Hibisco roxo

Hibisco roxo Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Hibisco Roxo


1311 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Phelipe Guilherme Maciel 22/10/2019

Um livro maravilhoso sobre diversas coisas, entre ela a Ancestralidade.
Chimamanda me deixou novamente maravilhado com a história de Hibisco Roxo. Já havia ficado fascinado com seus "Americanah", "Sejamos todos Feministas" e "Para Educar Crianças Feministas", e fui, sem medo de ser feliz, ler seu outro aclamado romance, "Hibisco Roxo".

O livro conta a história de Kambili e seus familiares, o irmão Jaja, seu pai e sua mãe. Quando comecei a ler, fiquei com medo. O livro é o primeiro trabalho da vida da escritora, e ela resolveu contar alguns problemas da Nigéria com a voz de uma narradora Católica, Rica, e Privilegiada. Achei que era um mal caminho a se tomar. Achei que seria difícil para a escritora desenvolver a ideia central do livro. Me enganei, e que alegria.

Através dos olhos daquela garota católica, de uma família poderosa, conseguimos ter uma ampla visão da Colonização branca na África, onde a cultura Européia foi levada e substituiu a cultura natural daquele local, sob argumento de que a língua daquele povo não era civilizada. O culto daquele povo era pagão e os levaria ao inferno. Os modos daquele povo deveriam ser substituídos por modos que os brancos adotavam, e por aí vai.

Há dois tipos de mentalidade abordadas naquele livro. O pai de Kambili era um homem de pensamento político liberal e democrático, mas profundamente colonizado, a ponto de deixar todos os seus laços familiares destroçados, pois mergulhou sem nenhuma crítica nas ideias que os europeus levaram como verdade absoluta. Outras pessoas, como o Padre Amadi, a tia Ifeoma, a prima Amaka, compreendem melhor as ideias dos colonizadores e sua própria tradição, conseguem levar vidas mais equilibradas, respeitando a sua ancestralidade e absorvendo também os novos conceitos que foram introduzidos no país.

Hibisco Roxo é um livro que aborda o racismo estrutural e institucional, evidenciando o desuso da língua de um povo em detrimento da língua do colonizador, a demonização da religião nativa de um povo, da cultura do povo, da mecânica de fazer tudo aquilo que o negro acreditava e vivia se tornar algo menos civilizado do que aquilo que o branco levava e apresentava.

Além disso, aborda a misoginia, a brutalidade do poder patriarcal, tudo na imagem do Papa Eugene, que mantém sua família sob braços firmes e truculentos, subjugando sua esposa financeiramente e socialmente, e seus filhos, sob uma ditadura familiar inabalável.

O livro expõe a hipocrisia dos governantes locais, a ditadura, os métodos de aniquilamento das vozes contrárias ao regime.

Mas Hibisco Roxo também é um livro que aborda a esperança, a vontade de liberdade, a descoberta de um novo mundo, de novas idéias. A vida de Kambili e Jaja com sua tia e primos, trás um alívio enorme ao leitor e tantas coisas boas são abordadas.

Um livro maravilhoso para a leitura de todos. Recomendo demais.
Lucas 22/10/2019minha estante
Incrivel como só leio elogios sobre essa autora, preciso conhecer o quanto antes o trabalho dela.


Phelipe Guilherme Maciel 22/10/2019minha estante
Ela eh considerada hoje como uma das grandes vozes da Africa... Certamente, a maior escritora Nigeriana da atualidade. Pode começar a ler por qualquer livro dela, que você vai se dar bem.


Lucas 22/10/2019minha estante
Acabei de baixar "sejamos todos feministas", começarei logo mais :D


Phelipe Guilherme Maciel 22/10/2019minha estante
O Sejamos todos feministas é extraído de uma palestra que ela deu no TED Talks e está disponível no Youtube legendado.


Natália 22/10/2019minha estante
uau! Muito bom. Me interessei.


Phelipe Guilherme Maciel 22/10/2019minha estante
Natalia, aproveite e leia tambem :D


Karina599 23/10/2019minha estante
Adorei a resenha e concordo com absolutamente tudo. Inclusive quando eu tive que ler na faculdade que minha professora deu um panorama geral da história eu pensei que seria uma ousadia escrever essa história de um ponto de vista privilegiado. Pois também me enganei é achei um ótimo recorte, mostrar os fatos por esse lado.


Phelipe Guilherme Maciel 24/10/2019minha estante
Karina, essa foi a questao mais complicada quando comecei a ler, mas nao demorou muito para entender que ela sabia exatamente o que estava fazendo. Um livro que consegue te nocautear quando precisa te nocautear, e tambem te encher de esperancas, como um Hibisco Roxo, bastante raro, numa terra tao machucada e sofrida.


Wilderlane Oliveira 24/10/2019minha estante
Excelente texto. Ao lê-lo revigorei minha memória quanto ao livro.
Um convite para quem não leu. E um deleite para quem já o leu outrora.




