nick 08/02/2024"... É a verdadeira redenção, Amir jan, quando a culpa conduz à bondade."
vou começar reclamando da edição, que não possui nenhuma nota de rodapé mesmo tendo várias expressões árabes que não são explicadas. poxa, não custava nada facilitar pro leitor que não conhece, é péssimo ter que ficar parando a leitura pra pesquisar na internet
quanto a história, ela é puramente construção de personagem e eu acho isso incrível. o Amir criança não é o mesmo do Amir do final do livro (que bom), ele erra e MUITO, mas será mesmo que seria correto julgar uma criança por ter fugido naquela situação? Eu sei que lealdade é importante e pensei em alguns modos de mudar a situação enquanto lia, só que eu com 12 anos conseguiria fazer algo diferente do que ele fez? Ele errou de várias formas, na maneira como tratava o Hassan antes (e mesmo assim eu consigo entender também) e, principalmente, como tratou depois. Não acho que ele precisava conversar com algum adulto, mas conversar com o Hassan era fundamental. Porém, de novo, tem como esperar uma boa comunicação de alguém com 12 anos e uma base familiar podre?
Ele demorou, mas aprendeu com os erros e se redimiu, de certa forma.
Queria muito que o livro mostrasse o Sohrab falando de novo, tava preparada pra chorar se mostrasse.
Inclusive, eu li esse livro logo depois de ler um que tratava estupro e pedofilia de uma forma muito porca, e fiquei feliz por aqui não ser. É tratado como é. Uma violência, algo nojento e nem um pouco banalizado. Não te induz a pensar que é correto, mostra que é asqueroso.
Aprendi muito sobre o contexto histórico do Afeganistão também, algo que eu nunca tinha ido atrás de saber. Mas que o livro mostra muito bem!
O começo do livro foi meio arrastado, mas depois melhorou bastante