O Estrangeiro

O Estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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WallyMenezes 15/06/2024

É um livro a ser REsentido
Como dito no prefácio, "o estrangeiro não é, enfim, a ilustração ficcional de uma filosofia, mas formula uma sensibilidade, um sentimento de absurdo". Esse livro me trouxe o caráter único de consumir um personagem que ele tá ali para ser a materialização de um sentimento, a medida que você lê, você sente que o Mersault é a materialização da sensação que você tem de o mundo ser indiferente com você.

Recomendaria que pulassem o prefácio, pois esse parece ajudar mais no final, e ele me amaldiçoou com spoilers, essa obra tem uma escrita diferente e pode ser difícil para leitores novos, mas te faz refletir sobre diferentes coisas no mundo e na filosofia absurdista, como muitas vezes pessoas sustentam relacionamentos tóxicos apenas para cumprir um papel de objeto de sentir menos solidão, como só sentimos alegria de tempos que vivemos quando nos arrancam e como a vida por si só carece de sentido, fazendo com que nós busquemos o sentido.

O livro ainda te dá a sensação estranha de ser escrita do ponto de vista do protagonista mas não ser ele que está contando, afinal ele não se importaria de registrar sua vida, a qual ele considera tão comum e indiferente, no geral, um personagem denso que parece simples, e um livro que precisa de tempo para interpretação, li em média 10 a 20 paginas por dia, e sinto que poderia levar ainda, afinal é preciso degustar esse livro, sentir e pensar aos poucos, assim, sinto que consegui extrair muito do que Camus escreveu, mas que com certeza posso tirar mais quando reler outra vez daqui a uns meses ou anos.

Sem dúvidas uma leitura indispensável para quem quer sentir algo diferente e reflexivo, e ganhar repertório literário e de mundo, e que com certeza eventualmente você vai querer reler para sentir novamente algumas coisas(REsentir).
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renni 14/06/2024

Tudo é verdade e nada é verdade
Mersault foi um estrangeiro pra ele, pra vida e pro leitor.

Tanto faz, tanto fez, para ele o que importava era estar tranquilo, sem estresse, confortável. Sem pensar muito. Ele foi tão honesto e sem filtro que faz sentido começar a ter uma empatia por ele. Mesmo que a um ponto as coisas parem de fazer um sentido ali. Vai ver essa é a nata do absurdismo mesmo.

Louco como o tempo todo ele foi um homem livre exceto no fim quando se viu deparado com a vida. Viveu a vida do jeito dele. Certo ou errado, ele não se arrependeu e estava pronto pra viver de novo. Ter esperança pode ser perigoso.

"Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que tinha sido feliz e que ainda o era."
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Tais258 14/06/2024

Impessoalidade
Achei muito interessante a forma como ele age em relação a tudo. Senti que ele tomava Sertralina 50 mg por um ano e meio. Sabe aquela sensação de que nada importa e você só observa as maiores atrocidades da sua vida acontecendo bem debaixo do seu nariz, e você só fica ali, olhando? Não sabe? Então você nunca tomou Sertralina
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henriqve 13/06/2024

Eu te entendo Mersault, também não gosto do Sol batendo na minha cara. Principalmente quando sento no lado errado do busão...
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Tay 12/06/2024

Esse livro é estranho, mas de um jeito simples se faz muito bom. Existe nessa narrativa toda uma calmaria, principalmente relacionada a vida, que é invejável. Imagina não se sentir afetado pelo que as pessoas lhe dizem, o que fazem? Óbvio que se pode falar que na verdade é o que você deve procurar fazer, mas o personagem principal de Camus não é tão óbvio assim. Quando digo que ele não se importa com nada, é NADA mesmo. A mãe morre? Beleza. Ganhar uma promoção no trabalho? Beleza. Casar? Eu não te amo, mas tanto faz, se você quer. Irei ser preso? Tanto faz. Quer um advogado? Tanto faz. Isso é só o mais básico dos básicos desse livro e a forma como os pensamentos do personagem fluem nessa direção, nessas respostas, é assustadoramente, para mim, atraente em certos pontos.

Por mais que as atitudes de Meursault possam soar, em vários momentos, como uma grande ausência de interesse pela própria vida (o que é realmente é), também demonstram uma fragilidade emocional vasta. Isso se prova muito quando ele, de forma rápida, conta, em fragmentos, algumas experiências que teve vivendo com a mãe. Não existia naquele ambiente qualquer exploração dos sentimentos, o afeto é raro. Claro que o crime cometido por ele é sério, injustificável, mas é somente quando se vê privado de algumas liberdades (como se levantar e ir à praia, encontrar a pretendente Maria) que Meursault esboça compreender as consequências dos seus atos. A sua apatia some ligeiramente ao experimentar este amargor.


