Tropas estelares

Tropas estelares Robert A. Heinlein




Resenhas - Tropas Estelares


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Felipe Novaes 22/12/2015

Dos principais autores de ficção científica, ou talvez dos mais populares, Robert Heinlein é o que menos vejo sendo comentado nas rodas de amigos nerds, nas redes sociais, na tv, em documentários. Isso pode dar a entender que Heinlein não foi um autor prolífico, mas o cara simplesmente escreveu à beça e criou histórias que nos fazem refletir sobre ficção científica e sobre sociedade.

Tropas estelares é a história mais famosa, talvez porque gerou um filme -- que não chega aos pés do Tropas Estelares original. A narrativa é em primeira pessoa, vivida por um militar. Acompanhamos desde os momentos de um civil relutante ao alistamento, até seu treinamento, até a saudade de casa e os momentos árduos como militar. A narração é tão boa que me sentir até certa atração por aquele mundo, pelo menos quanto a parte da disciplina, organização e compromisso com os companheiros, tudo em prol de algo maior.

Aliás, esse "algo maior" é uma das coisas que Heinlein coloca sob dúvida o tempo todo. A metáfora é uma guerra da Federação Terrana contra uma raça de insetos alienígenas que lançou um potente ataque contra nosso planeta. Nesse contexto é mais fácil entrar no modo "nós contra eles", em tese, mas Heinlein conta a história de modo tão sagaz que tem momentos em que ficamos "meio assim" junto com o personagem, sobre até que ponto toda essa guerra é mesmo justificável e nobre.

Pra falar a verdade, o questionamento é bem mais macro. A questão recai sobre a sociedade extremamente militarizada desse futuro que não é distópico, mas também não é utópico, em que, só pra se ter um exemplo instigante, o voto foi reservado para militares reformados -- nem os na ativa, nem os civis votam.

Enfim, esqueçam o filme e fiquem com as páginas em mente.
renatocaldas 15/03/2020minha estante
Tá aí! Coloquei na lista. E já vi o filme. Espero ser positivamente surpreendido.




Gustavo Kessaris 12/12/2015

A Árvore da Liberdade precisa ser regada de tempos em tempos com o sangue dos patriotas
O livro acompanha a carreira militar de Juan Rico, personagem que narra o livro em primeira pessoa, que é bastante diferente da ficção cientifica que estou acostumado. Possui aspectos da ficção futurista porém o foco está na sociedade militarista, portanto, leia esperando todas as fases de um romance militar e todos os mais diversos termos técnicos e específicos aos quais provavelmente, assim como eu, terá que pesquisar o que significam.

Não espere encontrar cenas alucinantes de batalhas ou grandes explicações como a tecnologia do futuro funciona, pois quem narra não é um engenheiro e sim um soldado, que sabe como funciona, mas não o porque funciona.

Fui surpreendido pois o foco do livro esta nos grandes diálogos e debates sobre a sociedade nesse futuro, nem distópico nem utópico, onde a Federação Terrana e suas colonias possuem um governo militarista, chegando a tangenciar o fascismo.
Esses debates fazem você realmente ponderar se esse tipo de sociedade funcionaria, e isso é o melhor do livro, pois incita aquele seu pensamento "e se", deixando que você pense nas próprias respostas.

Concluindo: Fiquei impressionado o quão imerso o livro pode ser te oferecendo as brechas para as próprias conclusões, mas ainda sim preso a perspectiva de um personagem que possui sua própria mentalidade.
Leia esperando um ótimo romance militar futurista e será surpreendido pela qualidade.

