O duelo

O duelo Anton Tchekhov




Resenhas - O Duelo


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Mauro.Carvalho 16/04/2022

Uma bela crítica de costumes
O Duelo é marcado, sobretudo, por embates entre os personagens e seus princípios e formas de ver/viver o mundo.
Laievski, o protagonista, é um personagem um tanto dúbio, por vezes inconsequente, às voltas com a necessidade de ser aceito pela sociedade da cidade provinciana em que foi morar, junto com sua amante, Nadiedja.
Endividado, já não mais apaixonado por Nadiedja e sem maiores perspectivas de progresso naquele lugar, Laievski pretende fugir para outra cidade, imaginando que lá poderá iniciar uma nova vida.
Em meio a esse enredo, termina por desafiar para um duelo um desafeto seu, Von Koren, circunstância que guiará o enredo na segunda metade da obra e ocasionará mudanças significativas nos personagens, principalmente no protagonista.
Livro bem escrito e muito interessante! Vale a pena a leitura!
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Gláucia 03/03/2010

Mudança
Como diz o título, trata-se de um duelo e como o livro é escrito com ar de ironia você fica se perguntando se os personagens realmente estão levando a sério o evento. E um acontecimento de 1 ou 2 segundos é capaz de mudar os destinos dos personagens.
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Romulo 07/01/2022

Surpreendente
O Duelo,(SPOILER) é uma novela escrita pelo autor russo Anton Tchékhov por volta do ano de 1891 que é ambientada na região do Cáucaso na Criméia na cidade de Yalta onde Tchékhov tinha uma casa. Tem como personagens centrais Laiévski, Koren, Nádia, Samóilenk e o diácono. A ideia central da trama gira em torno da honra e amadurecimento espiritual.

Laiévski tem facilidades com as mulheres é um Bon vivant, além do mais é um funcionário público que não trabalha direito e vive boa parte de seu tempo dando nó, bebendo e jogando com outros colegas, ele se amigou com Nádia que era casada por isso fugiram para o Cáucaso para viverem esse romance. Entretanto passado 2 anos ele não dá mais atenção, carinho e não é um bom marido, ai ele percebe que não ama mais Nádia. Ele pretende fugir e larga-la, acha que se for para outro cidade voltara a ser feliz, confessa suas intenções para seu melhor amigo Samóilenk que não aprova suas intenções. (Nádia também não o ama e também pretendia larga-lo mais ele não sabe).

Koren é um zoólogo que acredita na teoria do Darwinismo social (teoria que inspirou os ideais Nazistas no futuro) julgando que todas as pessoas imorais, preguiçosas, viciadas deveriam ser exterminadas da sociedade, pois elas atrapalham o desenvolvimento da raça humana. Ele é conhecido de Laiévski, assim sendo ele o odeia pois o mesmo se encaixa nesse perfil.

Um dia eles discutem batem boca e se agridem verbalmente até que eles se propõe a resolver suas diferenças através de um Duelo de vida ou morte.

O duelo foi um instituto formal e legal em alguns ordenamento jurídicos mundiais antigos se tratava de uma disputa em combate de confronto entre duas pessoas, motivadas, em geral, por desagravo à honra.

Neste mesmo dia mais tarde Laiévski descobre a traição de Nádia com outro homem e fica desesperado, mesmo assim diante de várias reflexões resolve ir direto para o duelo no dia e horário marcado.

O duelo por uma circunstância alheia a vontade de ambos acaba não acontecendo como se previa, apesar dos dois estarem presentes, ambos são dissuadidos a pararem pelo diácono.

Passados 3 meses após o não duelo, Laiévski resolveu permanecer ao lado de Nádia, mas também mudou radicalmente seu estilo de vida, agora trabalha muito, não desperdiça seu tempo com jogos e se tornou um bom marido, arrancando elogios e admiração de seus amigos inclusive do outrora seu inimigo Koren.
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Tereza 08/12/2018

O duelo é mais que uma referência ao costume de resgatar a honra maculada.
Nessa obra temos, de maneira sutil e por vezes cômicas, expostos os reflexos das fraturas morais do personagem Laieski e os desdobramentos nas relações travadas entre ele e seus pares - em especial seu principal amigo Samoilenko, a mulher que roubou de outro Nadiedja e com aquele que representa sua antítese, Von Koren. Do encontro com este último resultou um antagonismo máximo (permissividade versus radicalismo) o que levou os personagens ao conflito que dá nome ao livro. Ao final, se vemos de um lado a redenção, de outro esta não resulta na felicidade dos personagens degenerados.
Posso estar vendo além, mas no desenrolar da história enxergo que o duelo extrapola o embate entre dois personagens; é o duelo interior de Laieski (e em menor destaque, mas também presente, o de Naidiejda), para mim, o ápice da trama.
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Jhonatan 13/08/2011

Por Jhonatan Carneiro (Coolture News)
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Acompanhando a obra “A Morte de Ivan Ilitch“, resenhada anteriormente pelo Coolture News, esse livro faz parte de uma coleção de clássicos russos lançada pela Editora Amarlys. Vale novamente atentar-se para a exímia editoração, visto que o livro é composto por papel nobre, além de possuir capa dura.

