Resenhas - A Redoma de Vidro

Keven5 07/06/2024

Sincero e real
É bem simples e tocante a história da Esther, o peso das responsabilidades que não precisamos, uma mulher que se questionava se deveria aceitar o que lhe era proposto, mas questionar se seu potencial é muito maior que aquele, mas no final não saber o que fazer com aquilo ou qualquer outra coisa.

Vi.Suzuki 06/06/2024

A Redoma De Vidro
Esse não vai ser um livro para todo mundo, mas com toda certeza foi um livro 100% pra mim. Real e bruto em muitas partes ele retratou de uma maneira magnífica como alguém que tem tudo para ser feliz pode se ver presa e diante de tantas expectativas paralisar e desmoronar. Embora seja um livro muito psicológico ele mexeu muito comigo em inúmeras partes no emocional, principalmente por claramente ser um livro muito pessoal para a autora. Embora tenha uma atmosfera mais soturna, eu achei seu final até que positivo se pensarmos bem, a autora não mostra se ela sai, mas ela deixa claro que a "redoma" ainda está ali e sempre estará, isso pode ser visto como negativo para muitas pessoas, mas para mim mostra um autoconhecimento de sua situação muito interessante e bom.
A única ressalva que teria quanto a obra seria o fato que ele fica muitas vezes extremamente monótona, o que pode causar um abandonamento do livro, infelizmente.
5/5??


PS: as partes do hospital psiquiatra me lembraram muito garota, interrompida
sou obrigada a dizer isso.

Jhuliana3 06/06/2024

Somos carne e osso e vidro.
?... esse corredor de dor tão longo, tão escuro, sem portas nem janelas, estaria sempre ali pronto para se abrir e trancá-la de novo?.

?Eu queria todos eles, todos. Mas escolher um era perder os outros e, enquanto eu ficava ali parada, incapaz de tomar uma decisão, os figos iam murchando e ficando escuros, e, um a um, começavam a se espatifar aos meus pés?.

?As figuras ao meu redor não eram pessoas, e sim manequins pintados para parecerem pessoas, em poses que tentavam imitar a vida?

Estas são só algumas das citações que definem a mensagem deste livro para mim. A inércia proveniente da indecisão e do medo gera algo pior que o arrependimento: a insensibilidade. Nós decidimos nos esconder das ameaças erguendo - inconscientemente - uma redoma de vidro ao nosso redor. Entre a nossa carcaça insensível e o mundo agitado lá fora existe um limbo onde nossas vontades, opiniões e sonhos são calados e não se fazem ouvir para nós ou para os manequins lá fora.

A crueldade com a qual Plath escreve me encanta pois somos crus. Somos carne e osso e vidro. Somos sensíveis ao toque, mas sedentos por um lugar - exposto e escancarado - no mundo.

luane 06/06/2024

Li A Redoma de Vidro paulatinamente, parecia que estava na mesma narrativa há anos, mas foi pouco mais de um mês. O livro é curtinho, chama-te nas primeiras páginas. O motivo da demora fora o fato de eu me sentir incomodada quando os pensamentos convergiam. É uma narrativa depressiva, o final é aberto, as linhas são potentes.

Esther te convida a viver na cabeça dela por um curto tempo. Os pensamentos delas sobre as relações acadêmicas, pessoais e profissionais soam engraçados pela apatia sincera, identifique-me em alguns momentos.

Matei a minha curiosidade de conhecer Sylvia Plath, a famosa escritora que cometeu suicídio colocando a cabeça dentro do forno de um fogão. Questões complexas!

Erika 05/06/2024

Estamos numa Redoma de vidro respirando o mesmo ar viciado
Apesar de várias passagens meio "???????" É um livro muito pra frente considerando o ano em que foi escrito, gostei bastante.

deysialfher 05/06/2024

Que obra incrível! Eu confesso que em muitos momentos fiquei triste e também ao saber o que aconteceu com a autora. Me identifiquei em alguns pontos da obra, principalmente na cobrança sobre relacionamentos.

Gislei Moura 05/06/2024

Então?
Acho que entendi melhor os conflitos da personagem ao conhecer a história da autora. Apesar de ser uma escrita mais arrastada, fez todo o sentido para o contexto do livro.

Steph.Lopes 05/06/2024

Acho que estava esperando algo diferente do livro pq quando acabou me deu uma sensação de "tá e agora, e aí?"
Mas depois de refletir, gostei bastante do livro

Clara 04/06/2024

Desde o início do livro eu já fiquei curiosa por esse história
Mas não estava com muita expectativa
Mas felizmente me surpreendeu
Quando chegou na metade eu não conseguia parar de ler
Sobre o final eu ainda não entendi muito bem

Cammy 04/06/2024

Eu amei o livro, achei genial. Com certeza daria 5 estrelas, mas por conta de várias falas preconceituosas, irei tirar 2.

