herfleurs 29/04/2020"Todos são iguais na morte."O livro começa de um jeito promissor, é divido em quatro partes contando a história da vida como assassino de Altaïr.
Ao decorrer do livro, a narrativa fica extremamente cansativa. Não existe espionagem, estratégias nada do que esperado de uma história sobre a ascensão de um assassino à Mestre.
O arco de redenção de Altaïr não existe realmente, ele comete um erro e a partir daí é dada a chance dele se redimir mas onde está isso exatamente? Ele só pega um nome e mata essa pessoa, essas primeiras mortes são risíveis pelo fato de que cada uma dessas pessoas no momento da morte tem alguma frase de efeito para soltar, é engraçado porque o autor não consegue colocar os nuances das mortes de um soldado que levou o mesmo ferimento e morreu em segundos e desses homens que foram mortos, mas como esse tinham um "grande segredo" eles demoravam mais de morrer e independente do quão maus eram sempre tinham algum conselho para Altaïr.
Esse "grande segredo" é extremamente sem graça, o leitor descobre rapidamente (é muito óbvio) e daí acompanhamos como Altaïr é manipulável e não parece ter pensamento próprio. Ele é enganado várias e várias vezes na narrativa, até num momento onde ele acabou de ser traído e o traidor diz que outro personagem fez outra traição ele acredita, não faz o menor sentido.
Como eu disse antes, não existe nada demais além dele matado pessoas, não existe espionagem, ele convenientemente vai em um lugar público e escuta conversas entre mercadores ou dois homens bêbados ou até mesmo entre espiões etc.
Gostaria de saber se ele é invisível também? Não faz sentido durante todo o livro ninguém enxerga ele, mesmo ele estando do lado.
A partir da segunda/terceira parte, ele começa a viajar de lá pra cá em várias cidades, onde ele é enganado várias vezes novamente. Ele derruba governantes locais, o que não faz muito sentido novamente porque as resistências ou guildas dos lugares já tinham todo acesso e informações e por que não mataram antes?
Temos Maria por quem ele possui uma obsessão e se torna algo chato também, ela é extremamente forte e inteligente e simplesmente fica a mercê dele durante bastante tempo (???), simplesmente não flui muito bem isso.
A Passagem de tempo também me incomodou, não conseguia entender quantos dias ele passava viajando e etc.
Também houve tantas mortes que ele deixou acontecer, ele se revoltava por traficantes de escravos porém depois de matar não tentava libertá-los, achava as demonstrações de crueldade dos seus alvos nojentas mas ao invés de acabar logo com isso esperava várias pessoas inocentes morrerem só depois ele matava, não faz sentido pois ele matava no mesmo ambiente então porque não matar antes de inocentes morrerem?
Enfim, não existe fluidez na história, se torna monótona e repetitiva. Cansativa.