As esganadas

As esganadas Jô Soares




Resenhas - As Esganadas


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Jacy Coelho 01/03/2013

Desafio Literário - Fevereiro (Livros que nos façam rir)
Primeiro, quero fazer umas considerações que nada tem a ver com o conteúdo do livro.

Que livro cheiroso!!! Fazia tempo que não pegava um livro com um cheiro tão agradável. E o tamanho das letras e o espaçamento deixam a leitura fluir muito fácil. A capa é grossinha, não deforma, as páginas são bem mais grossas que o normal (esse é o padrão dos livros de Jô Soares, o tipo de capa e papel, mas ressaltei essas características porque, com o barateamento dos livros, a qualidade do material usado caiu bastante – não sou contra isso – e a qualidade do material de As Esganadas acabou me surpreendendo!)

E que sinopse!!!! A sinopse escrita por Luís Fernando Verísssimo é um senhor texto. Realmente vende o livro e o autor. Quem dera que todas as sinopses de livros fossem como essa.

Agora, ao que interessa:

Eu já li dois livros do Jô Soares – O Xangô de Bakerstreet (http://www.skoob.com.br/livro/882-o-xango-de-baker-street) e O Homem que matou Getúlio Vargas (http://www.skoob.com.br/livro/1714-o-homem-que-matou-getulio-vargas) , e gostei bastante dos dois. Aliás, ri muito com O Xangô de Bakerstreet. Mas esse mesmo estilo que tanto me agradou, não me convenceu em As Esganadas. O serial killer, as mortes absurdas que ninguém sabe decifrar, ficou tudo cansativo. O estilo esgotou, eu acho.

A ironia presente nas outras obras também está aqui (ou não seria Jô Soares), mas não me fizeram rir. Nem as piadas de português e de gordas, as menos clichês também não.


“Nos primeiros dias de junho, há um relaxamento na vigilância ostensiva das ruas da cidade. Primeiro porque não houve nenhuma repercussão a favor do golpe integralista e, segundo, e mais importante ainda, o Brasil estrou na terceira Copa do Mundo, na França, com uma vitória de seis a cinco sobre a Polônia.” (p.112)

Outro ponto também que achei desnecessário são as palavras antigas. Veja bem, não sou do tipo que tem preguiça de folhear um dicionário, não mesmo, mas realmente tem necessidade de uma frase como:


“Cumprida a manobra inicial, ato contínuo o verdugo dedica-se à infausta empreitada de vestir as quatro gordas. “Pesos mortos...”, ele pensa, rindo do calembur.”(p.52)

Não chega a deixar a leitura pesada, mas... sei lá...ficou over! A impressão que dá é que Jô estava lendo Machado de Assis, anotando as palavras antigas e pensando “hum...onde posso encaixar ‘gáudio’?” , e aí escreve: “Para gáudio de Caronte...”(p.196), quando se poderia usar uma palavra não tão corriqueira como júbilo e ter o mesmo efeito.

(Repare, não quero me meter no estilo do escritor, achar que ele deveria escrever diferente, meu deus, quem sou eu pra pensar assim! É uma opinião, uma impressão pessoal, pode ter leitores que não pensem assim, e eu estou bem com isso).

Quanto à trama em si, não tenho nada de ruim pra comentar...a história é muito bem escrita e encaixadinha, não há pontos soltos. A narrativa de Jô Soares é uma obra prima do começo ao fim. Sabe começar e terminar bem os capítulos, sabe introduzir muito bem todos os personagens. Todos os personagens são ricos, nenhum fica a desejar. A ambientação do Rio dos anos 30 é perfeita. Jô realmente refaz a atmosfera de uma época citando o nazismo, o comunismo, a copa do mundo, corridas de carro, e tantas outros fatos que ocorreram, sem precisar se aprofundar, apenas citando em momentos oportunos, deixando tudo mais realista.

E sinceramente, dá uma satisfação saber que o autor não escreveu ao léu, não inventou da própria cabeça, mas fez uma pesquisa minuciosa e faz questão de pelo menos chegar bem próximo do que realmente aconteceu. Assim como os outros títulos, esse também é quase um livro de história.

Outro ponto positivo são as narrações de rádio, o Rodolpho d’Alencastro me fez rir em alguns momentos. E a sequência que intercala uma narração de um jogo de futebol com um assassinato de uma das gordinhas é incrivelmente bem montada.

Vale a leitura, o Jô é um ótimo escritor. Esse só não é o melhor de seus trabalhos, e infelizmente, não me fez rir tanto quanto eu queria, mas quem sabe se em outro momento, eu não tenha outra opinião.