Quanto ao seu conteúdo, o livro traz a noveleta “O Duelo”, além de diversas ilustrações da obra. As personagens protagonistas de “O Duelo”, ou seja, os tais duelistas, são von Koren e Laiévski. O primeiro acredita que a humanidade se veria muito melhor se determinados tipos de pessoas fossem eliminadas da face da terra, enquanto o segundo, é um ótimo exemplo desse tipo de cidadão que deve ser eliminado.

“- Eis uma pessoa de quem não tenho pena nenhuma! – disse von Koren – Se esse moço simpático estivesse se afogando, eu ainda daria um empurrão com um pau: vai fundo, irmão, vai fundo…” – Página 41

Entretanto, diferentemente do que possa parecer, não é possível defender nenhum dos lados, pois diversos fatos da vida de ambas as personagens são nos mostrados. As diversas peripécias que ocorreram na vida de Laiévski faz com que ele fique extremamente humanizado, de modo que torna-se complicado julgá-lo pelos seus erros.

“Laiévski, cansado do piquenique, do ódio de von Koren e de seus próprios pensamentos, foi ao encontro de Nadejda Fiódorovna.” – Página 78

Por fim, o próprio duelo mostra-se infundado e estranho. Um acontecimento que transforma as pessoas nele envolvidas. Laiévski passa a compreender seus erros, e esforça-se para mudá-los. Por sua vez, von Koren aprende a enchergar as qualidades latentes existentes em cada pessoa, inclusive em Laiévski.

“O tempo que von Koren ficou apontando pareceu a Laiévski mais longo que a noite. Ele olhou com súplica para os padrinhos; eles não se mexiam e estavam pálidos.” – Página 164

Enfim, “O Duelo” é uma obra que nos traz interessantes questões, um clássico que nos prende desde suas páginas iniciais. Leitura imperdível para todo fã de literatura.
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Diego 19/02/2018

Novela publicada no fim do século XIX, o personagem Ivan Laiévski ilustra o momento de transformações políticas e comportamentais vivido pela Rússia no período. Filho de uma família aristocrata, ele abandona tudo e se muda para uma pequena cidade no Cáucaso, onde passa a viver uma vida fútil em companhia de Nadiéjda Fiódorovna, que no melhor estilo Anna Kariênina abandonou seu marido para viver com o amante. Essas características peculiares do casal dão início à um dos duelos de Tchekhov, de como eles são vistos por uma sociedade que mantém valores mais tradicionais.

Laiévski leva uma vida que, em seu ponto de vista, é romântica. Citando e se baseando em diversos personagens da literatura russa, sua vida devassa lhe parece totalmente justificada. E o antagonista da história surge exatamente por diferir desse ideal. O zoólogo Von Koren, jovem cientista que pauta sua vida por questões mais realistas e filosóficas, discorda em absoluto de Laiévski e consequentemente passa a desprezá-lo por isso. E são essas visões conflitantes que levam ao grande duelo do livro.

Vale ressaltar também alguns dos personagens secundários e seus próprios conflitos. Mária Konstantínovna alterna suas ações relativas a Nadiéjda entre preconceito e um desejo sincero de tentar ajuda-la. Já o médico Samóilenko é amigo tanto de Laiévski e Van Koren. Assim, vive preso entre a disputa dos dois, enquanto sonha em tornar os dois amigos. Já o diácono é um personagem curioso. No início, é um personagem raso e até cômico, mas sua relevância vai crescendo ao longo da novela.

“O Duelo” é muito mais do que apenas a ação entre dois combatentes. Tchekhov explora diversos duelos morais e ideológicos, mantendo o estilo de observador que normalmente adotava em seus contos, sem julgar o que é certo ou errado.
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regueira0 23/02/2023

O Duelo, de A. Tchekhov
Primeira obra do autor que li, achei um bom começo? Não era o que eu esperava (comecei o livro meio no escuro, mas tentei ter uma ideia pelo título), mas mesmo assim me surpreendeu muito? O final não me agradou tanto mas gostei do sentido que ele deu pra história.

