No caminho de Swann

No caminho de Swann Marcel Proust




Resenhas - No Caminho de Swann


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Silvana (@delivroemlivro) 23/04/2020

Tal qual parques de Westworld
Clássicos da literatura são provas irrefutáveis de que, desde o começo dos tempos, em essência, o ser humano é o mesmo. No entanto, não foi essa a impressão que tive ao ler a última linha de "No caminho de Swann". Pela primeira vez em minha vida de leitora, já tendo li uma quantidade respeitável de grandes clássicos, não identifiquei esse cerne, esse ser humano atemporal. Pelo contrário, os personagens me pareceram tão distantes, tão anômalos, beirando até mesmo a artificialidade. Em algum momento me ocorreu que a Combray e a Paris de Proust poderiam perfeitamente ser parques de Westworld: as sensibilidades exacerbadas, os problemas, as futilidades dos personagens, as afetações, as delicadas psiquês ... parecem roteirizados, robóticos.

Enfim, do aspecto da qualidade da escrita e da relevância literária, não tenho nada a acrescentar a tudo que já foi dito a respeito por pessoas muito mais qualificadas do que eu para tanto. O que me resta é dizer que o primeiro volume dessa busca é, definitivamente um clássico da literatura bastante peculiar!
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Pedróviz 10/03/2020

Nunca é tarde...
Não vou mentir. É preciso ter certa paciência - sorte de quem tem - para não desistir em função do estilo sem pressa de Proust em "No Caminho de Swann".

Se há uma coisa que Proust consegue fazer é ativar a imaginação do leitor que consegue captar o ritmo do texto, criar imagens, fazer o leitor ver o que está sendo contado pelo protagonista-narrador,  o que está sendo sentido pelos personagens. É um ótimo criador de perfis psicológicos. Segundo o próprio autor, não se explora, na obra, o raciocínio, mas os sentidos, as emoções.

Sentidos que evocam memórias, como aqueles cheirinhos que nos lembram da casa da avó, da mãe, de alguma coisa boa que ficou guardada para ser ativada a qualquer momento. Como se vê, pouco há de racional e muito de intuitivo.

Na obra se depara com a manifestação do belo, seja na arte, seja na natureza. Um jardim artificial como os Campos Elíseos não é, para o protagonista, um modelo de beleza; esta ele encontra na natureza de Combray.

Além da questão estética, há o ambiente psicológico muito bem elaborado. As intrigas de salão são bem exploradas, mas é  especialmente no amor entre Swann e Odette, escrito com paciência, que se constrói um enredo psicológico magistral.

Um livro excepcional, como devem ser os demais livros que compõem a obra Em Busca do Tempo Perdido, que pretendo ler. Pois nunca é tarde.
Dan 13/03/2021minha estante
Você foi na mosca: "É preciso ter paciência". É uma obra magnífica, porém desgastante!


Dan 13/03/2021minha estante
De fato, o perfil psicológico dar personagens é completo. Harold Bloom afirmava que "Em busca do tempo perdido" tem as melhores personagens do século XX. Acredito nisso.


Dan 13/03/2021minha estante
Uma coisa que me deixa espantado, é como Proust consegue tratar de uma variedade imensa de temas! E parece que tal variedade não se esgota! Quando pensamos que não há mais possibilidade de falar sobre mais nada, na próxima página, Proust nos surpreende.


Dan 13/03/2021minha estante
das*


Pedróviz 13/03/2021minha estante
Os outros volumes de Em busca do Tempo perdido não devem ficar atrás.




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Amâncio Siqueira 21/02/2020

Romance do Inconsciente
Valentin Louis Georges Eugène Marcel Proust (Auteuil, 10 de julho de 1871 — Paris, 18 de novembro de 1922), dedicou metade de sua vida a recriar artisticamente a metade anterior. O resultado foi a série Em Busca do Tempo Perdido, considerada uma das mais importantes obras da literatura universal. Esse primeiro programa é dedicado a No Caminho de Swann, especialmente à parte "Um Amor de Swann", por si só uma obra prima de análise psicológica aliada ao apuro da linguagem.
https://youtu.be/M3mBM6--b7g
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Guilherme 12/02/2020

Antes de dar cabo da leitura do primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido eu li o primeiro parágrafo umas cinco vezes (a primeira num sebo, as outras quatro já em casa), não reli pela dificuldade do texto, muito pelo contrário, reli por causa da beleza e (acho que posso dizer isso) perfeição das impressões apresentadas em cada uma das sentenças; são impressões que eu já tive, mas seu muito pouco sagaz para coloca-las no papel. Como eu gosto muito de fazer listas mentais sobre coisas aleatórias(nunca coloco elas por escrito) não exitaria nem um segundo em deixar esse parágrafo em primeiro lugar nesta lista hipotética.

