Resenhas - Carta ao Pai

teka. 09/05/2024

"Eu teria sido feliz por tê-lo como amigo, chefe, tio, avô, até mesmo como sogro. Mas justo como pai você era forte demais para mim"

nesta carta, kafka expõe ao pai tudo que este lhe causou e como esses fatores prejudicaram sua vida. senti como se estivesse invadindo a privacidade dos dois, pois é um livro extremamente pessoal e, em diversos momentos, me perguntei se deveria mesmo estar lendo isso.
aqui, vemos uma relação muito tóxica e pai e filho, o que nos faz entender um pouco mais da profundidade e o reflexo dos sentimentos de kafka por meio de seus livros. além de conhecer um pouco mais sobre o próprio autor.
é uma leitura um pouco diferente e pesada, mas que vale muito a pena.

Renan.Bagatini 09/05/2024

Kakfa vivia à frente do seu tempo!!
Esse mini-livro (e gigantesca carta) do kafka é muito bom. apesar de achar a escrita um pouquinho complexa muitas vezes pela falta de contexto, gostei demais. o comportamento abusivo do pai do autor o influenciou em suas obras literárias, como ele mesmo disse.
acredito que, atualmente, kafka seria famosíssimo no twitter. em algumas falas em específico é possível notar que ele estava muito à frente de seu tempo.
"...me sentia miserável e na realidade não só diante de você, mas do mundo inteiro, pois para mim você era a medida de todas as coisas".

Kkreitu 08/05/2024

Algumas pessoas não deveriam ser pais
achei meio desrespeitoso pegarem algo tão íntimo do autor e transformarem em algo público. a forma como kafka escreve oque sente pelo pai no presente e recorre ao seu passado é alusória, algo que pode ser visto em toda relação de pai pra filho e em qualquer século que seja analisado.

obs: fiquei meio confuso no final, sei que era a resposta do pai para o filho, mas será que quem estava certo? era duas perspectivas de pessoas diferentes, uma culpando a outra e mesmo assim insentando-os da culpa, não acredito nisso de que os dois são inocentes diante da realidade que viveram, nem que o pai seja o monstro que foi descrito -mesmo que suavizado-, mas kafka era uma criança, e precisava do apoio -mesmo que negativo- do pai.

eliza.strege 08/05/2024

"tu me ameaçavas com o fracasso, entao o respeito pela tua opniao era tao grande que com ele o fracasso era inevitavel"

carta ao pai é realmente verdadeiro.

Zbr 06/05/2024

Não era para ser um livro
É uma carta (meio óbvio) íntima a seu pai acredito que deveria ter continuado dessa forma e não se tornado livro. Esse livro serve para pessoas que querem entender melhor o autor, muito o que tem nesse livro da para observar nas suas outras obras e como sua relação com o pai aparece em vários aspectos de várias das suas obras.

Gabriela3826 03/05/2024

Pai! (voz do fiuk)
Faltou terapia! Só força meu mano Kafka. Não sei o que dizer, fiquei o livro todo pensando na minha relação com o meu pai e agora tô numa baita crise existencial

TainA.Baracho 03/05/2024

" Eu teria sido feliz por tê-lo como amigo, chefe, tio, avô, até mesmo (embora mais hesitante) como sogro. Mas justo como pai você era forte demais para mim."

mars 02/05/2024

Carta ao Pai de Franz Kafka
Primeiramente, ler Kafka é sempre uma experiência única! Todos os livros desse perturbado acabam comigo, e essa carta pra o pai dele foi onde ele mais me tocou.
Eu estou simplesmente sem palavras, me senti tão representada que em alguns momentos eu só conseguia fechar o livro, respirar fundo, deixar as lágrimas rolarem pelo meu rosto e dizer: wait, this is fucking playing about us?
Apesar de tudo, foi uma leitura rápida e fácil pra mim, e eu gostei em todos os sentidos. Só me senti deprimida lendo, mas normal sendo Kafka.


Ps: Se o pai e ele fizessem uma terapia, nada disso teria acontecido

Alex 01/05/2024

Daddy issues
Um livro pessoal e sensível, que toca não só a mente, mas, o coração. "Desde que comecei a pensar, tive uma preocupação tão profunda com a afirmação espiritual da minha existência que tudo o mais me foi indiferença"

Frizzo 01/05/2024

Não há como avaliar
Não se tem como avaliar essa imensa carta onde, o autor revê as feridas de sua existência, cujas quais, o progenitor foi responsável de causar.
É sensível, é um filho que buscou os olhos do pai a vida toda mas a única coisa que o pai lhe deu foram temores ao impor uma criação hostil.
Avaliei com 5 estrelas pq isso é realmente algo que qualquer um jamais poderia avaliar, são sentimentos expostos de maneira nua e crua!