E só um adendo. Todos os livros do Jô são bem cinematográficos. as Esganadas não é diferente, mas eu imaginei o tempo inteiro como um longa de animação...O físico do Caronte, as gordinhas alegres saltitando... se alguma produtora se interessar em fazer um filme de animação de As Esganadas, pode roubar minha ideia, juro não vou cobrar nada! ;)
Flávia 01/02/2013minha estante
Eita! Gostei muito da sua resenha, viu? Aff, que saco usar palavras tão rebuscadas, hein? Eu também não me incomodo de consultar um dicionário, mas pelo menos, aquela frase que você citou ficou cansativa.

Ainda não me convenceu a ler, mas, é gosto mesmo. Não tenho vontade, por enquanto, de ler, hehe.


Jacy Coelho 01/02/2013minha estante
obrigada, Flávia!


Michelle Gimene 06/02/2013minha estante
Do Jô, eu só li "Assassinatos na ABL" e isso da escrita over também me incomodou naquela ocasião. No caso do livro que eu li não eram palavras rebuscadas, mas parágrafos cheios de palavras em inglês em uma narrativa de futebol, ou seja, desnecessário. Se fosse um esporte não tradicional no Brasil, até entenderia, mas nesse caso forçou. E, pelo que tenho lido em outras resenhas, o estilo pedante parece se repetir. Pena.


Indira 07/03/2013minha estante
Oi Jacy! Gostei muito da resenha. Mas acho que como a Flávia, não me animei. Acho que peguei trauma do Jô com Xangô... rsrsrs.
Mas tenho que concordar com você, ele é um mestre em montar uma história compatível com a realidade. Adoro esta característica! rs.

Beijos.




Thiago Barbosa Santos 01/08/2018

Crime e humor
Jô Soares tem uma tremenda habilidade de inserir o humor refinado nos romances policiais que escreve. Foi assim também com 'As Esganadas'. No livro, o leitor é transportado para o Rio antigo e acompanha uma série de crimes brutais. O detalhe especial é justamente esse. Ao mesmo tempo em que a situação choca, faz rir pela forma como é narrada. O autor consegue fazer de forma extremamente competente essa mistura.

O herdeiro de uma funerária teve relação bastante conturbada com a mãe dele, uma mulher muito, mas muito gorda mesmo. Ele simplesmente a odiava. Consequentemente, ganhou um ódio gratuito por gordas. Até que começa a fazê-las de vítima. O serial killer as atraía com degustação de doces portugueses, uma isca perfeita para levá-las à morte de forma cruel, destrinchando-as.

Os casos tomam grande repercussão e logo há uma soma de esforços para capturar o bárbaro criminoso. Um delegado ranzinza é escalado para solucionar o mistério. Ele é assessorado por um assistente trapalhão. Depois, recebe a ajuda de um português que foi investigador dos bons na Europa e que depois foi afastado, vindo parar no Brasil se tornando empresário no ramo de doces e quitutes lusitanos. Uma jovem e destemida repórter também entra na história e acaba ajudando os investigadores. É um núcleo divertido, e no fim das contas, é o português que soluciona o caso das esganadas de uma forma bastante inusitada.

Jô mostra que é sim possível aliar tragédia e humor no gênero. Vale demais a leitura.

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Tauan 22/09/2015

Adoro o Jô
Jô Soares volta a nos entreter com mais uma obra repleta de humor, informações históricas e sua peculiar tendência ao bizarro.
Neste romance ambientado no Rio de Janeiro de 1938, tem como planos de fundo, além dos habituais cenários do Distrito Federal, a implantação do Estado Novo de Vargas, a Copa do Mundo de 38, as internacionais movimentações pré 2º Guerra, e corridas automobilísticas. Nele um assassino esta à solta, um homem louco (porém habilidoso), que além de matar, tortura suas vítimas, que são sempre mulheres gordas.
Mulheres gordas, e lindas, como a própria mãe – a primeira a ser assassinada. Os homicídios são sempre por comilança, elas as mata usando receitas lusitanas, temperadas com sádico humor cáustico.
No encalço desse psicopata, estão o delegado ranzinza Mello Noronha, seu auxiliar medroso Calixto, o ex-inspetor português Tobias Esteves, e a jornalista aventureira Diana de Souza. Um time bem heterogêneo, mas de inestimado valor.
O livro todo é uma gostosura de se ler, mais uma vez Jô Soares consegue narrar crimes brutais, com requintes de crueldade, e ainda deixar o leitor com sorriso satisfeito nos lábios (aconteceu várias vezes).
O desfecho é, como sempre, desconcertante!