Não existe realmente algum tipo de conotação exata, mas para mim o livro de Camus explora a narrativa de um homem que enxerga como algo estranho a sua presença neste mundo, ele é um verdadeiro estrangeiro. O final é devastador, em certos aspectos, porque apresenta uma realidade que eu não imaginava, fazendo inclusive que o leitor desperte uma empatia por aquele homem - que apesar de ter cometido um crime, merecia um julgamento justo. Camus já havia me mostrado sua capacidade de escrita em "A Peste", porém o acho ainda mais sensível e profundo depois desta leitura. Muito bom!
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Cotasapo 12/06/2024

O estrangeiro: apatia e crime.
Trama extremamente envolvente e bem trabalhada, uma das melhores narrativas que já li. O jeito que Camus nos leva a pensar sobre questões éticas e de punição por intermédio de um protagonista tão apático e, me permita dizer, psicopata, é extremamente único.
O livro só não recebe nota máxima devido à algumas frases e falas desnecessárias que levavam a uma conotação problemática no âmbito social. Principalmente no que diz respeito à personagem de Raymond (que é um troglodita de pior espécie, diga-se de passagem). Entendo, entretanto, que a personagem é sim importantíssima para a obra, porém acredito que existem melhores jeitos de levar o leitor à tal reflexão sem a necessidade de uma retratação tão antiquada (até mesmo para a época).
Cito ainda a música ?killing an arab? da banda The Cure, que retrata o clímax da trama, sendo muito bem interpretada pela banda, conseguindo trazer pelo som, uma ambientação muito condizente com a do livro original. No geral, ótimo livro!
Nota: 9/10
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Ivan.Litenski 12/06/2024

A obra nos confronta com a absurda indiferença do personagem central, Meursault. Protagonista ou antagonista, que vive à margem das emoções e das convenções sociais. Sua jornada revela a falta de sentido existencial e a desconexão entre indivíduo e sociedade. Uma narrativa onde o sol abrasador e a luz ofuscante simbolizam a implacável clareza da vida sem sentido. Um mundo sem Deus, sem valores absolutos,
tanto para os outros quanto para si, o homem é verdadeiramente estrangeiro.
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Oignaccio 11/06/2024

A vida é absurda
Bom, o autor do livro, Camus, um dos principais nomes do absurdismo, vertente filosófica que afirma que a vida é absurda, traz através desse livro um pouco da visão sobre o absurdismo.

O livro é dividido em duas partes, a primeira com 6 capítulos e a segunda com 5 capítulos, conta a história de Mersault, um cara que repete várias vezes a frase ?tanto faz?, é um sujeito completamente estrangeiro à sociedade comum, daí o título do livro. Mersault acaba se envolvendo em um assassinato e acompanhamos seus dias na prisão e julgamento e é justamente nessas partes que Camus transmite seus ideais absurdos.

Não vou mentir, durante a primeira parte eu estava gostando do livro mas parecia um livro de romance qualquer, até que a segunda parte chegou e me surpreendeu muito com os ideias de Camus e o apse foi o último capítulo, este é arrebatador, que capitulo incrível, recomendo muito esse livro.

Se vocês decidirem ler esse livro, se atentem a presença do Sol.
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Erick 10/06/2024

FILOSOFIA DO ABSURDO
Gosto da ideia de Camus, mas nesse livro em específico, não consegui indentificar de forma clara a ideia do absurdo, apesar dele ter cuspido inúmeras vezes na cara da hipocrisia moral, achei um baita livro num geral. Ideia interessante, mas queria me aprofundar mais. A leitura é simples, fluída e apesar de soar um tanto entorpecente, gostei muito do livro
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salles27 09/06/2024

Insuportável
São poucas páginas, mas me senti lendo uma fantasia extremamente longa e totalmente imerso em um grande oceano de nada.
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Alisson 09/06/2024

Um estrangeiro aos olhos de quem?
Uma leitura definitivamente marcante.

Antes dos comentários sobre o livro é preciso contextualiza-lo em sua respectiva época: sua escrito foi sob forte influência da corrente existencialista (Sartre, Kierkegaard) e em uma França em meio a segunda guerra mundial.

Diante disso, nada nesse livro se torna absurdo ou ?estrangeiro?, como reforçam em categoriza-lo. É simplesmente estranho para quem o lê fora desse contexto.

O protagonista vive em um meio onde todas as suas experiências possuem igual significado: nenhum. Por isso suas reações são sempre iguais independente da experiência - o que de fato, eu, em meu contexto, acho um absurdo

Essa história, na minha opinião, possui como principal reflexão o questionamento se de fato adicionamos significados condizentes com cada experiências que vivenciamos. E é isso.
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nick.1 09/06/2024

'O estrangeiro'
Um livro que, mesmo com a ausência de sentimentos do narrador, faz o leitor sentir. Sentir o que, exatamente? Acho que depende daquele que está lendo e o quão disposto a pessoa está para entender a história. Para mim, foi uma experiência até difícil, porque o início do livro não me prendeu e tive que insistir no livro, mas valeu a pena.
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haruurane 08/06/2024

Tendo sido esse meu primeiro contato com camus, estou muitíssimo satisfeita. o estrangeiro, aborda o absurdo no ser humano, que para mim, não se pareceu tão absurdo assim, apenas senti que o personagem era apático e alheio à vida. de qualquer forma, é um ótimo livro para refletir sobre os sentidos da vida, sobre a eficácia dos sistemas judiciários e sobre o absurdo da existência.
pitypooralfie 08/06/2024minha estante
que bom que você gostou




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