A casa das belas adormecidas

A casa das belas adormecidas Yasunari Kawabata




Resenhas - A Casa das Belas Adormecidas


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Lú Ribeiro 17/09/2020

Pureza e Ternura
Um livro sensível, genuíno e autêntico.
Cheio de mistério, e boas surpresas.
Indico.
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herbert.goncalves 18/09/2020

reflexivo
livro com um ritmo moroso, mas que me agradou muito. tem algumas sequencias que me deixaram de queixo caido, e me fez repensar muitas coisas na vida. muito bom!!!

site: https://filmow.com/usuario/herbert_
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Ve Domingues 07/10/2020

Um livro complexo. Ao mesmo tempo em que o autor narra imagens lindas, como se estivesse descrevendo quadros, ele se coloca em uma situação bastante bizarra. A obra fala sobre envelhecimento e solidão, mas também sobre o quanto é difícil se encaixar nos padrões da sociedade. Nem sempre o que o mundo espera de nós é a melhor opção.
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Camille.Pezzino 08/10/2020

RESENHA #142: ESPECTROS E FANTASMAS DA VELHICE
[ESCRITO POR FERNANDA FOLLE]

Devo iniciar essa resenha dizendo que esse é provavelmente um dos livros mais perturbadores que eu já li. Publicado em 1961, A Casa das Belas Adormecidas foi a obra que inspirou, anos mais tarde, o mundialmente aclamado Memórias de Minhas Putas Tristes do escritor Gabriel García Márquez. Não é um enredo agradável, especialmente se você for uma mulher ou um idoso.

O senil Eguchi passa a conhecer, através da recomendação de um amigo, uma casa onde homens acima dos 60 anos podem observar jovens virgens adormecidas e onde possuem a oportunidade de dormir ao lado delas. Curioso e inicialmente cético, o velho resolve fazer uma visita à casa e experimentar os eventos a ele descritos em primeira mão.

A cada noite, ele encontra diferentes moças e, através delas, reencontra mulheres que de alguma forma marcaram o seu passado. O que há em comum entre os fantasmas de seu passado e essas meninas é o que o assola: a distância, a solidão. Mãe, filhas, amores cujos momentos divididos pertencem a um passado inalcançável. A partir do primeiro encontro noturno, Eguchi exporá ao leitor discussões que conectam intrinsecamente a velhice, a masculinidade e a morte. Tudo isso enquanto nos fechamos (e afligimos) num pequeno cômodo com moças inconscientes, em meio a cortinas carmesim e cobertores elétricos de um minúsculo hotel à beira-mar.

A crítica subjetiva, máxima e poderosa se dá quanto à objetificação da mulher e nos reflexos da fragilização da masculinidade do homem com o passar do tempo. O medo do envelhecimento é um sentimento que aflige a grande maioria dos seres humanos, pois os efeitos irreversíveis do tempo implicam em pensamentos negativos envolvendo aspectos físicos e mentais (perda da mobilidade, dificuldades de memória e raciocínio, doenças degenerativas, fatores estéticos) que levam, na cultura brasileira de modo geral, a construção de uma certa apatia e desinteresse pelos idosos na sociedade. Similarmente, no Japão existe também a ideia do idoso como um “inútil” que pode morrer pois a sociedade não teria a necessidade de sustenta-lo. Tal pensamento é terrivelmente comum e leva muitos idoso ao suicídio.

ACESSE O RESTO EM: https://gctinteiro.com.br/resenha-142-espectros-e-fantasmas-da-velhice/


É um livro repleto de metáforas e simbolismos que são de tirar o fôlego. Concordo com a Folle.

site: https://gctinteiro.com.br/resenha-142-espectros-e-fantasmas-da-velhice/
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luisfelipe.monteiro2 19/10/2020

Forte e perturbador.
É difícil gostar de uma obra como esta. Perturbador em alguns momentos; digno de pena em outros; reflexivo em sua maior parte, mas acima de tudo, visceral. Não é uma leitura para todos, apenas para aqueles que entendem onde o autor quer chegar. Leia, mas com sua conta em risco.
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Jessé 06/11/2020

Estranho mas muito bom!
Cara, esse com certeza foi um dos livros mais estranhos que li na minha vida.
Foi um daqueles livros que eu gostei, mas ele causa uma certa repulsa. Quem já leu Lolita talvez tenha uma noção do que estou dizendo.

