Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Maria.Manuele 24/12/2021

5 ?
Esse livro é daqueles que você demora para ler, não porque é cansativo, mas sim pela magnitude dele que exige momentos de reflexão para sentir a história. Me embrenhei por entre as veredas da história e ainda estou fascinada. Super recomendo! ?
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Phanto 04/01/2022

É possível?
É preciso de um recorte imenso para transformar a obra de Guimarães Rosa em um ambiente em que a imagem seja tão - ou mais - importante que o trabalho com a linguagem.

Naturalmente, a própria obra mostra a impossibilidade dessa transformação em completo, mas acerta em muitos pontos: mantém a linguagem e seleciona os momentos mais célebres. Vez ou outra o leitor pode se perder na velocidade dos fatos, mas para fruir uma obra dessas requer tempo, e o HQ tenta trazer o mais direto possível.

Dito isso, a cena do grande spoiler do romance é espetacular. Surpreendeu a imagem que eu tinha construído quando tinha lido, só por isso acho que vale muito a pena! É forte e marcante, um trabalho excepcional com a imagem!

?Do demo? Não gloso.?
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Ed Carvalho 09/01/2022

Maravilhoso
Este é o terceiro livro de Guimarães Rosa que eu leio e com certeza é o mais incrível. A linguagem empregada, a forma de descrever os lugares e pessoas, tudo é fascinante. Uma história incrível e nada piegas, diferente de tudo o que já li. Não é a toa que este é um super clássico da literatura nacional.
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Moo 19/01/2022

Excelente HQ que traz a clássica história de Guimarães Rosa, Grande sertão veredas. Poder se aproximar dos personagens e suas falas pela percepção de Guazzelli e Rodrigo Rosa é incrível! Através das cores e imagens nos transportam para o sertão com a sua jagunçagem. Um amor surge e com ele vamos desvendando essa história... vale mto a pena!
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Alberto 20/01/2022

Um dos melhores livros, mas só se o leitor vem com a expectativa certa.
É um dos melhores livros que li, mas é obviamente um livro para um público bem específico. Não significa que quem não gosta dele não é inteligente ou coisa assim. É simplesmente um livro escrito por um tipo específico de autor visando um público-alvo bem determinado e minoritário. Eu indicaria o livro para quem (1) ama histórias longas, (2) não tem preguiça de usar o dicionário e gosta de aprender palavras novas, (3) gosta da língua portuguesa e de poesia, (4) tem uma boa experiência de leitura e já está habituado com os instrumentos e técnicas dos autores mais "eruditos". Não indico esse livro para leitores iniciantes ou pouco experientes, pessoas com vocabulário muito pequeno e que não gostam de mexer com dicionário, leitores apressados que querem saber logo o final, leitores que só se interessam pelo enredo e desprezam o aspecto da beleza do texto (neste livro a estética é tão importante quanto a história, ou mais; foi escrito para ser bonito, não tanto para contar o "causo"). Claro que o livro seria mais divertido para quem não recebeu spoiller sobre o final, mas acho que há bem pouca gente nessa classe. De todo modo, mesmo que você já saiba como é que termina, o livro é valioso pelo modo de narrar, pela perícia do autor em inventar um universo e uma língua própria para esse universo, pela construção cuidadosa e aprofundada dos personagens, pelos coadjuvantes, pelas cenas fortes e pelas muitas frases lapidares, memoráveis que apresenta. É um estudo sobre o sertão, que não é um lugar, mas uma espécie de estado de espírito, e que está presente mesmo nas metrópoles deste século infeliz. É também um estudo sobre amizade, amor, poder, política, saudade e arrependimentos. Não é um estudo sobre o linguajar do homem da roça: a língua que Rosa usou para escrever a obra é própria dele, do universo ficcional dele, é uma invenção e não uma descrição; serve para tornar o texto belo, musical, melodioso, e para extrair o leitor do mundo real, cotidiano, e transportá-lo para um universo paralelo imaginário cheio de heroísmo, desafios de vida e morte, amizade além da vida, fatalidade e beleza. "Grande Sertão" é uma caverna de Aladin cheia de tesouros, para quem estiver maduro para explorar. É um dos poucos livros que considero que todo mundo devia ler uma vez. E para quem folhear as primeiras páginas e achar que não se enturmou, sugiro voltar dez anos mais tarde, depois de ter lido muitos outros livros, para ver se se enturma. É um livro que exige uma certa experiência do leitor. Se você não gostou, talvez só não esteja pronto para ele.
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arthur966 20/01/2022

