obra-prima. P.S.: Sempre deixo as leituras mais difíceis para o período de férias e esse (é claro!) foi o caso! P.S.2 (nada de Playstation!): devo destacar a excelente edição da Cosac-Naify (R.I.P. e, se der, ressuscite ao terceiro ano...). Enfim, boa leitura aos bravos!
Mirzão 04/03/2017minha estante
Mais difícil que a do Ulisses?


Luiz Pereira Júnior 04/03/2017minha estante
Sem esnobismos, mas não achei difícil a leitura de "Ulisses". Eu o li aos poucos, em época de férias, sem compromisso. Demorei mais de um mês para terminá-lo com calma e sem pular trechos. No entanto, um livro que tive enorme dificuldade para terminar foi "O homem sem qualidades". Esse foi aos trancos!


Mirzão 04/03/2017minha estante
Eu não li ainda "O homem sem qualidades". Obrigado professor!




Oz 06/12/2017

“Vou começar essa resenha como começa a primeira parte do livro.” disse o resenhista.

“Tudo bem.” disse o leitor.

“Mas talvez não seja muito agradável.” disse o resenhista.

“A gente tenta.” disse o leitor.

O teclado se aproximou do dedo e depois palavras apareceram na tela. EU DISSE QUE ERA UM BOM LIVRO, DISSE O ESCRITOR. OUVI PENSAMENTOS DE UM LOUCO. COLOQUEI UM PONTO FINAL NA FRASE. FIQUEI OLHANDO PARA A TELA E O COMPUTADOR TINHA CHEIRO DE BOLO QUEIMADO. Parei de escrever.

“Será que vai ficar mais fácil de entender?” disse o leitor.

“Talvez. Mas o começo é assim mesmo, um acúmulo de atos e descrições de sentidos, o que se passa na cabeça do tal do doido do Benjamin Compson” disse o resenhista.

“Interessante!” disse o leitor.

Então eu cheguei na segunda parte e decidi clarear um pouco as coisas (não muito) porque agora eu escrevo igual à mente atordoada de Quentin Compson. As coisas começam a fazer um pouco mais de sentido aqui, embora, agora, eu apresente a você, leitor, um fluxo de consciência desse jovem, cuja chance de ir estudar em Harvard poderia marcar uma reviravolta no destino não muito promissor dos personagens desse romance. Apesar da grande oportunidade, Quentin não consegue se livrar da marca da ruína de toda sua família ESSE É UM LIVRO EM QUE OS 3 PRIMEIROS CAPÍTULOS APRESENTAM A VOZ DE UM DOS IRMÃOS COMPSON – BENJAMIN, QUENTIN E JASON – SENDO QUE O NÍVEL DE CLAREZA NA FORMA DOS CAPÍTULOS VAI AUMENTANDO PROGRESSIVAMENTE E, AOS POUCOS, VAMOS ENTENDENDO O QUE ACONTECEU NA VIDA DESSES PERSONAGENS, vivendo perturbado pela perda da honra de sua irmã, Candance (Caddy). Percebi que o próprio Quentin nutre um certo tipo de amor incestuoso em relação à irmã, sendo mais um dos motivos que o leva
a tomar certa decisão
fatal.

Como uma nuvem que se dissipa no horizonte, finalmente entro na terceira parte do livro, onde mergulhamos na cabeça de Jason Compson. É só a partir daqui que a voz do narrador ganha “racionalidade” e linearidade para os acontecimentos que vão sendo narrados. “Ufa! É uma espécie de alívio!”, você, leitor, deve estar pensando, certo? Pois deixe de ser mesquinho e intelectualmente vagaroso, pois eu não tenho paciência com esse tipo de gente. Com certeza, eu não deveria perder meu tempo para escrever uma resenha tola que mastigue pedaço por pedaço um livro complexo a ser resumido em um ou dois parágrafos, como se fosse um invólucro de uma história banal. Pois Jason pensa assim e, do alto de seu preconceito, rancor e avareza, vai narrando seu ódio por todos ao seu redor. Como filho caçula, não recebeu nenhuma oportunidade de ascender na vida, ao contrário de Caddy, que casou com um banqueiro, e de Quentin, cujos estudos em Harvard foram financiados pelos pais. Mas ele haveria de se aproveitar dos outros, como você, leitor preguiçoso, poderá vir a descobrir se, por um acaso da vida, conseguir chegar até essa altura do livro.

