Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Lavinia Teodoro 08/08/2020

Desvende Veredas e Segredos
Eu enrolei muito muito para finalmente ler Grande Sertão Veredas.
Estava na minha estante há pelo menos 1 ano. Já havia tentado ler antes, mas achei difícil após 20 páginas e parei.

Foi com a leitura coletiva da Isabella Lubrano que eu tomei coragem. Topei ler um livro de 600 páginas SEM NENHUM CAPÍTULO.
É, João Guimarães Rosa não pensou em nenhum leitor. Nem quando decidiu não usar capítulos, nem quando decidiu inventar umas palavras, escrever como se fala. Encararia parágrafos de uma página inteira.
Topei, 5% ao dia, exatas 30 páginas por dia.
Me enrolei sim. Foi difícil programar 20 dias certinho. Havia dias em que eu lia 90 e dias em que eu li 0.
Mas eu consegui, foram 22 dias de leitura!
Vamos falar do livro!!

No início, nós caímos de cabeça numa conversa, um homem que ainda não sabemos quem está falando e falando. Com o tempo vamos entendendo o que está acontecendo, quem está falando e como foi a vida dessa pessoa.
Eu não queria dar nenhum spoiler, porque tomei um grande. Tem toda uma magia em ler o livro. Vamos descobrindo e sabendo da vida de Riobaldo, o homem que está falando e falando.
Nós vamos entrar nas histórias da jagunçagem. Nesta obra incrível teremos amor, vingança, lutas, guerras e muita muita reflexão. Riobaldo é um filósofo que pensa sobre a vida, sobre o sentido das coisas.

Eu indico sem dúvidas, mas seja forte, tenha persistência porque vai valer a pena. Não larga antes da página 100, o livro merece. Conheçam Diadorim, conheçam Otacília. Mergulhem sem medo. Grande Sertão Veredas merece uma chance. Dê a você a experiência de uma maravilhosa leitura!
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Stephanie.Nietto 10/08/2020

Estou tola...
Eu "me demorei" pra vir aqui e ter coragem de escrever algo sobre esse livro, porque ao mesmo tempo em que ele me deixou completamente sem palavras, também me deixou com uma vontade imensa de sair por aí gritando o quanto deveríamos valorizar nossa literatura, o quanto deveríamos valorizar o gênio que foi Guimarães Rosa e o quanto deveríamos valorizar o Grande Sertão Veredas.

Eu não tinha intenção alguma (e muito menos me achava capaz) de desbravar o sertão mineiro, ou de fazer essa travessia, mas graças a Isa, do Ler antes de Morrer, criei coragem e mergulhei numa história que, incrivelmente eu não havia recebido nenhum spoiler, e nem tinha ideia do que se tratava.

Enfim, não sou ninguém pra ficar fazendo análises críticas sobre livros, até porque esse foi muito além de qualquer experiência pra mim. Mais do que um retrato do sertão, mais do que um devaneio psicanalista, e mais do que todas as invenções linguísticas de Guimarães Rosa, vou sempre levar Grande Sertão comigo como uma história de amor (e que história mais trabalhosa de entender e participar rs).

Eu me perdia, relia, ria, ficava feliz por entender e por sentir através de palavras tantas emoções. Enfim, eu me descobria a cada narrativa do personagem.

"Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."
...
"Amor é a gente querendo achar o que é da gente"


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Claudine 13/08/2020

Releitura ou revivência do Sertão e suas paixões
Em 2020, no meio da pandemia, meu amigo Cloves me disse que queria ler Grande Sertão: Veredas. Comentei que eu gostaria de reler esse romance. Então veio a ideia da leitura conjunta. E assim, a cada semana nos encontramos virtualmente para comentar nossas impressões sobre a travessia. Para mim, o deleite foi duplo: revivi as emoções como quem reencontra amigos: Riobaldo, Diadorim ?, Zé Bebelo, Alaripe... E ainda acompanhei o deslumbramento do primeiro contato com o Sertão vivido por Cloves. Também foi desafio, pois eu precisava me segurar para não revelar alguns detalhes da história para não tirar do Cloves a sensação das descobertas pela leitura.