então não sei se vendi? digo ao senhor: meu medo é esse. todos não vendem? digo ao senhor: o diabo não existe, não há, e a ele eu vendi a alma... meu medo é este. a quem vendi? medo meu é este, meu senhor: então, a alma, a gente vende, só, é sem nenhum comprador...
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Vanessa.Mariano 23/01/2022

Que travessia incrível !! Com certeza um livro que deve e será relido !! Daqueles livros que você termina e fica pasmo o quão perfeito ele é . Além de fazer parar e absorver muitas partes . Sensacional.


" Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais , ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando.Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso me alegra, montão." Guimarães Rosa
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Veh 24/01/2022

Viver é muito difícil assim como ler esse livro
O livro acompanha a trajetória de Riobaldo, um jagunço com ideais bem diferentes do grupo de jagunços ao qual pertence. Ao longo do romance ele narrará as andanças do grupo, as dificuldades e os relacionamentos, principalmente a relação de amizade e amor que Riobaldo tem com o jagunço Diadorim.
Primeiramente tenham em mente que é um poeta escrevendo um romance então estejam preparados para as inúmeras metáforas e fluxos de pensamentos, agrupados em um único capítulo de mais de 400 páginas. Não tem uma narrativa linear, não tem padrão de escrita e muito menos segue as normas ortográficas que estamos acostumados. O livro é puro lirismo.
As 60 primeiras páginas foram as mais difíceis que li na vida, porque além de não entendermos nada já que ele começa a história pelo meio, o livro é todo narrado por uma linguagem regional, e linguagem falada mesmo!! Nunca li nada parecido, é realmente uma experiência única, porque como é narrado em primeira pessoa é como e o personagem estivesse do nosso lado, em toda a sua simplicidade, contanto os fatos da vida dele, apesar dele estar contando para uma segunda pessoa na história , que a partir de mais ou menos a página 60-70 tomará aí sim um rumo linear. E o mais legal é que com o rumo linear a gente já não tem tanta dificuldade com o entendimento do vocabulário já que tudo pode ser encaixado no contexto, mas mesmo assim é bom um um dicionário de brasileirismos do lado enquanto lemos.
Agora em relação a história em si, quem já está acostumado com leitura sertaneja sabe que a literatura brasileira não precisa de grandes acontecimentos, apenas da genialidade dos escritores para colocar os personagens em situações inusitadas mas totalmente pertinentes ao tempo e espaço que se passam e nos fazem questionar o ser humano, com um personagem numa batalha tanto interior como exterior, que nos apresenta um mundo cinza, onde todos tem um pouco de bem e mal dentro de si. É uma história comovente de um povo batalhador mas que também são singulares, cada um com uma história, cada um com uma fé, que tem suas vidas guiadas por um sertão que se insere na história não como apenas cenário, mas como um agente que muda o rumo da vida de todos, os levando as inumeras veredas e sinas, resultantes de suas ações. "Sertao é dentro da gente".
Com a narrativa recheada com reflexões do narrador, é um livro que exige muito foco na leitura, porque senão deixamos passar as metáforas incríveis que tratam de morte, amor , amizade , Deus x diabo, mal x bem. Uma obra prima de um dos maiores da historia, que nos faz rir e chorar e apesar da dificuldade quando acaba ficamos com vontade de ler mais !! "O diabo na rua, no meio do redemoinho...".
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Maria.Eduarda 25/01/2022

O sertão é do tamanho do mundo.
Nunca achei que precisaria ler tanto um livro até ler esse. Guimarães Rosa, escritor e diplomata mineiro, fez dessa obra um retrato do sertão.
Das dores, das cores, dos sons ele fez arte.
Aqui, o sertão mineiro é descrito com fidelidade, relatos dizem que o autor fez um estudo sobre a fauna e a flora de Minas Gerais.
Você só percebe o porquê de Grande Sertão: Veredas ter sido traduzido pra vários outros idiomas e que faz parte do cânone da literatura mundial, lendo Grande Sertão: Veredas.
Eu só sei expressar um imenso sentimento de gratidão por ter tido coragem e sabedoria para ler tal sinfonia. Foi lindo. É lindo.
Vou deixar algumas frases que me tocaram bastante durante a leitura:
"Toda saudade é uma espécie de velhice".
"O mais importante e bonito do mundo é isto:que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando".
"Diadorim é minha neblina".
" Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho".
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manuellagiusti 25/01/2022