Enfim, estamos na parte final do livro (ou pré-final, pois ainda há uma espécie de apêndice, resumindo a vida dos personagens) e da resenha. Antes de mais nada, peço desculpas pela boçalidade do início deste texto, pela confusão que veio logo a seguir e, finalmente, pelos insultos do parágrafo anterior. Tudo não passou de uma brincadeira para tentar mostrar o que você irá encontrar quando iniciar a leitura dessa obra de Faulkner. Agora, do alto da minha lucidez de resenhista imparcial e respeitoso, como um frio narrador em terceira pessoa, posso concluir essa rápida análise maluca de “O Som e a Fúria” com uma recomendação não menos do que empolgada para que você leia essa obra única. Não se engane quanto à dificuldade da forma, pois vale a pena transpor esse obstáculo (se é que pode ser chamado assim) e imergir em uma história da decadência de uma família sulista tradicional dos Estados Unidos, com nuances brilhantes das mentes de personagens fortes e únicos.

Apêndice da resenha:

E quanto aos demais personagens, os negros, empregados da família Compson? Eles não deveriam ser mencionados nesta resenha?

Sim. “Eles resistiram”.

Meu site de resenhas: www.26letrasresenhas.wordpress.com
Rodrigo1001 06/12/2017minha estante
Uma bela resenha Faulkneriana!


Oz 06/12/2017minha estante
Ao menos tentei! hahaha!


Salomão N. 23/12/2017minha estante
Linda resenha. *-*




Ricardo Rocha 24/05/2016

geração vem, geração vai, e nada muda. o que escrevi sobre cidadão kaine no filmow e aqui mesmo sobre um livro – pode ser qualquer deles – de cormac mccarth e sobre Proust (sim, houve quem desdenhasse de), terei de repetir. a partir da própria ideia de que gosto não se discute – se discute sim, mas nem trata disso, no caso – e passando pela questão do julgamento dos clássicos e tocando a questão da liberdade de qualquer um manifestar sua opinião – pode, desde que não a utilize como critério de qualidade e, Meus Deus, poder de vida e morte sobre as leituras alheias. Li ontem uma resenha de O som e a Furia. Uma boa resenha, diga-se de passagem. Com visões quase iguais às minhas na maioria dos pontos. Mais que isso, com opiniões sobre a vida (em outros post por aí) eu diria admiráveis. Então qual o problema? O problema é que, isso posto, ninguém deveria se achar o bastante para dizer “recomendo”. eu me constranjo. Vira e mexe alguém me pede “uma dica de livro”, e lá vou eu repetir a ladainha, não sei direito qual o teu gosto blablabla, mas se a pessoa insiste, acabo indo na estante dela e, a partir daí, tentando adequar algum livro de que tenha gostado a essas leituras. O que disse no filmow sobre cidadão kaine: eu não gosto. Mas não tenho o direito de, a partir do meu gosto, dizer que “não recomendo” um filme que está em dez de dez listas dos melhores de todos os tempos pra grandíssima parte dos cinéfilos. E isso faz tempo, tempo suficiente pra ter se consolidado como clássico de clássicos, clássico de um diretor que igual é clássico entre clássicos. Porém o meu leitor, o da minha leitura, pode não saber disso; pode querer a minha opinião específica – alguém pode ser tolo o bastante para isso, mas fazer o que? é um direito da pessoa e um dever meu escrever a melhor e mais isenta resenha possível, fugindo, passe o paradoxo, de entronar o meu gosto pessoal como o último dos critérios, a partir do qual direi “não recomendo”. como assim? quem sou eu? e se ao dizer isso impeço alguém de usufruir dessa leitura, desse filme, e, ouso dizer, fazer de sua vida um lugar melhor para se estar? agora vamos lá discutir opinião. O livro de cormac, acabo de ver, é “onde os velhos não tem vez”. No título da resenha se diz que deveria haver zero estrela para que pudesse ser avaliado corretamente; depois, diz que as pessoas que avaliam bem o autor (dentre as quais sam sheppard e o júri do premio Faulkner) devem estar loucas, e vai por aí, não recomendando ou pior que isso. E essa zero estrela dele está partilhada com todos os seus seguidores e amigos de skoob e sabe Deus onde mais ele postou. Se o livro é assim tão insuportável, e não é um livro fino, qual é o sentido de ler todinho pra manifestar tamanho desagrado? E dar sua zero estrela? Não dava pra abandonar e seguir a vida? Não – a opinião pessoal é o último critério de qualidade. Ah, sabe do que? Eu que devia seguir a vida e deixar pra lá esse tipo de coisa. Não consigo. Imagino alguém passando sabe Deus quanto tempo da vida elaborando um livro, tentando faze-lo da melhor forma possível, e alguém não gosta e não bastasse não gostar avisa pro seu mundo que não gostou e que ninguém deve perder seu tempo com tal romance – o tempo que ele próprio perdeu. E, de novo, o quje aterrolriza é que não é uma pessoa qualquer, é alguém que sabe escrever e que tem milhares de amigos/seguidores (mais uma razão pra ter um certo comedimento, no mínimo). Lembro dos tempos em que os fóruns de discussão era para isso, para que se conversasse, discutisse sobre os livros/filmes, para se adorar e destestar, expor as quais pelas quais, e deixar que as pessoas pudessem formar as suas. Hoje não. Meia dúzia se arvora nesse direito e lamentavelmente pessoas se permitem acatar os “não recomendo” como lei – oque, naturalmente, é outro problema, pq um critério baseado no eu não fosse tão facilmente acatado, tgampouco haveria tanta reincidência desse tipo de opinião...