Alê | @alexandrejjr 17/03/2020

Para conhecer e crescer

Sempre tive curiosidade de conhecer o trabalho da Chimamanda. Do que lia a respeito, meu interesse só crescia. Em "Hibisco roxo", carta de apresentação dessa grande escritora nigeriana, nos deparamos com todos os temas que percorrem a ainda curta obra da autora: colonialismo, violência doméstica, emancipação feminina, desigualdade social e, é claro, racismo. Todos os temas são explorados na dose certa, no momento correto durante o decorrer do romance e tudo acontece através do olhar doce de Kambili, jovem menina negra e rica que integra uma família rigorosamente católica.

Apesar da escrita simples, sem grandes inovações ou aspirações estéticas, esses elementos - a menina protagonista e a classe social em que ela se encontra, caracterizando o espaço onde será contada a história - enaltecem os possíveis objetivos que Chimamanda busca em seu romance de estreia. É instigante entender o que se passa no microcosmo de Kambili e como funciona a dinâmica de sua família. De certa forma, os leitores acompanham a formação do caráter da nossa protagonista, a moldagem da sua visão de mundo que, é bom lembrar, é posta à prova através dos conflitos familiares.

"Hibisco roxo" é um livro importante. Mais do que isso: é um livro necessário. A quantidade de homens que o leem é, aparentemente, baixíssima se comparado ao número que eu julgo necessário conhecer essa história. Chimamanda mostra uma natureza masculina extremamente preocupante, perversa e inaceitável e, por esses e outros motivos, é preciso ler o que ela tem a dizer.
Ana Carvalho 17/03/2020minha estante
Leitura impactante!


Alê | @alexandrejjr 19/03/2020minha estante
Realmente, Ana. Quanto mais próxima da protagonista for a leitura, maior o impacto.


flapicolo 17/05/2021minha estante
Todos os livros dela são maravilhosos. Esse aí e Americanah foram os que mais gostei!


Alê | @alexandrejjr 11/06/2021minha estante
Realmente, Flavia. Acho que ela já é uma forte concorrente ao Nobel, inclusive. Infelizmente, por pura incompetência, "Hibisco roxo" ainda é o único livro que li dela. "Americanah" está na lista sem fim, mas antes dele quero conferir "Meio sol amarelo", pois parece o meu tipo de estória!


samuca 28/06/2022minha estante
Esse está na minha lista. Quero ler ainda esse ano


Linara.Chaves 29/06/2022minha estante
??????????


Jamile157 29/06/2022minha estante
Livro extremamente necessário, é de fato uma escrita simples, porém me tocou fundo. Já tenho vários dela na minha lista.


Alê | @alexandrejjr 01/07/2022minha estante
Obrigado pela leitura, Linara!

Jamile, já sabes qual é o próximo dela que tu vais pegar? Eu quero seguir com "Meio sol amarelo", me parece o romance mais maduro dela...


FAtima311 26/11/2023minha estante
Estou lendo agora. Gostando muito.




Eduardo 29/11/2022

"Eu nunca sorria depois de rezar o rosário em casa. Nenhum de nós sorria."
Mesmo através de uma prosa simples e sensível, a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie faz de Hibisco Roxo uma narração árdua e intensa, que toma lugar em um dos momentos mais importantes da história do país: o instável período após sua independência da Inglaterra, marcado por fortes conflitos civis e sucessivas tentativas de golpes militares. Esse contexto nos ajuda a entender alguns episódios do núcleo político da obra, mas também a compreender as reminiscências - não só políticas, como também culturais, religiosas e econômicas - do período colonial, peça fundamental e força motriz de todo o romance.

Kambili é uma adolescente criada em uma restrita e conversadora família católica, chefiada por Eugene, um homem extremamente autoritário, que faz uso de conceitos fundamentalistas de sua religião para transformar seus familiares em prisioneiros de seus dogmas. Estritamente regrado, o patriarca controla não apenas os horários de seus dois filhos, como também suas companhias, rotinas e visitas. Kambili e Jaja - seu irmão mais velho - são forçados a conceber o mais alto desempenho em seus estudos, sendo fortemente castigados quando não o conseguem.

Em outra ponta está Beatrice, a esposa de Eugene, vítima constante de humilhações psicológicas e violência doméstica. Totalmente submissa às ordens do marido, inicialmente ela sequer é capaz de proteger seus filhos, mas habita em si a consciência do que acontece em sua família, algo que, aos poucos, florescerá de maneira peculiar, ao mesmo tempo em que seus filhos passarão por uma transformação parecida.

Falar de Hibisco Roxo é falar de personagens complexos, mesmo que estejam imersos em uma narrativa aparentemente despretensiosa. O que jamais pode ser considerado simples são as consequências multifacetadas que resultarão desse enredo, que envolve, dentro do âmbito familiar, um mergulho na história e cultura popular da Nigéria, nas religiões e línguas locais, tudo isso contribuindo para a construção de uma "identidade onisciente", uma característica que, como já se sugere, permeia todos os núcleos, servindo de alicerce para uma espécie de "epifania velada" que se seguirá nos momentos finais da obra.

