A contadora de filmes

A contadora de filmes Hernán Rivera Letelier




Resenhas - A Contadora de Filmes


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Jansen 05/05/2015

Muito bom. Uma história singela que mostra o nível de pobreza que pode existir num país. No caso o Chile, antes de Pinochet. O título já conta parte do filme. O interessante é que não há nenhum artifício para tornar o enredo emocionante e dinâmico. É uma história crua, como é comum acontecer e raramente vira livro.
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Eliana305 13/09/2015

Lindo demais!
Simplesmente encantador. Cinéfilos vão amar.
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Ana Lícia 22/01/2016

Maravilhoso e Encantador.. ( Resenha retirada do blog Livro, Filmes e Encantos)
A Contadora de Filmes traz a história de Maria Margarita, caçula de uma família de mineiros com quatro irmãos, Mariano, Mirto, Manuel e Marcelino. Uma família que ama ir ao cinema todos os finais de semanas. Mas que com o acidente de trabalho do pai, que ficou paralítico, e recebendo uma pensão que era metade de seu salário, tiveram os gastos cortados, assim não foi mais possível a família ir ao cinema. A mãe de Maria Margarita,a Maria Magnólia foi embora com o ocorrido. Sim, é muitos emes. Mas tem uma explicação na história.

“Como em casa o dinheiro andava a cavalo e a gente andava a pé, quando chegava um filme no acampamento da Mina e meu pai – só pelo nome do ator ou da atriz principal – achava que parecia ser bom, as moedas eram juntadas uma a uma, o preço exato da entrada, e me mandavam assistir.Depois, ao voltar do cinema, eu tinha de contar o filme a família reunida na sala.” (pág. 5)

Acompanhamos a vida de Maria e seus familiares, ela nunca brincou de bonecas, suas brincadeiras eram sempre com seus irmãos de bolinha de gude e jogo de palitinhos, matando lagartixas. E era muito boa nestas brincadeiras. Até fazer xixi, Maria fazia como os irmãos, de pé. (Confesso que rir na hora que ela conta esta parte da vida) Pois é de uma maneira tão gostosa, como se ela tivesse conversando conosco do nosso lado.

Vivendo apenas os cinco agora. O pai então teve a ideia de fazer um concurso entre os filhos para ver quem iria ao cinema toda semana assistir um filme, e ao voltar contar a história para família. Maria Margarita ganhou o concurso e começou a contar a trama para família. Com o passar do tempo ela foi ganhando fama e os vizinhos também iam ouvir a contadora de filmes, com o tempo Maria ia a atender a domicílio, Senhoras idosas entre outros, e foi aí que fatos tristes começaram a chegar até Maria. Começo de uma puberdade conturbada. Mesmo com acontecimentos tão tristes na vida desta jovem, as vidas vividas nos filmes por ela, através de sua narração eram como um refúgio.

“Era lindo, depois de ver o filme, encontrar meu pai e meus irmãos me esperando ansiosos em casa, sentados enfileirados que nem no cinema, penteadinhos e de roupa limpa, recém- mudada”

“Sua filha é uma fada contando filmes, vizinho, e sua varinha mágica é a palavra. Com ela, nos transporta.”

Que livro incrível. Confesso que me emocionei nas primeiras páginas. É de uma simplicidade e delicadeza, que você se apaixona de cara. Uma família que é apaixonada por cinema. Uma menina que tem um dom, o de contar tramas de todos os gêneros de maneira cativante. Fiquei encantada e solidária por toda a família, pois eles viviam na pobreza, em um povoado que tinha como renda principal A Mina de Salitre. O pai era muito simples e querido, gostei muito deste personagem. Que sofria muito com o abandono da esposa.

Neste livro curtinho, veremos injustiças sociais, o poder de quem tem mais, sob o mais humilde. E as consequências destas atitudes. Como pode afetar outras vidas, principalmente de uma adolescente inteligente, que só precisa de oportunidade para ter uma jornada decente e feliz. Mas este povoado não é um lugar de muitas possibilidades.

A História é linda, mesmo com um final triste, mas sabemos que é bem realista, pois é o que mais acontece em alguns povoados por aí. Pequenos e pobres. Cada familiar teve um destino que nos faz refletir, como este autor foi sincero na sua história.

“Ao chegar à esquina do cinema nós ouvíamos a música emergindo dos velhos alto – falantes e nossos corações se enchiam de júbilo.”