Obrigado a fazer um último ponto, já que existe um filme de mesmo nome que se diz baseado na obra.
Como em qualquer adaptação para uma mídia diferente muitos pontos são alterados, e como já mencionei a cima, o foco é totalmente alterado no filme, com grandes cenas de ação e um contato superficial sobre a conquista militar do protagonista.
Basicamente pegaram os momentos de combate do livro, que na verdade são na maioria táticos, e transformaram num filme de ação contra insetos gigantes.
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Marcos Pinto 03/12/2015

Inteligente
Inquietante é a palavra que define, em minha concepção, Tropas Estelares. Apesar de ser um livro de ação, a análise social contida na obra coloca o leitor para pensar e refletir sobre as convicções que possui, o que me deixou inquieto. Nesse misto de adrenalina e reflexão, Heinlein me ganhou por uma série de motivos. Confira tudo na resenha abaixo.

O jovem Rico está próximo a deixar de ser considerado um adolescente e de passar a ser um adulto. Nesta fase, ele tem a opção de se alistar nas forças armadas. Pela Constituição, ele não é obrigado; porém, caso queira, tem o direito de se alistar. A princípio, ele não tinha o menor interesse. Contudo, por ser impulsivo, acaba se deixando levar por um amigo e uma garota. Segundo o pai dele, Rico acabara de fazer a maior besteira possível em sua vida.

Ao ser aceito nas forças armadas, Rico acaba sendo destinado à infantaria. Definitivamente não era o que ele desejava, mas ele acaba se conformando. Aliás, se conforma até chegar à parte do treinamento. Quando o treinamento inicia, o protagonista começa a se questionar se o pai realmente não tinha razão. Afinal, correr por quilômetros, ficar noites sem dormir, “quicar” sempre que o general mandar e ser açoitado ao cometer uma infração não estava nos planos do protagonista.

“Mais uma coisa: isto é só uma incursão, não uma batalha. É uma demonstração de poder de fogo e terror. Nossa missão é deixar o inimigo saber que podíamos ter destruído a cidade deles, mas não destruímos, e que eles não estão seguros mesmo que a gente não use bombardeio total. Não façam prisioneiros. Matem apenas quando não puderem evitar. Mas toda a área que atingirmos é pra ser esmagada” (p. 14).

Para entender o futuro distópico baseado na ficção científica criado por Heinlein, é necessário compreender o conceito de cidadania. Dentro da estrutura política constituída, só é cidadão quem serviu por, ao menos, dois anos nas forças armadas; os demais são apenas civis. Ou seja, quem não serve não pode votar, não pode participar das decisões políticas e nem se candidatar, mas tem todos os outros direitos dos demais cidadãos: saúde, educação, liberdade e outros. Aliás, na obra os direitos são sim colocados em prática, diferente do que acontece atualmente.

Isso se dá porque o conceito de cidadania, nessa sociedade, é: colocar o direito, segurança e liberdade de todos acima da sua. Desta forma, você só é cidadão se estiver disposto a morrer para garantir a segurança da comunidade; você pode votar se estiver disposto a lutar por dias sem dormir, se preciso, para garantir a liberdade do grupo. Como se pode fazer isso? Nas forças armadas.

Esclarecendo esse conceito, é possível pensar a obra de Heinlein é um nível acima de uma mera ficção. A obra permite pensar discutir o conceito de cidadania, dos direitos dos cidadãos e, principalmente, de até onde o governo pode ou deve ir para garantir o bem comum. Além disso, também é possível observar as demais relações políticas, no âmbito do poder, e sociais, no âmbito do status.

“(...) serviço militar é para formigas. Pode ter certeza. Vejo como eles vão e vejo como voltam... Se é que voltam. Veja o que fazem com eles. E pra quê? Por um privilégio político puramente nominal que não vale um centavo e que, de qualquer forma, a maioria não sabe usar bem” (p. 51).

Apesar de toda essa parte teórica e crítica, a obra se desenvolve em um ritmo relativamente fluído. Digo relativamente porque temos picos de adrenalina nas batalhas e momentos mais lentos, onde são explicadas as relações sociais, a hierarquia militar e a relação diplomática da humanidade com outras raças alienígenas inteligentes. Ou seja, se pensar de maneira geral, a obra é equilibrada, apesar de haver momentos bem mais lentos.