Bela 03/06/2024

Intensa
A redoma de vidro trata de temas sensíveis de uma forma muito particular. A conexão estabelecida foi tão forte que as angústias que Esther enfrentara me contaminaram em alguns momentos

carolbpetry 02/06/2024

?Eu sou, eu sou, eu sou.?
Terminei o livro triste sabendo que ele é meio autobiográfico e eu li um pouco sobre a vida e morte da Sylvia Plath antes de começar a leitura. Não consegui não associar a personagem da Esther com a autora o que só me deixou mal sabendo que o livro termina com a Esther tendo uma leve melhora e conseguindo sair da clínica psiquiátrica e na vida real a Sylvia Plath se mata com 30 anos.
Eu nunca li nada dela, mas sei que ela é conhecida pela poesia e esse foi o único romance dela publicado, o que me faz pensar que talvez como romancista esse livro não funciona muito bem, achei bem confuso vários momentos e com cenas específicas sem eu entender qual a relevância com o enredo e outras partes que como leitora eu precisava de uma explicação mais coerente e não teve. Mas ok, o livro não funcionou pra mim e tá tudo bem, queria realmente ter gostado mais :/

vit 02/06/2024

Pessoal pra sylvia, mas pra mim também.
No início do livro, conhecemos esther, uma jovem de 19 anos que está indo para nova york depois de receber uma oportunidade em uma revista de moda, devido ao seu excelente desempenho na escrita e como universitária. acompanhamos esther, que veio do interior da inglaterra, conhecendo uma cidade grande e tendo experiências completamente opostas à criação que teve onde nasceu. ela está no auge, vivendo praticamente uma vida perfeita: em uma cidade grande, com uma boa oportunidade, realidade totalmente distante da que tinha antes, com acesso a coisas luxuosas pagas pela empresa.

ao decorrer do livro, sentimos uma dor quase palpável, ao acompanhar o declínio da personagem. vemos que esther, mesmo com todos esses privilégios, não consegue se sentir plenamente feliz ou pertencente àquela realidade em que está inserida no momento. a narrativa em primeira pessoa faz com que nos aproximemos ainda mais dos sentimentos da personagem e ao que está acontecendo no momento; uma realidade densa, dolorida e angustiante de acompanhar.

diante daquele misto de sensações, vemos uma esther apática que acredita fielmente que a única resposta para o fim da dor que está sentindo é o suicídio. depois das tentativas, ela passa por diversos tratamentos, inclusive nada éticos, como eletroterapia e podemos ver a "tentativa de recuperação", mesmo que involuntária, em uma clínica psiquiátrica.

foi uma obra que conversou bastante comigo, porque já me vi no lugar de esther, onde, mesmo vivendo uma vida dos sonhos, não me sentia plenamente feliz, muito pelo contrário. a metáfora utilizada para os sentimentos de esther é tão verdadeira quanto o fato de precisarmos de ar para respirar, porque é realmente como se estivéssemos dentro de uma redoma de vidro junto com ela, nos sentindo cada vez mais sufocados por tudo a nossa volta e com nossos gritos de socorro abafados de uma forma que ninguém consegue nos ouvir.

esse é um livro semiautobiográfico (digo semi, porque a própria sylvia disse que utilizou de situações que aconteceram com ela e adicionou a ficção para colorir os fatos). plath explora a complexidade das experiências de esther com uma prosa lírica e intimista, refletindo sua própria batalha contra a depressão. a obra é amplamente considerada um clássico da literatura, oferecendo uma visão penetrante e dolorosa da luta contra doença mental e as expectativas impostas às mulheres.

é uma leitura profunda e impactante, que continua a ressoar com leitores que se identificam com as experiências de luta pessoal e a busca por identidade em um mundo muitas vezes desumanizador. todos nós temos um pouco da esther.

um ponto extremamente negativo pra mim foram coisas pontuais como a forma em que ela descreve o único personagem negro do livro e a forma com que ele é tratado, assim como falas que considerei extremamente gordofóbicas. entendo o motivo de ter se tornado um clássico, pela sua profundidade e honestidade na escrita de sylvia, por ser algo pessoal, mas foram questões que me fizeram tirar estrelas da nota.

recomendo pesquisar a lista de gatilhos antes de dar início à leitura.

Lali 31/05/2024

Denso, angustiante? saber o contexto em que esse livro foi escrito torna tudo mais pesado. Uma pérola da literatura, mas extremamente triste e cheio de gatilhos.

jupts 31/05/2024

O livro é o retrato fiel de como uma pessoa se sente estando em depressão. É muito denso e existe algumas cenas muito pesadas. Vale a pena a leitura pelo conhecimento.