Entre Quatro Paredes

Entre Quatro Paredes Jean-Paul Sartre




Resenhas - Entre Quatro Paredes


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10/02/2021

Entre quatro paredes
A história se passa no inferno, mas não aquele que nós imaginamos hoje em dia. Trás vários diálogos interessantes entre os três personagens principais que ficam refletindo sobre a vida que tiveram e tentando entender afinal qual é a tal punição que vão ter que enfrentar no inferno.
Sartre escreveu essa peça em um momento de muitas crises existênciais e isso é refletido fortemente no livro mas não de maneira explícita, sobrando assim várias reflexões para os leitores fazerem.
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Amaurijbarros 18/01/2021

O Inferno São os Outros
Difícil quando se pensa que os olhares estão me censurando ou me julgando.
Uma vida com base no que outros pensam não é vida e sim uma prisão.
Leiam, recomendo.
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Babs 13/09/2020

Foi bom ler esse depois de ?o que é existencialismo?, deu pra entender melhor o contexto e o que foi dito.
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Carolina 22/05/2020

Foi a recomendação de uma amiga muito querida, e como esperado, eu adorei, devorei cada palavra com uma rapidez impressionante.
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jonathanmelo 15/04/2020

Incrível!
“O inferno... são os outros.” Esta é uma das frases finais de Garcin, um dos personagens da peça teatral Entre Quatro Paredes do filósofo e escritor Jean-Paul Sartre, escrita em 1944.
Certamente não darei conta, em poucas linhas, de discutir suficientemente a seu respeito, no entanto há pontos os quais gostaria de salientar. Garcin, Estelle e Inês encontram-se no inferno. Não o inferno cristão, com direito à tortura e corpos em chamas, mas em um salão Segundo Império, com uma lareira e três poltronas. Estão lá por suas razões obscuras, e são elas cruciais ao desenvolvimento da trama, pois evidenciam os seus verdadeiros “eus”, que tanto aprisionaram.
Neste diapasão, enveredamos por questões próprias da filosofia de Sartre, em que o ser humano escolhe privar-se de sua liberdade, de ser o que se é, para atender a um código moral-social, sujeitando-se a um modo de vida que o prende entre quatro paredes, agarrando-se a ele para justificar suas atitudes.
Lançado ao mundo sem razão, seu papel é o de responsabilizar-se por suas escolhas, conduzindo-se, livre de amarras, do medo, do desconforto de conviver em sociedade sem ser-se plenamente, fazendo dos outros seu inferno. Tornar a si seu Deus.
À vista disso, a peça traz consigo imensa profundidade. O modo como se apresenta a filosofia, intrínseca à história, contida nas entrelinhas, é muito rico. Recomendo fortemente a leitura!
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"INÊS – Por que não? Durante trinta anos sonhaste que tinhas coragem; e permitiste-te mil pequenas fraquezas, porque aos heróis tudo é permitido. Que cômodo que eras! Depois, na hora do perigo, encostaram-te à parede... e tu tomaste o trem para o México.
GARCIN – Não sonhei esse heroísmo. Escolhi-o. Somos o que queremos ser.
INÊS – Prova, então. Prova que não era um sonho. Só os atos decidem sobre o que queremos.
GARCIN – Morri cedo demais. Não me deram tempo de praticar os meus atos.
INÊS – Morre-se sempre cedo demais – ou tarde demais. No entanto, a vida aí está: liquidada. Já se deu o traço debaixo das parcelas: resta fazer a soma. Nada mais se é do que a sua vida."

instagram.com/theread3r
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Babi Lisiak 04/10/2019

Uma das melhores definições de Inferno.
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Beatriz3345 22/01/2019

Escrita em forma de teatro, "entre quatro paredes" é uma obra existencialista curta e muito interessante.
Temos apenas três personagens (e a passagem fugaz do criado) e um cenário, os três morreram e estão confinados em um quarto no inferno onde devem passar a eternidade sofrendo o único e mais terrível castigo de todos, conviver com apenas aquelas pessoas para sempre e sem nunca dormir.
Daí veio a frase "o inferno são os outros" a tensão psicológica da trama é demais, ainda bem que é curta senão eu ja ia surtar.
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Daniel.Simoes 16/01/2019

Uma peça curta, sobre um inferno alternativo, em que as pessoas são obrigadas a conviver com outras, sem interrupções (as pessoas não piscam e as luzes não apagam). Através de três personagens que se encontram numa sala após morrerem na vida terrena, a história vai mostrando como o que mais nos aterroriza na verdade vem das pessoas ao nosso redor com quem convivemos, ou seja, o inferno são os outros.
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Isabela Zamboni | @resenhasalacarte 10/11/2016

Um livro para sempre reler
Aposto que você já ouviu alguém falar a frase “O inferno são os outros”.

Essa famosa sentença faz parte da peça de teatro Entre Quatro Paredes, escrita pelo filósofo existencialista Jean Paul Sartre. Minha irmã me emprestou esse livro com a peça completa (nessa edição antiga e superfofa da Abril Cultural) e gostei muito!