quanto a o som e a furia, não vou cansar mais quem está lendo. está entre os melhores livros (eu mesmo não acho que sequer é o qjuinto melhor, mas muita gente boa acha que sim) de ujm dos maiores (pra mim o maior) escritor de todos os tempos. é isso
Natalie Lagedo 24/05/2016minha estante
Aguçou ainda mais minha vontade der este livro. Pena que me falta tempo!


Ricardo Rocha 24/05/2016minha estante
vc é jovem!...




Israel145 10/02/2016

Uma descida ao inferno familiar norte-americano
Reza a lenda que após ter seu 3° romance recusado pelas editoras, William Faulkner se isolou e concebeu um dos maiores romances da literatura norte-americana, sua opus magna, dando início à segunda fase da sua obra.
A princípio, a leitura de O som e a fúria não é de fácil e imediata assimilação. A história da decadência da Família Compson, outrora abastada e influente família tradicional sulista norte-americana, começa pelo ponto de vista de Benjamin, o filho caçula que nasceu com retardo mental. Faulkner usa uma narrativa não-linear, entrecortada por pensamentos bruscos e desordenados, no que parece ser um turbilhão de emoções inacabadas. Para trazer o leitor para o seio familiar, o autor traça as linhas iniciais do romance apresentando o mundinho dos Compson que desmorona visto pelo olhar imaturo de um idiota, o que chega a provocar certo cansaço no leitor mais tradicionalista, visto que a narrativa parece por vezes muito simplória.
Ao final da primeira parte do livro, que é dividido em 4 partes, a narrativa parece um pouco mais fluida. Nesse ínterim, o autor não se preocupa muito em explicar os motivos, as intenções e a história vão se contando por si só, atraindo (ou afastando) o leitor mais (ou menos) curioso.
O mundo de Benjamin, assim como todo o romance, é formado pelo lírico misturado com o grotesco, é o sonho misturado com a realidade, é a idealização misturada com a frustação. É a vida pulsando, cada vez mais rude e mais cruel. O reductum absurdum que o patriarca da família alerta um de seus filhos, Quentin, o protagonista da 2ª parte. O mundo visto por Quentin não difere muito do de Benjamin. Sua loucura não é de nascença, mas sim fruto da tradição auto-destrutiva dos Compson e de uma amor incestuoso por Caddy, sua irmã. Sem destino, vagabundando por uma cidade e perdido em meio a pensamentos imperfeitos (que o autor misturou sem piedade à narrativa) que só aumentam a sensação de angústia que o livro passa. Pensamentos imperfeitos e que são subitamente interrompidos como se nunca tivessem “sido pensados”. Prova da loucura iminente de Quentin? O peso que este carrega por receber o último quinhão dos Compson para se formar em Harvard como “a última esperança da família” e o seu amor incestuoso levam o pobre rapaz ao colapso. O recurso sensorial é usado e abusado por Faulkner para compor a narrativa. O turbilhão sensorial explode na 3ª parte (o odor da madressilva, a chuva doce, o chafurdo na lama, etc.) dando à história tons cada vez mais absurdos e por conseguinte, humanos.
