A contadora de filmes

A contadora de filmes Hernán Rivera Letelier




Resenhas - A Contadora de Filmes


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kell 11/02/2013

Maria Margarida se fosse uma personagem hollywoodiana com certeza teria um outro final, mas se tratando de literatura latino-americana pode-se imaginar que tristeza e alegria são sentidos num mesmo instante.

Única mulher entre cinco irmãos, Maria Margarida foi escolhida por seu pai e seus irmãos para ser a contadora de filmes. Após seu pai sofrer um acidente e a renda da família diminuir drasticamente, somente um dos irmãos poderia ir ao cinema e teria que contar como foi o filme aos demais.

A narrativa se desenvolve entre uma sacada rápida da arma de um cowboy, ou entre uma música melosa de um filme mexicano, mas a vida não imita a arte e todos dessa aldeia em pleno deserto no Chile têm seus enredos desenrolados com nenhum mocinho para salva-los.
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Viviane 15/05/2013

"...Enquanto a música vai se apagando pouco a pouco e em cima de suas silhuetas emerge rotunda, fatal, a palavra que ninguém na vida quer ler: FIM."
Esse livro tem um toque cômico-trágico-realista imenso.

Maria Margarita é a única filha mulher de sua família. Filha de um amante de filmes mexicanos e uma mãe 25 anos mais jovem que o pai. Ela herdou o dom de apreciar o cinema e de contar histórias como ninguém. Ganhou a disputa contra seu irmão e foi nomeada contadora de filmes de sua casa. Com o tempo, o seu público ouvinte começa a crescer e se multiplicar. Sua fama cresce, o "negócio" da família ascende e os problemas aparecem (em montes).

Não vou contar tudo pra não soltar spoilers, mas achei esse livro fenômenal. Admito, não esperava metade dele. Cheio de lições, moral e um toque de realidade, porém bem simples. Esse livro mostra a família de forma real, e a linha tênue entre sucesso e esquecimento.

"Por que se conformar com ser vaga-lume, digo eu, podendo ser estrela?"
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Adriana 03/06/2013

Singelo.
O livro é tão singelo, tão delicado escrito em poucas palavras que fazer uma resenha grande, não combina.
Duas coisas:
Primeira- O livro é tão pequeno que voce não tem como prende-lo, porque a estoria é muita curtinha. Uma pena....Livro enxutérrimo!!!
Segunda: Triste. Cuidado ao acabar!!!!!!
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Eraldo 08/06/2013

Apesar de Dramático é uma ótima leitura.
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Alê 26/06/2013

Simplesmente lindo
Estou encantado com esse livro. Simples, porém de um frescor e beleza sem iguais. Ao todo, ele faz, sim, uma linda homenagem ao cinema, no seu poder em despertar nas pessoas as mais incríveis sensações. Mostrando que, no fundo, a vida é um grande filme. Se no livro, Maria ( a narradora) é quem contava os filmes para os pais e os familiares, ela acaba também, sendo parte de toda um a história.
Vale muito a pena ler. Simples. Curto. Triste. Mas incrivelmente lindo.
Mostrando que o menos é mais.
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jota 09/09/2013

Filme contado
Por detrás de toda criança bem-sucedida na literatura tem sempre um escritor (às vezes um grande escritor, como Charles Dickens, por exemplo) ou vários escritores, daí que Maria Margarida, a pobre moradora do deserto de Atacama e narradora de A Contadora de Filmes, nos remete a Shakespeare quando diz que "Uma vez li uma frase - com certeza de algum autor famoso - que dizia algo assim como a vida está feita da mesma matéria dos sonhos. Eu digo que a vida pode perfeitamente estar feita da mesma matéria dos filmes."

