A casa das belas adormecidas

A casa das belas adormecidas Yasunari Kawabata




Resenhas - A Casa das Belas Adormecidas


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Carolina.Voigt 20/01/2016

Estranho
Apesar de ter visto o filme, Beleza adormecida, o livro achei bem mais seco. É interessante pelo modo como as personagens são descritos e a visão deles é exposta. Mas não faz muito meu estilo.
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Daniel 11/02/2019

Uma história de sensações
O enredo conta a história de Eguchi, um senhor de 67 anos que descobre uma casa onde jovens moças virgens são adormecidas para o divertimento dos clientes, de modo que eles possam passar a noite ali. Mas há um detalhe: os clientes não podem ter relações com as moças, apenas toca-las de forma discreta.
É a partir desta premissa simples e aparentemente grosseira que Yasunari Kawabata, escritor japonês vencedor do Prêmio Nobel de 1968, compõe uma narrativa única, de rara beleza literária.
O romance trata o erotismo de forma suave, poética, com pinceladas que mesclam a literatura tradicional japonesa com influências ocidentais. Temas como o amor, a velhice, a decadência do homem e a fugacidade da vida são presentes em toda a obra
A escrita de Kawabata é meticulosa, com uma musicalidade própria, condensando-se em imagens de tom impressionista que demonstram uma delicadeza no ato de narrar. É como se a cena se formasse a partir de pequenos de quadros, de miniaturas esculpidas pelas palavras, onde a mente do protagonista se mistura ao espaço da narrativa, mas sem confundir-se a ponto de romper com a linearidade.
O romance consegue, de forma bastante eficaz, submergir o leitor numa atmosfera narrativa pouco convencional, repleta de sentimentos e sensações, de modo que a provocação sensorial salta das páginas e atinge diretamente um leitor, um efeito exótico para a literatura ocidental e pouco comum na literatura como um todo, exigindo alto de grau de perícia por parte do escritor.
É um daqueles livros feitos para "sentir" muito mais do que refletir; para se ler de mente aberta, de forma despreocupada, e assim envolver-se completamente na atmosfera construída pelo autor.
Uma ótima leitura.
Recomendo!
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Biblioteca Álvaro Guerra 18/04/2019

Imbuída de um erotismo inusitado, esta obra, escrita em 1961, demonstra a maturidade estilística do autor, que se utiliza de sua virtuose descritiva para contar a história de Eguchi, um senhor de 67 anos que frequenta a "casa das belas adormecidas", uma espécie de bordel onde moças encontram-se em sono profundo, sob efeito de narcóticos. Apesar da idade avançada, o protagonista parte em busca dos prazeres perdidos e se depara com moças virgens, que os visitantes podem tocar, mas são proibidos de corromper. Daí derivam passagens antológicas de rememorações pessoais e fantasia. Kawabata procura desvendar o enigmático universo do corpo feminino em um culto ao belo e ao inalcançável, investigando as dores da solidão a partir da sutileza de um erotismo expressivo, constantemente atravessado por passagens de fina ironia e perturbadora consciência da passagem do tempo, do vazio existencial que permeia as relações humanas.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788574480985
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Jeffer 07/01/2009

Interessante
“Dormir calmamente com uma garota como aquela seria um consolo fugaz para quem persegue os prazeres da vida que já não tem mais”. Eguchi, um velho de 67 anos, passa a freqüentar a casa que oferece adolescentes virgens sedadas como companhia para “velhos que deixaram de ser homens”. São cinco capítulos, cinco visitas e seis diferentes virgens. Cada uma conforta Eguchi de maneira diferente, lembra-o de um passado esquecido, revela um medo premente. Acima de tudo, o olhar profundo sobre a beleza do corpo e alma femininos transforma a história em um hino de louvor às mulheres, sem deixar de lado questões importantes como a solidão, a velhice e a morte. Yasunari Kawabata ganhou o Nobel de Literatura em 1968 e suicidou-se 4 anos depois. Publicado em 1961, o livro inspirou Gabriel García Márquez a escrever Memórias de Minhas Putas Tristes. Tenho de admitir que ambos são muito parecidos e que até eu fiquei inspirado a escrever um conto sobre o tema.
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Bruno.Dellatorre 06/05/2019