Foi uma experiência maravilhosa e leve. Recomendo a leitura do GSV a todos.
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Moises Celestino 13/08/2020

Revisão deste clássico...
"Grande Sertão: Veredas", obra literária de altíssimo nível, elaborada com originalidade por Guimarães Rosa, é daqueles clássicos que permanecerão para sempre eternizados nas memórias e corações do público amante da literatura brasileira e universal.
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Steph.Mostav 15/08/2020

O maior romance brasileiro do século XX
Não foi uma releitura - foi uma experiência. Ou melhor, uma travessia. Atravessar o sertão junto de Riobaldo foi até mais impressionante que da primeira vez. Porque esse é o tipo de livro que é tão genial que mesmo spoilers não estragam a leitura. Mesmo já sabendo do final, isso não me impediu de sentir, de questionar, de sofrer, de torcer. É aquele tipo de obra-prima difícil de classificar, talvez porque até hoje ainda não exista uma categoria em que ela se encaixe. Está mais para mistura. Mistura de narrativa oral com romance de formação, de pequenos causos com uma longa aventura, de divino com profano, de amor com vingança. De lírico, dramático e épico, tudo em um só texto. Também mescla o jorro ininterrupto do monólogo com as interferências implícitas do diálogo, o que faz da presença do narrador desnecessária. Grande Sertão é inteiro uma fala só, a fala de Riobaldo, enquanto narra sua história a um interlocutor desconhecido mas letrado, oriundo da cidade. Dessa fala ele resgata a própria memória como tentativa de dar sentido à vida e explicar o que até hoje permanece como dúvida. É mais um da longa tradição de pactos fáusticos e de longe um dos meus preferidos. Riobaldo se atormenta pelo pacto e pelas consequências deste, assim como está dividido entre esse sofrimento e a negação da existência do "diabo na rua, no meio do redemoinho". E não só do acordo com o demônio e de guerras entre jagunços se faz o livro, como também do relacionamento entre Riobaldo e Diadorim, um dos mais lindos da história da literatura. É desse amor que nascem alguns dos trechos mais bonitos, assim como através do contraste com a certeza de Diadorim percebemos como Riobaldo sempre foi cheio de dúvidas. Até porque ele também é uma mistura: homem de armas mas também de letras, que sempre se sentiu diferente entre os seus. O que eu sinto ao reler, acima de tudo, é orgulho pelo talento do nosso maior escritor do século XX. Guimarães Rosa é um de nossos tesouros. A carta de Clarice Lispector traduziu minhas impressões em texto e eu me emocionei mais uma vez. Dou os parabéns à seleção de textos ao final sobre Grande Sertão. Ainda que alguns sejam melhores que outros, todos enriquecem a leitura.
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Luds 15/08/2020

Travessia
Que alegria foi fazer essa viagem com Riobaldo! Foi desafiador e surpreendente na mesma medida. Recomendo a todes a leitura desse grande clássico de nossa literatura. Viva Guimarães Rosa!
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Thayse 16/08/2020

Travessia
A leitura deste livro realmente é uma travessia. A dificuldade de entender as palavras no início até a leveza do amor com Diadorim torna a experiência mágica.
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nalannes 16/08/2020

?A lembrança de vida a gente guarda em trechos diversos.

De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte, ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse pessoa diferente.?

Grandes Sertões: Veredas é uma obra de arte completa. Linguagem, romance, ação, filosofia. Imagino que a cada leitura seja possível se envolver, se emocionar mais e descobrir novos pontos.

Uma travessia nem sempre fácil, mas extremamente engrandecedora. Muitas reflexões, teorias... uma história que fica conosco, não acaba na última página.
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Neila.Villas-Bôas 17/08/2020

Uma obra de arte
Apesar da dificuldade inicial em acompanhar a história contada em primeira pessoa e com expressões regionais do sertão, após o desenrolar cronológico a o livro se torna mais maravilhoso ainda. Vale muito a pena insistir na leitura de Grande Sertão: Veredas, pq no fim, com certeza, ele vai te transformar.
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Monica 17/08/2020

Travessia inesquecível
O livro começa e você lê sem entender. Até que entende, se envolve, se emociona e fica tão contagiado que passa até a compreender o que não tinha entendido antes.

