regifreitas 03/02/2021
A VIUVINHA (1857), de José de Alencar.
Que José de Alencar passa longe de ser um dos meus autores preferidos, acho que já deve ter ficado bem claro por aqui. Mesmo assim, sempre consigo encontrar alguns pontos positivos nos livros dele. Neste A VIUVINHA não teve como.
Foi uma leitura maçante do começo ao fim. Alencar consegue construir um enredo no qual existe zero tensão e surpresa. Nas primeiras páginas já é possível intuir o rumo que a história vai seguir. Veja bem, isso nem sempre é ruim, desde que o autor conduza a jornada de forma satisfatória, desde que a história seja bem contada, com personagens que valham a pena, apesar de tudo, acompanhar. Aqui não consegui enxergar nada disso. É um livro praticamente sem atrativos.
Pode-se, talvez, justificá-lo por ser fruto de um Alencar no início de carreira, um escritor ainda inexperiente no domínio da narrativa. Contudo, não foi sua primeira obra, já que um ano antes ele publicara CINCO MINUTOS. Este bem mais interessante, embora também traga muitos dos vícios da literatura romântica do período.