Regular. Apenas.
Kawabata escreve bem, isso é fato. Como foi mencionado por um colega que leu, sua escrita é contemplativa, e pode até ser, mas a história deste livro é repetitiva. Dividido em cinco capítulos, todos eles são sobre uma das visitas feitas pelo protagonista Eguchi à "casa das belas adormecidas". São todas IGUAIS. Por mais que sejam outras mulheres, as descrições são as mesmas, bem como a estrutura. O final achei interessante, mas quando o livro se aproxima de um ápice, de seu clímax, do melhor momento da história toda, ele encerra.

Ainda assim, não desistirei do Kawabata. Vou tentar ler "O som da montanha"
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Erika 24/05/2019

Narrativa chama a atenção
Essa obra possui um contexto meio estranho para a cultura ocidental, entretanto, Kawabata possui uma narrativa que prende o leitor, por meio de sua descrição detalhada.

Retirando o lado mais sexual da obra, a leitura torna-se interessante, por retratar memórias de um senhor que se considera já no final de sua vida, e começa a recordar de vários momentos vivenciados, com descrição de locais muito bonitos e vivências passadas.
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Mario Miranda 30/05/2019

A Casa das Belas Adormecidas é uma jóia literária: uma obra Sensual, sem ser erótica. O livro é uma ode a admiração do corpo feminino, ao prazer que os homens podem sentir apenas ao vê-lo, toca-lo. A parte interessante da imersão cultural é uma visão do Corpo Feminino menos como um objeto de prazer sexual, como largamente difundido no ocidente, porém muito mais como uma beleza per se, algo passível de admiração apenas pelo seu intrínseco belo.

A obra narra a história de um sexagenário, Eguchi, que frequenta uma casa onde os homens podem dormir ao lado de jovens mulheres adormecidas, sob influência de algum medicamente não explicitado. Eguchi, que já se sente em uma fase final da vida, acaba podendo se rejuvenescer apenas por manter contato com estas jovens - algumas, inclusive, menores de idade -, onde apesar de não haver a consumação Carnal, o singelo estar ao lado destas jovens desnudas provocam algumas das melhores sensações/memórias de Eguchi, trazendo-lhe uma tênue ligação entre este homem já idoso e sua própria juventude.

A leitura me trouxe em mente muito a obra de Philip Roth: não a sexualidade explícita deste, mas muito o personagem decadente no limite entre a vida adulta e o tornar-se idoso. A decadência, física e emocional, de Eguchi, em muito conversa com personagens de A Humilhação ou O Animal Agonizante, de Roth. Um elo incrível de dois autores de culturas tão distintas com visões tão próximas sobre o envelhecer humano.
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Stefânea 25/08/2019

Não romantizem!
"Porém, para os velhotes que pagavam pelas jovens, o fato de poder deitar-se ao lado de uma garota como aquela equivalia, sem dúvida, à felicidade de se encontrar no paraíso."

Nobel de 1968, consagrou Kawabata como um dos maiores representantes da literatura japonesa do século XX. Narrada em terceira pessoa, a obra fala de Eguchi, um homem idoso de 67 anos, que por sugestão de um amigo, também idoso, decide visitar essa casa que nada mais é do que um bordel. Um meio diferente, já que as moças que lá trabalham estão sempre dormindo sob efeito de um fortíssimo sonífero.

"Já que a menina não acordava, o cliente idoso não precisava envergonhar-se do complexo de senilidade, e ganhava permissão de perseguir livremente suas fantasias e mergulhar em recordações."

