O aleph

O aleph Jorge Luis Borges




Resenhas - O Aleph


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Bruno.Santos 14/05/2022

Ótimo livro!
Indo de conto em conto fiquei fascinado com a escrita e não foram poucas as vezes que me perguntei se não eram reais.
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Queila 11/02/2022

O início é um choque, pois trata de temas universais e muito complexos, mas, justamente por isso, é um convite á reflexão desses temas. Alguns contos são muito leves, o que dá um contrapeso á leitura. Gostei muitíssimo!
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César Ricardo Meneghin 07/02/2022

Uma aula...
A leitura de livros como os do Borges, fazem você perceber como lhe falta conhecimento.
Borges é uma enciclopédia de conhecimento e assunto. Cada um dos contos vão te mandar a um lugar diferente e maravilhoso, interessante.
Se você não gosta de contos leia Borges e mude de ideia.
Se gosta, aproveite.
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Eric Vinicius 18/01/2022

Uma elevação
Não é fácil ler Borges.
Mas, ah, disso todo mundo - ou ao menos quem se aproxima de forma menos desavisada da obra do argentino - já sabe.
Então, não convém que se ressalve (apenas) o caráter intrincado de seus textos.
É verdade que, em não poucos momentos, fiquei me perguntando o porquê de tanta profusão - na forma e no conteúdo. Embora alguns de seus contos sejam bastante curtos, a extensa variedade de referências a eventos, personalidades e produções que não fazem parte da corrente dominante (nem tampouco da minha bagagem pessoal), com uso de um léxico soberbo e exploração diversificada de recursos da linguagem, confere à obra um aspecto denso, místico, quase inacessível. Borges obriga que seu leitor, ativo, seja também um pesquisador paciente e determinado. Sem essa busca, as críticas (sarcásticas e engraçadíssimas) do narrador ao extravagante Carlos Argentino Daneri, no conto que encerra o livro e lhe confere o título, bem que, de modo tentador, poderiam se aplicar ao próprio autor.
Porém, há uma linha tênue (e nem sempre bem definida) que separa o pedantismo da erudição.
Com o tempo, percebe-se que, na sinuosa escrita borgeana, poucas palavras aparecem por acaso. Muitos detalhes que se assemelham a distrações loquazes acabam se revelando como luzes que conduzem o leitor. E quando se encontra, a partir disso, o caminho de saída de seus labirintos, o destino parece legitimar a jornada fantástica, ao se chegar ao inefável. É assim em contos como o próprio "O Aleph" (meu favorito, da coletânea), "História do guerreiro e da cativa", "Emma Zunz", "A outra morte", "Deutsches Requiem", "A busca de Averróis" e "Abenjacan, o Bokari, morto em seu labirinto", os quais destaco neste conjunto.
Algumas das marcas que notei em "Ficções" são, aqui, acentuadas. Surpreso por acreditar que já estaria precavido, considerei a leitura ainda mais difícil, todavia, sem uma chave inicial como a premissa, lá, de um universo deliberadamente criado pelo autor. Fiquei impressionado com a ideia de que "O Aleph" pode trazer mais fantasia que a própria ficção. Avalio, dessa maneira, especialmente a leigos como eu, ser imprescindível estar acompanhado de um bom guia, para maior aproveitamento do livro.
Nele, Borges, mais uma vez, parece arrogar para si a missão de descrever o indizível. Sua crônica é do absoluto. Os ensaios, abertos.
Não é de se estranhar, portanto, seu estilo.
Na desconstrução que propõe sobre o tempo, o universo e a personalidade, repetem-se, simbolicamente, figuras como labirintos, livros, espelhos, losangos, espadas e simulacros. São temas de sua abordagem a morte, o duplo, os sonhos, o infinito (e o eterno), Deus (e a religião) e a filosofia. Motes retratados em histórias que, aqui, homenageiam clássicos como "A Odisseia", "As mil e uma noites", "A Divina Comédia" e - não poderia faltar o toque argentino - "Martín Fierro"; com personagens de matizes heterogêneos, como hindus, judeus, árabes, gaúchos, índios e europeus, cristãos e muçulmanos, deuses, heróis e mortais; que vivem, morrem e se eternizam no passado, no (então) presente e no futuro - no tempo e fora dele; ambientados no deserto e em porões, em mesquitas, em bares, nos pampas, no Olimpo.
A universalidade da tratativa, portanto, demanda um nível superior de abstração e justifica o formato típico da pena de Borges. Seria de uma presunção imperdoável supor que um escritor de repertório tão enciclopédico como o antigo diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires fosse um impostor. Não se pode culpar um sábio pelo mérito de seu conhecimento - por mais incognoscível com que ele se apresente.
Mais do que isso, entretanto, sua obra instigante é um bálsamo que permite transcender - o que vem ser bastante convidativo, em uma realidade tão dura. Como um subsídio para reinterpretação do mundo, da vida, da própria existência. O absurdo como método de ressignificação, que amplia os horizontes.
Curiosamente, ao fim do último conto, o narrador parece, com relutância, se curvar à aparente empáfia do meio-irmão de Beatriz Viterbo. Uma resignação que reconhece o brilhantismo de sua obra totalizante.
Assim igualmente me inclino, por derradeiro, ainda que exausto, à grandiosidade de "O Aleph".
Na experiência espiritual, não é preciso compreender tudo para se sentir o todo.
Borges me leva a reverenciá-lo, humildemente, reconhecendo sua capacidade distinta de permitir essa mesma elevação.
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iris 07/01/2022

