Resenhas - Zone One

Heytor Vieira 08/01/2023

Whitehead, que fez sucesso com The Underground Railroad Zone One, decidiu escrever essa trama com zumbis, o que me deixou muito curioso. O tema é batido, mas um bom autor consegue dar novos ares a qualquer velharia. O problema é que fica bom mesmo só na parte final e aí você acaba lendo mais pela grife do autor.
Ainda assim é um livro interessante. Adoro quando autores fazem algo inesperado e aqui Whitehead se propõe a fazer exatamente isso. Como são limpas as ruas da cidade, o que pensam as pessoas envolvidas nisso, como eles veem o humano nos zumbis, isso tudo é uma grande alegoria, uma metáfora para as condições ruins em que muitos vivem nas grandes cidades.

Daniel.Prattes 01/10/2022

Whitehead demonstra coragem ao apresentar um tema tão batido quando apocalipse zumbi, ainda mais sendo um autor tido como tão original em suas obras. Nesse livro ele não foge aos lugares comuns do gênero, infelizmente tropeçando em cacoetes próprios do gênero. O objetivo é estudar a solidão, colocando o homem que fala pouco no centro de um mundo esvaziado de significâncias e tratar sobre apatia e inércia, a falta de vontade de transpor os desafios impostos ao indivíduo em relação ao seu próprio ser e que parecem desafios menosprezados por Spitz, o protagonista, tão ocupado em matar e recolher os mortos-vivos que se arrastam por sua metrópole desolada. um tanto quanto frio, é verdade, mas Whitehead busca a beleza no que é banal e na rotina como símbolos partidos e mesmo que quebrados ainda úteis.

@kiev 31/07/2020

Zone One
eu simplesmente detesto quando um livro só fica bom no final. sério. qual a necessidade de me fazer morrer de tédio durante 90% da leitura?

Clio0 29/08/2015

Colson Whitehead fez sucesso alguns anos atrás com The Underground Railroad - uma bela obra ficcional que mistura racismo e lenda urbana.

Zone One é um dos primeiros escritos do autor e tratando sobre zumbis, logo não é uma história particularmente original. Contudo, a caracterização dos personagens, a descrição dos lugares e a narração compensam o tema batido.

Uma observação a ser feita é que o assunto do racismo já estava presente nessa obra, mas talvez por ser por demais sútil, não teve o mesmo alcance do livro que viria a ser seu carro-chefe no tema.