A Guerra de Clara

A Guerra de Clara Clara Kramer




Resenhas - A Guerra de Clara


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alvsalmeida 24/02/2024

1% em Zolkiew
Doloroso, apreensivo, instigante. Apesar de toda a dor apresentada no livro, ele é absurdamente necessário.

Aprendemos sobre a crueldade do ser humano, os horrores que muitos foram obrigados a enfrentar do dia para a noite, a força da capacidade levada ao extremo e a bondade e generosidade que tem poder de mudar tudo ao redor.

São muitos questionamentos que levantamos em uma época onde cremos que algo assim já não possa acontecer mais, mas a verdade é que talvez não amanhã e nem depois, mas sabemos que coisas ainda piores podem estar por vir.

Podemos andar de forma imprevisível na linha tênue entre a vida e a morte. No final uma coisa realmente importa: quem sou eu? Ou seja, quem eu fui? O que eu fiz? Qual será o meu legado para talvez uma única pessoa?

Somente uma pessoa salva é capaz de salvar mais uma. E só é salvo quem precisa ser salvo como todos naquele abrigo da história, assim como também os responsáveis por abrigar os que foram salvos.

A generosidade deve ser maior que classe, cultura, raça e religião. Em Zolkiew, no fim, sobrou 1% da quantidade de judeus que haviam no local. Qual será o 1% que terei capacidade de impactar? Qual será o 1% que estão ao meu alcance para salvar?
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Guilherme_mb 28/11/2023minha estante
Que. Vontade. De. Ler. Esse. Livro. ?

Transmitisse o peso que sentisse com a leitura do livro nas linhas da tua resenha. Sempre fantástica. ???


C.K. 29/11/2023minha estante
Muito obrigada, Gui ???




MLuíza 31/01/2023

A Guerra de Clara
Ler um livro sobre Segunda Guerra Mundial, principalmente quando se trata de um relato real, sempre me deixa no final entorpecida, são tantos sentimentos fundidos no final que fico sem palavras para descrever o que a leitura fez comigo.

Esse livro traz a história de Clara, sua família, de outras famílias que compartilharam o esconderijo com ela, da família que os escondeu, traz a história de inúmeras famílias judias e do que passaram, a maioria não sobrevivendo ao horrível acontecimento histórico e ler ele te faz ter um contato tão pessoal com essas histórias que é assustador.

Como diz Clara Kramer: "O privilégio de ser sobrevivente acarreta a responsabilidade de divulgar a história de quem não sobreviveu." e o dever de toda a sociedade é se abrir para essa divulgação, é conhecer a história do Holocausto, é lutar no primeiro sinal de autoritarismo e não se calar, não deixar acontecer apenas porque não é você que é atingido.

Esse é o marco histórico que mais gosto de estudar, conhecer, que mais me fere e um dos que nunca deve se repetir, para isso sendo necessário que lembremos dele, é doloroso, porém vital.
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Fernanda 22/07/2021

Leitura indispensável
Mais uma história sobre a Segunda Guerra e, a cada uma que é publicada, percebe-se que sempre haverá o que ser dito. Ainda mais quando as palavras são ditas por quem viveu tudo aquilo e quer deixar registrado para que outras gerações saibam do que o ser humano é capaz, para o bem ou para o mal.

