Nytta 13/12/2021O bom dessa coleção, no fundo, é que eles acabam!Glória glória, aleluia que eu terminei o terceiro livro da coleção da família Wherlocke.
Bom, este foi, na verdade, talvez como os dois anteriores, o primeiro que eu li em um contexto diferente da minha vida (tanto pessoal, como de leitora), e isso vai influenciar a respeito da minha opinião perante o livro. Vou explicar:
O primeiro livro, eu li aos 20 anos, e estava no 5º ano consecutivo dessa vida de leitora. Levando em conta que, pela idade, eu lia muitos livros para "xovens", e não tinha muito repertório, achei o primeiro livro até ok. Mas o sinal de alerta de que as coisas iriam piorar, com minha relação a saga, quando eu fui emendar o segundo livro e larguei no meio.
Li o segundo livro há poucos meses atrás, num período que eu realmente precisava de uma leitura para me alienar. E ele cumpriu com a função. Não necessariamente que fosse uma leitura de qualidade, porém, nada melhor do que um romance de banca clichê para relaxar, não é mesmo?
Agora eu termino o terceiro livro, mentalmente mais estável do que antes e, como leitora e pessoa, com um pouco mais de repertório. E só queria falar que minha experiência com o livro não foi muito boa.
O terceiro livro trata a respeito de Alethea, uma jovem viúva que, desde seus 5 anos de idade tem visões com Lorde Hartley, que viria a se tornar um garanhão que trabalha para o governo inglês, seduzindo mulheres de inimigos, com a finalidade de obter informações importantes para a segurança nacional. Alethea é acometida com uma visão do que viria a ser do assassinato de Hartley. Qual é a atitude mais lógica tomada por ela? Ir até Londres contar ao Lorde para tomar cuidado, pois a partir dos seus dons, ela viu que ele seria assassinado.
Bom, até ai, para quem já está ambientado com a série, não era de se surpreender. Quer dizer, essa coleção é basicamente: se você leu um, você leu todos. E nenhum livro te surpreende de uma forma boa. A titulo de comparação - não que seja igual - mas li alguns livros do Zafón, e querendo ou não, são livros que, sim, tem a mesma estrutura, mas são construídos de uma forma maravilhosa, que, mesmo vc sabendo o que vai acontecer, te surpreende!
Mas voltando ao livro de Howell: basicamente é uma história de um membro da família Wherlocke tendo um pressentimento, indo até a pessoa para contar, e a partir daí o livro é dividido em sexo, resolução de problemas e casamento. Nesse meio tempo tem a pessoa a ser salva duvidando dos dons da família, mas em poucos capítulos isso é rapidamente superado. Até porque, super tranquilo essa questão nos idos de 1700, não é mesmo? (#ironica)...
Eu fiquei com vontade de arrancar meus olhos durante toda a leitura. Por motivos diversos. Me questionei se todos os livros sempre foram ruins e eu não percebi, ou se eu estava exigindo demais de uma "literatura de romance de banca de jornal". Eu passava meu tempo achando um absurdo a construção da narrativa, pois tem todo um potencial de ser uma leitura, sim estilo "alienante", mas de ser boa também, não sei se faz sentido isso. Pq gente, imagina, isso é praticamente uma família de X-Men no século XVIII, não tinha como ser ruim. mas teve.
Outro fato é que (ai vem meus valores ok, desculpa), honestamente, não tem romance romance entre os protagonistas. O relacionamento entre eles não tem uma construção. É basicamente um olhando para o outro e pensando "uhm, como elx é atraente, seria uma boa ideia transar com elx" e a partir daí, há uma crise de ciúme injustificável.
O que me proporcionou crises de risos foram as descrições das cenas de sexo, que, provavelmente tentaram mirar em algo extremamente sensual, mas acertou na cafonagem.
De modo geral, essa história parece que foi uma fanfic publicada. Achei ótima 2/10.