O Aleph foi uma leitura maravilhosa, e muito diferente das leituras que estou habituada a fazer. No começo foi um pouco difícil de entender os contos, me perdia diversas vezes, mas depois me acostumei e passei a ler com mais atenção aos detalhes e a
às mensagens de cada história, ficando cada vez mais apaixonada pela escrita de Borges.
M.Carvalho 07/01/2022minha estante
Acabei de terminar Ficções do Borges, e igualmente estou completamente apaixonado pela obra do autor. Já comprei outros dois e logo também comprarei o Aleph.




Joao Felipe 21/12/2021

Em uma outra vida talvez
Talvez eu não peguei o melhor livro do Borges pra um inicio em sua obra, talvez eu deva nascer e morrer umas vezes pra voltar.
Você tem que ter muitas referencias, algumas fáceis, a maioria não. De forma alguma tira o fato que ele é um grande escritor, pra mim foi um inicio e um fim tortuoso e não tenho certeza se voltarei a ele um dia.
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Paulo 22/11/2021

Incrível
Existe em Fantasia da Disney, uma descrição de um tipo de música que "existe pela música", música que é justificada por si mesma. Não há melhor definição para Borges, que com uma escrita e conceitos que fazem jus ao nome fantástico, cria contos que justificam sua própria existência apenas por existirem.
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Rodrigo 18/09/2021

Literatura clássica latino-americana
Um livro que reúne 17 contos do escritor argentino Jorge Luís Borges. Os contos são uma mistura de fantasia, folclore, história. Alguns se passam em Buenos Aires, outros retratam regiões e personagens da Europa, outros do Oriente.

Cada conto é uma grata surpresa, e às vezes a maior surpresa é não compreender o conto. E mesmo os contos incompreensíveis possuem o seu atrativo, algo de místico em uma linguagem diferente do usual. É um livro para se ler e reler. Meus contos favoritos foram O Aleph; O Imortal; Os Teólogos; Emma Zunz; Abenjacan...; A Espera; O Homem do Umbral.
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Mario Miranda 05/08/2021

Jorge Luis Borges é uma dos maiores diamantes da Literatura sulamericana. Diferente da maior parte dos Contos que a literatura nos fornece, baseados em temáticas cotidianas, Borges desnuda o seu saber em suas narrativas.

O Aleph traz uma seleção de Contos com profundo saber teológico-histórico-literário, de forma que cada narrativa nos transporta para uma sala onde temos o prazer de termos uma aula magna com este que foi um dos grandes pilares do saber literário.

Ficções já é um ótimo livro de Contos do autor, mas tenho em O Aleph uma obra preferida.
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Caetano.Bezerra 02/08/2021

Tem um estilo que é meio prosa, meio ensaio, meio ficção que me lembra Galeano, só que mais complexo. E bote complexo nisso. Me prendeu um momento ou outro, mas tive muita dificuldade. Não é pra mim.
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Felipe.Camargo 25/07/2021

Não é uma leitura simples!
90°Livro do ano: O Aleph, Jorge Luis Borges

Argentina um desafio!