Inclusive já deixo avisado, que é livro que pode incomodar bastante, então vão com cuidado nessa leitura.

E eu não vou contar nada da estória, porque eu acho que seria legal as pessoas pegarem esse livro pra ler no escuro.

Até pra que já leu Kawabata como é o meu caso, vai perceber um certo diferencial nesse livro se comparado a outras obras dele.

Foi uma das coisas mais estranhas e diferentes que já li, e isso já são motivos suficientes eu dar 5 estrelas pra esse livro.
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Bruno 08/11/2020

Esse é um tipo de livro que te deixa desconcertado. Eu fiquei do início ao fim com essa sensação de horror e curiosidade. Em certo momento no texto o protagonista do livro do Kawabata vai dizer que talvez a 'falta de curiosidade seja a falha mais letal da velhice' 'que o desumano pode se tornar humano pelo hábito' essas passagens me deixaram perplexo e em grande reflexão, principalmente quando vi a trajetória do personagem ao se entregar na obscura insanidade humana pelo força do hábito. Um história intrigante, com um texto simples, que em alguns momentos encanta porém ainda não surgiu a experiência grandiosa que prometeram ao elencar; 'o grande nome da literatura japonesa.'
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Estêvão 19/11/2020

Estranhamento e desconforto é o que sentimos ao ler A casa das belas adormecidas, de Yasunari Kawabata. Afinal, a ideia de que jovens virgens são dopadas para servirem de companhia a idosos durante a noite não é lá muito assimilável. Mas é exatamente esse serviço que um hotel oferece e que Eguchi busca nas páginas desse livro. Porém, o simbolismo que isso carrega é o que torna a obra interessante, nos levando a refletir sobre aspectos como vida e morte; inocência e pecado; juventude e velhice. .

A cada capítulo acompanhamos uma visita de Eguche à casa, e a forma como esse personagem é construído nos incomoda e nos causa pena, porque expõe suas fragilidades de forma sutil e com uma linguagem precisa, que se detém em detalhes, progredindo lentamente e nos inserindo na narrativa. .

O erotismo é outro ponto de destaque, porque, mesclando-se aos sentimentos de Eguchi – que ora é selvagem, ora dócil –, a narrativa revela tensões sexuais que a qualquer momento podem explodir, causando em nós um misto de tensão, nojo e raiva. .

O equilíbrio obtido nessas cenas talvez romantize a prática bizarra, mas tem uma função bem clara: aproximar os opostos pelo que têm em comum. No caso das virgens, além vulnerabilidade, uma pureza que a qualquer momento pode ser maculada; já Eguchi é a lascívia que se amortiza diante da pureza. .

Outro aspecto que os aproxima é o da juventude e da velhice. Aqui as jovens representam o início da vida, enquanto Eguchi está na fase final dela, e tanto um quanto outro exibem uma fragilidade e uma incerteza diante do futuro. Nesse aspecto, tempo e morte são dois elementos que exercem sua força sobre ambos, e é o que o final nos diz por meio do destino de alguns personagens. .

Não sei dizer o quanto esse costume é presente na cultura oriental, mas como elemento narrativo, aliado à linguagem meticulosa de Kawabata, causa um efeito interessante que me remeteu ao Yin-yang, por construir equilíbrio entre opostos que se mantém ao longo do livro tanto pela escrita como pelos símbolos que sugere.

site: https://www.instagram.com/_soresenha_/
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Steph.Mostav 17/12/2020

"Aos velhos, a morte"
[TW: Pedofilia, misoginia]

