jujuju 07/05/2024
O início do livro é um pouco lento, demorei para engatar, mas quando lia, eram quase 60 páginas de uma só vez. Sua escrita é poética, e os floreios não mascaram dor alguma, dão ênfase e reverberam o sentimentalismo da autora.
Sylvia Plath expõe o torpor da visão que tinha da vida. Perdida dentro de si mesma, incapaz de viver em pelo menos uma das realidades em que tudo dava certo. Estava submersa na descrença e depressão.
Todos os seus sentimentos foram resumidos a uma tristeza, ou um mal estar que sumiria aos poucos após sua estadia no hospital psiquiátrico. Era o que esperavam e como o assunto era tratado na época. Seco e vazio, mas a profundidade tem raízes que obstruem o funcionamento das coisas tão fortemente e, às vezes, de maneira tão imperceptível aos outros a curto prazo, que quando notamos já é tarde demais.
Levando em consideração a história da autora, Esther é genuína e sua história não pode ser deixada de lado. Não importa a década, o ser humano sempre será ser humano e os sentimentos sempre serão sentimentos.