A 3ª parte fica a cargo de Jason. Nessa parte do livro, Faulkner não lançou mão de recursos inovadores e a história, com uma profusão de personagens com nomes repetidos, chega ao seu clímax. Jason agora é o provedor da família, já que o pai morreu. E ele é a personificação do ódio, frustação, angústia e mesquinhez. Seu inconformismo tem como motivo principal a filha bastarda de Caddy (Quentin), criada pela avó com todas as regalias e sem propósito na vida e apresentada pela visão de Jason como “vagabunda igual à mãe”. A decadência familiar dos Compson atinge seu clímax com a criança bastarda expondo a falta de futuro e esperança para a família. O coração de Jason marcado pelo ódio, pelo racismo, pela mediocridade explode quando Quentin (sua sobrinha) desfere o golpe definitivo no seio familiar, implodindo de vez a estrutura decadente. O impressionante é que com esses recursos inovadores e brincando com o tempo na narrativa, Faulkner faz com que a história seja contada por si só, lançando mão da narrativa em 3ª pessoa apenas na parte final do livro.
Ódio, loucura, incesto, suicídio, racismo, vergonha, decadência, alcoolismo, mesquinhez, etc. Impossível listar a profusão de sensações, ações e situações degradantes apresentadas por Faulkner neste que é um dos grandes romances norte-americanos. Talhado por um gênio sem igual, observador impassível das famílias sulistas, crítico sagaz da sociedade humana, mais precisamente, a sociedade humana sulista norte-americana, Faulkner delineia uma mesma história vista com ângulos diferentes, com seu desenrolar convergindo para o que todos vivenciaram no dia a dia: a experiência humana em estado bruto. Crua, imunda e imperfeita. Um romance demasiadamente humano. Uma obra prima da imperfeição.
Mirzão 11/02/2016minha estante
Parabéns pela resenha!


Lô Becco 30/06/2016minha estante
Comprei ontem e tô doido pra ler. Já vi muitas resenhas sobre ele e, quanto mais dizem que é difícil, mais eu quero ler!




Fabielli.Rocha 10/01/2023

Orgulho por ter conseguido
Um dos livros mais difíceis e desafiadoras que já li, os personagens tem a complexidade psicológica aprofundada, o livro não entrega muito, e você acha que está pirando pq não entende muita coisa, as primeiras partes são de fluxo de consciência e diálogo interno, o que não ajuda muito, não tem ordem cronológica na primeira parte do livro e tem personagens com mesmo nome mas não necessariamente do mesmo gênero,  ou seja, uma bagunça que vai se "assentando" a medida que a leitura avança. O enrredo é simples, uma familia aristocrática que vai degringolando.


(contém spoilers)

O personagem que mais gostei foi o quentin, que foi traído pela própria natureza gentil e foi contaminado pela negatividade do pai, que via o mundo por uma ótica triste, não ficou claro pra mim mas acredito que o casamento da irmã foi um golpe fatal, embora eu não acredite que houve envolvimento incestuoso, havia um amor platônico (mais dele que dela).