A casa tem duas regras: Não tentar acordar a menina e não fazer sexo (regra fácil de cumprir, já que é uma casa para idosos). Eguchi cumpre as regras, mas isso não torna a obra menos pesada. O livro é curto; ele vai ao estabelecimento quatro vezes durante esse período. A cada vez é uma menina diferente, sempre bem nova e pelada. Ele pode fazer o que quiser com o corpo, contanto que não o machuque.

O foco da obra não está nas garotas, e sim totalmente em Eguchi, nas suas memórias e dores do envelhecimento. Cada garota adormecida trás a ele lembranças de fatos e mulheres que passaram pela sua vida. Kawabata é quase poético na sua escrita, e prende o leitor totalmente. Não consegui desgrudar os olhos, contudo é até estranho pensar que um livro tão problemático tenha ganhado um Nobel. A objetificação da mulher é clara, a menina é como uma boneca inflável viva e só serve, na narrativa, para evocar no Eguchi as sensações. Gostei da escrita, não nego. Me fez questionar até que ponto algo doentio pode nos driblar se estiver com as palavras certas... Recomendo a leitura, e a não romantização dela.

"Por sua vez, eles não sabiam nada sobre as condições de existência ou a personalidade delas. Estava tudo planejado para não deixar nenhuma pista."

site: https://www.instagram.com/resenhadora/
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Maílson 14/09/2019

Reflexivo e repetitivo
Foi a minha primeira experiência com a literatura japonesa.
No começo, até que estava gostando, como por exemplo a forma como foi apresentada a casa, os flashbacks do Eguchi e os questionamentos sobre os mistérios do sono pesado das meninas.
Mas aí veio o segundo capítulo... a mesma coisa.
O terceiro capítulo... a mesmíssima coisa.
Isso na minha visão superficial.
Mas, mesmo sendo totalmente repetitivo, o autor conseguiu me fazer enxergar a proposta daquela monotonia: a solidão de um idoso.
Pensando neste lado, não é um livro ruim. Mas, pra mim, não gostaria de lê-lo novamente.
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Fabio Shiva 25/09/2019

“A mulher é infinita.”
Tocante. Surpreendente. Instigante.

Essas são as palavras que me ocorrem para descrever essa inesperada narrativa sobre um bordel frequentado apenas por velhos decrépitos e “inofensivos”, que passam a noite com jovens nuas narcotizadas, ao ponto de permanecerem inconscientes não importa o que se faça com elas...

Yasunari Kawabata (https://pt.wikipedia.org/wiki/Yasunari_Kawabata), prêmio Nobel de 1968, arrebata o leitor em sua estranha história, repleta de sugestões poéticas e profundas reflexões sobre o mundo feminino:

“Entretanto, o velho divagava, refletindo sobre como era possível que, dentre todos os animais, somente a forma dos seios da mulher tenha adquirido, após longa evolução, um formato tão belo. O esplendor alcançado por eles não seria a própria glória resplandecente da história do ser humano?”

“Afinal, qual seria a pior maldade de um homem contra uma mulher? (...) Seu próprio casamento e a criação das filhas certamente eram considerados boas ações. No entanto, o tempo, o longo tempo em que ele supervisionou e teve poder sobre a vida dessas mulheres, ou até mesmo deformado suas personalidades, poderia ser considerado um grande mal cometido. Talvez o sentimento do mal tivesse ficado anestesiado, confundido com costumes e ordens sociais.”

“Por mais desumano que seja o mundo, ele pode se tornar humano pelo hábito. Todas as depravações dissimulam-se na escuridão do mundo.”

“A mulher é infinita.”

Tomei um choque ao saber, ao final da leitura, que Kawabata se suicidou, aos 73 anos. É assustadora a quantidade de escritores que escolhem sair da vida pelas próprias mãos. Para exorcizar esse temor, escrevi há tempos o conto “O Armazém” (https://www.wattpad.com/567654057-labirinto-circular-o-armaz%C3%A9m).