Faço única ressalva: a linguagem utilizada pelo autor é, as vezes, exageradamente rebuscada.

site: http://pausaparaaleitura.blogspot.com.br/
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Fabiana 28/11/2013

As esganadas - Jô Soares
Escolhi o livro pela capa e por nunca ter lido um livro de Jô Soares.
Achei a leitura pesada, um crime que não me agradou e não me envolvi a ponto de querer saber como seria o final do livro.
Achei melhor abandonar a leitura do que insistir.
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DIÓGENES ARAÚJO 20/07/2013

Hilário
Leve e descontraído, na mesma linha dos outros livros de Jô Soares.
Pra quem gosta de rir um pouco vai gostar.
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Agatha 01/07/2013

Um misto de policial, terror e comédia
Jô Soares agrada os leitores com uma história simples e ao mesmo tempo, de trama muito bem trabalhada.
Diferentemente da maioria dos livros policiais, desde o começo sabemos quem é o assassino e logo, qual a sua motivação, assim como sua lógica sinistra. A vontade de continuar lendo se dá pela amizade que o leitor desenvolve pelos encarregados a solucionar o caso; as vítimas ficam praticamente em segundo plano, apesar da violência a que são expostas.
O livro é original, criativo e engraçado. Apesar de usar um arsenal de palavras rebuscadas, a leitura é fácil e flui rapidamente.
Junto a ficção, ainda temos uma pequena aula de história, onde somos apresentados ao retrato do Rio de Janeiro na época do Estado Novo, assim como ao contexto histórico que precede a Segunda Guerra Mundial.
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Aline 23/06/2013

Divertido!
A historia é bem interessante, uma serie de assassinatos acontecem, onde todas as vitimas são mulheres obesas. Um delegado, um investigado português e uma reporte são responsáveis por capturar o psicopata que comete tais crimes. O Jô ( autor do livro), é bem criativo e faz com que cada assassinatos seja diferente e não deixa a leitura cair no tédio.
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otxjunior 30/05/2013

As Esganadas, Jô Soares
Os plots dos romances de Jô são todos muito parecidos. Ele escolhe um momento da História do Brasil e mescla personagens e acontecimentos reais e fictícios. Outro elemento constante são os personagens que parecem terem sido retirados de piadas populares: O português, a prostituta, o anão, a gorda e outros tipos. As Esganadas, nesse sentido, não decepciona os fãs do escritor e ainda se mostra bem melhor que seu último romance, Assassinato na Academia Brasileira de Letras.
Tudo bem que a trama policial não é lá essas coisas, mas o quarteto responsável pela investigação do caso das esganadas é formado por simpáticas personagens que cativam imediatamente o leitor. Entre elas destaca-se o ex-inspetor português Tobias Esteves. Jô acaba com o esteriótipo do português burro ao conferir a Tobias habilidades e competências impressionantes.
O cenário, nesse caso o Rio de Janeiro do Estado Novo, é cuidadosamente descrito (inclusive com um vocabulário bastante apropriado para a época), cheio de detalhes e referências culturais e históricas ao modo de vida do brasileiro dos anos 30. Pena que o serial killer de gordas, no fim das contas, seja apenas uma desculpa para que Jô, com muita ironia e humor, possa citar peças de Shakespeare, óperas de Wagner e quadros de Manet. Ainda assim, vale muito como entretenimento.
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Lêh Magalhães 27/01/2012

Este foi o primeiro romance que li do autor Jô Soares.
Me surpreendi, pois ele conseguiu dar ao enredo um toque de humor percebido em inúmeros momentos e principalmente pela participação do personagem Calixto.
Jô preocupa-se em mostrar ao leitor as características da época em que o caso das esganadas ocorreu (Estado Novo - Governo de Getúlio Vargas).
Com uma linguagem simples proporciona uma leitura leve. Apesar de ser um romance policial pude dar muitas risadas.
Outro diferencial é que ele apresenta ao leitor a identidade do assassino,o que o motiva a cometer os assassinatos e porque escolhe como vítimas mulheres gordas, chamando a atenção para as investigações policiais com relação ao caso e criando um suspense.
Caronte será descoberto ou não?
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Joao 12/01/2012

Aniversário
ganhei de aniversário, já partiremos para leitura....
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Klebesson 20/01/2012

Ótimo
Ele te leva diretamente para dentro da trama, descritas com palavras mais cultas, é ótimo para o enriquecimento do vocabulário.
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bru 24/04/2024

Criei expectativa ao ler o livro, mesmo não sabendo a premissa da história, porém tenho a sensação que mesmo se eu não tivesse criado expectativa a decepção seria a mesma.
A premissa a primeira vista é até interessante, mas ao andar do livro perde e muito o objetivo do livro que é: quem é o assassino ? ( mesmo nós sabendo quem é desde a primeira página)
A ambientação é ótima, mas sinto que essa ambientação de época é o que mais prejudica a história, com algumas partes e introdução a personagens que sendo bem sincera, ninguém liga !
Senti falta ao longo da história de como a equipe da polícia chegou até o assassino ( SPOILER ALERT: não chegou ! ) toda a suspeita e descoberta duraram em 5 páginas.
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spoiler visualizar
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Angela 21/01/2013

Divertido
Como o Xangô, este livro é bem divertido!
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Cássio 29/01/2013

Minha primeira experiência com os livros do Jô. Gostei muito dele. É daqueles livros que torço pra virar filme ou série.
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