A personagem que mais odeie foi Carolina, fraca (de espírito) e indelével e mesmo q anuncie sua morte aos quatro cantos parece que será a última coluna da família a se manter de pé, (vaso ruim não quebra) e apesar de durar mais, fez muito pouco pelos filhos, e por si mesma.

O mais injustiçado é o Benjy, sem dúvida, que não tem culpa da condição que nasceu, foi criado por terceiros, escondido e mal amado,  perdeu até o nome, que é nossa identidade primeira. Ele é bem sensível e parece que entende o mundo por imagens, cheiros e sons.

A cady não sei se gosto ou desgosto, ela é incompreensível, misteriosa e o ponto central da história toda.

Jason nem vale a pena sentir nada, mas acho que sinto pena, ele é o queridinho da mamãe, aquele que tem seus atos aplaudidos, mesmo os piores, e se tornam pessoas horríveis pq sempre justificam quem são por culpa de outros não se autoresponsabilizam por nada, são simples produto da maldade alheia.
Bruno Palmeiras 10/01/2023minha estante
Eu já parei uma vez, mas vou recomeçar


Fabielli.Rocha 27/01/2023minha estante
Sim, eu tbm parei uma vez, força q dá!




Erika 20/02/2023

O SOM E A FÚRIA
Bem vamos lá, eu gostei? Recomendaria? Não.

Não foi um livro que me arrebatou, talvez porque não consegui me apegar tanto nos personagens, acho que faltou alguma coisa, as primeiras partes acontecem em partes de lembranças então fica difícil de se comover realmente, o único personagem que eu realmente gostei foi o Benjamin e a Dilsey. É isso não muito o que dizer, talvez leia novamente no futuro.
Evelyn.Christine 02/03/2023minha estante
Me explica o porque da nota tão alta considerando o que disse na resenha? Kkkkkkkk socorro


Erika 28/03/2023minha estante
Na verdade era pra ser 3 estrelas, não sei se da pra arrumar, acho que não peguei de verdade o que o autor tentou passar, foi como eu disse talvez eu releia no futuro e mude de ideia né




Bual 31/12/2021

O tempo é desgraça do homem
Sobre?
Concordo com o Sartre: é um livro sobre o tempo, e como ele surrupiou o honra da familia Compson. Onde o passado é motivo de orgulho, o presente é decadência e o único futuro possível, invisível para as personagens, é a desgraça e o fim da estirpe.

O que mais?
Tem assuntos bem pesados, como incesto e suicídio; tem questões racistas; se passa numa cidade fictícia do sul dos Estados Unidos pós Guerra de Secessão; mas tem beleza também, principalmente o segundo capítulo; e tem um dos maiores [*****] da ficção: Jason Compson.

O que eu achei?
Apesar da dificuldade, o livro se conta, se preenche e se paga no decorrer dos capítulos. Se você conseguir atravessar o primeiro, mesmo que arranhado, você será recompensado.
Roberta 31/12/2021minha estante
Não consegui concluir essa leitura ?


Bual 31/12/2021minha estante
É como eu comentei, se você passar do primeiro capítulo, é só correr pro abraço.




@quixotandocomadani 06/06/2023

"estilhaçou o tempo e embaralhou os pedaços"
O mais interessante de tudo foi realmente a narrativa, só por isso, valeu a experiência! É muito legal a forma como os fatos vão se encaixando no decorrer do livro e o recurso utilizado para isso. A partir do terceiro capítulo a leitura fica mais fluída e começamos a encaixar as peças.  O apêndice, é a moldura do quebra-cabeça, fecha os detalhes. 

Não pude deixar de fazer uma analogia da experiência de ler esse livro com a vida...a primeira metade é super confusa, a linguagem, diálogos passados misturados com o presente, com os pensamentos do narrador, sem pontuação... Mas continua, só vai... observa... presta atenção nos detalhes... Que aos poucos as coisas vão fazendo sentido. Conforme vamos ganhando mais experiência, mais informações... ao olharmos para trás, conseguimos enxergar os fatos com mais clareza e com um novo olhar. E perceber isso lendo o livro é o que faz a experiência da leitura ser única. Por isso, dica!! Depois que acabar a leitura, releia pelo menos o primeiro capítulo. Fazer isso mudou totalmente a minha opinião sobre a obra. 