A trama é iniciada com Kambili descrevendo um momento de revolta de Jaja à mesa, desafiando as ordens do pai e o rito sagrado que o mesmo promove em casa, justamente em um Domingo de Ramos, data de muita importância dentro da tradição católica. Na realidade, essa revolta não tem fundamentos religiosos; é uma rebeldia de enfrentamento ao pai por seu caráter autoritário e violento, e que usa o fundamentalismo religioso do pai como vetor. Entretanto, essa cena é uma consequência da história que ainda será narrada, adiantando-nos as mudanças significativas pelas quais tanto Jaja quanto Kambili haviam passado.

Cronologicamente, o enredo começa quando Eugene permite que os filhos visitem, por alguns minutos, o avô paterno, Papa-Nnukwu, por insistência de Ifeoma - a irmã de Eugene. Por ser considerado pagão, visto que não havia se convertido ao cristianismo e conservava suas crenças locais, Papa-Nnukwu era impedido de ver seus netos pelo próprio filho, tanto que Eugene nem mesmo o visitava, muito menos permitia que ele os visitasse.

Nesse ponto, é relevante destacar que, como resultado da colonização britânica, muitos nigerianos foram influenciados pela catequização dos brancos, processo bastante comum em países coloniais. Foi por conta dessa imposição religiosa que muitos habitantes abandonaram suas crenças e passaram a seguir o cristianismo, o que acabou gerando, em muitos nigerianos, uma espécie de fanatismo religioso, caso esse que se encaixa perfeitamente na história de Eugene. Ajudado - em especial financeiramente - pelos cristãos, ele viu sua vida mudar de modo completo, tornando-se um homem extremamente rico, poderoso e influente, dono de diversas fábricas alimentícias. Um dos motivos pelos quais ele coloca seus rituais acima de quaisquer outros tem a ver, entre outros fatores, com uma espécie de agradecimento aos cristãos que mudaram sua vida. Todavia, como lhe foi ensinado que tudo o que é contra sua religião deve ser amplamente rejeitado, ele rejeita também quaisquer outras pessoas que não compactuem com suas crenças, incluindo seu próprio pai, que não se submeteu ao processo de catequização. Essa intolerância é, desde sempre, repassada a Jaja e Kambili, tornando-se, para os dois, algo completamente natural.

Ademais, é importante ressaltar que o extremismo religioso de Eugene se deu também devido aos abusos psicológicos que ele sofreu durante a "intervenção branca". Esses abusos, consequentemente, são repetidos em sua família, sendo ele o interventor. Diante disso, compreendemos a naturalidade com a qual Kambili narra as atrocidades vividas dentro de casa, como a cena em que ela e o irmão limpam o sangue da mãe espancada no chão, como se estivessem apenas realizando uma mera faxina; ou como quando Eugene leva Jaja para o hospital depois de ter esfolado a mão do filho por ter errado duas questões na prova de catecismo. Sendo educados pelo método da submissão, com consequentes severas punições físicas e psicológicas, ainda que seja revoltante, a narração passiva de Kambili é apenas fruto da naturalização da barbárie familiar, agravada pela privação que lhes é imposta de viver abertamente a vida e conviver em sociedade.

De volta ao enredo, após a visita ao avô, é Ifeoma quem novamente convence Eugene a deixar que os filhos façam uma viagem, dessa vez para sua casa, para que passem um tempo com os primos. É a partir daí que a semente da consciência é plantada. Durante os dias que passam na casa da tia, eles conhecerão uma realidade completamente diferente da sua: Ifeoma e seus filhos - Amaka, Obiora e Chima - são pobres, inclusive passando por dificuldades financeiras que têm consequência, aliás, na rotina alimentar. A casa é simples, a água - não encanada - deve ser usada com cautela e os móveis são precários; no entanto, apesar da aparente dificuldade inicial, Jaja e Kambili aprendem a se adaptar. Aprenderão, no entanto, algo muito mais precioso: a liberdade.

Ifeoma, professora universitária, transita entre o catolicismo e as tradições nativas, educando os filhos de maneira livre, de modo a estimular neles o pensamento crítico, o que causará um impacto cultural gigantesco, aparentemente mais em Kambili do que em Jaja, porque o irmão se desabrochará com muito mais facilidade para acolher essa nova visão de vida. Kambili, entretanto, ainda apresentará certa resistência, ficando chocada com o modo como os primos discutem de igual para igual com a tia, como se sentam à mesa de forma descontraída e como conversam sobre temas que, em sua casa, são proibidos.

A resistência de Kambili ao observar a vida além de suas próprias paredes se dá por um curioso conflito interno, que tenta derrubar uma espécie de idolatria que ela tem pelo pai, o que não a torna de modo algum conivente, mas a deixa desarmada, porque, segundo o pai, todos os castigos - físicos e psicológicos - são etapas diretamente vinculadas à "vontade de Deus". Impotente diante dessa vontade, ela demora a se questionar. No entanto, três pessoas contribuirão para que esse processo se acelere: a prima Amaka, que a estimula a questionar; o padre Amadi, personagem bastante complexo e uma figura religiosa totalmente diferente daquelas com quem Kambili havia se habituado; e o próprio Jaja, que representa uma espécie de força e inspiração para a irmã, e que passa, então, a se sentir responsável pela transformação a caminho.