Gratidão ao querido professor Carlinhos Santos da Silva pelo carinho de me presentear com esse livro tão pleno de Literatura!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/09/a-casa-das-belas-adormecidas-yasunari.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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LER ETERNO PRAZER 27/10/2019

Foi a minha primeira experiência com a literatura oriental e gostei bastante! A casa das belas adormecidas de Yasunari Kawabata posso dizer que seja uma novela, bem escrita por sinal.A qui vamos acompanhar a história de Eguchi que é um senhor com os seus 67 anos de idade e que, por indicação de um amigo, passa a frequentar uma casa noturna, uma espécie de prostíbulo um tanto quanto bem peculiar. Sua clientela é exclusiva, toda composta por senhores acima dos 60 anos, em sua maioria, portanto, impotentes sexualmente por conta da idade, o local tem um detalhe bem bizarro: as ?prostitutas? em questão são virgens e dopadas  para ficarem num estado na linha tênue entre a consciência e sono profundo.  Seus clientes, por sua vez, podem tocá-las como queiram, mas têm de cumprire rigorosamente uma cláusula principal: não permitido em ipótese alguma violá-las sexualmente. O que de esquisito e no mínimo beirando o surreal a história têm, também possui de poética e dolorida no sentido em que incisivamente critica a objetificação do corpo feminino e a decadência da virilidade do homem, e a da própria condição humana, com o passar do tempo.Enredo com poucos personagens, a sua maioria não nomeados, pontuam a narrativa. Yoshio Eguchi(personagem principal)é um idoso de 67 anos que mora com a sua também idosa esposa e com quem teve três filhas, todas casadas no decorrer da trama. Kiga, é o amigo de Eguchi que o indicou a visita à "Casa das Belas Adormecidas". Além destes, temos a ?mulher do hotel?, a gerente do local em que Eguchi passa costumeiramente a frequentar para dormir em companhia das ditas moças semi-desacordadas. Para cada uma das cinco noites que Eguchi passa na "Casa", todas com um intervalo descrescente de tempo entre elas, Eguchi entra em contato com cinco moças distintas em termos de aspectos físicos.E nesses encontros ele vai refletindo sobre toda a sua vida.A novela é narrada em terceira pessoa dando enfoque principal a Eguchi e suas reflexões a cada noite que vai a casa.Ótimo livro, uma história simples, sem muitas reviravoltas, mas com muitos pontos para reflexões!!!
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DeiaMolder 30/10/2019

Em uma casa do desejo, um senhor de 67 anos passas suas noites a contemplar meninas nuas e sedadas que o levam a devaneios sobre a sua vida sexual. A narrativa se passa num universo erótico perturbador e assustador. As descrições dos corpos nus das mulheres são belíssimas, poéticas a meu ver, mas não sei se gostei ou desgostei. Preciso mais maturidade literária para apreciar esse livro que diz ser uma obra-prima.
Valeu a leitura, a literatura japonesa é sempre uma surpresa.
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Dani 24/01/2020

O sexual da velhice
?...Contudo, haveria algo mais deplorável do que um velho que se deita ao lado de uma jovem adormecida que não acorda a noite inteira? Acaso não teria Eguchi ido àquela casa à procura dessa extrema miséria da velhice?. p. 14.

O velho Eguchi de 67 anos, ainda não perdeu sua vitalidade sexual, mais na ânsia curiosa de saber o que ocorre naquela casa, onde um amigo lhe disse que lhe fez muito bem, lá foi ele em busca desta aventura, e se surpreende não só com ?as belas adormecidas?, mas, consigo mesmo, seus anseios, lembranças e até mesmo o desejo maligno onde fica a desejar praticar o ato e também conhecer a morte.
Esse livro pode ser chamado de um conto do averso de si, pois em 5 visitas que Eguchi faz, cada uma delas o faz refletir sobre seu passado, suas filhas, a idade, as amantes e até chegar a sua mãe.
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Ãnimo Total 24/03/2020

?Não temo o suicídio. O pior que pode acontecer a uma pessoa é fartar-se da vida?.
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