Mayane.Ribeiro 01/05/2024

Livro que toca bastante, principalmente para quem tem ou teve uma relação complicada com o pai. É uma carta intima, cheia de desabafos e descontentamento. É difícil deixar uma opinião sobre as atitudes do autor, uma vez que trata-se de fatos verídicos, em que uma simples opinião não abrangeria as suas motivações e razões. Poderia facilmente tecer muitas críticas, mas não cabe a mim, pois trata-se de uma trajetória de vida e não de um simples enredo comercial.

Ray 01/05/2024

Avassalador!
Kafka usa todo o potencial que enxerga nas palavras!!! É incrível ver como ele introduz tópicos nas conversas e a guia para a sua perspectiva. É um livro em que Kafka diz "para ele eu não fui o suficiente assim como ele não foi para mim". Voltando sobre o potencial das palavras: é muito curioso que um livro tão curto tenha se tornado uma leitura tão maçante para mim, (Clarice usa da mesma habilidade, dar voz às palavras dando foco a alguma subjetividade implícita nas mesmas) e se torna uma leitura com a necessidade de 100% de consciência, porque se eu me perco em devaneios por segundos esqueço a linha de raciocínio do autor. Isso não é ruim, significa que o autor transmite de modo objetivo seus pensamentos a outras pessoas (o suco do suco da comunicação) mas ao mesmo tempo, para mim, que só queria uma leitura para passar o tempo foi (parte da densidade varia de acordo com a expectativa do leitor, portanto, como mencionei, eu fui ler esperando ser algo mais leve). Tiveram frases que foram como uma facada no estômago, fiquei super pensativa diversas vezes. Curiosamente, quando ele fecha explicando sobre o porquê de "não ter nascido para casar" fiquei super triste, não foi a parte que mais me impactou, mas a que mais me emocionou. Ele cita algo como a necessidade de estar no mesmo nível que seu pai, e como seu pai se sentia ameaçado por essa possibilidade, sendo assim, noivas eram sempre desaprovadas, se correlacionando a ter uma outra família a quem seria a figura de autoridade, abandonando de vez essa posição subjugada imposta pelo seu pai.
Enfim, eu gostei e recomendo a leitura?

Maria14190 01/05/2024

Gostei muito da leitura, que também foi recomendada por uma amiga. Ler sobre a relação que o Franz teve com o pai, ajuda o leitor a entender a forma como ele relata a instituição familiar nas obras seguintes.

Blue. Ipsis 30/04/2024

Kafka no Divã.
Kafka, em sua essência, nos transmitiu que "Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós." E essa frase se fez tão real enquanto lia sua carta. Cada golpe de suas frases era como um choque que despertava emoções profundas, algumas vezes até me vi refletida nas palavras do autor.

A relação entre pai e filho, tão central em "Carta ao Pai", se estende por suas outras obras, revelando as complexidades humanas que Kafka explorou. Nessa carta, ele se expôs de maneira íntima e pessoal, desmembrando suas próprias emoções. Entendo agora por que ele não desejava que essa carta fosse publicada, um pedido que merecia respeito.

Para mim, essa leitura não foi apenas um exercício de intelecto. Como Kafka colocaria; foi a tampa do caixão que me permitiu mergulhar mais fundo em sua escrita e compreender suas obras de maneira mais profunda.

Admiro a habilidade de Kafka de expressar, de maneira tão vívida, o que sentia. Considerado um dos autores mais destacados do mundo, será que ele conseguiu reconhecer esse reconhecimento em si mesmo? É uma questão intrigante sobre um homem tão complexo e talentoso.

Larissa2501 30/04/2024

Seja como for, éramos tão diferentes e nessa
diferença tão perigosos um para o outro, que se alguém por acaso quisesse calcular por antecipação
como eu, o filho que se desenvolvia devagar, e tu, o
homem feito, se comportariam um em relação ao
outro, poderia supor que tu simplesmente me esmagarias sob os pés, a ponto de não sobrar nada de mim.