Esta é uma novela desconfortável, para dizer o mínimo. Ao menos esse desconforto é intencional e nesse aspecto associo em parte ao mesmo sentimento que tive com Lolita. Nos dois livros, existem meninas sendo abusadas por homens muito mais velhos que elas e um ponto de vista não confiável que busca suavizar esse abuso por trás de lirismo para manipular a opinião do leitor. A tal casa das belas adormecidas nada mais é do que o local onde homens já impotentes sexualmente (um requisito importante, já que o sexo é proibido na casa) podem dormir com meninas, sempre virgens, sempre nuas e sempre desacordadas, em estado de total vulnerabilidade. Acompanhamos uma narrativa em terceira pessoa, mas focada unicamente nos pensamentos e impressões de um único personagem, o velho Eguchi. De início, ele não sabe o motivo pelo qual decide passar por essa experiência, recomendada por um amigo, mas compreendemos que sua motivação também é um dos temas do livro. Ou melhor, suas motivações. Ele, conforme percebe, quer um alívio para sua decrepitude física, sua impotência sexual, sua solidão, sua decadência moral, sua proximidade com a morte. A juventude dessas meninas indefesas é a maneira com que os velhos, que o protagonista reconhece como perversos, distraem-se da proximidade do próprio fim, da fragilidade da própria masculinidade e da inconsolável ausência de contato humano. Porém, Eguchi não se reconhece como um dos responsáveis por esses abusos, mesmo que seja bastante cruel com todas as meninas com que dorme, além de aumentar essa crueldade conforme as noites passam. Na verdade, sua decadência moral só se acentua a cada uma das cinco noites que ele passa na casa. Ele também não se reconhece como homem profundamente misógino, que de maneira alguma reconhece mulheres como seres humanos e o estado de sono profundo e total inconsciência das meninas só reforça para ele seu próprio pensamento retrógrado de que mulheres são frágeis e estão a serviço e submissão do desejo masculino. O narrador nunca julga esse tipo de pensamento, apenas repassa adiante as conclusões doentias que Eguchi tira de suas reflexões e lembranças, sempre de contato com mulheres. Sua mãe, suas filhas, sua esposa, suas amantes, ele se recorda de todas, assim como de todo mal que causou a cada uma delas e da influência negativa que exerceu sobre a vida de pessoas que deveriam ser amadas por ele. Minha impressão da narrativa não foi de cumplicidade com relação aos abusos de Eguchi, mas de um nojo por um personagem evidentemente detestável que se reconhece como tal, refletindo sobre a finitude da existência e o erotismo com seres humanos vivos que ele enxerga como "adormecidas como uma morta". Tudo isso é potencializado pela narrativa altamente sensorial de Kawabata (e que me parece característica de várias obras japonesas), com descrições capazes de criar imagens muito nítidas dos ambientes, dos corpos e da natureza, através da visão e do olfato, principalmente.
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Rittes 30/12/2020

Ah! A velhice...
Instigante obra do prêmio Nobel Kawabata.Me lembrou o "Memória de minhas putas tristes", de Gabriel García Márquez, mas apenas no tema das agruras da velhice, principalmente no que se refere ao sexo.Imagino que, no Japão, a vida sexualdos velhos seja um tabu tão ou mais complicado do que no Brasil. Não é uma obra fácil, pois, nada acontece ao longodos seus cinco capítulos. Ou melhor, acontece sempre a mesma coisa, mas eu gostei bastante.
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jjulia25 02/01/2021

Até onde somos capazes de irmos para enganarmos momentaneamente a solidão?
Kawabata retrata muito bem nesse livro a curiosidade inerente na vontade de um personagem de satisfazer seus sentimentos de solidão, quando um idoso solitário conhece uma casa onde são oferecidos serviços para passar a noite com moças desacordadas. Em determinados momentos vivemos o que ele sente, até sentimos pena dessa ser sua mais próxima fuga da tenra idade, mas a que custo para as belas adormecidas?

O velho Eguchi nos é apresentado como um senhor que antes conquistou belas mulheres, e hoje procura na beleza de uma jovem adormecida o desejo de relembrar e reviver o passado, mesmo ciente de estar fazendo escolhas equivocadas, mas por curiosidade -ou necessidade- continua visitando a casa das belas adormecidas em busca de respostas sem nem mesmo ainda saber quais são as perguntas.

Obs: o negativo desse livro em minha opinião foi a pauta aberta no final, que quem leu sabe qual é.
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