Além de construir uma estrutura narrativa muito boa, Heinlein também merece parabéns pela qualidade de seus personagens. Eles são profundos, inteligentes e refletem muito bem a estrutura social do período. Ou seja, através deles também podemos verificar como “seres daquele tempo” pensariam e agiriam.

Outro ponto que merece destaque é a construção do enredo na área militar. O autor consegue apresentar bem as hierarquias, as funções e, principalmente, as batalhas. Aliás, que batalhas! Bem construídas, tecnológicas e muito estratégicas, elas nos deixam vidrados. Por mim, poderia até ter mais delas.

“– Acabei de receber minhas ordens.– Para quê?– Infantaria Móvel.Seu rosto se partiu num grande sorriso de felicidade, e sua mão agarrou a minha.– Minha unidade! Aperte aqui, filho! Vamos fazer de você um homem... Ou te matar tentando. Quem sabe os dois” (p. 60).

Se o enredo é muito bom, a parte física também o é. A capa é bonita e, apesar de parecer meio nebulosa no princípio, faz todo sentido após a leitura da obra. O livro também conta com uma boa revisão e tradução. A diagramação, por sua vez, está simples, mas bem confortável.

Diante de todos os aspectos, me resta apenas indicar a obra. Tropas Estelares é um livro que merece ser lido. Mesmo eu não concordando com todos os posicionamentos filosóficos do autor, considero a obra um dos expoentes dentre as boas obras clássicas de ficção científica.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/05/resenha-tropas-estelares.html
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Marques 21/07/2015

Robert Heinlein está entre os grandes da ficção-cientifica e essa obra mostra o porquê.

Numa discussão densa e comprometida, o autor discorre sobre democracia, autocracia e lavagem cerebral política sob o ponto de vista de um jovem ludibriado pelo Grande Leviatã.

Leitura recomendada a todos amantes de sci-fi roots, como Asimov, Huxley, Frank Herbert...
As cenas de combate não são o forte desse livro, portanto se estiver esperando por grandes cenas de luta e sanguinolência você ficará decepcionado.

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stsluciano 10/03/2015

Não tenho como começar essa resenha sem citar dois escritores que já afirmaram serem influenciados pela obra de Robert A Heinlein: George R.R. Martin e Neil Gaiman. Tá bom ou é pouco?

Heinlein é um dos grandes mestres da ficção científica, diversas vezes ganhador do Hugo Awards, um dos mais importantes prêmios para obras do gênero, uma delas, em 1960 pelo Tropas Estelares, que havia sido originalmente serializado um ano antes, na revista The Magazine of Fantasy & Science Fiction.

Meu primeiro contato com o Tropas foi com o filme de 1997 dirigido por Paul Verhoeven, mesmo diretor de Robocop, e que se não agradou tanto aos fãs do livro, ao menos conseguiu imprimir em mim a curiosidade de buscar pelo autor. Demorei um bom tempo para fazê-lo, e me arrependo um pouco disso, pois o livro me proporcionou uma das melhores leituras que fiz na vida.

No livro, em um futuro próximo, as nações como as conhecemos não existem mais – ao menos em sua representatividade geopolítica – , e uma grande federação governa não só a Terra como também os planetas colonizados. Há paz, há prosperidade, os impostos são baixos, assim como a violência, mas apenas pode votar e exercer a cidadania plena quem se alista nas forças armadas.

Até que a raça humana em seu desejo de expansão dos seus domínios chega a Klendathu, um planeta onde vive uma raça alienígena com formato insetóide, mas que se mostram inteligentes, organizados e perigosos. O homem dá o primeiro tiro, e assim começa a guerra.

