Resenhas - A Casa dos Budas Ditosos

Ricardo.Silvestre 30/05/2022

Olhar pelo buraco da fechadura?
E tem coisa mais irresistível que olhar pelo buraco da fechadura?
Nesta obra, somos presenteados com os relatos sexuais de uma mulher, contados na primeira pessoa. Mas para além do sexo, o livro faz referências bastante pertinentes, como religiosas e sociais por exemplo, a cada novo parágrafo. Leva-nos à reflexão.
Adoraria assistir a maravilhosa Fernanda Torres na sua interpretação deste texto.

nemlanency 15/05/2022

Releitura
Cada vez que leio mais me torno crítica, mais questiono, e mais encontro argumentos pra defender Ribeiro nessa empreitada.

Rodrigo 10/05/2022

A Casa dos Budas Ditosos
O livro relata com irreverência e sem nenhum pudor, toda a libertinagem de uma vida. Narrado em primeira pessoa, os casos são dos mais variados e estapafúrdios, de uma protagonista a frente de seu tempo, com a mente completamente aberta. Uma obra muito atual. Vale se entregar a essa luxúria.

evelynln 29/04/2022

Amado!!!
Que livro magnífico de uma mulher que se amou acima de tudo. Principalmente respeitando sua natureza. Esse tipo de pessoa existe mas hoje são poucas, pois a maioria busca se apaixonar pelo outro antes de se apaixonar primeiramente por si mesmos. Amei!!!

Thamara 29/04/2022

Bom
Para quem gosta do tema que envolve Luxúria, sem papas na língua e essas coisas, é um prato cheio, entretanto esse tema não me agrada. Mas acredito que quem gosta do tema, gostará do livro!

Izabella164 23/04/2022

Fonte de inspiração para sexting
Bem, a encomenda era pra falar sobre o pecado da luxúria. O autor cumpriu. Tem sexo pra caramba no livro, de todo tipo, menos o afetuoso na minha opinião. Acho que, se a lenda do relato for verdadeira, o autor ficou tão impressionado com a relatora que resolveu pô-la na categoria de homem.
O negócio de macho-fêmea, e não duvido que haja feministas como ela, mas esse negócio de macho-fêmea eu atribuo completamente ao autor. Se fosse uma mulher eu diria que ela tá pária ao Hemingway, mas sendo um homem acredito que tenha sido só uma forte referência.
Não vou chover no molhado aqui e falar sobre como escancara a hipocrisia da sociedade porque tem textos, ensaios e tudo mais pra tratar disso. Pro leitor médio igual a mim: dá nojo e tesão.
No mais seja pra abrir as fronteiras da imaginação pra escrita ou a putaria, o livro é muito bom. Retrata muito bem as feministas de classe média alta da década de 50-70 (pq meio que eram as únicas que existiam). Ou ainda, e nessa hipótese aposto algumas fichas, o que os homens de esquerda (em geral classe média) achavam delas.
O autor fala bem por alto da Ditadura Militar e a repressão sexual (enfim, já fiz uma salada de frutas aqui). Boa leitura.

Lucas.Macedo 22/04/2022

Um tapa na cara da hipocrisia
Antes de ler o livro, consultei o Skoob e vi comentários negativos, o que despertou ainda mais a minha curiosidade. Como um autor internacionalmente reconhecido poderia ter uma obra tão controversa?

Quando li, compreendi a revolta de alguns. O livro é escandalosamente real, visceral, físico. Imagino que, se ainda hoje a obra é absolutamente revolucionária, em 1999, deve ter causado um rebuliço grande.

Eu, particularmente, achei a obra genial. A forma como João Ubaldo escreve, a fluidez da narrativa misturada com as reflexões da narradora, o sarcasmo, tudo contribui para uma experiência literária de primeira.

Em algumas passagens, eu senti um super desconforto? Sim, nem tudo que a narradora prega é exatamente da forma como enxergo o mundo. Mas a beleza da arte também é despertar essa inquietude, ver outras formas de vida sem atribuir julgamentos.

Eu recomendo para todos aqueles que conseguem apreciar uma mega obra, sem se ater a puritanismos!

