A sucessora

A sucessora Carolina Nabuco




Resenhas - A Sucessora


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Joy 19/12/2023

Um romance narrado em terceira pessoa que desenvolve uma análise psicológica sobre a personagem principal feminina, sobre o Brasil, suas paisagens e relações sociais durante meados das primeiras décadas do século XX.
Foi o meu primeiro contato com a escrita da Carolina Nabuco, que se mostrou fluida em alguns momentos e bastante envolvente. Algumas ideias presentes no romance são passíveis de questionamento, como a perspectiva da cordialidade inata ao povo brasileiro, a "democracia racial", dentre outros. É interessante ler com atenção.
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Karamaru 27/10/2023

MEDO E OBSESSÃO
Após anos praticamente esquecido, o romance ?A sucessora?, de Carolina Nabuco, tem sido redescoberto por um novo público. Ele obteve muito êxito à época do lançamento, e ficou conhecido também por, supostamente, ter sido plagiado por Daphne du Maurier em seu famoso ?Rebecca?. Polêmicas à parte, é uma obra que se recomenda por diversos motivos, e seu resgate é mais que oportuno.

O enredo é básico: Marina, a protagonista, reunia qualidades lisonjeiras ? era bela e culta. Nasceu em uma fazenda decadente do interior do estado do Rio, na qual veio a conhecer Roberto Stein, um recém-viúvo bastante rico. Não demorou muito para que se casassem e ela passasse a morar na requintada mansão do Paissandu, ricamente mobiliada pela falecida esposa de Roberto ? Alice.

Na mansão, chamava a atenção um lindo retrato da morta, pintado por um artista francês famoso. A imagem inquisidora da pintura tornou fonte dos pesadelos de Marina, que se sentia inferior à antiga dama e desajustada naquele novo ambiente. Carolina Nabuco consegue desenvolver um drama psicológico muito intenso, não deixando que em nenhum momento a história perca intensidade.

Apesar disso, não é uma obra que arrebatará qualquer leitor; pelo contrário, pode ser bem divisiva, pois, no decorrer da leitura, há altos e baixos (sobretudo nos primeiros capítulos), e algumas frases e palavras parecem estar bastante deslocadas, ainda que se considere o estilo corrente da época.

De todo modo, trata-se de uma narrativa interessante, a qual revela um Brasil em plena transformação sociocultural, pois passava de um país agrário para industrial. Muito revelador também o enfoque dado ao modo de vida dos ex-escravos, que ainda viviam uma rotina dura e excludente dentro do extrato social.

Leitura e microrresenha feitas em parceria com Carlos (IG: o_alfarrabista).
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_b3lle_ 26/10/2023

Comecei o livro com perspectivas erradas, por isso não dou uma avaliação maior. Creio que este não seja meu tipo de livro, o plot não é exatamente interessante para me fazer ler tantas páginas de uma vez.
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Pamela 21/10/2023

Iiiiiii, já vi esse filme ein
Livro que foi plagiado e virou o filme "Rebecca, a mulher inesquecível", um mais antigo e feito pelo Hitchcock o outro versão Netflix mesmo.
Já tinha assistido ao último, mas sempre gosto de ler o livro pra poder falar mal com exatidão. E olha, tanto a protagonista do filme, quanto a do livro, são chatas.
Coitadas, elas até me provocam simpatia e tudo mais, mas puta vida que chatice. Que casal também ein meus amigos, o homem não sabe porcaria nenhuma da vida mesmo né, nem sempre um homem, mas sempre um homem.
Apesar disso, gostei muito da leitura, achei fácil e bem escrito.
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folkorian 17/10/2023

Amei cada segundo.
A profundidade deste livro me impressionou, não sei exatamente a razão, já que é um clássico brasileiro.
Em todos os âmbitos este me impressionou, na criação dos personagens, a densidade dos mesmos, a ambiguidade dos mesmos, a ambientação, as questões políticas, como a escravidão, não apenas a escravidão mas sua abolição também.

A abolição é uma ferida aberta para a família de Mariana, que eram fazendeiros, parte da antiga grande elite brasileira. Exatamente, antiga. Temos a ascensão de uma nova elite aqui, a elite industrial, está elite que para nada depende da escravidão. Temos Roberto como representante dessa nova elite, deste "NOVO RICO".

Foi interessante perceber a forma como essas duas elites enxergam a escravidão e a abolição.
Marina em grande parte do decorrer do livro sente uma dor oriunda dessa abolição, sua família e sua fazenda entram em declínio. Ela sonha com a antiga grandeza que tinham.
Roberto quase nunca se posiciona a respeito da escravidão, justamente pelo fato desta não representar grandes coisas a ele.

Vim esperando algo como Rebeca, da Daphne Du Maurier, sou um grande fã. Mas este aqui provou por a+b que é superior.
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Márcia 30/09/2023

A Sucessora - Carolina Nabuco
Carolina Nabuco escritora carioca , filha de Joaquim Nabuco . Joaquim Nabuco famosíssimo escritor, diplomata, abolicionista brasileiro.
Carolina Nabuco publicou A Sucessora em 1934.
Em 1940, um filme dirigido por Alfred Hitchcock chamado Rebecca , ganhou o Oscar de melhor filme na época , tinha semelhanças inevitáveis com o livro A Sucessora, um completo plágio.
Na verdade, o filme foi baseado em um livro chamado Rebecca, de uma autora inglesa que tinha o mesmo agente literário que Carolina havia enviado seu livro para ser avaliado.
A Sucessora conta a história de Marina, uma jovem de 18 anos, aproximadamente, que se apaixonou por um milionário industrial.
Marina era filha única , mas foi criada junto com seus primos, Miguel e Adélia. Marina e Miguel ficaram noivos por um breve período, mas Marina percebe que Miguel é uma excelente amigo e primo mas um péssimo noivo.
Ela o considera cansativo e sem atrativos para que eles passem uma vida inteira juntos.
Marina nasceu em uma fazenda no interior do estado do Rio de Janeiro e ela conhece Roberto Steen na fazenda de sua família. Ele foi no campo fazer avaliação de uma propriedade perto de Santa Rosa e acaba se hospedando na fazenda.
Eles se casam e vão morar na casa de Roberto, um casarão chamado Paissandu. A casa e dominada pela memória da primeira esposa de Roberto, Alice . Ele morreu há pouco mais de 1 ano e todos os móveis continuam na casa, inclusive um quadro enorme que toma conta da sala principal da casa.
Roberto Steen é um homem mais velho, por volta de 35 anos, e já tinha sido casado durante anos com Alice. Alice era uma mulher sofisticada e magnética, era conhecida pela alta sociedade da capital do Brasil.
Marina ao chegar na casa não fica intimidada mas com o passar do tempo, ela vai sentindo uma pressão dos empregados, do marido e da sociedade para que ela seja perfeita, charmosa, de bom gosto igual a Alice.
Ela começa a sentir o peso dessa expectativa e se enche de insegurança até se formar uma verdadeiro terror, a ponto de Marina não querer mais morar na mansão.
Marina começa a sonhar com Alice e a cada dia ela considera a possibilidade de Alice a estar vigiando, mesmo estando morta.
Não conseguindo convencer Roberto a se mudar do casarão, Marina decide passar uma temporada na fazenda de sua família. Chega de surpresa na fazenda deixando sua mãe um pouco preocupada e Roberto aflito com sua partida repentina.
Roberto vai visitá-la e é convencido por Marina a passar um período com ela na fazenda. Marina passa os dias radiantes enquanto Roberto começa a ficar enfastiado e decide voltar ao Rio de Janeiro. Marina se recusa e começa a se sentir mal.
Marina descobre estar grávida e essa noticia é uma benção para o casal. O médico ao examiná-la percebe que ela precisa de novos ares para que ela atravesse a gravidez bem.
Ele sugere uma viagem a ambos e Roberto decide levar Marina para Europa. A Europa é uma novidade para Marina , ela fica deslumbrada.
Durante a viagem ela encontra Lúcia de Goes, uma antiga amiga de Alice . Marina nutre uma simpática por Lúcia mesmo ela sendo tão próxima de Alice.
Durante a viagem, Marina escuta uma conversa de Lúcia com uma pessoa, anunciado a gravidez de Marina e faz um comentário a respeito de Alice. Alice não era uma mulher feliz porque ela nunca pode dar um filho a Roberto.
A partir dessa conversa, Marina muda. Ela percebe que Alice não era perfeita e começa a ter pena .
Marina resolve mudar sua expectativa a respeito das pessoas que a rodeia. Para que sentir a pressão de todos ao redor e decide ser feliz com Roberto sem pensar em Alice.
O romance trata de conflitos entre forças invisíveis. Carolina Nabuco consegue criar um antagonista que não tem corpo, presença, pois ele esta morto. A pressão é a expectativa e a lembrança.