Mas No Caminho de Swann não é apenas um parágrafo, a atenção de Proust à detalhes, que acredito que a maioria de nós experimentamos, está espalhado por todas as mais de 400 páginasdeste livro. O narrador sem nome da história, assim como Proust, viveu em um meio que tem quase nada de semelhante com o qual eu cresci: casas humildes, escolas públicas; mas mesmo assim esse livro me marcou muito. Livros de ficção bem escritos mostram uma certa proximidade entre as mentes das pessoas; independente de etnia, condição social, gênero. Então esse livro me mostrou: a agonia de um garoto que não consegue dormir sem um beijo de boa noite(todos nós temos esquisitices); as particularidades de um simples passeio de fim de semana; um amor infantil, que parece ser a o momento mais importante de todos os tempos; um amor adulto, que também parece igualmente importante, mas que não leva a nada. Esse livro me influenciou a buscar os pequenos momentos na minha vida, e tentar discernir quais são os realmente importantes.
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Juraski 18/01/2019

Não consigo ler "No caminho de Swann" (parte 1)
Não consigo ler “No caminho de Swann” (Parte1)

Tempos atrás encontrei um título que achei muito bonito: “Em busca do tempo perdido”. Como muitos sabem, é um conjunto de oito livros escrito por Marcel Proust.
Atraído pela beleza da idéia que o título evoca comecei a ler o primeiro título desse conjunto: “No caminho de Swann”, mas logo abandei a leitura.
Passado alguns anos, quando as lembranças da primeira tentativa já tinham se apagado, iniciei a leitura uma segunda vez. Novamente o enfado e a falta de prazer fizeram-me desistir.
Outros tantos anos passaram-se e, certo dia, ouvi Caetano Veloso enaltecendo a obra. Nova tentativa, nova desistência.
Recentemente (talvez agosto/setembro de 2018) li “Minha noite no século vinte e outros pequenos avanços”, de Kazuo Ishiguro, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2017. Nesse pequeno e interessante livro o autor diz: “...fiquei fascinado pelas seções de Abertura e Combray. Eu as li e reli . Além da pura beleza desses trechos...”, referindo-se a “No camninho de Swann”. E lá fui eu mais uma vez... Não dá. Definitivamente não dá.
É necessário citar que o próprio Ishiguro diz: “Minha condição febril talvez tenha sido um fator importante...”. O autor recuperava-se de uma virose que o obrigara a ficar acamado quando fez leitura do livro que tanto o impressionou.
Na minha opinião o livro é enfadonho, desinteressante e trata de situações cotidianas totalmente desprovidas de importância. Há grande abundância de comparações escritas de forma intrincada e complexa. Existem também passagens belíssimas, mas não são suficientes para superar a chatice do todo.



Não consigo ler “No caminho de Swann” (Parte 2)

Acabei de ler “A vida do livreiro A.J. Fikry”, de Gabrielle Zevin, um livro muito gostoso onde para minha alegria o personagem do título compartilha minha opinião.

Eis o techo:

“Estranhamente, A.J. pensa em Proust. Embora Finja ter lido o negócio todo, leu apenas o primeiro volume de Em busca do tempo perdido. Foi uma luta para ler só isso, e agora o que ele pensa é: Pelo menos nunca vou precisar ler o resto.” Se não estou enganado era o momento de sua morte ou pelo menos ele pensava sê-lo.



Não consigo ler “No caminho de Swann” (Parte 3)

Vejam o trecho abaixo:

“Quando dormimos e uma dor de dentes ainda só nos é perceptível como uma moça que nos esforçamos duzentas vezes seguidas para tirar da água ou como um verso de Molière que repetimos sem parar, é um grande alívio acordarmos e que nossa inteligência possa desembaraçar a idéia da dor de dentes de qualquer disfarce heróico ou cadenciado.”