Clara Schwarz, uma adolescente judia, vive com os pais e a irmã Mania em Zolkiew, uma cidadezinha da Polônia. Cercada pela presença constante dos avós, inúmeros tios, tias, primos e primas, costuma dizer que vivem em bando.
O pai é sócio das famílias Melman e Patrontasch, igualmente judias, numa indústria de extração de óleo vegetal.
A vida era tranquila e confortável naquela cidade rodeada de campos, pomares e fazendas. A comunidade judaica, bastante expressiva, se unia em torno de eventos e comemorações tradicionais.
A chegada dos soldados nazistas ao país quebra o clima de segurança e tranquilidade em Zolkiew, especialmente para os judeus, alvo principal das garras de Hitler por toda a Europa. A situação se agrava progressivamente, até que os primeiros vagões de gado começam a partir levando judeus para os campos de concentração. O pai de Clara procura desesperadamente um lugar para se esconder com a família, mas é praticamente impossível encontrar, pois acolher judeus é considerado crime capital. Já sem esperança após várias tentativas frustradas de escapar, a família não vê saída, a não ser partir para o gueto para cumprir o mesmo destino trágico de vários amigos e parentes, até que se acende uma luz no fim do túnel: a família de Julia Beck, antiga faxineira das três famílias, decide esconde-los. O grande problema é que Valentim Beck é dono de péssima reputação: beberrão, mulherengo, irresponsável e, pior, antissemita declarado. Sem saída, as famílias decidem colocar seu destino nas mãos dos Beck, na esperança de que a guerra dure mais dois ou três meses. O novo lar dessas onze pessoas passa a ser um abrigo subterrâneo minúsculo, cavado com as próprias mãos, com paredes de terra, sem banheiro ou janelas, com um metro e meio de altura, extremamente frio no inverno e escaldante no verão, com pouquíssima água e comida e tendo apenas um balde para fazer as necessidades. O que os separava da parte de cima era apenas o piso de madeira da casa, de forma que precisavam passar horas e até mesmo dias totalmente imóveis, apenas respirando, para não serem ouvidos durante as inúmeras visitas de nazistas à casa.
Quando se pensa que a fome, a sede, o medo constante e a falta de boas notícias das frentes de batalha são provações suficientes, a evolução da guerra traz mais restrições e tristezas, além de novos moradores para aquele espaço tão pequeno que não era possível dormir de bruços por falta de espaço. Em meio a tanto sofrimento, vemos surgir de onde menos se espera a solidariedade, a empatia, o amor que faz alguém arriscar a própria vida todos os dias para tentar evitar mais injustiças.
Diante da privação de quase tudo o que mantém um ser humano vivo, o sentimento de gratidão pelas mínimas coisas, como poder ficar de pé por alguns minutos ou beber um gole de água é o combustível que não deixa os judeus desistirem.
Graças ao pedido da mãe "escreva um diário, Clara. Se morrermos alguém vai achar e saber o que aconteceu conosco" o registro dos dias passados no abrigo subterrâneo ainda existe e hoje em dia faz parte do acervo do National Holocaust Museum, nos EUA.

Não é mais um romance autobiográfico sobre a Segunda Guerra. Nenhum deles é. É uma história única, forte, tocante e crua. Vale muito a pena ler.

"A gente quer viver, não importa como. Todo dia olhamos a morte, olho no olho, e cada dia tem sua própria história. Se pelo menos tivéssemos uma sentença, um prazo, uma estimativa do tempo pelo qual vamos sofrer... Estamos sentados aqui e nem mesmo sabemos se será a troco de nada."

*A revisão falhou terrivelmente, há muitos erros, falhas e trocas, mas nada que tire a grandeza do conteúdo.

site: Estou no Instagram como @viralivros
CPF1964 26/07/2021minha estante
Parabéns pela resenha.


Fernanda 26/07/2021minha estante
Grata!




Vivi 19/09/2020

Maravilhoso!
O tema Segunda Guerra é um dos meus favoritos, geralmente são histórias tristes, devastadoras mas que servem de exemplo de superação além de mostrar um pouco da história mundial.
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Mila.Mesquita 26/09/2017

Emocionante!
Zolkiew era a cidadezinha do interior da Polônia onde viviam os Schwartz, os Steckel, os Patrontasch e os Beck.(Grande parte do livro se passa por essas famílias).
Clara uma Judia polonesa, tinha 13 anos de idade e vivia feliz, jamais teria cogitado de sequer imaginar o que fosse a guerra. Para ela a guerra era um elemento das obras de Tolstoi.
Seu destino foi alterado graças a um
anti-semita, que aceitou ajudar a família de Clara e outras famílias que se abrigaram num esconderijo construído pelos próprios refugiados na casa dos Beck; suas vidas ficaram a cargo da família Beck.
Foram 18 meses de agonia, sofrimento, esperança, fome, tristeza, desconforto, doenças, e escuridão.
Em momentos da leitura me senti angustiada e aos prantos lendo sobre essas famílias abrigadas e escondidas  vivendo com a presença de polícias, ferroviários e soldados da SS saindo e entrando na casa e eles la em baixo imóveis, sem ar, sem comida, sem água, sem higiene e quase sem perspectiva do que poderia vir a acontecer.
 A história, a guerra de clara, é sobre a intolerância e o perdão, escrita por uma adolescente que viu e ouviu milhares a sua volta serem assassinados pelo simples fato de serem judeus. Você vivência relatos da forma mais cruel como eles são tratados conforme a guerra avança;
São queimados vivos, fuzilados, assassinados com gás venenoso ou mortos de doença. 
 Cada página q passava me comovia mais, é de um realismo tão grande que  me pergunto COMO É  POSSÍVEL QUE SERES HUMANOS FAÇAM TAIS COISAS COM OUTROS SERES HUMANOS?!