A condução da história pela voz de Kambili nos remete a sensações de medo, submissão e silêncio. Diante de seu próprio contexto, a menina é relutante a transformar seus sentimentos em palavras, a dialogar, a denunciar, tanto que as consequências desse novo florescer são repassadas de um modo ainda quase neutro, como no início do romance. É de se esperar que, depois de tantos anos sob o regime do pai, nem ela nem o irmão sejam capazes de se conscientizar repentinamente; a certeza da punição ainda os assombra.

Quanto ao papel da própria Chimamanda em seu texto, é válido dizer que em momento algum a autora lança críticas a qualquer religião, pensamento dogmático ou preceitos e rituais; as críticas de Hibisco Roxo são concentradas essencialmente na deturpação humana das crenças religiosas para que o homem as use como alicerce para defender sua maquinada posição autoritária, sua violência e seus preconceitos. Aí se encontra Eugene, uma personificação de grande parte dos deuses de dezenas de religiões - aquele que é severo e punitivo, mas que também se compadece e sofre com seus filhos. É um pai bárbaro e descomedido, mas que derrama lágrimas depois de violentar os filhos; é desprezível com seu próprio pai e gente da sua própria terra, mas um grande filantropo e ativista político (é dele um dos pouquíssimos jornais de oposição ao governo e pró-democráticos da Nigéria). É um personagem complexo, e que nos deixa com a seguinte pergunta em mente: teria sido ele diferente se não tivesse cedido a um cego fundamentalismo, fruto de uma "dívida moral" com seus colonizadores?

Hibisco Roxo é um livro necessário, e é interessante ver como tantas discussões podem se desdobrar de uma obra mais ou menos despretensiosa. Mas talvez seja esse mesmo o propósito da autora: não apenas admirar o resultado, mas, sobretudo, observar todo o processo de desabrochamento, assim como acontece com o próprio hibisco roxo, uma planta relativamente rara e que floresce alegremente no jardim de tia Ifeoma. É Jaja quem decide levar uma muda para casa. É no jardim deles que agora florescerá algo novo que eles tiveram a oportunidade de conhecer, ainda que tardiamente. É Jaja quem planta, é Kambili quem descreve e participa do florescer, mas a colheita é para todos.

"(…) Fiquei surpresa de ouvi-lo [Papa-Nnukwu] rezando por Papa com a mesma sinceridade com que rezava por si mesmo e por tia Ifeoma.
- Chineke! Abençoe os filhos dos meus filhos. Deixe que seus olhos os acompanhem para longe do mal e perto do bem.
(…)
(…) Ele ainda sorria quando me virei silenciosamente e voltei para o quarto. Eu nunca sorria depois de rezar o rosário em casa. Nenhum de nós sorria." (pp. 179-180)
mpettrus 29/11/2022minha estante
Nossa, essa resenha ficou maravilhosa ???????? Objetiva, mas sem deixar de pontuar algumas análises subjetivas; sucinta e breve, embora seja um texto extenso, mas soube sintetizar um dos temas do livro que é o fundamento religioso. Acredito que também o que mais te chamou atenção. Isso também chamou muita a minha atenção e despertou-me a curiosidade pra embarcar na leitura desse romance. Parabéns pela resenha.


ROBERTO468 30/11/2022minha estante
UOUUU Que resenha maravilhosa, eu quero muito ler, principalmente pela autora ser a Chimamanda, e tu ressaltou que é um livro necessário, amo personagens e narrativas complexas, ele deve levantar questões importantes né?!


Eduardo 30/11/2022minha estante
Valeu, Mitchell! Muito obrigado ? Fico lisonjeado com seus pareceres. Aliás, eu gosto de texto extenso; gosto de esmiuçar tudo kkk. Sim, o fundamentalismo religioso é o ponto essencial, porque é consequência da colonização, mas também causa tanto do cotidiano da protagonista quanto da mudança que ela sofre. Vale muito a pena. Recomendo demais a leitura!


Eduardo 30/11/2022minha estante
Opa, Junior! Valeu. Muito obrigado ? É um livro com debates realmente necessários e complexos, porque são tratados de forma subjetiva, de modo a levar o leitor a questionar as ações de cada personagem. Recomendo muito!


mpettrus 30/11/2022minha estante
Beleza, Dudu!!! Recebi a notificação do YT de que você lançou vídeo novo no canal. Logo, logo eu vou parar pra assistir porque deve ser sobre esse livro. Grande abraço ?


Eduardo 04/12/2022minha estante
Sim, é sobre esse livro mesmo, Mitchell. Muito obrigado ?? Grande abraço!


Márcia Naur 01/02/2023minha estante
Confesso que não gostei da escrita. Enrola Demais. Tentei ler Americana e senti a mesma coisa.?