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Lorena K. 22/08/2018

Dramático e verborrágico: como todo francês
Talvez eu tivesse gostado muito desse livro quando era adolescente e me apegava a esse tipo de descrição: exagerada, dramática e até certo ponto vazia. O livro poderia ter cem páginas, mas tem muito, muito mais! É arrastado e descritivo demais, mas não de um modo bom e sim de um modo afetado.
Entendo a importância de obra dentro da literatura mundial e recomendo a leitura porque esse livro conversa com a tradição literária e todo leitor assíduo de literatura clássica deve ler até o que não gosta, mas precisa. O livro, aliás, correspondeu as minhas expectativas porque já tive contato com literatura francesa através de Balzac e outros e sei que é o modo pessoal deles de escreverem. Eu sou mais a literatura russa.
Achei que a narrativa ficou muito boa quando Proust, no capítulo do meio, começa a descrever o amor de Swann. Creio que na terceira pessoa ele se dê melhor que na primeira, pois o primeiro e último capítulos são um verdadeiro inferno. Me peguei revirando os olhos diversas vezes e me maldizendo por estar lendo uma coisa assim, quando tenho os dois volumes de Guerra e Paz me esperando na estante.
Por incrível que pareça: pretendo ler os outros seis livros. Não por ter me apaixonado pela narrativa, mas pela importância da obra dentro da literatura mundial e do respeito que tenho por Proust, apesar de tudo.
Amisterdan 31/08/2018minha estante
Também tive essas sensações que você descreve e concordo com seu comentário, mas diferente de você, o meu "verdadeiro inferno" foi o capítulo Um Amor de Swann, amigo, que desperdício de tempo, mas igual a você , também pretendo ler toda a saga. Que os deuses dos livros os de coragem rs


N'yFër 18/09/2018minha estante
Proust quer se nós sintamos assim mesmo, como se estar vivo fosse um fardo necessário na jornada do descobrimento, para se reconhecer durante todo o percurso, para no final apreciarmos a importância dos eventos em nossas vidas, e por fim, redescobrirmos o verdadeiro valor do tempo


Juraski 17/01/2019minha estante
Simples e direto: o livro é muito enfadonho (chato).


TatiLedo 10/02/2019minha estante
Pra mim a beleza do livro resume-se a compreensão dos pensamentos do heroi e do turbilhão vivido pelo amor de Swann. A colocação em palavras de tantos sentimentos e comportamentos complexos.
Mas sim, a leitura é difícil... parágrafos que compreendem a página toda. Só o amor pela literatura faz-nos vencer




Jess - Bibliovício da Jess 26/07/2018

Swann
Eu recentimente terminei de le-lo, no começo com uma certa preguiça não vou negar, porém eu fui cativada aos poucos pelos personagens e com isso fui me apaixonando pela história. Trata, principalmente, da memória, da família, do amor e de todos os sentimentos, alguns nada nobres. Proust morreu no seu quarto escrevendo essa obra, que foi escrita nos seus últimos três anos de vida. O livro é dividido em três capítulos, ?Combray?, depois Um amor de Swann e Nomes de terras: o nome. Esta obra, nas palavras do autor, é ?a forma do tempo?, um drama psicológico e de costumes da aristocracia francesa do século XIX. Foi escrita entre 1908- 1922 e publicada entre os anos de 1912 e 1927, sendo que os três últimos, ?A prisioneira?, ?A fugitiva- Albertine desaparecida? e ?O tempo reencontrado?, publicados depois da morte do escritor.
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Como leitora eu achei bem melancólico, a história dele é realmente fascinante, triste, mas você começa a querer conhecer mais da vida dele e dos costumes que ele tinha, uma época onde era proibido praticamente tudo e ele procurava viver intensamente de algum jeito, buscando sua própria liberdade.
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Maitê 13/02/2018

Gostei muito do livro no final, mas foi bastante difícil começar, e quando eu estava acostumando com a narrativa tudo muda da segunda parte e passamos a seguir a obsessão do Swann, de uma forma bastante cansativa (como uma obsessão) mas depois de alcançar a segunda metade do livro passei a engajar a leitura novamente.
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Luiz 31/12/2017

Proust por Quintana ? Para onde leva o caminho
Antes de começar a ler Em busca do tempo perdido, o título do volume I sempre me intrigou: "À côté de chez Swann". O que um cisne teria a ver com uma obra como essa?