“Eu lia feito uma desmiolada”

A edição é maravilhosa. A Cosac Naify nunca decepciona e separei algumas fotos para mostrar um pouco do livro. Livro com orelhas, folhas amarelas com preto em papel grosso. Fonte no tamanho muito agradável.

Imagens no blog.

site: http://livrosfilmeseencantos.blogspot.com.br/2016/01/resenha-contadora-de-filmes-de-hernan.html#more
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Helena Eher 02/03/2016

Muito triste
A Contadora de Filmes é um livro escrito pelo chileno Hernán Letelier, vencedor do Prêmio Alfaguara de Romance, considerado um dos mais prestigiados galardões de língua espanhola, com a obra El Arte de la Resurrección.

Neste livro, a protagonista e narradora se chama Maria Margarita. Ela é uma menina de 10 anos (no começo da história) e tem quatro irmãos mais velhos. Seu pai trabalhava nas minas, mas sofreu um acidente e ficou paraplégico o que fez com que sua mãe fugisse e abandonasse a família.

Em meio a tantas tragédias, a narrativa tem uma aura de sonho. A família adorava o cinema, mas como não tinha dinheiro para frequentá-lo, juntava as economias e mandava só a Maria Margarita para assistir ao filme e depois contá-lo. Acontece que ela tinha um verdadeiro talento para contar histórias e acaba encantando não só a família como também os vizinhos que passam a preferir vê-la do que ir ao cinema.

A menina se coloca o nome artístico de Fada Docine e ama encantar as pessoas com suas narrativas. Ela são só conta o filme, mas usa acessórios, interpreta, faz uma verdadeira apresentação.
Depois disso, de repente, o clima do livro despenca e começam a acontecer muitas tragédias. O que era triste com uma pitada de esperança, passa a ficar apenas triste. Quando o livro termina, a sensação de angústia ainda dura um tempo.

Eu gostei da leitura. Achei a temática diferente, gostei de como tudo foi conduzido, mas não gostei tanto dessa mudança na atmosfera da história. O fato de ela ter me pego de surpresa foi legal, mas o fato de o livro terminar tão pra baixo, nem tanto.


site: http://leitoranaholanda.com.br
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Ewerton.Neto 09/04/2016

A CONTADORA DE FILMES E O CINE ÉDEN
Lojas Marisa, Rua Grande. Basta adentrar o interior da loja para perceber, no ambiente, a emanação de algo diferente que paira através da visão dos detalhes arquitetônicos singulares, escadas e plataformas.
Sublimado em meio a recordações, o homem pergunta à vendedora: Você sabia que aqui houve um cinema?, Sim, eu sei., ela responde. Talvez ele aguardasse uma resposta menos óbvia, correspondendo ao deslumbramento que sentia. Ele continua: Quantas vezes estive aqui, na adolescência, para ver grandes filmes e grandes artistas: Pistoleiros do entardecer, Ben-Hur; Burt Lancaster, Marlon Brando, Sofia Loren...Você conhece Sofia Loren? Não, não sei quem é... O homem decepciona-se, mas logo entende que é compreensível que ela não sinta nenhum orgulho especial por trabalhar numa loja onde viveram tantas belezas, destinos, histórias, sonhos e ilusões. Entrando em empatia com suas recordações a moça compartilha: Olhe, ali estão as fotografias dessa época!
De fato, em relevo junto a parede, pode-se ver grandes fotos da época em que a loja era um cinema. O homem transporta-se novamente para o passado e percebe que jamais conseguiria transmitir, à moça, as tantas emoções que ele e tanta gente sentiram. Para isso, no mínimo, ele precisaria ser um bom contador de histórias.
2.A Contadora de Filmes, romance do chileno Hernan Letelier , caiu no meu Kindle há cerca de quinze dias, apenas porque estava em oferta, já que eu não tinha referência alguma da obra. Assim que li o primeiro parágrafo, revelou-se um dos melhores livros já lidos por mim sobre a sedução da sétima arte, melhor até do que o badalado (e bom) Clube do Filme. Um breve resumo da história:
Num vilarejo dos rincões Andinos, do Chile, a única diversão da população miserável são as sessões cinematográficas de um improvisado cinema, em condições precárias de projeção. Uma garota de 13 anos, ao assistir as sessões e transmiti-las para o pai, inválido, logo descobre um inusitado talento que, aos poucos, se propaga para a vizinhança. Ela consegue entreter pequenas plateias, graças ao seu talento de atriz e, logo, sua interpretação narrada dos filmes por ela assistidos se tornam sessões tão concorridas quanto as do cinema, possibilitando a inválidos e aos que não têm dinheiro para pagar a bilheteria, ter acesso ao maravilhoso mundo dos filmes. Tão talentosa é a garota, e tão perfeita e eloquente a sua identificação com a arte que transmite, que se torna a grande atração paralela da cidadezinha.
Infelizmente, porém, com a súbita chegada da primeira televisão ao povoado, seu sucesso esvaece acompanhando a derrota das sessões cinematográficas. Precocemente, seus sonhos de atriz desmoronam acompanhando a sua derrocada física como mulher, de novo perdida num deserto de emoções, futuros e esperanças.
A Contadora de filmes surgiu-me, assim, um inesperado, belo e cativante texto sobre a sedução da arte cinematográfica, jamais vista em outro romance.
Só almejaria possuir um tantinho do talento da Contadora de Filmes, de Letelier, para conseguir reproduzir à vendedora das Lojas Marisa um pouco das emoções que um dia foram capazes de sentir aqueles que - no mesmo local onde ela trabalha hoje-, frequentaram, um dia, a plateia do Cine Éden em todo o seu apogeu.
ewerton.neto@hotmail.com http://www.joseewertonneto.blogspot.com