"Eu começava a entender que quando a gente está de luto, não é só pela perda de um ser amado, mas também pela parte de nós que se perde com ele." Pág. 54

"... Não sei onde é que a gente encontra a vontade de continuar vivo! Você perde as pessoas amadas e ainda assim quer prosseguir vivendo." Pág. 201

"Sinto uma dor no coração quando vejo gente caminhando, livre, desfrutando o tempo maravilhoso, sem temor. Aqui dentro nós estamos vegetando no medo." Pág. 287

" Sinto-me tão confusa que não consigo me concentrar. Pensamentos de toda sorte me cruzam a mente. Estou feliz por estar viva, mas depois me pergunto: estou feliz por estar viva?" Pág. 298

"De cinco mil judeus sobraram apenas cinquenta. Somos os únicos que tem pais. Famílias inteiras morreram. Todos estão macilentos, não temos o que vestir, nem onde dormir, nem dinheiro para comprar comida.... Mal conseguimos andar, nossos pés doem, não estamos habituados a caminhar...
Mas somos os que tiveram sorte."
Pág.302

"Quando lembro o elemento que tínhamos, e que outros não tiveram, esse elemento foram os Beck. Tudo o que aprendi sobre o amor, a hora e a coragem aprendi com eles. Depois de tudo o que eles fizeram por nós no esconderijo, sei que nada nesta vida é  impossível." Pág. 323


Desejo q muitos possam ler e viver através das páginas a história incrível que Clara viveu. E que através dela possamos ver o quão Baixo o ser humano pode ir.
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Tamyres Palma 15/01/2016

A Guerra de Clara - Sensacional.
Daqueles livros em que durante a leitura, você leva vários socos no estômago.
Comprei este livro há um ano e me arrependo de ter demorado tanto tempo para lê-lo. Nele, somos apresentados à comunidade judaica de Zolkiew, na Polônia. Ali viviam aproximadamente 5 mil judeus em 1939. Entre estes muitos judeus, conhecemos Clara Schwarz e sua família.
As notas de imprensa na contracapa do livro o comparam ao Diário de Anne Frank, mas pra mim, os dois livros são totalmente diferentes. O Diário foi publicado como fora concebido: o diário de uma menina judia escondida dos nazistas. Nunca houve tempo para revisão ou narrativas paralelas às escritas por Anne no período que viveu no Anexo. O livro da Clara passou por um processo diferente, pois a autora sobreviveu ao nazismo e à Segunda Guerra Mundial e escreveu o livro muitas décadas depois dos acontecimentos (o livro foi publicado em 2008). Com estas diferenças na temporalidade da escrita dos livros, outras diferenças acabaram sendo sentidas entre os dois, e estas diferenças me fizeram amar A Guerra de Clara.
Neste livro, começamos a acompanhar as famílias Reizfeld-Schwarz desde setembro de 1939 – quando a Alemanha invade a Polônia. Acompanhamos o crescimento das crianças da família, os casamentos que ocorrem nestes anos, os nascimentos, as festas religiosas. A noção de comunidade judaica é muito bem impressa neste livro, o que difere muito do Diário de Anne Frank, pois neste livro vemos pouquíssimo do período pré-anexo na família Frank. Com esta diferença na escrita, a empatia e carinho pela família de Clara cresceu em mim naturalmente ao passo que avançava na leitura.
As pessoas mais próximas a mim sabem que eu admiro demais a cultura e religiosidade judaica. Sempre admirei as festas, a simbologia por trás de cada ato, de cada palavra, e Clara Kramer me trouxe muito da intimidade das comunidades judaicas em seu livro e serei sempre grata por – apesar de ter muita dor a narrar – ela ter dividido os bons momentos em família e comunidade conosco.
Apesar de a Alemanha ter invadido a Polônia em 1939, até 1941 a cidade de Clara fica sob domínio soviético, quando os alemães tomam a cidade. Embora a vida dos judeus sob o domínio soviético já estivesse ruim, ela só piora com a chegada dos alemães. A cada nova morte que Clara descobre e pranteia com seus familiares, eu chorava também. Houve momentos, (um em especial, mas que não contarei pois ele só faz sentido em toda sua força dentro do livro) que comecei a soluçar de tanto chorar. O Jonatha parou o que estava fazendo para me acalmar. Depois de calma, expliquei e li o trecho para ele, e antes de terminar a leitura mal conseguia falar, pois estava em lágrimas de novo.
O livro tem uma escrita boa, que flui, mas nunca leve. É impressionante que embora eu saiba muito sobre o Holocausto, já tenha lido outras narrativas, cada nova história é A história. É viver tudo aquilo ao lado da outra pessoa. Este livro, com certeza, é uma das narrativas do Holocausto que merece virar um clássico. É lindo e triste, como todos os outros. Recomendo.