Os historiadores parecem não conseguir concordar em se devem chamá-la "A Terceira Guerra Espacial" (ou a "Quarta") ou "A Primeira Guerra Interestelar". Nós a chamamos simplesmente de "A Guerra dos Insetóides", se é que a chamamos de algo (…)

Ao contrário do que poderia esperar a raça humana, mesmo se sentindo superior e portando exoesqueletos que lhes davam, em combate, maior resistência, força, acuidade, velocidade e muitos outros atributos, a guerra se mostra cruel e difícil de vencer, com os insetos numa proporção de centenas de milhares para cada combatente humano. Até que eles, os insetos, com o auxílio de uma segunda raça alienígena, dessa vez humanoides, descobrem onde fica a Terra, e fulminam Buenos Aires.

Por essa época, Johnny Rico, nosso protagonista, um jovem de família abastada que decide se alistar nas forças armadas mesmo contra a vontade de sua família, já está em serviço, tem esculpido em si um afiado senso de dever, mesmo que, tempos depois, reconheça que não sabe com certeza as razões pelas quais se alistou.

Apesar disso eu tinha me alistado para conseguir o voto.
Tinha?
Eu tinha me importado com votar? Não, era o prestígio, o orgulho, o status... de ser um cidadão.
Era?
Nem que eu precisasse disso pra salvar minha vida, eu não poderia lembrar por que eu tinha me alistado

O livro é narrado em primeira pessoa, com Rico relatando as durezas do treinamento militar e do desespero de uma guerra que ele percebe cada vez mais como perdida, apesar do que toda a “desinformação” da propaganda de guerra do governo queira fazer a população acreditar, além de traçar linhas gerais que atualizam o leitor quanto à criação do sistema de governo, da Federação Galática, dos primórdios da Guerra, o que é um grande mérito da narrativa do autor: falar de forma clara sobre assuntos complicados em um livro curto, de forma a deixar seu leitor a par de tudo o que acontece no universo do livro, e a tradução acompanha isso.

Por que, sim, essa é uma FC classicona. E, como representante de primeira grandeza do gênero que é, há discussões que englobam moral, ética, formas de governo e etc. O que mais diferencia, para mim, as FC clássicas das que são publicadas pelos autores atualmente – com exceções – é o foco narrativo: na clássica, elas são questionadoras do papel do homem em um futuro imaginário mas coeso, o que faz dele até mais hipotético que imaginário. Já nas atuais, o foco é o triângulo amoroso adolescente. Mas não estou criticando, acho que, se se considerarem as devidas proporções, cada qual tem sua razão de ser, e valem a pena serem lidas. Eu mesmo já me senti satisfeito com representantes de ambos os lados.

É por esta característica questionadora que “Tropas Estelares” tem sido vista como “uma das mais polêmicas obras de ficção científica já escritas”. Acho um exagero. Ela fala de militarismo, de fidelidade, de civilidade, mas tudo voltado ao universo do livro. Outros reclamam do destaque dado ao treinamento militar de Rico e a falta de explicações de conceitos tradicionais da FC, como as viagens estelares. Não senti falta do que não encontrei, nem acusei o golpe do exagero naquilo que o autor entregou. Pra mim, tudo foi muito bem balanceado.

A partir desse livro não posso dizer mais que tenho uma trinca de autores preferidos de ficção científica. Se desde “Encontro com Rama” Arthur C. Clarke já se insinuava uma tendência de eu tornar a trinca uma quadra, a partir de agora, Asimov, Aldiss e Bradbury tem mais dois companheiros. Minha trinca virou um panteão.

site: http://www.pontolivro.com/2014/07/tropas-estelares-de-robert-heinlein.html
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Alexsander.Camargos 01/11/2014

Tropas Estelares é um dos mais polêmicos livros da história da ficção científica. Escrito por Robert A. Heinlein, e publicado em 1959, mostra a Terra, em um futuro não muito distante, vivendo sob uma federação interplanetária, onde só exerce o direito de voto quem serve às Forças Armadas. A história mostra o treinamento e preparação de jovens soldados (com um realismo impressionante) até que estoura a guerra contra os temíveis e misteriosos Insetóides, poderosos alienígenas aracnídeos que podem destruir o sonho terrestre de expansão no universo.
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Rahmati 15/10/2014

Uma ótima ficção científica

Quando acabei de ler o Tropas Estelares bem, na verdade, quando estava lá pelo meio dele pensei: Engraçado, parece que não condiz muito com o que lembro do filme... E, pelo que li, eu estava certo.