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Hibisco roxo, Chimamanda Ngozi Adichie - Nota 9,5/10
Para quem vê de fora, a família de Kambili aparenta ser perfeita (para o ponto de vista de uma família tradicional/conservadora da Nigéria). Pai bem sucedido, filhos educados e estudiosos e uma esposa que cumpre sua função de dona de casa. No entanto, o livro vai abordar justamente a realidade que se esconde dentro da rotina da casa de Kambili, uma realidade que revela as consequências catastróficas do fanatismo religioso. O pai da protagonista é um cristão fervoroso e que faz de tudo, até recorrendo a castigos físicos, para impor suas crenças e tradições sobre os filhos e esposa. O mais interessante do livro está no choque cultural vivenciado por Kambili e seu irmão quando vão passar um tempo na casa da sua tia, em um bairro universitário e simples da Nigéria, onde estarão livres da tirania familiar criada pelo pai. O encanto dos dois pela liberdade contida em pequenos detalhes do dia a dia dos primos é impressionante e deixa claro os efeitos negativos que o fanatismo religioso e a intolerância podem gerar.

site: https://www.instagram.com/book.ster
Suelen Vidal 03/03/2020minha estante
Chorei com esse livro ....


Margô 19/07/2020minha estante
Sou uma admiradora de Chimamanda, e confesso que todas as obras que li, permitiram-me boas reflexões, além de conhecer alguns aspectos do povo Ibo, e da cultura nigeriana, além das intricadas relações étnicas. Contudo Hibisco Roxo, é a minha obra preferida!


Angel 14/08/2020minha estante
Lendo esse livro e adorando, Chimamanda traz de forma muito únicas boas reflexão acerca da sociedade


Thalita.Evandro 06/01/2021minha estante
Muito envolvente, a maneira como é narrada a história, as descrições detalhadas prendem demais a leitura.


Iris 10/01/2023minha estante
Estou lendo e amando muito


Barbara.Monteiro 12/04/2024minha estante
Estou amando o livro, embora seja triste ver o que os filhos passam dentro de casa e como eles são fechados para os outros e para o mundo. Várias vezes me vem a vontade de chorar. Mas estou maravilhada com o livro.




Juliana 19/11/2020

Montanha Russa de emoções
Eu passei por uma montanha russa de emoções lendo esse livro, gente. De verdade! Em alguns momentos eu queria gritar tacar o livro na parede, em outros eu queria chorar, outros eu queria me confessar por estar shippando o shipp do livro. kkkkkkkk

O núcleo da tia Ifeoma é tão lindo, pessoas tão pobres e ao mesmo tempo tão felizes, tão educadas (e quando eu falo de educação, falo de conhecimento), diferente de Kambili e Jaja, que estudaram nas melhores escolas e tem uma educação defasada, ultrapassada e arcaica que ajuda na perpetuação das estruturas patriarcais da sociedade.

Quando o núcleo estava na casa da Kambili, eu ficava querendo chorar. Queria estar lá pra conversar com a Kambili e explicar porque aquelas atitudes do pai dela eram tão erradas, que aquilo não era normal, que uma pessoa ser boa para a comunidade local, não significa que ela é boa pra família. É um livro tão cheio de gatilhos com violências físicas e psicológicas, desigualdade social, governos conflituosos, os efeitos conflituosos do imperialismo na Africa. Pessoas brancas que ditaram a cultura "correta no continente durante a colonização. Marcas essas que se perpetuam ao longo do tempo. Triste de ver.

Um livro que te deixa angustiada do início até quase o fim, e depois ele tem um finalzinho pra te deixar com o coração quente e esperançoso.💜💜

site: https://www.instagram.com/egua_do_livro/
juliaalves 19/11/2020minha estante
Chega me deu vontade de ler agora!


Juliana 19/11/2020minha estante
Super indico! Meu primeiro livro lido da Chimamanda e já quero ler muitos outros.


Daniana.Bittencourt 20/11/2020minha estante
Rindo muito aqui do que você escreveu: "eu queria me confessar por estar shippando o shipp do livro". Verdade. Eu também kkkkkk


Juliana 23/11/2020minha estante
Mas juro que eu realmente quis me confessar. Fiquei torcendo pra ele largar lá e ficar com ela... Perdoa Deus! KKKKKKKKKKKKKK


Daniana.Bittencourt 24/11/2020minha estante
????




Marcos774 20/05/2022

Perfeito!
Simplesmente demais esse livro. Você vai entrar na história e se deparar com um personagem que, "cego" por uma religião, praticamente destrói sua família. Há cenas chocantes que farão você querer parar de ler o livro, mas também farão você querer terminar logo a leitura para saber o final de alguns personagens. Fé cega x ensino, um duelo que só reforçará a ideia de que o conhecimento é tudo na vida de um homem livre.
Dea 20/05/2022minha estante
Que bacana! Ele está nas minhas metas de leitura desse ano.


Marcos774 20/05/2022minha estante
Por favor, leia! Só isso que peço a você. Mas se prepare que às vezes é desconfortável e difícil ler alguns parágrafos. Mas vale muito a pena.


Dea 20/05/2022minha estante
Dá uma olhada nas minhas metas deste ano. Exatamente com a capa que tenho :)


Marcos774 20/05/2022minha estante
Nossa! Só lê coisa boa! Parabéns! ??????????


Dea 20/05/2022minha estante
Bem-vindo ?