Filmes enchem os olhos e a cabeça, mas não a barriga de criança alguma. Então, a miséria de uns (a família de mineiros que não tem dinheiro para que todos possam ir ao cinema) misturada à riqueza de outros (riqueza literária, imaginativa, de Letelier) podem fazer a delícia de leitores e cinéfilos. Podem sim, tanto que parece que Walter Salles vai fazer um filme deste livro em breve. Obra que você lê quase como se fosse um roteiro de cinema e que lhe toma mais ou menos duas horas de leitura, tempo médio dos filmes de Salles.

Mas imagino que no Chile católico e conservador dos anos 1950-60, por aí, a uma criança (ainda que precoce como a narradora) não fosse permitida a entrada para filmes de Marilyn Monroe ou Brigitte Bardot. De todo modo, estamos na América Latina, abundante celeiro de contradições, onde tudo é possível, ainda que nem tudo seja permitido.

A revista VEJA chamou o livro de obra-prima e diz que sua leitura é imperdível. Mas também li outras críticas que chamam o livro de açucarado, como certos filmes mexicanos que a personagem conta para sua família e seu público. Bem, o que eu acho mesmo é que aquele último capítulo, em que Maria Margarida fala de sua mãe era desnecessário ou deveria ter sido colocado em outro ponto do livro, antes do final.

Lido em 08/09/2013.
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Dani.Peghim 14/08/2016

Livro curtinho, mas que passa muito rápido de uma fantasia ilustrando os sonhos de uma criança a uma história densa e dramática. Livrinho triste, mas que gostei. A narrativa é bem fluída e você se pega na última página com um gostinho de que poderia ter sido uma história maior, pois, afinal, se a contadora de filmes é a própria narradora e ela é famosa por contar seus filmes com detalhes e de forma avassaladora, ela conta a própria história dela de forma muito rápida e sem esse apego de detalhes. Podia ter sido mais trabalhado, achei.
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Jacqueline 26/08/2014

Definitivamente, mais do que a história mais vale a forma de contá-la
Sensível, inteligente e bonito.
O mote do livro não é original e já foi explorado em filmes como Cinema Paradiso e Cinemas, aspirinas e urubus - o cinema como escape, como lugar de sonho, de outras possibilidades, contrastando com a vida árida e entediante de um lugarejo distante de tudo -, mas é inesgotável e merece ser sempre visitado. E a forma como o faz Letelier é sensível e genial: mistura literatura, cinema e contação de histórias. Os dois últimos estão presentes na mistura temática que constitui a própria trama e a primeira concretiza-se na amarração dos fatos no acontecimento livro. Acrescente-se a isso um tanto de teatro presente na dramaticidade conferida às cenas de contação de história e nos adereços que acompanham a interpretação. A brincadeira com as linguagens é multidirecional e algumas passagens do livro parecem mais cenas de um filme.
Caçula de uma família de 5 filhos (quatro homens e uma mulher), Maria Margarita vence a disputa que lhe confere o direito de ir ao cinema (embora não se aplique à história do livro, até porque a TV chegaria só em seu final, meu olhar pequeno burguês pôde, enfim, perceber a função econômica de um vídeo cassete – para uma ou duas pessoas, dá quase na mesma ir ao cinema ou assistir a um vídeo, mas para uma família de 6 pessoas que vive com o dinheiro contado, decididamente não). Já que só um iria ao cinema e aos demais caberia apenas o direito de assistir à contação da história mais tarde, nada melhor do que o escolhido ser quem conte melhor a história. Maria Margaria vence a disputa, um tanto em função de méritos seus e muito em função dos deméritos dos outros – um irmão era gago, outro, embora tenha colocado todos diante das cenas narradas, excedia-se em terminologias estranhas a história e introduziu muitas “babaquices” e “cagadas” em seu relato e um outro deu o azar de ter assistido o Velho e o Mar, um filme quase mudo. A disputa propriamente dita se deu então entre dois.
A partir do lugar conquistado, acompanhamos o crescimento de uma criança em paralelo com o desenvolver de uma contadora de filmes, que tem como cenário uma cidade no deserto do Atacama no Chile que sobrevive em torno das minas, ofício que condenou o pai da protagonista a uma cadeira de rodas.
Não deixa também de ser um livro sobre a condição da mulher em cenários tão longínquos e desfavoráveis como esse.
A chegada da TV e o golpe de estado de Pinochet interferem sobremaneira no curso dos acontecimentos, levando a um final, sem dúvida nenhuma, cinematográfico.
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Ana Rocha 26/10/2014