Só depois me dei conta de que se tratava do nome de um dos personagens.?Mario Quintana, traduziu a obra, dividida em sete volumes, nos anos 40 e encontrou solução curiosa para os títulos dos volumes I e III. Optou por incluir a palavra caminho, que não constava explicitamente no original em francês. ?No Caminho de Swann? e "O caminho de Guermantes".

Respectivamente, "Du côté de chez Swann" e "Le Côté de Guermantes".?Nenhum dos tradutores subsequentes, que verteram a obra para o português, se arriscaram muito na conversão desses títulos. (Pelo que apurei, deve haver umas oito traduções entre brasileiras e portuguesas.)

Das versões que encontrei, todas optaram pelo mais simples, ?Do lado de Swann?, "para o lado de Swann".?Inclusive essa deve ser a opção do jornalista Mario Sérgio Conti, que há uns dez anos decidiu que traduziria Proust. E desde então está debruçado em análises acuradas para não tropeçar nem no varejo nem no atacado.?

Nas entrevistas que concedeu, defendendo seu desafio, não se sentiu obrigado a elogiar o trabalho de seu predecessor gaúcho.

Questionou a habilidade que Quintana teria para manejar o francês, e apontou alguns erros inaceitáveis, pinçados no trabalho do poeta do Alegrete.?Para ir esquentando, vem publicando artigos na revista Piaui, mostrando quão acurada sairá sua tradução. E convence. Depois de ler os artigos me tornei testemunha do esmero com que vem se dedicando à obra. Nada pode dar errado na conversão do francês da belle époque para um público brasileiro da era digital.?Só acho que, essa precisão cirúrgica pode deixar o texto seco.

Se Conti se conformar com "Do lado de Swann" vai começar com o pé esquerdo.?Até porque assim o título perde conteúdo. Uma vez que a preposição ?chez? (sem tradução para o português) traz uma nuança de intimidade, profundidade, que deveria de algum modo ser preservada.?Quintana acertou.

Esbanjou elegância com "No caminho de Swann" e "O Caminho de Guermantes". (Provavelmente, tomara conhecimento das versões para o inglês, ?Swann's Way? ou outra mais sofisticada ?The Way by Swann's?.)?Embora se afastem do original, elas se valem de uma linda imagem sobre o caminho. Caminho pelo qual o narrador percorria com a família em momentos cheios de epifanias durante a infância.?

Só poetas de olhar aguçado como Quintana para saber que o importante no título não é a referência a Swann, que nem personagem principal era, mas o caminho em si ? linda imagem bachelariana, que leva, que traz e que busca o tempo perdido.?

Mas quem busca não proucura

?Quando ainda achava que lançaria sua tradução em 2014, centenário da publicação, Conti não disfarçava o entusiasmado. Numa entrevista ao diário gaúcho Zero Hora ensinou que era melhor optar por 'procura' do Tempo Perdido e não 'busca', como Quintana havia feito. Segundo ele, 'procura', está mais perto de 'pesquisa', além do que no francês ?procura? e 'pesquisa? têm a mesma tradução: 'recherche'. (Jura?)?Mas não me sensibilizou.

Seria mais nobre se tivesse admito que se tratava de uma estratégia para se diferenciar. E deixasse o leitor decidir.?Conti esmiúça também os motivos que teriam feito Proust incluir logo no início de sua narrativa uma citação a um livro de George Sand ? pseudônimo de uma escritora vitoriana já esquecida pelo tempo. Segundo ele, a tal obra carrega uma relação edipiana nada velada, que revela muito das idiossincrasias dos dois Marceis do Tempo Perdido: autor e narrador.?

Pode ser. Mas não foram tais delicadezas que me fizeram mergulhar em Proust nesse momento da minha vida. Para falar a verdade, estou pouco interessado em desvendar por que algumas obras são citadas e outras não, ao longo das cercas de três mil páginas de "La Recherche".?