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Clara T 16/09/2023

Sempre Teremos Alice
Marina é uma sinhazinha do século XX, tendo vivido sempre em zona rural. Dispensou um casamento com o primo para casar com Roberto Steen, um homem viúvo e se mudou para o Rio de Janeiro. Mas Marina passa a viver na sobra da ex-mulher (Alice) por ser sua sucessora. O falecimento de Madame Steen é recente. Roberto a recebe como Marina, a segunda esposa. Mas sua irmã, os amigos e os funcionários parecem não perceber que Marina não é Alice. Até Roberto, em alguns momentos, se esquece e se dirige à Marina como Alice. A presença constante da falecida e a pressão que Marina sente diariamente ao olhar para o retrato de Alice começam a deixar Marina histérica. Marina quer outra vida, quer mudar de casa, mudar de amigos. Chega a procurar Miguel (o primo), mas percebe que seus sentimentos por Miguel continuam sendo de amizade, um carinho de irmãos.
A virada acontece quando Marina decide fugir.
Adorei a capa e as referências ao período histórico e o estilo de vida carioca que foi escolhido para esta edição. Também tem um texto auxiliar que trata das adaptações audiovisuais e a controvérsia do plágio de Rebecca. Mais um momento desagradável que autores brasileiros passam por publicar em português e se aventurar a traduzir para inglês. A arrogância de estrangeiros acharem que podem fazer um texto melhor, sem pedir permissão, ou pagar os direitos autorais e simplesmente deixar por isso mesmo. Neste caso, a intenção de Daphne nem era melhorar o texto, mas contextualizar na Inglaterra rural para ter mais apelo ao leitores europeus.
A inocência da criação rural, afastada da sociedade, permitiu que Marina se sentisse dominada por uma morta. A vida vazia e desmiolada da sociedade elitista carioca foi outro traço que favoreceu o ambiente para que Alice parecesse tão superior à Marina, apenas por ter vindo antes.
Leitura bem interessante e rápida, apesar das polêmicas. Fiquei tensa, sem saber se deveria ter esperanças ou se acabaria de forma trágica. Façam suas apostas, ou leiam até o final.
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femdrs 12/09/2023

Injustamente esquecido na literatura nacional, "A Sucessora" de Carolina Nabuco foi, dizem as más línguas, plagiado por uma autora inglesa: o romance "Rebecca", de Daphne du Maurier, eternizado no cinema por Hitchcock. Ambos têm a mesma premissa: uma moça jovem, de boa família, se casa com um viúvo abastado da cidade grande que ainda guarda a memória da magnífica esposa falecida, deixando-a imperar na sua casa, na convivência com os funcionários, na rotina de hábitos, no trato com os amigos e sociedade e no psicológico da sua nova mulher.

Apesar de parecidas, talvez "Rebecca" não possua a graça e o regionalismo próprio da segunda fase do modernismo brasileiro, porque "A Sucessora" é uma estadia transeunte entre o Rio de Janeiro, cidade, e o interior, na década de 20. Ainda mais, não investe em finais trágicos ou personagens complexamente perturbados, mas em personagens complacentes apesar das adversidades e de situações irresolutas, como o dilema inicial, que não necessariamente se fecha ao fim do livro.

Carolina Nabuco é, como seus contemporâneos da geração de 30, uma devota da introspecção guiada pelo microcosmo em que cada história é centrada, da reflexão diante dos problemas externos e internos, da viagem ao centro da mente espreguiçada na paisagem familiar.

Excelentíssima leitura.
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Raquel.Kirst 05/09/2023

Um retrato da Condição Feminina
Carolina Nabuco retrata de maneira muito inteligente a condição feminina, em uma época em que o valor da mulher, e seu reconhecimento, se dá apenas através da administração do lar, do trabalho reprodutivo e em como sua imagem reflete o marido. É muito interessante como a personagem principal se torna deprimida em tempo que todos ao seu redor tentam molda-la as suas próprias expectativas. E como em um retorno desesperado para casa de sua mãe e à jovem que ela foi são o bálsamo para suas perturbações.
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mayagraciele 24/08/2023

Eu estava curiosa pra ler esse livro, pois Rebecca é um dos meus livros favoritos e saber que Rebecca é considerado um "plágio" deste livro a vontade de lê-lo só aumentou. Queria saber o quão igual os dois livros eram e pra minha surpresa bastante coisa é igual, mas muita coisa também não é.
A temática central dos dois livros é similar, os dois se tratam de uma jovem que se casa com um homem mais velho, recém viúvo e que a antiga esposa era alguém de muita influência na sociedade onde estava inserida. Mas pra mim é aí que as semelhanças terminam. A atmosfera dos dois livros é muito diferente, e como a história é desenvolvida também. Cada livro tem o seu mérito, mas para mim Rebecca leva a melhor.
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gleice 17/08/2023

A Sucessora é um livro intimista, retrato da sociedade e do Brasil da época em foi escrito, mas que ainda traz discussões interessantes para o nosso presente.
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