Raquel 30/03/2022

Gênero: erótico inteligente
Segundo o autor, uma mulher idosa sexualmente experiente (para não dizer ninfomaníaca) da ?alta sociedade? baiana fez uma gravação sobre sua vida e deixou na portaria solicitando que ninguém menos que João Ubaldo Ribeiro transcrevesse o áudio ipisilitre. Então teoricamente quem escreveu o livro não foi ele, pois ele apenas fez a transcrição do que ouviu. Sendo isso verdade ou não, eu gargalhei lendo, pela ironia à sociedade baiana, carioca e de vários lugares do mundo! Quanto às experiências sexuais, são mto interessantes, mas algumas vezes passei raiva , quando por exemplo ela normalizava fazer sexo com o próprio irmão e tio.

Yali 30/03/2022

Criatividade, luxúria e crítica social na medida certa.
Um livro delicioso, escrito de uma maneira totalmente inusitada. Grande sacada do autor. Não é uma história para puritanos e nem para religiosos. O livro é sexo e heresias do começo ao fim, mas tudo tratado de uma maneira leve e muita engraçada.

Ruanna 18/03/2022

Sexo: Tabu no Brasil!
Uma das obras mais riquíssima da nossa literatura. Para aqueles pudicos, conservadores e tradicionais esse livro é um belo tapa na cara sem mão. João Ubaldo nos convida a conhecer a vida libertina e as experiências sexuais (nada convencionais e muitas vezes chocantes) da nossa protagonista. Sinceramente, uma obra que nos faz refletir sobre um dos maiores tabus da nossa sociedade: O SEXO exposto pela vivência da mulher.

Uma obra pra ser lida e relida sempre!

Paula 20/02/2022

Não é para conservadores
Esse livro não é para conservadores. Sexo por si só já é um assunto tabu, ainda mais partindo da narrativa de uma mulher. No contexto que o autor aborda, incomoda até não conservadores e talvez esse tenha sido o intuito do autor. Gostei do olhar o sexo sobre uma outra perspectiva, e gostaria de "complementar" a leitura assistindo a peça de Fernanda Torres.

Bell77 09/02/2022

Interessante
Achei esse livro bastante interessante por falar sobre temas que são tabu entre muitas pessoas.

Por mais que seja um livro curto, mesmo assim achei que alguns momentos eh muito enrolado e um pouco cansativo. Principalmente qdo ela começa a discursar sobre política e afins.

Enfim, gostei dos temas abordados e indicaria a leitura.

Vanessa Lima 06/02/2022

A Casa dos Busdas Ditosos
O livro faz parte da série PLENOS PECADOS, apresentando a LUXÚRIA. Então "seriam transcrições" (?) da narrativa de uma mulher de 68 anos, nascida na Bahia, que residiu no Rio de Janeiro, onde fala da sua vida, e de como jamais se limitou a viver - com todo o prazer e sem respingos de culpa - as infinitas possibilidades do sexo.

A CASA DOS BUDAS DITOSOS é um dos livros mais citados da literatura erótica, mas vejo que o sucesso foi dado mais por polemizar as aventuras sexuais da "narradora" que pelo erotismo mesmo em si. Imaginar uma Sra nos seus 68 anos, vivendo no meio de uma sociedade "puritana" e que conseguiu viver sua total sexualidade e experiências "não ortodoxas" ainda espanta muitos leitores mas nada que compense as 168 págs, há momentos bem cansativos. A mística fica em criar teorias sobre a veracidade das transcrições - reais ou pura imaginação do autor?

Julie 01/02/2022

Relato de uma vida libertina
A personagem principal é muito cativante e verdadeira. Ela faz a narrativa valer a pena.
Contado em forma de relato, ela aborda os principais pontos ao longo de sua vida. Sem pudores e com muita crítica à hipocrisia social perante o assunto mais comentado: sexo. Ela que já teve relações com o irmão, com os tios e dezenas de homens e mulheres, relata de forma simples que as imposições sociais só servem para serem quebradas.
Não é um livro cheio de acontecimentos, ele não tem definido o começo, o meio e o fim de uma narrativa convencional.
É um relato escrito de uma fita gravada, por isso, muitas vezes não segue uma linha de raciocínio.
Achei super diferente essa leitura!

Wolsey 21/01/2022

Um tesão de livro
Trata-se de uma obra encomendada ao autor. O tema deveria ser a luxúria e João Ubaldo Ribeiro tem a oportunidade de demonstrar a sua genialidade, escrevendo muito longe do lugar comum e do que seria óbvio e esperado.
A luxúria é apresentada como parte do Divino e a narrativa, às vezes, chega a ser perturbadora quando trata naturalmente, por exemplo, do incesto.
Não estava preparado pra obra, talvez em outro momento eu teria apreciado mais. Ainda assim não há como não se admirar.