Enquanto o livro traz uma narrativa mais política, militar e filosófica sobre aquela realidade, o filme traz naturalmente mais a ação. Contudo, me parece (preciso rever o filme) que foram bem fiéis à ideia original do que foi escrito pelo sr. Heinlein e bem escrito, por sinal. Li muitas críticas sobre o caráter "fascista" das ideias ali defendidas, mas acho que exageram um pouco nisso... Aliás, essa atual moda de "politicamente correto" já me deu no saco... Por que aquela realidade escrita por Heinlein não poderia ser, de fato, fascista? É uma criação dele, não é?

Enfim. Gostei muito mesmo do livro. Não tem tanta ação apesar de que, no final, tem uma cena muito interessante da incursão de Johnny Rico num planeta insetóide. Aliás, nesse ponto, os detalhes do livro são bem superiores aos do filme. No livro, as armaduras dos soldados são trajes impressionantes, inteligentes e resistentes; no filme, são trajes ainda mais simples que os de nossos soldados reais. Os alienígenas, os insetóides, no livro, são inteligentes, usam armas, têm veículos, cidades e naves espaciais; no filme, são bestas, ao que me lembro, irracionais. Contudo, voltando ao que dizia, apesar de não ter tanta ação, acho que a obra valeu, e muito, a pena por conta de seus momentos filosóficos, ainda que muito direcionados (ou será que não?) àquela sociedade.

Recomendo fortemente a leitura dessa obra, e acho que bem que poderia ter uma nova edição...

site: www.oblogdorahmati.blogspot.com.br
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Alessandro 04/04/2014

Um clássico da FC. Um bom livro, mas peca em alguns pontos.
Tropas Estelares (Starship Troopers) é um romance de ficção científica escrito por Robert A. Heinlein em 1959 e vencedor do Prêmio Hugo de Melhor Romance em 1960. Recomendo a leitura da edição da Edições GRD & Grupo Peças, com a competente tradução de Carlos Ângelo, de 1998.
Utilizando uma narrativa em primeira pessoa, o autor conta a aventura do soldado Johnny Rico, membro da infantaria móvel do exército. Após um ataque à Terra, que causa a destruição de Buenos Aires, a Terra parte para o ataque ao planeta dos seres que lembram aranhas.
O livro é listado como recomendado pela Força Aérea dos EUA, e quem lê percebe logo a razão disso. A estória exibe os ideais sobre os quais as forças armadas são baseadas: camaradagem, sacrifício, responsabilidade, distinção entre soldados e lutadores, entre ranques superiores e verdadeiros líderes.
Quem assistiu o filme de Paul Verhoeven primeiro pode achar o livro muito estranho, pois o ritmo, a mensagem passada e o nível de seriedade é completamente diferente, e pode levar o leitor a um pré-julgamento injusto com o livro.
Mas nem tudo é perfeito no livro de Robert A. Heinlein: o autor criou uma sociedade militarizada ao extremo, opressiva e sem ligação com as demais nações do planeta. A virtude dos cidadãos é medida pela dedicação militar, a cidadania plena só pode ser atingida (com direito à voto, por exemplo) após a prestação de serviço militar.
As questões científicas não são muito bem exploradas. As viagens espaciais não são explicadas muito bem, e o melhor que encontramos no livro é a descrição do traje de combate, uma espécie de exoesqueleto avançado cheio de recursos.
Muitos consideram essa postura muito fascista e por isso eu também classifico esse livro como apenas 4 estrelas.
De qualquer forma, é um grande livro, influenciou muito a literatura e o cinema do século XX: o filme Aliens o Resgate, por exemplo, usa termos como “bug hunt”, “the drop”, empilhadeiras exoesqueleto e os “Colonial Mariners” são tão fortemente inspirados no livro que os atores que os interpretaram foram obrigados a ler Tropas Estelares como preparação antes das filmagens.
O leitor pode achar exagerada a ênfase que o autor dá ao treinamento de Johnny, pois mais da metade do livro mostra apenas o treinamento, a outra metade suas relações com os oficiais e colegas, e resta muito pouco espaço para descrever os alienígenas, os combates e tecnologia empregada. Um excelente livro, mas não é perfeito.