Polly 02/03/2020

Hibisco Roxo: colonialismo, machismo e racismo (#100)
Comecei a ler Chimamanda pelos seus "manifestos": Sejamos Todos Feministas e Para Educar Crianças Feministas. Foi a primeira vez que realmente abri os olhos ao feminismo, pois até então eu não me via como uma mulher feminista. Chimamanda me fez ver o quanto assumir essa identidade é necessário.

Eu imaginava, sim, que seus romances fossem vir cheios de personagens que sofrem opressões machistas, quase sempre tão normalizadas. A gente sempre escreve sobre o que respira e vive, e eu sabia que a alma dessa escritora respirava justiça social e luta contra o machismo. Porém, eu não imaginava que seria tão intenso, tão avassalador.

A história de Kambili é pesada, não só porque fala do machismo tão entranhado e normalizado dentro de sua própria casa, mas porque também retrata todos os males do abuso da autoridade parental, da religiosidade fanática, do colonialismo e do racismo estrutural, que faz com que as próprias vítimas o reproduzam e odeiem a si próprias.

Eugene, pai de Kambili, é a mais triste faceta do colonialismo branco europeu. Eugene odeia a sua própria cor, odeia a sua própria cultura, odeia a sua própria história, e faz da vida de sua família um verdadeiro inferno, pois ele deseja que todos eles sejam algo que nunca serão, e que nem precisariam ser, que não deveriam ser. Eugene vive do ódio que sente e Hibisco Roxo nos encharca dele e nos faz definhar junto a Kambili, sua mãe e seu irmão.

Hibisco Roxo ainda explora o aspecto histórico e político da Nigéria, que como todos os países que passaram por processo de colonização, possui uma democracia frágil. E, em algumas coisas, o livro parece contar também a nossa história. O livro parece falar do Brasil. Não dá para não ver as semelhanças.

É impossível respirar durante algumas passagens de Hibisco roxo, pois elas são doloridas demais. É impossível não identificar covergências entre a história de Kambili e as histórias reais que a gente vê na TV, ou ouve falar, ou que conhece. Chimamanda escreve sobre pessoas reais e isso é o que mais dói, que tudo aquilo não é só ficção.

Aconselho muitíssimo a leitura de Hibisco Roxo. A escrita da autora é uma das coisa mais fascinantes com que já tive contato, ainda que bastante simples. Pretendo ler todos os outros escritos por ela. Chimamanda é, com certeza, uma autora para ser lida o quanto antes!

P.S.: Nem acredito que cheguei na minha centésima resenha no Skoob

site: https://madrugadaliterarialerevida.blogspot.com/2020/04/hibisco-roxo-colonialismo-racismo-e.html
Ane Elyse Fernandes 20/03/2020minha estante
Uau! Que resenha incrível! Hibisco roxo me fez odiar tanto Eugene, mas infelizmente continuam existindo pessoas como ele em nossa realidade. Gratidão por compartilhar conosco suas reflexões!


Ana Rosa @aleatoriosda.ana 20/07/2020minha estante
Cheguei a metade da história agora. A sua resenha é maravilhosa


Flor do Mandakaru 26/05/2024minha estante
Parabéns pela resenha


Flor do Mandakaru 26/05/2024minha estante
Estou em pouco mais da metade e os sentimentos são iguais aos expostos na sua resenha




Flora.Proiette 08/02/2018

Falhou
Bom, para mim a leitura começou muito prazeros e fiquei presa na história, nos personagens. Depois a coisa parou. Senti que a autora fazia descrições demais, mto mais do que mostrar o pensamento e sentimento dos personagens. As descrições eram genéricas e não acrescentavam em nada na história. Me arrastei até o fim. Então me dei conta : era pra ser sobre empoderamento feminino, mas tudo se mostra contrário a isso.
Mila.Mesquita 16/02/2018minha estante
Acho q vc confundiu o livro. Em nenhum momento a sinopse fala q é sobre empoderamento feminino.
Mais gosto é uma coisa pessoal né. ; )
Só quis dizer q não se trata disso o livro.( sem confusão).


Dani Ferreira SS 21/06/2018minha estante
undefined


Vanuza.Dias 20/12/2018minha estante
Achei o livro bem maçante...


Thais 28/08/2020minha estante
Não sei se o tópico principal é o empoderamento feminino, acho que é um de muitos tópicos: colonização, relações familiares, relações de poder, liberdade. E, na minha opinião, algumas descrições aparentemente desnecessárias tinham mensagens sutis sobre o modo de vid nigeriano ou mesmo a relação entre os personagens e seus sentimentos. Mas gosto e experiência de leitura é algo extremamente íntimo e pessoal.




Fer Paimel 30/01/2022

Liberdade das pequenas coisas
Tem sido sempre um prazer ler livros de autores e autoras da África. Suas perspectivas sobre colonialismos se assemelham em muitos aspectos com a nossa vivência da América colonizada por brancos católicos.
A história se desenvolve nas relações de uma família tradicional supostamente perfeita, na qual o domínio paterno (sob o comando de Deus) é latente e inquestionável, até que os filhos desse casal conseguem ter contato com uma realidade totalmente diferente, que põe em xeque a visão de se relacionar que esses jovens achavam ser única.
A personagem principal floresce no decorrer do livro, que sempre traça comparativo com as flores e a cultura local.
Tive um pouco de dificuldade de engrenar na leitura na primeira metade, mas depois terminei o livro em dois dias.
As angústias e dúvidas de Kambili são reais e palpáveis, nesse contexto de busca pela aprovação paterna, de se vigorar o silêncio na família (que diz mais que palavras) e a total restrição da liberdade pela religião. Ainda para quem não vive nessa realidade (como é meu caso), é possível sentir todas essas amarras na formação de uma pessoa.
Recomendadíssimo!
Leio, logo existo 30/01/2022minha estante
Esse livro é lindo demais!