Tampouco perco o sono tentando descobrir o que há por trás dessas frases longilíneas, recheadas de orações subordinadas, cujo ponto final está além da linha do horizonte. E que tanto debate vêm provocando desde que vieram à luz.?

Até porque o ritmo impresso na narrativa, independente da pontuação ? na verdade justamente por causa dela ? é o que embala o leitor por esse oceano de palavras.

O dia passa rápido lendo Proust. Percebi isso tanto no original, como na tradução do Quintana.?Minha leitura se concentra no que há de concreto no texto. As imagens me bastam.

Sou discípulo de Alberto Caeiro: "Que metafísica têm aquelas árvores?"?E aí volto para a imagem inicial. Depois que li "O Caminho de Swann", é só fechar os olhos, que me vêm à mente os dois caminhos que saem em sentidos opostos da propriedade de campo do narrador. Eles me lembram da casa da minha vó em Itaipava/RJ.

Como Marcel, em Combray, eu também saia para passear com minha família, admirando os jardins e comentando a respeito das flores que iam nos surpreendendo durante a caminhada.?As igrejas e suas torres também marcam.

Diariamente, quando encerro a jornada pelo universo do Tempo Perdido, me preparando para o jantar, me seguem na memória as imagens dos sinos que balançam nas torres ao longo do texto, marcando o tempo que já passou.

Já fiz a minha escolha: entre as novides científicas esquadrinhadas pelos esforçados tradutores, embasados em compendios críticos, fico com a liberdade de quem traduziu com coração de poeta.

Já que ler no original, me exigiria o dobro do tempo. (Minha licença médica não vai durar tanto assim.)?Veja se não tenho razão: No início do volume III, nas edições em que pesquisei, os tradutores recentes ?procuraram? um termo correspondente em português para "pépiement matinal des oiseaux". E de fato encontraram: ?chilrear dos pássaros?.

As traduções do português Pedro Temen e do carioca Fernando Py ficaram bem parecidas: "François achava insípido o chilrear dos pássaros" ou pior "O chilreio matinal dos pássaros soava sem graça a Françoise".?

Quintana pelo contrário se libertou dessas precisões acadêmicas. Preferiu a poesia dos passarinhos voando, num achado mais do que elegante: "O cortejo matinal dos pássaros parecia insípido a Françoise".??Cortejo?, segundo Houaiss, é sinônimo de ?comitiva?, ?saudação?, ?gesto atencioso ou palavra amorosa para com outrem?.

Irretocável, não??Vai competir com ele...
Juraski 18/01/2019minha estante
Gostei do comentário...




Lucas 10/09/2017

Livro marcante
Marcel tem um olhar tão aguçado sobre as pessoas e o ambiente, de forma que as cores, sentimentos, odores e melodias, além de serem descritos de forma muito poética, ganham corpo e se tornam elementos importantíssimos para a construção da estória e, principalmente, da memória.
De fato, ter lido o primeiro volume não foi uma leitura fácil, pois exigiu de mim muito esforço e atenção (levei quase dois meses para ler o primeiro livro) para acompanhar a linha de raciocínio do autor em parágrafos que, pelo menos na minha edição, exigiam às vezes duas páginas inteiras, além de tentar não perder o enunciado geral do parágrafo mediante a tantos pensamentos adicionais. Contudo, cada frase marcante, como a frase final da obra, valeram cada esforço e as horas de leitura.
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Caio.Augusto 13/05/2017

Tenho dúvidas sobre a qualidade da tradução desta edição, feita por Mário Quintana. Os apêndices são muito bons.
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Eduardo 20/02/2017

Estaca que se planta na mente
Li esse livro no ano retrasado, e mesmo assim, sinto sua profunda influência em minhas ideias, dia após dia. No meio de todo o caos e do fluxo interminável e desorganizado da vida, Proust e "No caminho de swann" tem se mostrado um pilar imenso, cravado nas profundezas de meu intelecto, ao qual eu posso vez ou outra me agarrar e contemplar um pouco, pra depois afundar novamente no fluxo bizarro da vida.
Proust foi o artista mais sensível que já tive a oportunidade de encontrar e, em primeiro lugar , foi um ser humano imenso, incomparável. Com certeza lerei os outros 6 volumes.
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