site: http://leiturasparalelas.wordpress.com/2014/04/04/tropas-estelares-robert-a-heinlein/
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Rodrigo Januári 29/04/2013

...
Dos livros que peguei para ler despretensiosamente, acho que só me surpreendi e tirei mais prazer lendo O Príncipe de Maquiavel. Tropas Estelares foi um filme marcante na minha infância, violência, ação e sensualidade, o que mais um garoto podia querer? Bom, não posso dizer que as diferenças óbvias desde o começo entre a obra em si e a adaptação pro cinema me fizeram romper o estigma que o filme deixou em mim, mas mesmo notando as divergências, e adorando o livro do começo ao fim, até o fim acabei comparando os dois incessantemente. Entretanto, uma coisa ficou clara e mesmo sem em nenhum momento entrar em detalhes minimalistas, a minha emersão no mundo do livro foi total. Tive uma clara ideia de como tudo funcionava, física e socialmente, e todos os conceitos do livro me fascinaram de tal maneira que julgo a mentalidade que conduz toda a obra edificante, apesar de considerar alguns pontos principais da "filosofia" apresentada pelo autor meio falaciosa, mas mesmo assim me encantou, se eu não tivesse uma noção antropológica e filosófica básica ficaria completamente fascinado com o mundo que acabei de conhecer.
De fato, é uma leitura que a partir de hoje tenho como um clássico que vou recomendar com carinho aos meus amigos, simples, dinâmica, envolvente e rica em conteúdo.
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M. Zerbini 03/11/2011

Vive la guerre
Starship Troopers is a unique book, very hard to classify. It is science fiction, of that one can be sure, but in spite of being classified as “action” or “adventure” it doesn’t have a lot of those, what it does have is debates, loads of them.

It is narrated in first person by Johnnie Rico, a young upper class adult who decides to join the military against his father will. The story goes by the traditional events in military novel: Bootcamp, action, death of friends in combat, the rise to officership and so on.

As I have mentioned above, the discussions and positions in the book are amazing, The society described has many different views on citizenship, suffrage, civil responsibilities etc. One must recognize the book does flirt a bit with fascism, but it would be unwise to simply declassify it by this, the author defends it so cleverly that it begs to be discussed.

There are also some beautifully written lines with a considerable literary value, I would highlight both letters the main character receives, and some witted passages mocking the military life. One I still remember is during training a character complains about having to train in the dirty prairies to which one replies he shouldn’t complain; otherwise the sergeant would make them clean the prairies up!

A last note would be about the movie, people tend to always criticize movies when comparing them to books, conveniently forgetting they are completely different medias. What one should have in mind is that the movie has cutted out all the discussions of the book (with the single exception of a single dialogue between a professor and Rico right at the beginning of the movie) and has focused on the action. But I do feel they are the same story.


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Tropas estelares é um livro único, difícil de classificar. Ele com certeza é ficção científica, mas apesar de ser classificado como “ação” ou “aventura” estes elementos não são os principais, o centro do livro são suas discussões.

Ele é narrado em primeira pessoa por Johnnie Rico, um jovem adulto de classe alta que decide engajar nas forças armadas à revelia de seu pai. A estória passa pelos eventos tradicionais de um romance militar: treinamento, batalhas, a morte de de amigos em combate, a ascensão até o oficialato etc.

