O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Laura S. 23/11/2020

Minha primeira leitura de Saramago
A escrita de Saramago é, como se sabe, um tanto quanto desafiadora. Para quem não o conhece, demora um pouco pra "pegar o jeito" da leitura, seja pelo português de Portugal, pelas falas que se adentram umas às outras, misturadas com comentários do próprio autor, seja pelo vocabulário.
De qualquer forma, "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" é uma obra muito boa, segue a linha principal dos acontecimentos bíblicos, mudando, contudo, detalhes que alguns podem entender que subvertem toda a narrativa original, o que, logicamente, era a intenção desde o princípio. Não comece a ler esperando uma narrativa religiosa, porque não a encontrará, de forma que isso pode incomodar os cristãos mais fervorosos.
A única coisa que me incomodou nesse livro foi o final, que fiquei por entender. Sim, as últimas cinco páginas (inclusive, aceito explicações). Mesmo assim, é uma obra incrível da literatura portuguesa que vale, demais, a leitura.
Comecei a ler Saramago por esse livro e não me arrependo.
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Rocchi 19/11/2020

Depois que você se acostuma com a pontuação totalmente aleatória e arbitrária do Saramago, é só ladeira abaixo. Direto no seu coração.
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Jose.Maltaca 11/11/2020

Homens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez.
Por que há tanto sofrimento no mundo? Por que Deus assiste a seus filhos se digladiarem e não faz nada? Por que, além de ser conivente com as atrocidades, Deus ainda pune os homens? Por que Deus mandou seu filho único, munido das vontades inerentes à carne humana, para morrer infeliz e de maneira cruel? O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), livro magistral do soberbo escritor português José Saramago, não tenta responder a essas perguntas, mas as levanta de maneira ácida e dolorida. É uma obra que por vezes confunde, mas cuja bússola sempre aponta para a humanidade como sujeita aos desígnios arbitrários e idiossincráticos de forças aquém de seu poder. Por essas razões, o livro é herético ao interpretar a história de Jesus, mas o faz de forma a passar uma mensagem contundentemente ateísta – feito impressionante em um livro cujo objetivo mais superficial é a releitura de grande parte do Novo Testamento.

Em outras palavras, é um livro que não agradará a todos. Há bastantes trechos que subvertem totalmente a história bíblica, colocando o protagonista em situações inimagináveis a quem se acostumou à narrativa oficial. Todavia, nada é gratuito: Saramago sabe o porquê dos eventos transcorrerem da maneira como são descritos, carregando uma mensagem em prol da autodeterminação humana frente à barbárie que consigna a religiosidade cega. Ou seja, é um livro cujo intuito é o choque, mas um choque calculado. É uma ode à imaginação humana como vetor de suas próprias transformações – não à toa os pastores trazem alimentos no lugar de especiarias e riquezas a Jesus em seu nascimento. É a imaginação de Saramago que desmistifica a deificação exacerbada, o qual, por sua vez, exerce sua vingança contra o personagem de José, homônimo do autor. Não é surpreendente, portanto, que a obra se dedique extensamente a centralizar sua narrativa no pai de Jesus, o qual carrega todas as mazelas e culpas por ser vítima da vontade divina, sofrendo um amargo e doloroso fim.

Jesus, em um golpe de misericórdia contra o próprio pai mesmo após sua morte, renega-o e entrega-se aos desígnios do Pai Celestial. Aos poucos, porém, suas experiências o fazem convergir gradativamente ao seu lado terreno, ao perceber a arbitrariedade das forças que competem para a miséria humana. Suas últimas palavras, título desta resenha, resumem a transformação de Deus em força meramente ditatorial e indiferente ao sofrimento – o contrário do amor. Este foco na transformação de Jesus Cristo, contudo, apressou Saramago a tal ponto que grande parte dos principais eventos bíblicos transcorre ao final do livro, apressadamente. Não obstante, a genialidade empregada ao esmiuçar os eventos em enfoque – o diálogo entre Jesus, Deus e o Diabo é um dos melhores trechos que já li – tornam a leitura da possível Magnum Opus de Saramago indispensável.
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Nazrat 02/11/2020

Melhor versão
Esta versão dos "fatos" é, na minha opinião, a mais "verossímil". Não poderia ser diferente, já que redigida pelo próprio.
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Suzi 01/11/2020

Minha primeira leitura de Saramago! Confesso que estava com um medinho por causa da forma de escrita do autor, mas foi muito tranquilo e gostei bastante da ficção em torno da vida de Jesus.
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Carlo Enrico 18/10/2020

meu deus que livro sensacional!! figura entre os meus livros prediletos.
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André 17/10/2020

Jesus divino e Jesus humano
O Jesus que mais gostei foi esse! Tão humano e simples que a verdade não se questiona.
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Jackson60 28/08/2020

Meu primeiro contato com a basta obra de Saramago foi com Caim, desde então sou apaixonado por ela. O Evangelho Segundo Jesus Cristo não é diferente, mantém a mesma qualidade de Caim, uma obra com tintas de ironia como só Saramago sabe pincelar. Excelente livro.
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Cah 22/08/2020

Esperava mais do livro, acho que a expectativa foi maior. Mas recomendo bastante a leitura.
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Shirlei 10/08/2020

um livro maravilhoso. saramago tem uma escrita caracteristica, mas isso faz desse livro uma obra prima. recomendo a leitura.
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Lisandro 09/08/2020

Gosto de Paulo Coelho e agora também gosto de Saramago.
Gosto de Paulo Coelho e pela primeira vez li saramago. Agora gosto dos dois. Sei que há uma rixa, se não entre os escritores, entre os leitores de um e de outro. Mas, se há quem goste de um e há quem goste de outro, há também os que gostam de um e do outro. "Não é querer dizer amor e não chegar a língua, é ter língua e não chegar ao amor" — José Saramago.
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Fernando.Peres 25/07/2020

Uma das leituras mais difíceis e recompensadoras que já fiz.
Saramago reescreve a história mais famosa da História, pela perspectiva do personagem principal; um toque humano no divino. Fantástico.
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pulsaodemorte 18/07/2020

Tragicamente humano, e humanamente divino!
A vida de Jesus de Nazaré foi uma coisa de louco. mas muito bonita apesar de tudo e todos. é com certeza um dos livros mais lindos que eu já li. os diálogos, pensamentos, sensações, absolutamente é descrito da forma mais humana e fiel que poderia ser. depois dessa experiência de leitura passei a gostar mais de jesus e dos seus "defeitos" humanos, afinal, sua verdadeira labuta era seu eu divino; em paralelo desgostei um pouco de Deus, um tanto quando egoísta, ambicioso e mandão, ainda bem que existiu Jesus pra eu não desgostar totalmente da coisa. vida longa!
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