site: http://www.joseewertonneto.blogspot.com
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Dani.Peghim 14/08/2016

Livro curtinho, mas que passa muito rápido de uma fantasia ilustrando os sonhos de uma criança a uma história densa e dramática. Livrinho triste, mas que gostei. A narrativa é bem fluída e você se pega na última página com um gostinho de que poderia ter sido uma história maior, pois, afinal, se a contadora de filmes é a própria narradora e ela é famosa por contar seus filmes com detalhes e de forma avassaladora, ela conta a própria história dela de forma muito rápida e sem esse apego de detalhes. Podia ter sido mais trabalhado, achei.
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Kimberly F. 30/08/2016

Leitura diferente
O que me chamou a atenção logo de cara foi, com certeza, o título. Imaginei algo como "A menina que roubava livros", e a doçura da escrita é até um pouco parecida mesmo. É uma narrativa agradável e bem curta, li em um dia. O cenário é bastante marcante, e esse livro te faz realmente construir todo o ambiente na cabeça.
Achei a sequência de fatos meio atropelada, mas nada que dificulte a compreensão. A estória é bonita, mas o final é um pouco triste. Me deu a sensação de que não acabou no fim. Recomendo para quem gosta de uma escrita bem ambientada, simples, de fácil compreensão e com um toque de melancolia e poesia.
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Andréia Meireles 23/05/2012

De tirar o fôlego
Achei esse livro maravilhoso. É de tirar o fôlego. Li de uma tacada só. Consegui gargalhar e me emocionar em questão de algumas páginas.
A parte gráfica do livro é um ponto à parte... simula uma película de cinema, simplesmente genial a idéia.
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Talita. 02/12/2016

Pensei que seria, mas não era:
o livro começou instigante, prendendo a gente com uma escrita fluida e mágica. Pensei que pra variar, seria um livro feliz e se não feliz, um tanto mais leve do que foi. Ledo engano. Ele terminou tão triste que senti e necessidade de escrever antes mesmo de pregar o olho e dormir.
Real? Sim! Trata sobre abandono, diferenças sociais, pobreza, a transição do cinema para a televisão e o surgimento das novas tecnologias (ponto interessantíssimo tratado no livro e acredito eu o mais importante) e seu impacto num povoado de pessoas extremamente pobres nos anos 50 no deserto do Atacama, sem divertimento algum. Fala-se também sobre abuso, esquecimento, infância perdida e laços rompidos pelo tempo e pelas más escolhas.
Adoro cinema, então me encantou a maneira como a protagonista narrava como se sentia enquanto via algum filme. Como se sentia vendo a luz da projeção, se sentando na primeira fileira, ficando alheia a conversas e barulhos para prestar atenção apenas ao filme. Me peguei fascinada por ela, por seu jeito simples e simpatia, mas o autor decidiu dilacerar nosso coração pondo Maria Margarita ou Fada Docine (seu nome artístico) num destino tão impiedoso, sendo moldado por mãos de pessoas que não mereciam sua doçura, tão pouco sua criatividade e principalmente vontade de ver a vida de uma maneira mais bonita.
Por isso as 4 estrelas.
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