Apesar de contos pequenos, não são uma uma leitura

rápida... Assim community uma vez trouxe em seus

escritos, é necessário ruminar tais textos! Gostei menos do que o outro livro que li - Ficções-mas vejo aqui, labirintos, conhecimento oriental, filosofia e uma pitada de regionalismo, elementos fundamentais para caracterizar o autor.

Está aqui para o último conto, O Aleph e para a vingança de Emma Lutz!
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Lau 18/07/2021

"Um homem se confunde, gradualmente, com as formas de seu destino; um homem é, afinal, suas circunstâncias."
Alê | @alexandrejjr 17/02/2022minha estante
O livro já vale só por esse trecho que tu destacasse, Lau.


Lau 04/03/2022minha estante
Muito bom mesmo, @alexandrejjr embora, meio difícil




Cicera Evila 06/05/2021

Livro maravilhoso
Borges é um daqueles escritores, cuja obra sempre me deixa um pouco perdida. Não de um jeito ruim. Isso ocorre porque ele te carrega pela mão e Te conduz por uma literatura que você nunca imaginou que existisse.
E isso é muito bom.
Ainda mais pelos experimentos linguísticos, de forma e estilo que somente um escritor da envergadura de Borges pode fazer.
Ler Borges é sempre uma experiência única: nunca é fácil, mas no fim sempre gratificante.
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LeandroCastro88 02/05/2021

Leitura desafiadora
Primeiro livro dele que leio. Foi fácil? Nada disso. Foi impossível? Também não. São vários contos. Uns bem complexos que até agora não compreendi, como "a casa de astérion", mas outros com uma compreensão razoável e profunda. Eu topei o desafio. Depende mais de você ir até o final. Mas vale a pena experimentar.
LeandroCastro88 02/05/2021minha estante
Curti demais "o imortal". Muita referência, mas com uma ótima mensagem.




André Siqueira 27/04/2021

Que livrão. E que livro difícil.
Cada conto foi um sofrimento mas não me arrependi.
Passei quase tanto tempo em pesquisa buscando entender as referências cruzadas, mil anotações, pés de página e influências por onde navega a história quanto passei enrolado na obra em si.
Senti um cheiro leve de Wells, apostaria que tem uma influência direta em algum lugar, mas não consegui precisar.
Sobre a obra: a escrita é muito fluida, recheada de neologismos e visões de mundo complexas. A beleza das sentenças é motivo suficiente para se ler e a métrica é impecável. Mas é dificil, repleto de referências fundas da história argentina e latino americana - guerras, política, movimentos populares, mitologia e lugares-comuns - e de referências obscuras a obras do século XVI e XVII.
Parece haver, como ponto comum em todos os contos, um brincar com o espaço-tempo, lhes emprestando uma espécie de liberdade quanto ao uso dos momentos: passado, presente, futuro, repetição infinita, círculos com raio no centro mas tão largos quanto o universo, histórias ciclicas que continuam a se repetir enquanto outras cessam, etc. O interesse principal não parece ser a trama, mas a forma como é apresentada; o tempo e o ponto de vista tornam-se personagens principais.
A “Casa de Astério” é, em si, um labirinto. Dá curvas, repete-se, becos sem saída; suas palavras são como migalhas de quem já conhece onde vai. A história é velha, conhecida de todos mas o ângulo lhe empresta ineditismo.
Passei quatro horas lendo, lendo, relendo “O Aleph”, último conto, até ele se embaralhar em mim e a lógica torcida se tornar natural; cheguei ao cúmulo de contar as palavras até a primeira parte que o termo é mencionado e depois até o fim do texto e, pasmem, exatamente no meio da obra (parabéns a tradução). 3530 palavras antes, 3530 palavras depois. Isso sem que nenhuma delas seja superflua, um quebra cabeça perfeitamente encaixado - talvez a única outra obra em que tenha encontrado arranjo semelhante seja “O velho e o mar”.
Vejo algo do que não é explicitamente dito por trás de cada uma das histórias: as montanhas russas de nossas inconsistentes políticas latino-americanas assim como o sincretismo econômico e tecnológico, fruto de relações tão desiguais entre colonizadores - colonizados as grandes diferenças culturais dentro de cada um dos territórios que compõe a parte sul das Américas até um ataque não tão discreto assim aquelas velhas memórias que temos do que é mitologia clássica.
Incrivel, leia com calma.
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