site: http://cafeecoberta.blogspot.com.br/2015/11/terminei-guerra-de-clara-clara-kramer.html
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Renata 15/09/2014

É inacreditável até onde o ser humano pode chegar, para o bem e para o mal.
A Guerra de Clara
"A história real da família judia salva do holocausto por um antissemita"

A chamada da capa resume perfeitamente a história. Trata-se um livro baseado no diário escrito por Clara Kramer, quando sua família, e mais duas outras famílias, passaram meses sem fim escondidos em um buraco que cavaram no subsolo de uma residência.
Como o livro se baseia em um diário a narrativa consegue nos transmitir a loucura e agonia daqueles acontecimentos. Todos nós sabemos o que foi o holocausto, mas relatos como esse sempre são comoventes e ao mesmo tempo inacreditáveis. Creio que em condições normais é impossível concebermos o assassinato a sangue frio, o prazer de matar, a crença de ter o direito de tirar a vida de outro ser humano por qualquer que seja o motivo. A falta de compaixão, de humanidade, o extermínio de famílias inteiras.
O que acontece com um ser humano para que este tire a vida de um bebê completamente indefeso? É inexplicável.

Na verdade a história contada é uma sucessão de acontecimentos inexplicáveis. A crueldade de seres humanos com outros seres humanos, a mesquinhez, a morte que chega pelas mãos não só de inimigos declarados como também daqueles que até então eram amigos.

É inexplicável de onde aquelas pessoas tiraram forças para continuar vivas, passando pelas mais desumanas torturas e sob o terror iminente de ser descobertos e fuzilados.
O pior de tudo era estar à beira de morrer de sede, de inanição, em um subsolo que mais se assemelhava a um grande caixão, enquanto do lado de fora a vida continuava, pessoas iam e vinham, trabalhavam e festejavam, viviam como se não houvesse tanto terror tão perto.

É inexplicável como uma mãe, como a mãe de Clara, até o fim pensava em seus semelhantes, gastando todo dinheiro que o marido ganhava dando de comer àqueles que precisavam.
É inexplicável como um casal, igualmente refugiado, conseguia comer diante de crianças que estavam literalmente morrendo de fome e não dividir.

É inexplicável como aquelas pessoas mantinham sua fé mesmo diante do que parecia um completo abandono de Deus, da tortura e morte de seus entes mais queridos, simplesmente abatidos como animais.
Por outro lado também é inexplicável o fato de que a única mão estendida àquelas famílias fosse justamente de um sujeito reconhecidamente antissemita, um famoso beberrão e encrenqueiro, Beck e sua família, a esposa Julia e a filha Ala.

É inexplicável a quantidade de vezes em que arriscaram as próprias vidas não por um amigo ou familiar, mas para pessoas que a princípio eram completamente estranhos, em um compromisso de coragem renovado diariamente diante dos acontecimentos da guerra.

Sinceramente, é inexplicável permanecer meses a fio com soldados ucranianos, alemães, agentes da SS, andando em cima de suas cabeças, sem estes descobrirem aquele número improvável de judeus literalmente embaixo de seus narizes.

Vi alguns comentários que A guerra de Clara é diferente porque tem um final feliz, isso porque Clara sobrevive, e isso sabemos desde o início, mas ainda assim não acho que tenha nada de feliz ali. Qualquer alegria que sobrevenha na vida daquelas pessoas sempre estará marcada, porque suas vidas não poderiam nunca mais ser as mesmas.

Contudo, o mais inacreditável é perceber que genocídios não são coisas do passado, eles continuam acontecendo, ocupando de modo fugaz as páginas dos jornais, sendo rapidamente esquecidos até que um novo banho de sangue ocorra.