Fer Paimel 30/01/2022minha estante
Sim! Fiquei lendo por horas hoje, arrebatada!


Alê | @alexandrejjr 29/06/2022minha estante
Lembro que eu também tive meu momento "tartaruga" durante a leitura, em que o ritmo deu uma diminuída, Fê. Mas, assim como tu, também achei o resultado excelente. É uma das minhas estreias preferidas da literatura contemporânea! E acho que os temas abordados nesse livro são mais importantes que a história em si.


Fer Paimel 29/06/2022minha estante
Sim, Alê, achei surpreendente, não pensei que a história seria desse jeito. Vale muito a pena a leitura. Quero ler o Americanah dessa autora esse ano ainda :)




Vivi.Montarde 18/05/2020

Em Hibisco Roxo conhecemos a vida de Kambili que sofre com o abuso de autoridade do pai, sua criação rígida e opressora e seu fanatismo religioso. Ela e seu irmão passam o dia se esforçando nos estudos e tentando não desagradar ao pai, com medo das suas reações.

Mas uma nova realidade e perspectiva se abre quando passam uns dias na casa da tia, uma viúva, professora universitária e que cuida sozinha dos três filhos. Lá eles conhecem um lar de respeito, liberdade de expressão e de risos. E conhecem a si mesmo.

O pano de fundo é uma Nigéria em meio ao caos político de um golpe militar.

Muitas questões e temas são explorados e nos trazem reflexões profundas. Um livro que merece ser lido, que nos modifica e nos enriquece.
Janaina Edwiges 19/05/2020minha estante
Que resenha perfeita!!! Você foi direta e mostrou bem o que a história nos traz. Hibisco Roxo é um livro que inspira muitos sentimentos, reflexões de temas tão atuais. Conseguimos ter uma visão do contexto social, político e religioso da Nigéria, pensar nas semelhanças com o Brasil. Eu achei muito interessante a abordagem do livro com enfoque na religiosidade "branca" e católica do pai X as tradições religiosas da Nigéria e como isso afetou a vida de toda família.


Janaina Edwiges 19/05/2020minha estante
Que resenha perfeita!!! Você foi direta e mostrou bem o que a história nos traz. Hibisco Roxo é um livro que inspira muitos sentimentos, reflexões de temas tão atuais. Conseguimos ter uma visão do contexto social, político e religioso da Nigéria, pensar nas semelhanças com o Brasil. Eu achei muito interessante a abordagem do livro com enfoque na religiosidade branca do pai X as tradições religiosas da Nigéria e como isso afetou a vida de toda família.


Vivi.Montarde 21/05/2020minha estante
Obrigada pelos elogios, Jana!
Vc é sempre muito gentil :)


Vivi.Montarde 21/05/2020minha estante
O livro é realmente único! E Chimamanda uma escritora excelente. Quem não leu nada dela ainda não sabe o que está perdendo rs
É um dos livros mais diferentes que já li.




Lilia Carvalho 11/05/2020

Livro impactante
E um livro forte! Envolve costumes africanos, catequização, fanatismo religioso, violência doméstica... tudo isso relatado por uma adolescente chamada Kambili.
Vale a leitura!!
Julia 12/05/2020minha estante
Li depois de ler Americanah e fiquei surpresa de ver a diferença. Americanah fala de coisas barra pesada, racismo, imigração, mas é leve de uma certa forma, astral, e esse passa pra caramba o clima sufocante da vida da Kambili


Lilia Carvalho 13/05/2020minha estante
Não li... vou pegar Americanah pra ler!!
Obrigada pela dica!!
Tinha horas q dava vontade de chorar pela Kambili... bem dificil!!


Julia 13/05/2020minha estante
Dava mesmo... Americanah é muito legal! É um calhamasso, mas super fluido