E no final, a recompensa pelo esforço, por insistir é o aprendizado e experiência que são só seus! 





site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
Diego Rodrigues 06/06/2023minha estante
Tenho esse aqui, mas estou sempre adiando a leitura para um momento mais calmo (que nunca chega haha). Gosto da proposta de uma leitura mais desafiante, no final é sempre recompensador!


@quixotandocomadani 06/06/2023minha estante
kkkk momentos calmos é o gente mais busca rsrs é verdade, às vezes dá vontade mesmo de encarar um desafio. Mas tem o momento certo ne! Boa leitura qdo vc for encarar esse!




Alexandre Kovacs / Mundo de K 16/05/2010

William Faulkner - O Som e a Fúria
Editora Cosac Naify - 331 páginas - Publicação 2003 - Tradução de Paulo Henrique Britto.

O Som e a Fúria, quarto romance de William Faulkner (1897 - 1962), foi publicado originalmente em 1929 e é considerado pela crítica sua obra mais importante. O tema central é o processo de desagregação e decadência da tradicional família Compson e seus últimos descendentes no ambiente racista do sul dos Estados Unidos. Faulkner utilizou técnicas modernas como o fluxo de consciência dos personagens, estruturas de tempo e espaço não lineares e, principalmente, diferentes vozes narrativas para compor esta história surpreendente, que não poderia mesmo ter sido integralmente compreendida na época, como explicou o próprio autor, vencedor do prêmio Nobel em 1949:

"Quando comecei o livro, não tinha nenhum plano. Eu nem sequer estava escrevendo um livro. De repente, parecia que uma porta se havia fechado, em silêncio e para sempre, entre mim e os endereços dos editores, e eu disse a mim mesmo: 'Agora posso escrever. Agora posso simplesmente escrever'".

A estrutura original do romance é dividida em quatro partes, cada uma constituída por pontos de vista diferenciados. Os principais personagens são os irmãos Benjy, Jason, Caddy e Quentin, que alternam as vozes narrativas com noções independentes de tempo e espaço. Nesta edição foi incluído um apêndice sobre a história da família Compson de 1699 a 1945, publicado pela primeira vez em 1946 numa antologia de Faulkner, e incluído, por recomendação do autor, em duas reedições subsequentes.

A primeira parte do romance é narrada por Benjamin Compson, ou simplesmente Benjy, um retardado mental de trinta e três anos, sem o domínio da fala. Esta sequência do romance é decididamente a mais difícil, um verdadeiro desafio para o leitor que se sente perdido no mosaico de impressões e sentimentos do personagem deficiente. Os eventos são introduzidos aleatoriamente e fora de uma ordem cronológica natural, neste ponto parece só haver uma forma de conseguir avançar na leitura que é deixando-se levar pelas sensações de Benjy e não buscar um entendimento racional do foco narrativo, desde que, a princípio, parece não existir lógica entre as causas e consequências. A irmã Caddy e a criada negra Dilsey são as únicas oportunidades de afeto para Benjy que é sempre considerado um estorvo e origem de vergonha para a família Compson. O título do livro é uma citação a Macbeth, onde William Shakespeare definiu a vida como "uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada".

O irmão mais velho Quentin, considerado como a esperança de redenção para a família quando foi enviado para estudar em Oxford, patrocinado pela venda do terreno da família para um campo de golfe, é o narrador da segunda parte do romance, onde o nível de dificuldade para o entendimento do leitor é semelhante ao do início, devido à mistura de fantasia e realidade deste personagem. Quentin alimenta um amor obsessivo e incestuoso por Caddy que o levará a um trágico fim, após o casamento da irmã. A filha bastarda de Caddy se chamará também Quentin em homenagem ao irmão.