É inacreditável até onde o ser humano pode chegar, para o bem e para o mal.

Somente uma última ressalva em relação à edição da EDIOURO, só uma coisa a dizer: QUE VERGONHA!!
Qual o problema do revisor de vocês, supondo que vocês tenham um. Já li tudo quanto é tipo de livro, as mais obscuras editoras, mas nunca, em tempo algum, vi tanto descaso com a correção de um livro, muitos erros não define, é um descaso com o leitor. Feio, muito feio.
Emily 30/11/2014minha estante
Meu livro favorito.

A simplicidade da história contada por uma menina e a intensidade do relato do maior genocídio da história vistos por olhos inocentes tornam este livro sensacional.

O fato do livro ter nascido de um diário nos faz pensar em quão pequenos são nossos problemas, como nossa vida é muito mais que excelente, do quão importante é a nossa família..... e por ai vai.
Gosto do diário de Anne Frank, mas por ter sido editado como diário mesmo... se tornou massante para mim. A guerra de Clara usa o diário apenas como base, estruturando a história de maneira mais fluida.

Este livro é sensacional, pesado e transformador.
Sinceramente não sou de chorar com livros, mas este se tornou exceção. E não chorei somente pela tristeza dos fatos, mas também pela alegria, pelo alivio, pela beleza, por seres humanos admiráveis.
E saber que todos eles são reais!




mafer 13/09/2014

Lembra O Diário de Anne Frank... só lembra.
Livro lindo que acaba como poucos com a temática Segunda Guerra. Eu gostei bastante. Bem escrito e fofo. Leia.
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Paty 19/11/2013

Recomendo o livro para que jamais nos esqueçamos do quão baixo pode descer a raça humana. Não é uma leitura fácil, mas é essencial.
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morganarosana 24/05/2013

Este é um livro viajante que já deveria ter resenhado há algum tempo.
Eu gosto muito sobre relatos da guerra (tá, talvez, não como o João Barone, que até escreveu um livro sobre, mas de vez eu leio um relato ou outro ou vejo um filme sobre), e um de meus livros favoritos é O diário de Anne Frank. Foi justamente por causa da comparação com o diário e também com A lista de Schindler que resolvi receber o livro.
O começo do livro é meio arrastado, com a jovem Clara contando sua história e a de sua família na Polônia. E também sua vida cotidiana numa Polônia em meio a guerra e invadida pelos russos. Mas a história e a vida da família vai alcançando seu ponto crítico quando a coisa começa a feder para os Cossacos e os nazis vão se aproximando da Polônia.
Quando os nazis chegaram começaram obrigando os judeus a usarem a conhecida braçadeira com a estrela para diferenciá-los das pessoas 'normais'. Como a guerra ressalta o melhor e o pior das pessoas, até os antigos vizinhos e colegas destas famílias denunciavam aqueles que desrespeitavam a lei e lhes saqueava a casa debaixo de seus narizes. Dia após dia judeus eram recrutados para os campos de trabalho e enfiados em trens lotados para os tais campos. Os que conseguiam pular, eram alvejados com tiros pelos nazistas dos trens. Ou eram denunciados por poloneses simpatizantes com a causa nazista.
Vendo que sua única salvação era se esconder sobre a proteção de poloneses a família de Clara (que contava com 4 pessoas) juntamente com outros duas famílias (que somavam pelo menos mais 7 pessoas) resolvem começar a construir um abrigo subterrâneo em uma das casas de uma das famílias, e colocar uma família polonesa vivendo lá. As pessoas que resolveram dar abrigo a mais de dez judeus pondo em risco suas próprias vidas? A mais improvável possível! Sr. Beck, patriarca desta família, era um sujeito conhecido na cidade por suas declarações anti-semitas, seu abusos com álcool, a jogatina e até mesmo negócios escusos. Mas sua mulher era empregada na casa de Clara, e uma amiga muito próxima e resolveu que iria proteger esta família.
Aos poucos percebemos diversas idiossincrasias na personalidade e comportamento de Beck, não sei se era isto que condizia com a realidade mesmo, ou se fomos contaminados pelo olhar de Clara. Mas ao mesmo tempo que Beck dava abrigo para três famílias judias arriscando seu próprio pescoço era parceiro de pôquer de soldados alemães e fazia negócios com integrantes da SS. O caso é que seus sentimentos para com os judeus e ficando realmente amigo deles e tendo empatia com o sofrimento deles.
Mas como para o restante da cidade, Beck continua sendo anti-semita e simpatizante com os soldados da SS. Assim, a casa dos Beck vira ponto de encontro e até mesmo pousada para alemães de passagem pela cidade. Os judeus escondidos, que antes não tinham comida e água decente antes disto, começam a ver sua situação chegar ao limite crítico. Sendo difícil até mesmo para a evacuação de seus dejetos, que em grande quantidade poderia denunciar-lhes a presença e custar-lhes a vida.
Vivendo com a corda no pescoço todos os dias, lutando a cada minuto por suas vidas, aguentando a fome, as perdas e a doença em um abrigo de terra onde nem se pode ficar em pé, dezenove pessoas vivendo amontoadas e eles sobrevivem. Não dá pra ler um livro destes e ficar imune. O tempo todo em que o lia me deixava com uma bola de angústia no estômago. Mas o relato tem um final mais feliz do que o de Anne Frank. Ao menos isto.