Aqui o sertão é o plano de fundo para uma história sobre o ser humano e o sentimento, o certo e o errado, o bem e o mal. Mas é também sobre culpa e absolvição, vingança e perdão.

Chego ao fim da leitura extremamente feliz comigo mesma por ter me permitido fazer essa travessia.
Obrigada, Guimarães Rosa.
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May 18/08/2020

Travessia incrível pelo Grande Sertão
Com certeza não é uma leitura fácil, mas vale muuuito o esforço. Este livro é uma obra de arte, só fez aumentar em mim o amor pelo meu sertão. Com certeza favorito da vida!
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Valquiria.Beltramini 27/09/2020

Sertão
Muitas questões do sertão são abordadas nesta história de Riobaldo e Diadorim, parece que estamos escutando um jagunço poeta ao ler o livro . Excelente !
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Rosa282 26/04/2024

A atemporalidade de uma obra colossal!!
"Grande Sertão Veredas", obra-prima da literatura brasileira escrita por João Guimarães Rosa, cuja 1ª edição foi publicada em 1956. É conhecido por sua narrativa que mistura elementos do regionalismo, do misticismo e do existencialismo. Além disso, traz as inovações linguísticas criadas por Guimarães Rosa. Através dessa linguagem, o autor cria um retrato profundo e complexo do sertão e de seus habitantes. Sem anacronismos, quando relacionamos "Grande Sertão Veredas" com questões contemporâneas encontramos paralelos e insights, que ajudam a perceber os desafios e dilemas, permanências históricas, enfrentados pela sociedade ainda hoje. Essa constatação revela o caráter atemporal e a relevância dessa grande obra literária. Alguns temas, dentre tantos outros apontados na narrativa, e visíveis na sociedade contemporânea:
1. Desigualdade e Poder: são questões urgentes em muitas sociedades ao redor do mundo, incluindo o Brasil. A concentração de poder nas mãos de elites econômicas e políticas, assim como as relações de subalternidade entre diferentes grupos sociais, continuam a moldar as dinâmicas sociais e políticas em muitos contextos.
2. Identidade e Gênero: "Grande Sertão Veredas" a personagem 'X' desafia as normas de gênero estabelecidas ao se disfarçar de homem e sua trajetória no romance aponta para os debates contemporâneos sobre identidade, sexualidade e diversidade de gênero.
3. Conflitos de Terra e Meio Ambiente: a luta pela terra e os impactos ambientais da exploração agrícola e pecuária podem ser percebidos em "Grande Sertão Veredas". Essas questões seguem em conflitos e implicam em debates extremamente relevantes hoje, à medida que comunidades lutam pela proteção de seus territórios e recursos naturais. Ressalte-se que a existência da vida no planeta exige mudanças nas ações predatórias do capitalismo sobre os recursos naturais e a poluição desenfreada.
4. Violência e Justiça: A violência e a busca por justiça são temas recorrentes nesta narrativa, refletindo as complexidades morais e éticas da sociedade. Essas questões permanecem vivas na atualidade, especialmente em contextos marcados pela violência urbana, criminalidade organizada e falhas no sistema de justiça.
Uma leitura complexa, de difícil entendimento, mas necessária para a formação de consciências. Recomento a sua leitura, mas aconselho: leia degustando, lentamente, reflexivamente.
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Elias.Fernando 28/09/2020

No meio do redemoinho
Simplesmente fantástico, uma história que adiciona bagagem para a vida. Recomendo fortemente.
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Mafer 02/10/2020

Eu viveria nesse livro!
A palavra ?travessia? tomou outro significado pra mim. Eu amo quando isso acontece. Ressignificar é sempre sinal de evolução. Atravessar algo, não geograficamente mas no ser(tão) que há dentro de nós. ?Carece de ter coragem. Carece de ter muita coragem.?
?Mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sente iguais, ainda não foram terminadas ? mas que elas vão sempre mudando.?
O real está no meio da travessia, o caminho certo? Nem para frente nem para trás: só para cima. Você aguenta o existir?
No viver tudo cabe. O ser(tão) se endereça dentro da gente
?Viver? ? não é? ? é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque
aprender-a-viver é que é o viver , mesmo.?

Para mim, é essa leitura se configura como minha maior conquista literária.
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