Raquel334 20/04/2020

A importância de olhar além das nossas verdades
O que dizer deste livro? Uma narrativa envolvente que te faz prender a respiração em diversas partes, além de proporcionar uma montanha-russa de emoções ao mesmo tempo. Repleta de momentos de tensão em que a autora consegue, com maestria, proporcionar diversos questionamentos acerca do que acreditamos ser certo e errado, demonstrando que não é tão simples assim dar um veredito.
Um livro repleto de reviravoltas onde a autora traz, por meio da metáfora da rara flor, o nascimento de uma nova realidade para os personagens. Ao longo da história, a semente da revolta e do questionamento, começa a brotar e germinar na vida de Kambili e Jaja, demonstrando que, assim como essa flor, eles estavam crescendo. Esse crescimento foi importante para ambos, pois, foi por meio dele que eles questionaram as ações e verdades dos pais, demonstrando que, muitas vezes, não concordar com eles talvez seja a resposta. Isso fez com que eles percebessem (e o leitor começar a ter as mesmas percepções) que, muitas vezes, as pessoas fazem coisas achando que estão fazendo o bem – como o Papa – mas é o oposto disso e, infelizmente, não podemos culpa-los por tais ações, apenas refletir que esse “certo” é aceitável para nós ou não.
A autora consegue fazer diversas denúncias ao longo da narrativa (fanatismo religioso, hipocrisia, preconceito religioso, violência doméstica, educação rígida, etc.), por meio de uma escrita simples e fluída. Além de apresentar diversos aspectos culturais nigerianos, Chimamanda, demonstra as mudanças políticas e econômicas, que passava por um golpe político, ocorridas na Nigéria ao mesmo tempo que ocorrem as transformações na vida de Kambili e Jaja, mostrando de forma inteligente que a liberdade do ser, tanto da nação quanto do indivíduo, permite o desenvolvimento de pessoas mais autônomas e completas em si mesma.
Uma leitura aberta a diversas reflexões ensinando que, tal como Kambili, devemos abrir nossos horizontes e olhar o mundo por outras perspectivas, pois só assim conseguiremos perceber todas as nossas opções e nos permitiremos ser nós mesmo.
Carolina 22/04/2020minha estante
Pense em uma resenha sem defeitos ???


Raquel334 23/04/2020minha estante
Muito obrigada, jovem!! Fico tão feliz com seus elogios!!


Carolina 23/04/2020minha estante
?




Priscila (@priafonsinha) 02/05/2017

Uma narrativa delicada
Uma história contada por Kambili, uma garota que vive com seu irmão mais velho, sua mãe e um pai fanático religioso.
Uma família perfeita para quem vê de fora, o pai um empresário, filantropo, com filhos estudiosos e comportados, mas que em casa vivem numa rigidez e sofrem por isso, com castigos corporais dados pelo pai que não aceita um erro ou pecado.
Até que vão passar uns dias com a tia e primos, e conhecem uma liberdade que não conheciam.
Uma escrita cativante, sobre o fanatismo religioso, a violência e a tirania familiar. Primeiro romance que leio de Chimamanda, e ela sempre narra de forma delicada e direta para nos abrir os olhos a respeito das diferenças e intolerâncias do mundo.
Manuella_3 04/05/2017minha estante
Aguardando na minha estante...
Sua resenha me deixou com urgências de Hibisco. :-)


Priscila (@priafonsinha) 04/05/2017minha estante
Leia sim! Vou querer saber sua opinião! : )


Manuella_3 04/05/2017minha estante
:-D




Mila.Mesquita 17/02/2018

Uma história linda ...
É um livro cheio de emoções diferentes, que muitas vezes aparecem ao mesmo tempo. O pano de fundo do livro fala sobre as questões politicas na Nigéria.
Ao mesmo tempo em que aborda a violência de um pai doente, também mostra o cotidiano das pessoas simples.
Uma história revoltante, pois mostra uma realidade dura e injusta, sendo impossível não se pôr na situação vivenciada pelos personagens. 
Apesar de não ter um fim, você imagina como as pessoas terminam. Gostei bastante e recomendo.
Luciana Assis 17/02/2018minha estante
Vou ler logo logo! Primeiro vou ler Meio Sol Amarelo.


Mila.Mesquita 17/02/2018minha estante
Aí ou estou louca para ler meio sol amarelo.
Na vdd as outro livro da autora.
Gostei da escrita e a forma q ela retrata as coisas.


Mila.Mesquita 17/02/2018minha estante
Ou = Lu
Esse meu corretor direto me deixa na mão. Kkkk




Carol 30/01/2021

Escolhas e suas consequências
Que história!!!! Demorei para começar a ler, mas não consegui largar mais depois que a leitura engrenou. Se tornou um dos meus livros favoritos.

Como determinadas escolhas podem nos atrapalhar e nos afastar de quem amamos como ocorre com o pai de Kambili?!

Quantas experiências e memórias Kambili e seu irmão poderiam ter construídos se não fossem tão limitados pelas escolhas de seu pai?! Principalmente com o avô, a tia e os primos.

O respeito às diferenças e à cultura de cada um é importantíssimo e isso é percebido nas atitudes e falas de padre Amadi e tia Ifeoma (no caso dela, mais perceptível na conversa com o irmão sobre o enterro do pai).

Relembrando o que Obiora comentou sobre a direção da Universidade que sua mãe Ifeoma trabalhava - a direção é um microcosmo do Estado -, a história de Kambili é um microcosmo da colonização européia na África. De forma bem sutil, vemos a imposição da cultura branca e ocidental sobre as culturas dos países africanos, interferindo na formação da identidade de seus povos.
Evelyn C 30/01/2021minha estante
Um dos livros mais lindo, forte e intenso que li ano passado ?


Carol 07/02/2021minha estante
Para mim tb, Evelyn! Se tornou um dos meus livros favoritos


Evelyn C 08/02/2021minha estante
Então bate aqui, querida ???




1311 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR