Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Tobias 25/01/2010

"O diabo na rua...
...no meio do redemunho."


Estou aqui, meio vago, triste...
Pensando em Riobaldo, o Tatarana. Urutú-Branco!
Pensando em Diadorim...
Joca Ramiro, Zé Bebelo, Medeiro Vaz, Fafafa, Quipes, Hermógenes...
Acabou!
:'(
Acabou! Terminei de ler Grande Sertão: Veredas.
Que porra! Que saudades já me bate!
hahaha
Estou meio vazio...


:/


Essa fantástica obra da literatura brasileira, com certeza, me tocou.
Você entra no livro! Você está no sertão, você é um jagunço...
Você desfruta dos mais diversos sentimentos, e vive uma realidade paralela.

E de pensar que são apenas palavras... frases, parágrafos, páginas!
haha
A literatura realmente me fascina!

:)
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Hélio Rosa 30/01/2010minha estante
É curioso como palavras assim podem abalar tanto e por tanto tempo gerações de leitores...



Gostei de teu comentário, lírico e emocionando.







spoiler visualizar
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Denise Ximenes 27/05/2021

Viver é etcétera...
Um livro aclamado pela crítica, com justiça. Demorei a encará-lo, mas venci hoje esse gigante!

Trata-se de um enredo que mescla amor platônico, jagunçagem e exaltação do interior do Brasil. Parece simples, não estivéssemos falando do ícone Guimarães Rosa. O cara conseguiu transformar uma história simples num clássico reconhecido mundialmente, prendendo a atenção do leitor por mais de 600 páginas. Pra poucos, obra de mestre.

O amor de Riobaldo e Diadorim (dois jagunços) é encantador. Ele é extraído das profundezas mais sinceras dos personagens e transformado no amor mais puro da literatura. Paralelo a isso, as reflexões acerca da existência de Deus e do diabo permeiam toda a obra, nos levando a uma espécie de deleite literário (sem exagero!)

A linguagem é muito bem trabalhada, com ênfase nas expressões típicas do sertão. Um tanto difícil, reconheço... é preciso ser guerreiro pra vencer as 100 primeiras páginas. E vale a pena o esforço!

Termino estas palavras recomendando aos leitores um tantinho mais experientes. Quem tem raízes nos "sertões das Gerais" reconhece cada lugarejo por onde passam Riobaldo e seus riobaldos. Encantador.

Obra que todo brasileiro precisa conhecer!
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Jonas 29/12/2020

?[...] o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão.?

Esse foi o meu primeiro contato com Guimarães Rosa e confesso que talvez não fiz a escolha certa. Não que o livro é ruim, longe disso, mas sem dúvida me faltou respaldo para tamanha genialidade. Deveria estar mais preparado para ler esse livro. Preparado pela vida. Daqui uns 10 anos talvez, quem sabe?
O fato é que assim como o autor, por ter fé na vida, eu continuei a leitura até o fim.
Aqui somos conduzidos por uma travessia pelo sertão e como a vida, ora era pego pela narrativa, ora deixava ela me conduzir sem muito entusiasmo.
O que de fato levo é que alguém com uma visão simplista e direta, faz com que você viaje pelo seu país e conheça pessoas e histórias que eu acredito que existem de fato. Tudo é verosímil demais na linguagem do autor e a ela agradeço pelo companhia durante esses dias de leitura.
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Katielly 13/06/2021

"Como é que posso explicar o poder de amor que eu criei?"
Ahhh, esse livro é genial, genial, genial!! Termino com os olhos marejados e com um sorriso enorme no rosto por ter vivido essa história. Fui me salvando em cada página. Eu só digo uma coisa: eu nem sei o que dizer. Surpreendente. Épico. Impecável. Nesse livro, temos a história de Riobaldo e Diadorim, esses dois jagunços sentem um amor profundo e extremamente lindo um pelo outro no coração do sertão e no meio de tudo que fazia esse amor tornar-se impossível de se manifestar. Riobaldo é o jagunço da dualidade, que contesta, que conversa com o nosso mais íntimo e promove essa explosão de reflexões: Deus e Demo? Amor e ódio? Coragem ou medo? Vida e morte? Mentira e verdade?  Diadorim é  coragem, é amor, é vida... mas também ambiguidade. O sertão, as geografias do sertão, as vidas do sertão, os saberes-fazeres do sertão, ah, a travessia é inesquecível. ?O sertão é o mundo. É dentro da gente?. As vertentes das veredas, os buritizais, o manuelzinho-da-crôa, o urutú-branco, o rio que se alarga, o rio que se estreita ? o corguinho, os jagunços, a vegetação, o dia e a noite, o sossego e a guerra, o bem e o mal, o silêncio e o barulho, o amor... Sertão: toda junção de vida e de sentimentos. Leiam esse livro, se entregue à ele, conheçam a construção/descrição magnífica desse sertão repleto de surpresas e coisas lindas! Este livro permanecerá em mim pra sempre: Riobaldo e Diadorim.
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Amanda.Cristina 27/07/2020

Valeu a pena
Confesso que desisti algumas vezes de terminar este livro, mas sempre acabava insistindo, lendo mais algumas página, parando novamente, me sentia totalmente perdida. Mas em certa altura do livro as coisas começaram a fazer sentido, a leitura engatou de uma maneira que era quase impossível parar de ler, e a cada página, a prosa do jagunço Riobaldo ficava mais natural para mim. Eu achei que ao final do livro eu teria a sensação de dever cumprido, mas no fim não consigo chamar de dever uma leitura que, apesar de sofrida no começo, se tornou tão prazerosa. Agradeço a mim mesma por ter terminado e conhecido a saga do Riobaldo e sua história de amor que acho que foi uma das mais fortes que já vi!
Ah e foi muito importante e me ajudou muito a leitura coletiva do canal ler antes de morrer, mais alguém aqui também participou dessa leitura coletiva?
ingridayremoraes 27/07/2020minha estante
Estou lendo e adorando! Vale a pena


Amanda.Cristina 27/07/2020minha estante
Que bom Ingrid, espero que você termine ele com a mesma perplexidade que eu!




_luca_ 27/04/2020

Do não saber, ao saber; (ou achar que se sabe)
Faltam-me palavras para resenhar este romance belíssimo.
Narrado em primeira pessoa por Riobaldo, ex-jagunço da região do Sertão, no nordeste brasileiro, conta sua história e fatos vividos em decorrência e constância de sua vida. Entre laços - fortes - de amizades e guerras no Sertão, existia o sentimento de amar; o amor entre às pessoas, ou, pelas pessoas.
Há, também, o peso de querer ter vivido o que não se viveu.
"Muita coisa importante falta nome." p.125.
Nicole 27/04/2020minha estante
Meu deus o maior influencer da minha vida. Quero ler mt esse livro por tua causa agr


Nicole 27/04/2020minha estante
Lindíssimo falou tudo


Joel Joukin 03/05/2020minha estante
Ta na minha lista de espera




Cinara... 29/07/2020

"Viver - não é? - é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver, mesmo. O sertão me produz, depois me enguliu, depois me cuspiu do quente da boca..."
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Day 08/07/2021

Minha Travessia
Levei 13 anos para ler esse livro. Ele me trouxe até aqui aonde estou hoje. Então não tem como falar dele, sem falar de mim.
Uma vez eu li uma resenha bem leve sobre o que seria esse livro, e o personagem Diadorim me ganhou. Puxa era um personagem tão corajoso, ele transbordava coragem, e naquele momento era tudo o que eu precisava pra superar algo que eu não lembro agora. Adotei esse nome como um codinome, nas redes sociais, e em tudo que pudesse, sem nem ter lido o livro. Tudo o que eu queria era incorporar toda a coragem daquele personagem em mim. Eu ganhei o livro de presente dos meus colegas, no meu aniversário de 2008, fazia 22 anos. Era um sonho ter o livro e poder ler ele. Comecei a ler, e foi um balde de agua fria. Eu não entendia muita coisa que estava escrita, o livro não tem capítulos, são 608 páginas de um personagem contando uma história, com um linguajar que tem muitas palavras que eu não conheço. Eu sempre tive a mania de sinalizar e procurar no dicionário cada palavra desconhecida. Mas aquelas palavras não existiam em lugar algum. Um tempo depois, pesquisando na internet descobri todo o Neologismo em cima do livro, palavras que foram criadas, um idioma próprio. Fora o regionalismo totalmente longe do meu, sou do Sul, então muitas expressões locais (Minas Gerais, Bahia, Goiás) são desconhecidas. Enfim, isso minou minha leitura, e o livro pairou esquecido, salvo algumas lembranças ocasionais e rompantes de término, que acabavam fracassando.
Esse ano, eu tive crises de ansiedade, crises de pânico, parei de trabalhar e tive (ainda tenho as vezes) medo de sair de casa. Uma fobia limitante causada pela Pandemia e seus desdobramentos. Em casa, coloquei na cabeça que iria terminar o livro, lendo 10 páginas por noite. Segui firme e terminei. Não liguei para as palavras que não conhecia, apenas segui entendendo o contexto.
Terminei.
Senti um misto de coisas que não conseguia expressar. Parecia que algo faltava, que eu não tinha compreendido tudo o que Guimarães Rosa queria dizer. Li trechos para meu marido, em voz alta. Ao ler em voz alta compreendi palavras que eu não tinha compreendido antes --> palavras que foram escritas para serem ouvidas, e não lidas.
Isso me deixou em choque. Pesquisei no Youtube trechos lidos, queria uma voz para dar vida a uma nova interpretação, achei trechos lidos por Maria Bethania. Chorei. Pela primeira vez o livro tinha me tocado, tinha chacoalhado meu ser. Então comecei a pesquisar videos falando sobre o livro, talvez alguém me ajudasse a enxergar o que eu não via. Achei um video de um canal chamado Canal Bitinices que vale super a pena ver, quem está lendo ou vai ler. E a explicação de apenas uma das muitas visões sobre muitos assuntos que o livro traz, me fez amar ainda mais o personagem que escolhi pra mim. Grande Sertão: Veredas exige uma maturidade pessoal, para entendê-lo. Uma maturidade contextual, histórica, regional, política, social e de muitas formas, que aos 22 eu não tinha, e que ainda hoje aos 35 estou construindo, mas consigo absorver mais coisas a ponto de perceber a grandiosidade dessa obra.
E num processo de Catarse, eu lembrei de quem eu era antes de iniciar o livro, e o porque de ter escolhido Diadorim pra mim! Isso me libertou e me ajudou muito a enfrentar meus medos e minhas fobias. Fiz avanços que nem imaginava conseguir, pq lembrei que, nas palavras de Diadorim: "É PRECISO TER CORAGEM".
E Diadorim me mostrou toda a coragem que existe em mim, e me lembrou de quem eu era e de quem eu quero ser.
Obrigada por isso, Diadorim.
Leiam.
Mesmo quando seu cérebro quiser explodir. Leia em voz alta, coloque trechos para ouvir.
Leia guiado por alguem que vai te mostrar tudo o que essa obra quer dizer, leia com um intérprete. E não deixe que a sua imaturidade te permita DESISTIR.
Vou deixar o link do video se alguem quiser se inspirar.

https://www.youtube.com/watch?v=i5Q6DilECJ0

https://www.youtube.com/watch?v=oOdGvuzQjbA
raafaserra 13/07/2021minha estante
Que lindo isso que você falou das palavras não terem sido feitas para serem lidas, mas sim ouvidas. Arrepiou


Day 13/07/2021minha estante
Obrigadaa! Foi muito emocionante essa descoberta! Quando puder veja o vídeo da Maria Bethânia lendo.. é maravilhoso


raafaserra 13/07/2021minha estante
Vou assistir siim




Cibele 01/02/2021

Não vejo como esse livro pode ser objeto de uma resenha. Na verdade creio que não pode mesmo. Não há como explicar, não há como falar sobre sem que a obra não seja diminuída.
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oxyagrion 24/01/2023

travessia.
a fama de Grande Sertão: Veredas é temida. ela recebe esse colóquio e não faz por menos: é dificílimo, penoso, complicado, profundo, devastador e muito mais. é "poetagem", roubando uma fala do próprio riobaldo, grande locutor de tudo que é perdido e achado. e se não é o melhor livro que já li, boa parcela da culpa deixo por conta de Os Miseráveis.

mas meu gosto é da coisa difícil.
nesse sentido, penso que desde pequena tudo que recebe o título de "árduo" me encanta: sabor muitas vezes amargo, ainda que belo. "tudo que é bonito é absurdo."

aqui me vi perdida entre palavra contada e palavra sentida e quase que o difícil vira "impossível". quase que a neblina de diadorim me cega. "sertão é isto (...) tudo incerto, tudo certo."

mas não é um livro que narra apenas os causos de um jagunço e suas euforias. a linguagem dita complicada não é meramente recurso estilístico.
aqui se fala de medo e de amor, de começo e de fim, de Bem e de Mal, de paz e de desordem; é uma Travessia do/ao ser humano.

é que viver é muito perigoso e etcetera.
é que a vida é muito discordada. tem partes. tem artes.

mas tudo bem
porque o mundo nasce de novo.
graazifarias 24/01/2023minha estante
excelente!! tomara que eu consiga lê-lo neste ano.


oxyagrion 24/01/2023minha estante
espero que aproveite!!! é uma experiência e tanto


Craotchky 24/01/2023minha estante
Que texto bonito, Libélula! Adorei!


oxyagrion 26/01/2023minha estante
obrigada, meu ursinho!




thaw 21/12/2020

A travessia somos nós mesmos
Existem obras passíveis de definições, aquelas que podemos classificar e encaixar em um nicho específico. E existem obras que perpassam palavras e delimitações, essa é uma delas. Grande sertão: veredas é uma obra sobre o sertão, sobre o amor, sobre o homem, sobre o diabo, sobre a vida e sua periculosidade. É a história da humanidade contada da forma mais bela.

Com seus questionamentos e sofismas, Riobaldo nos leva a conhecer o íntimo de seu peito e do nosso: um sertão cheio de veredas, de amores e guerras, brisas e redemunhos, Deus e o diabo. Como muitos de nós, Riobaldo é cheio de dúvidas e carece de coragem, carece de muita coragem. É um homem comum mas extraordinário, capaz de tudo por amor.

Por isso, aqui o amor é o grande encorajamento. Leva nosso protagonista a perder um pouco de seu medo de viver. Aliás, essa é uma daquelas obras que nos faz rever nossa definição de amor. Amor é um só? É calmaria ou rebuliço? Sossega ou desinquieta? Aperta ou afrouxa? É rio ou vereda? É passível de hierarquia? Tem amor que é mais amor? Pra mim e pra Guimarães Rosa: qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura. Mas se amor, amor mesmo, é quando a gente encontra o que é da gente, esse livro é meu.

Se tudo isso ainda não foi capaz de te convencer a dar uma chance a essa obra, a curiosidade poderá ser: o final é uma das reviravoltas mais chocantes e belas da literatura ocidental. Um segredo que todos nós compactuamos guardar e que muda não só nossa percepção acerca da obra mas também sobre a vida. Ninguém sai o mesmo do grande sertão: veredas. Ninguém é igual depois da travessia. Tô te esperando do outro lado.
judomings 21/12/2020minha estante
Arrasou demaisss nessa resenha???


Mateus 21/12/2020minha estante
gostosa




LeandroCastro88 31/07/2020

Perfeição
Realmente é um livraço! Anos atrás pesquisei que essa seria a obra-prima da literatura brasileira. E é. Há 1 ano eu comecei a ler e desisti na terceira página. Mas há 20 dias eu me entreguei influenciado pelo canal ler antes de morrer do YouTube. Valeu muito a pena. Li junto com a minha esposa em voz alta. Foi perfeito. Juntou um bom livro com uma maravilhosa companhia. Leia. Vale demais!
Paula1735 31/07/2020minha estante
Que fofo




Margô 22/04/2021

Tatarana é só o começo...
Não tenho sinônimo para classificar, cunhar esta obra gigantesca.
Às vezes, principalmente no início da leitura, é uma peleja para continuar em um ritmo normal. Falta fôlego!

Mas depois de algumas páginas, você se afeiçoa à Riobaldo, à sua prosa contínua, aos neologismos e regionalismos, e a toda escrita rica e edificante. As palavras se atropelam, se arrumam, como em um intricado jogo de xadrez. E tome-lhe xeque -mate do mestre Rosa!

Repito, as palavras se atropelam, parecem surgir do nada, para construir o tudo!

Nunca imaginei que vivenciaria tantas batalhas no sertão, que vagaria pelas geraes, e que viveria tal qual Riobaldo na expectativa de decifrar Diadorim.
Ele e seu amor íntegro.

Quem não alimenta a esperança de que os dois possam ser felizes? ( Eu levei um Spoiler, e descobri o final...?)
Da vida de Jagunços, pouco sabia. Mas a leitura de 400 e tantas páginas, traz um diário completo do que é a vida no confronto da Jagunçada, as batalhas com rajadas de balas, a guerra com o tempo, a terra, a fome, a sede, a morte.
Fiz a Travessia!

"O diabo na rua, no meio do redemunho"
re.aforiori 04/07/2021minha estante
Ótima resenha, Margô! Este é um livro que tenho na estante há anos, e sempre estou postergando a leitura. E sua resenha trás uma vontade de lê-lo o mais breve possível.
???




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