resenha originalmente publicada em: www.estranhomundinhoinsano.blogspot.com
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Adriana 01/04/2013

Delicado
Mesmo um tema pesado como esse e tanto sofrimento o livro não te faz chorar, mas te fazer pensar que apesar de tudo, existem anjos na terra!!
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Lua 28/03/2013

O que dizer do horror pelo qual passou tantos seres humanos? Do extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos indesejados pelo regime nazista? Da ideia de ser superior a outros e matá-los? De tanta intolerância, maldade, sadismo? Sinceramente fico sem palavras, imaginando tamanho o horror.

É uma história emocionante, marcante, triste e envolvente. Extremamente difícil imaginar que um ser humano seja capaz de passar e sobreviver há tantas privações, humilhações, medo e provas. Um exemplo de fé, resistência, confiança, solidariedade, determinação e superação.
Recomendo, é uma história inesquecível!
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Renata CCS 14/01/2013

A Guerra de Clara: o relato de uma sobrevivente ao holocausto
Clara Schawrz, que hoje vive nos Estados Unidos e atende pelo nome de Clara Kramer, foi uma das sobreviventes do holocausto. Ela recorreu ao escritor Stephen Glantz para contar sua história ao mundo, e esta parceria resultou num belo e dramático relato de uma família e um pequeno grupo de amigos que sobrevivem a um dos períodos mais tristes e violentos que o mundo já presenciou. Escondidos em um pequeno porão improvisado na casa de um anti-semita beberrão (que preferiu abrigar judeus ao vê-los morrer), frequentada por soldados nazistas, dezoito pessoas permaneceram enclausuradas por 18 meses em um espaço minúsculo, que chegava apenas a 1.20 de altura. Foi neste local que Clara, incentivada pela mãe, escreveu as primeiras páginas de seu diário, o início de suas memórias que se tornariam públicas décadas mais tarde. Embora o livro seja transcrito por um jornalista e não pela própria Clara (diferentemente do Diário de Anne Frank), os relatos da fome, do medo da morte e da desesperança misturados com, fé, amor, cumplicidade e desejo de sobrevivência fazem com que o livro se torne inesquecível. Apesar do tema pesado, o livro é fácil de ler, mas lamentavelmente há vários erros de tradução: algumas frases ficaram desconexas e há mistura de presente e pretérito, além de palavras com letras faltando. Ainda assim, a leitura vale a pena!
Sandra :-) 02/07/2013minha estante
Realmente os vários erros de português são irritantes. Um absurdo isso!

Quanto à história, por mais que leiamos sobre o tema, nunca dá para ler e ficar indiferente. Gente, quanta crueldade! Quanto sofrimento! Que agonia saber que é tudo verdade! Um alívio saber que alguém sobreviveu para não deixar que isso se apague da memória da humanidade.


Renata CCS 12/07/2013minha estante
Lamentável, não é Sandra? Um relato como este merecia maior atenção na revisão.


VAGNERDEOLIVEIRAcuritiba 25/12/2014minha estante
A história me absorveu tanto, que nem me dei conta de erros de portugues.


Rosiviti 08/04/2021minha estante
Já quero ler?




Luciane 06/05/2012

A história é verídica... É impossível não reviver tudo que Clara viveu naquele mais de um ano em um porão, com medo, com falta de tudo (menos esperança!). É um retrato da Segunda-Guerra Mundial. Gostei muito e recomendo.
Este livro é do Grupo Livro Viajante: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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