Coragem para viver e para ler essa obra.
Mais de 400 páginas, um único capítulo. quando comecei precisei ler a primeira página umas 3 ou 4 vezes pra conseguir reconhecer aquela linguagem sertaneja, sem padrão de escrita ou norma ortográfica. acostumei com a linguagem regional depois da página 5, porém até a página 70 não entendi nada da história. nessa primeira parte, o narrador aborda vários fatos que - até então - não aparetam ter relação entre si, faz reflexões sobre a vida e narra as suas dúvidas fazendo com que a história se pareça, no mínimo, caótica. até que o enredo começa se encaixar, as memórias possuem um fluxo quase que único e a narrativa vai se tornando, aos poucos, linear. percebi, então, que o início do livro é, na verdade, o meio da história e que os fatos soltos não tem nada de caótico. como um bom livro de literatura brasileira não precisou de grandes acontecimentos, apenas a genialidade do autor, para colocar os personagens em situações únicas e totalmente pertinentes ao tempo e ao espaço no qual estão inseridos. o livro é comovente, retrata a história de Riobaldo e Diadorim, dois jagunços que se amam no coração do sertão, amor esse impossível de se manifestar. as ações dos personagens, são reflexo das veredas e sinas desse sertão, que deixa de ser apenas cenário e se torna um grande agente, porque o sertão não é um lugar, ?o sertão é dentro da gente?.
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Sophia 28/01/2022

Grande Sertão: Veredas
Essa é a primeira e talvez única vez que faço uma resenha no Skoob, mas não poderia deixar de registrar minha leitura da obra prima de Guimarães Rosa. Se eu for resumir o livro em uma palavra, é sensibilidade. O livro é sensível em todos os aspectos, seja no cenário, nas relações interpessoais e nas trajetórias individuais. Cada sentença do livro parecia conter 1000 poemas, e me senti tocada em cada palavra escrita. A história de Riobaldo e sua relação com Diadorim é uma das mais lindas que já vi, e não há declaração de amor que se equipare ao que Riobaldo fala de Diadorim, e não há ambientação que me toque mais do que a sertaneja. É um livro puramente belo, com uma escrita difícil mas que com um pouco de esforço é possível se adaptar. Confesso que a ausência de capítulos foi complicado, e que no começo não entrei no ritmo do livro, mas conforme foi se desenrolando a história, não conseguia mais largar o livro. Se tornou um vício acompanhar o Riobaldo se transformar em "Tatarana" e depois em "Urutú-Branco". O sertão é retratado de forma tão crua e bela, e o amor de Riobaldo é descrito de forma tão pura e singela que quase perdia o fôlego. E eu, que não acredito em almas gêmeas, vejo Riobaldo e Diadorim como um claro exemplo disso. Com toda certeza foi um dos melhores livros que já li, e um dos que mais me marcaram. Recomendo o livro com toda certeza, e sei que o "Tatarana" vai conquistar todos os leitores com sua determinação, e que a delicadeza de Diadorim vai te fazer sorrir.
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Carolina Del Puppo 28/01/2022

Não tem como não dar 5 estrelas
Foi difícil, foi cansativo, angustiante pensar que eu não ia conseguir ler, e provavelmente acabei este livro na força do ódio.
Mas tudo isso é culpa apenas minha e da minha impaciência, imaturidade.
João Guimarães Rosa é indiscutivelmente um gênio, e este livro é sem dúvidas um monumento que nos absorve em sua grandeza quase um buraco negro.
Deixei milhares de coisas passarem despercebidas, mas ainda sim, no meu 1% de entendimento da obra, pude observar coisas e questões que nem imaginava existirem, e o que pude aprender, reformulou meus pensamentos mais íntimos.
A obra é incontestavelmente fenomenal.
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