Lindo, denso e breve.
Esse livro só me deixou com um gostinho de quero mais... Se a estória se trata de uma contadora de filmes porquê o autor a descreveu tão pouco? Meio contraditório...
A densidade dele (apesar de suas míseras 60 páginas) é enorme e nos faz pensar o quanto uma família pode se destruir por causa de "sonhos truncados".
Uma das minhas partes favoritas foi a chegada da televisão e o quanto uma cultura de vida mudou por causa dela.


Um final triste e lindo, daqueles que nos faz ficar encarando a página por alguns segundos sem saber o que fazer da vida.
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Frederico 26/01/2015

Uma obra singela e bonita
O que impressiona na leitura de A Contadora de Filmes é a singeleza com que a história é contada. Até os momentos fortes do livro, remetem a imagens bem cuidadas da narrativa, feita com um beleza esplendorosa e simples. Belo e singelo livro.
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Jansen 05/05/2015

Muito bom. Uma história singela que mostra o nível de pobreza que pode existir num país. No caso o Chile, antes de Pinochet. O título já conta parte do filme. O interessante é que não há nenhum artifício para tornar o enredo emocionante e dinâmico. É uma história crua, como é comum acontecer e raramente vira livro.
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Eliana305 13/09/2015

Lindo demais!
Simplesmente encantador. Cinéfilos vão amar.
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Ana Lícia 22/01/2016

Maravilhoso e Encantador.. ( Resenha retirada do blog Livro, Filmes e Encantos)
A Contadora de Filmes traz a história de Maria Margarita, caçula de uma família de mineiros com quatro irmãos, Mariano, Mirto, Manuel e Marcelino. Uma família que ama ir ao cinema todos os finais de semanas. Mas que com o acidente de trabalho do pai, que ficou paralítico, e recebendo uma pensão que era metade de seu salário, tiveram os gastos cortados, assim não foi mais possível a família ir ao cinema. A mãe de Maria Margarita,a Maria Magnólia foi embora com o ocorrido. Sim, é muitos emes. Mas tem uma explicação na história.

“Como em casa o dinheiro andava a cavalo e a gente andava a pé, quando chegava um filme no acampamento da Mina e meu pai – só pelo nome do ator ou da atriz principal – achava que parecia ser bom, as moedas eram juntadas uma a uma, o preço exato da entrada, e me mandavam assistir.Depois, ao voltar do cinema, eu tinha de contar o filme a família reunida na sala.” (pág. 5)

Acompanhamos a vida de Maria e seus familiares, ela nunca brincou de bonecas, suas brincadeiras eram sempre com seus irmãos de bolinha de gude e jogo de palitinhos, matando lagartixas. E era muito boa nestas brincadeiras. Até fazer xixi, Maria fazia como os irmãos, de pé. (Confesso que rir na hora que ela conta esta parte da vida) Pois é de uma maneira tão gostosa, como se ela tivesse conversando conosco do nosso lado.

Vivendo apenas os cinco agora. O pai então teve a ideia de fazer um concurso entre os filhos para ver quem iria ao cinema toda semana assistir um filme, e ao voltar contar a história para família. Maria Margarita ganhou o concurso e começou a contar a trama para família. Com o passar do tempo ela foi ganhando fama e os vizinhos também iam ouvir a contadora de filmes, com o tempo Maria ia a atender a domicílio, Senhoras idosas entre outros, e foi aí que fatos tristes começaram a chegar até Maria. Começo de uma puberdade conturbada. Mesmo com acontecimentos tão tristes na vida desta jovem, as vidas vividas nos filmes por ela, através de sua narração eram como um refúgio.