Como mencionei as posições to livro são impressionantes. A sociedade descrita possui visões muito diferentes das nossas sobre cidadania, sufrágio, responsabilidades civis etc. devemos reconhecer que o livro chega a flertar com o fascismo, mas simplesmente desclassificá-lo por isso não é uma alternativa sábia, o autor defende tão bem sua posição que ela implora ser discutida.

Existem também algumas passagens de altíssimo valor literário de tão bem escritas, eu destaco as duas cartas que o personagem recebe, e algumas linhas que tiram sarro da vida militar. Uma que ainda me lembro ocorre durante o treinamento, quando um personagem reclama de ter que treinar numa pradaria empoeirada, sendo respondido prontamente por um colega que diz ao primeiro para que não reclame, caso contrário os sargentos obrigariam os recrutas a limparem as pradarias!

Por último gostaria de comentar sobre o filme, há uma tendência de sempre se criticar filmes ao compará-los com livros, convenientemente esquecendo que se tratam de mídias completamente distintas. Devemos ter em mente que o filme cortou toda a discussão do livro (com a única exceção de um dialogo logo no início do filme), e concentrou na ação.
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Fábio 09/04/2011

Peculiar mas muito bom
Tropas Estelares é um dos livros mais peculiares que já li sobre Ficção Cientifica.

Interessante que pra muitos o livro é considerado facista pelo modo de governo descrito ao longo da história, estas são algumas das partes mais interessantes do livro junto com o treinamento da infantariua.

Polemicas a parte este livro deve ser leitura obrigatoria, em algumas partes parece um tanto datado mas não estraga em nada o prazer da leitura.

Conheço muitas pessoas que torcem o nariz pro livro por causa do filme (uma porcaria), posso garantir que o livro não só é melhor como tem pouco a ver com o filme.

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Diego.Guzzi 29/10/2010

Um dos melhores livros de ficção cientifica e extremamente atual, apesar de alguns detalhezinhos ultrapassados. è uma história incrível, diferente do filme em que mostram os treinamentos além das batalhas sobre o ponto de vista de um oficial e que é focado nas pessoas e parecidos com pessoas reais. É polemico e que merece ser lido.
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Douglas 10/04/2010

Quem assistiu ao filme não tenha ilusão de que o livro é parecido no que se refere aos exércitos do campo de batalha ou quanto à ação. O livro foi premiado por ser uma ótima ficção cîentífica, mas isto foi há muito tempo. Acredito que hoje seu texto está ultrapassado. Inicialmente achei a história interessante, mas depois entrou numa rotina em que praticamente só se explica a rotina, regulamentos e estrutura do exército terrestre que luta contra os insetos alienígenas que, diferentemente do filme, usam armas de tecnologia avançada. Há pouco ação nos campos de batalha e o livro se apega mais a discursos que foram considerados politicamente incorretos. Eu não diria que é uma má leitura, mas existem livros de ficção bem melhores e que merecem prioridade.
Amadeu.Paes 06/03/2014minha estante
Faço suas as minhas palavras, muito blá-blá-blá e pouca ação.


Orlando 26/01/2016minha estante
eu gostei, mas esperava mais, é um livro sobre a estrutura burocrática de guerra, não de guerra propriamente dita... é uma obra bem escrita, mas acaba sendo redundante em muita coisa


Caio Ribeiro 04/04/2018minha estante
Achei o a mensagem do livro bastante facista, isso me incomodou um pouco, principalmente nas aulas de "Moral" presentes no livro.




Sidnei 14/11/2009

Ótimo livro
Ótima história.
Não lembra nada o filme que fizeram. Se você assitiu ao filme e acha que conhece o livro, pode esquecer, um não tem nada a ver com o outro.
O tema central do filme é um e o tema central do livro é outro, é um livro que possui uma história que com poucas mudanças poderia ser usado para uma guerra atual.
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