jhimy Office-bo 15/05/2013
Memórias da Casa dos mortos, Uma prisão, literalmente!
O livro trata das impressões acerca do período em que Dostoiévski esteve no cativeiro na Sibéria, acusado de debater ideias revolucionárias, ficou preso 4 anos, período este, que marcou profundamente o autor. Bem, no cômputo geral, gostei do livro, apesar de ser uma leitura densa, pois Dostô (carinhosamente apelidado), exagera nas descrições, tantos dos diversos personagens que conviveram com ele na prisão siberiana, como nas descrições acerca das atitudes dos prisioneiros e de festas que, há muito custo, os presos organizavam, como no capítulo do espetáculo de teatro, a meu ver, desnecessário para o andamento de uma boa narrativa. Dostô analisa os diversos tipos de comportamentos humanos existentes neste recinto e as relações entre si, traçando um verdadeiro perfil psicológico dos prisioneiros. Confesso que gostei mais, do livro “Notas de Subsolo”, pois acredito ser mais sintético e objetivo que este, portanto, não aconselho este livro para quem esteja começando a ler Dostoiévski, pois repito, a leitura é muito densa, e parece que o leitor está preso ao livro, a leitura não avança, talvez seja essa mesma a intenção do autor, pois parece que estamos presos, tal como os prisioneiros da trama dostoiévskiana.