“Era lindo, depois de ver o filme, encontrar meu pai e meus irmãos me esperando ansiosos em casa, sentados enfileirados que nem no cinema, penteadinhos e de roupa limpa, recém- mudada”

“Sua filha é uma fada contando filmes, vizinho, e sua varinha mágica é a palavra. Com ela, nos transporta.”

Que livro incrível. Confesso que me emocionei nas primeiras páginas. É de uma simplicidade e delicadeza, que você se apaixona de cara. Uma família que é apaixonada por cinema. Uma menina que tem um dom, o de contar tramas de todos os gêneros de maneira cativante. Fiquei encantada e solidária por toda a família, pois eles viviam na pobreza, em um povoado que tinha como renda principal A Mina de Salitre. O pai era muito simples e querido, gostei muito deste personagem. Que sofria muito com o abandono da esposa.

Neste livro curtinho, veremos injustiças sociais, o poder de quem tem mais, sob o mais humilde. E as consequências destas atitudes. Como pode afetar outras vidas, principalmente de uma adolescente inteligente, que só precisa de oportunidade para ter uma jornada decente e feliz. Mas este povoado não é um lugar de muitas possibilidades.

A História é linda, mesmo com um final triste, mas sabemos que é bem realista, pois é o que mais acontece em alguns povoados por aí. Pequenos e pobres. Cada familiar teve um destino que nos faz refletir, como este autor foi sincero na sua história.

“Ao chegar à esquina do cinema nós ouvíamos a música emergindo dos velhos alto – falantes e nossos corações se enchiam de júbilo.”

“Eu lia feito uma desmiolada”

A edição é maravilhosa. A Cosac Naify nunca decepciona e separei algumas fotos para mostrar um pouco do livro. Livro com orelhas, folhas amarelas com preto em papel grosso. Fonte no tamanho muito agradável.

Imagens no blog.

site: http://livrosfilmeseencantos.blogspot.com.br/2016/01/resenha-contadora-de-filmes-de-hernan.html#more
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Helena Eher 02/03/2016

Muito triste
A Contadora de Filmes é um livro escrito pelo chileno Hernán Letelier, vencedor do Prêmio Alfaguara de Romance, considerado um dos mais prestigiados galardões de língua espanhola, com a obra El Arte de la Resurrección.

Neste livro, a protagonista e narradora se chama Maria Margarita. Ela é uma menina de 10 anos (no começo da história) e tem quatro irmãos mais velhos. Seu pai trabalhava nas minas, mas sofreu um acidente e ficou paraplégico o que fez com que sua mãe fugisse e abandonasse a família.

Em meio a tantas tragédias, a narrativa tem uma aura de sonho. A família adorava o cinema, mas como não tinha dinheiro para frequentá-lo, juntava as economias e mandava só a Maria Margarita para assistir ao filme e depois contá-lo. Acontece que ela tinha um verdadeiro talento para contar histórias e acaba encantando não só a família como também os vizinhos que passam a preferir vê-la do que ir ao cinema.

A menina se coloca o nome artístico de Fada Docine e ama encantar as pessoas com suas narrativas. Ela são só conta o filme, mas usa acessórios, interpreta, faz uma verdadeira apresentação.
Depois disso, de repente, o clima do livro despenca e começam a acontecer muitas tragédias. O que era triste com uma pitada de esperança, passa a ficar apenas triste. Quando o livro termina, a sensação de angústia ainda dura um tempo.

Eu gostei da leitura. Achei a temática diferente, gostei de como tudo foi conduzido, mas não gostei tanto dessa mudança na atmosfera da história. O fato de ela ter me pego de surpresa foi legal, mas o fato de o livro terminar tão pra baixo, nem tanto.


site: http://leitoranaholanda.com.br
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