A escrita é fluida e cheia de referências de outras obras e autores, principalmente Tolstoi.
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Andrelisa 27/01/2023

Clássico
Meu primeiro livro russo. Um clássico é sempre clássico. Texto cheio de ironia, narra a vida de personagens comuns , com seus dilemas. Mostrando a ambiguidade dos seres humanos.
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Márcia 25/09/2022

?(?) Em busca da verdade, os homens dão dois passos para frente e um para trás. O sofrimento, os erros e o tédio da vida jogam para trás, mas a obstinação e o anseio pela verdade empurram sempre para frente, sempre para a frente. E quem sabe? Talvez eles cheguem a verdade última?? (Tchékhov, 2021, p. 170)

Livro incrível, que discute as questões humanas pelo viés filosófico em uma época em que os valores tradicionais estavam enraizados na sociedade. Tchékhov cria dois personagens que se distanciam do tradicionalismo e aos poucos começam a se integrar na vida social de Cáucaso.
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Edson.Bezerra 26/01/2023

"Ninguém conhece a verdade última". Um convite à reflexão sobre as armadilhas humanas em sua perenidade.
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Biblioteca Álvaro Guerra 27/03/2019

O duelo ocupa um lugar muito especial na herança literária de Anton Tchékhov. Dividida em 21 capítulos, um exemplo muito atípico na obra do autor (que insistia na ?brevidade, irmã do talento?), a novela foi publicada entre outubro e novembro de 1891 em forma de folhetim no jornal Nóvoe Vriémia (Novo Tempo). Seu poderoso editor-chefe, A. S. Suvórin, foi um dos maiores entusiastas do início da carreira de Tchékhov, apoiando a mudança de estilo do autor, que abandonou a produção de breves contos humorísticos para buscar o amadurecimento literário. A novela é um dos raros exemplos da assim chamada ?novela ideológica? na obra de Tchékhov, afamado como o escritor menos ?engajado? da época. Foi durante o processo de criação de O duelo que Tchékhov conheceu o cientista Vládimir Vágner, defensor convicto do darwinismo social. Os dois, o médico Tchékhov e o naturalista Vágner, passaram horas a fio discutindo os ?prós? e ?contras? da teoria. Todavia, foi o escritor que colocou um ponto final nesses debates ao conceber o desfecho, absolutamente inesperado, de O duelo. É este trabalho marcante que ganha nova edição no Brasil, com tradução inédita e direta do russo, de Klara Gourianóva, prefácio assinado por Elena Vássina, pesquisadora de literatura russa e professora da USP, e ilustrações do artista gráfico Hélio de Almeida.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520431184
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Delma 12/01/2023

Importantes reflexões
Ótimo livro! Com pitadas de filosofia e humor, a obra traz questões profundas e necessárias para reflexão.
Apresenta a cultura russa, com narrativa fluida e envolvente. Li na linda edição da TAG.
Recomendo a leitura!
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cy_livros.filmes.etc 04/02/2020

O Duelo
Publicado em 1891, é a segunda novela longa de Tchekhov que já era bem conhecido pelos contos humorísticos. A história se passa em uma pequena cidade no Cáucaso, onde vivem, entre outros, Ivan Laviévski e Nadiéjda Fiodorovna. Ele é um aristocrata de Petersburgo, que não se importa com sua nobreza e ela uma mulher casada, de classe social inferior, que não hesita em desfazer um casamento infeliz para viver com o amante.Na cidade caucasiana vivem abertamente, sem esconder seu passado, mas ambos estão infelizes e sentem-se culpados pela vida triste que vivem, principalmente ela, aceita apenas por uma moradora da cidade, que se apresenta como amiga e lhe quer bem, mas por vezes é preconceituosa como todos.

Tchekhov não mostra apenas a disputa entre o novo e o velho, pois o principal não é o embate entre os conservadores e o casal, mas sim entre Ivan e o zoólogo Von Korden, um cientista com ideias para revolucionar a ciência e também a sociedade. O zoólogo despreza, odeia o que Ivan representa, o homem supérfluo, acomodado (o próprio Ivan reconhece ser um) e acha que este tipo deve ser exterminado.

Se você espera ver neste livro um duelo nos moldes europeus, com defesas de honras ou de donzelas ofendidas, esqueça, porque o duelo na Rússia é bem diferente e apesar de ter existido até os primeiros anos do século XX, Tchekhov quer mostrar que as novas ideias e atitudes estão fazendo com que aquela instituição entre em decadência.

Achei cômico um momento do duelo quando os participantes (os rivais, os padrinhos, o médico) não sabem bem o que fazer e ficam tentando se lembrar dos duelos descritos nos livros. Também são ótimas as referências a livros e personagens da época, mostrando a importância da literatura naquele meio.

Enfim, o duelo é bastante previsível (tanto para as personagens como para o leitor), ocupa um pequeno espaço na narrativa, mas vale muito a pena ler esta novela que trata de assuntos importantes, mostra as mudanças que começavam a acontecer e abre caminho para outras grandes obras do autor.
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