Ultimamente tenho lido bastante peças de teatro e não me arrependo: é um texto fluido de ler, além de ser muito interessante imaginar as personagens em um palco, em um local fixo com cenário e limitações.

A trama da peça é explicada rapidamente. Três pessoas são colocadas no mesmo cômodo: um homem, escritor, que queria ser um herói, mas foi um covarde; Estelle, uma burguesa fútil que só se preocupa com a própria imagem e que assassinou o bebê que teve com seu amante; e Inês, uma mulher impetuosa, funcionária dos correios e homossexual, atraída por Estelle, tentando a todo custo conquistá-la.

Os três são levados a essa sala por um criado, que depois desaparece. A porta está sempre trancada e, a partir daí, eles percebem a situação em que se encontram: aquele é o inferno.

[RESENHA COMPLETA NO BLOG RESENHAS À LA CARTE]

site: http://resenhasalacarte.com.br/resenha/resenha-entre-quatro-paredes-jean-paul-sartre/
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Mauricio.Alcides 17/04/2016

O inferno
Acho que tenho uma peça de teatro favorita,

Em Entre quatro paredes Sartre nos apresenta a uma nova visão mundana de inferno, um inferno sem ardência, sem suplícios sem constantes humilhações, um inferno composto apenas na figura de um quarto e das interações sociais humanas. Sartre demonstra na figura de três personagens como a interação humana é complexa, difícil, como é complicado estarmos presos ao convívio social, mas mesmo sendo essa lastima a convivência com terceiros é essencial para a nossa complexa raça humana.

Como dito em um certo momento do teatro por Garcin O inferno são os outros.

Nota: 10
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Luciana Lís 27/02/2015

Um criado conduz Garcin a uma sala de mobília imperial com lareira, sofás e uma estátua de bronze. Posteriormente, chega Inês e, por fim, Estelle. Os três estão no inferno e cada um por sua vez se impressiona com a ausência do demônio e das torturas eternas que alimentam o medo dos cristãos. Os três estão condenados a coexistir juntos naquele espaço.

Garcin é um homem culto, porém covarde, péssimo marido e teme que sua fraqueza seja exposta; Estelle é uma frívola burguesa que saiu da pobreza por conta de um bom casamento, matou o filho em nome do conforto e da vaidade; Inês é manipuladora e sádica, seduziu a mulher de um amigo ocasionando uma tragédia na vida dos três.

Cada um deles conta as razões pelas quais acredita ter sido condenado a estar no inferno, e se encontram sob os olhos uns dos outros, o julgamento cruel que aponta os defeitos de cada um, ignorando completamente as aspirações íntimas que os fizessem ser vistos de uma forma mais digna. Eles estarão sempre à mercê da opinião do outro, sendo julgados e hostilizados, tornando a convivência uma eterna expiação, até Garcin se dar conta de que “o inferno são os outros”. “Entre quatro paredes” é uma peça curtíssima, tem pouco mais de 30 páginas e é facilmente encontrada na internet. Uma leitura que vale a pena. Seria impossível transcrever os riquíssimos diálogos entre as personagens sem alongar demais esta resenha, mas é válido ressaltar a riqueza das personagens, das falas carregadas de metáforas e de subjetividades, escancarando a habilidade de Sartre para traçar diversos meandros acerca da existência humana.
Por: @lucianalis

site: Para mais resenhas: instagram.com/coletivoleituras
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Nessa 01/05/2013

A vida que não deu certo
O verdadeiro inferno é a vida que não deu certo. Sartre começa a fazer sentido de um jeito assombroso. Quando você finalmente se dá conta de seus demônios, eles não te abandonam mais. Esse é o problema de olhar no abismo: ele pode olhar de volta para você.

A cada movimento dos ponteiros do relógio parece ficar mais acentuada essa lógica. Tentativas desesperadas de desviar do trajeto são pura tolice quando todos os nervos já foram expostos, quando o outro veio até você para mostrar, consciente ou inconscientemente, aquilo que você tenta coagular.

Con[viver] nem sempre é tarefa fácil e embora alguns prefiram muitas vezes o exílio, ninguém é ilha. A grande questão é: conseguimos viver com nós mesmos? Se você não é bom, é mau. É demasiado preto ou branco, não? Uma mesa é uma mesa.

Ousaria então dizer que o inferno sartriano na Terra é nossa própria consciência.
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Serena 12/12/2012

Quem é o carrasco?
O inferno são os outros nasce aqui, mas o que precede os outros são as nossas máscaras. Somos, antes de tudo, nossos próprios carrascos, tentamos provar a nós mesmos o quanto valemos a pena, o quanto nossa persona heróica e virtuosa é a que prevalece sobre todas as outras. Mas, um zumbido persistente canta nossa mediocridade, no sentido stricto da palavra, comum, um entre milhões.
Desesperados, damos o poder da guilhotina e do julgamento para o outro, porque precisamos dele, precisamos que, se não há convencimento para nós mesmos, que possamos talvez convencê-lo.
Neste cenário encontramos Inês, Garcin e Estelle, num ciclo que não se finda.
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