A terceira parte é narrada de forma linear por Jason, último descendente da família e responsável por cuidar da mãe hipocondríaca, Benjy e Quentin (filha de Caddy). Somente nesta parte conseguimos entender de forma clara as relações entre os irmãos e o caráter promíscuo da irmã e sobrinha. O sádico Jason, no entanto, é o maior símbolo da decadência dos Compson.

A quarta e última parte é constituída por um narrador indireto, o próprio Faulkner, que ressalta a rotina de trabalho da velha criada negra Dilsey e seu filho Luster, inteiramente responsável por cuidar de Benjy. Fica caracterizado o contraste entre a fraqueza de caráter dos patrões e a firmeza moral de Dilsey que, apesar de ser tratada ainda como escrava, consegue manter a cega lealdade à família Compson, ou o que restou dela.
Paula 15/11/2017minha estante
Sua resenha foi muito esclarecedora, muito obrigada! Fiquei perdida no começo e fiz o que você indicou, me deixei levar ... e agora estou indo.


Gabi 25/11/2017minha estante
Esclarecedora a resenha. Nas primeiras páginas cheguei a pensar que faltava algumas folhas no livro. Só uma correção Quentin estudou em Harvard.




Ashtoffen 15/01/2009

quem colocar menos de 5 estrelas é tão demente quanto o Benjy.

Brincadeira
thiagobitq 22/01/2009minha estante
Já li 3 vezes! E quem deseja compreender bem deve ler essa obra mais de uma vez.

Esse é o melhor romance de Faulkner!

Leiam também "Enquanto Agonizo" e "Santúario"!


Rosa Santana 23/09/2011minha estante
thiagobitq, já li "Enquanto Agonizo" mas acho que não se equipara,nem de longe a "O Som e a Fúria", que para mim, é perfeito, tanto no que se refere ao conteúdo, quanto à forma.
O segundo livro de Faulkner, na minha preferência, é "Luz de Agosto". Muito bom, tb!!




Mari Pereira 03/04/2021

O livro, divido em quatro partes, tem uma narrativa confusa, truncada e na maior parte das vezes tediosa (o que pra mim é o pior).
O enredo demora a chegar e quando chega não é nada demais. História morna, sem graça, sem emoção.
Entendi o propósito do autor, só não me impressionei.
No fim, só ficou a tristeza por ter gastado tanto tempo pra ler um livro tão chato e que nada me acrescentou.
Erick Simões 23/04/2021minha estante
Meu, tua resenha define exatamente minha experiência de leitura. Livro Bleh


Mari Pereira 23/04/2021minha estante
Hahahahah
Minha pior leitura do ano, até agora.
Superestimado viu...




Thiago 15/05/2023

Sofrível
Terminei a leitura com muito esforço. Terrivelmente chato e confuso. A "melhor" parte foi o último capítulo*, que ajudou a explicar um pouco a confusão.
* Na verdade, foi adicionado depois pelo autor, como uma espécie de apêndice.
Aryana 15/05/2023minha estante
Eu li "Enquanto agonizo" desse autor e não entendi nada. Foi uma experiência agonizante ?


Thiago 16/05/2023minha estante
Fica a dica pra mim, então. Não vou sofrer essa agonia. kkkkkk
Depois desse livro, estou achando que vou riscar Ulysses (James Joyce) da minha lista também.




edzlke 05/04/2022

ai, ai?
Olha, eu entendi. Entendi o livro, entendi a sagacidade do autor, entendi a história: eu entendi. Não é um bicho de sete cabeças.
Mas ó: eu realmente só entendi.
Eu não fui tocada, eu não me emocionei, eu não senti nada. Eu só fiquei irritada e entediada pois achei os personagens muitíssimo enrolados.
Sei que é um livro super amado, hypado, etc, etc. mas não posso falar aqui que AMEI, porque não é verdade. Achei inovador e tal, fluxo de consciência em 1900 e bolinha, mas não achei bom, não foi uma leitura que terminei e fiquei impactada. Fiquei contente de terminar.
Michela Wakami 05/04/2022minha estante
Exatamente, minha maior alegria foi terminá-lo.




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