Diva

Diva José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Diva


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Lílian 16/10/2012

História de amor de Emília, uma rica herdeira carioca e Augusto, um médico que lhe salvou a vida.
A mocinha, Mila, é tão rígida em suas maneiras e tão fechada, que as vezes parece que tudo não passa de afetação. Ela deixa Augusto maluco com seu jeito, sendo adulada por todos e desprezando-os com convicção. Ela renega o amor que ele lhe declara e depois percebe que está apaixonada por ele também. Mas nada que não se possa arranjar.
É bom fazer uma leitura contextualizada com a sociedade da época, dessa maneira há de ser considerado um bom livro.
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Tauan 23/09/2015

Um bom clássico
Diva, um dos mais famosos romances romances de José de Alencar, foi publicado em 1864; e, ao contrário do que muitos pensam, não é uma continuação de Lucíola, que se encerra na própria obra.
O que liga as duas obras é um detalhe curioso, a amizade entre o narrador de Lucíola, Paulo, e o narrador de Diva, Amaral.
O livro é composto por cartas que Amaral teria enviado a Paulo, como confissões a um amigo (outra semelhança!).
Diva narra a história de Emília Duarte, contada pelo homem que a ama, Augusto Amaral.
Emília é uma adolescente muito retraída, que tem aversão a ser tocada por estranhos. Uma enfermidade a leva quase à morte. É chamado um médico recém-formado, o Dr. Augusto Amaral.
Augusto dedica-se a Emília, mas ela se recusa a ser tocada e não o deixa sequer entrar no quarto. Apesar de tudo, Augusto consegue salvar a moça, o que faz com que ela o odeie, temendo que ele exija sua amizade como recompensa.
Seguem-se várias discussões e brigas entre os dois, onde se revela o caráter de Emília, extremamente instável e voluntariosa. Augusto acaba apaixonando-se por Emília, mas as atitudes dela são tão incertas que acabam por levá-lo ao desespero.
Ao final tudo se reequilibra e termina bem, quando Emília revela seu amor pelo médico.

site: http://pausaparaaleitura.blogspot.com.br/
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@fabio_entre.livros 15/10/2015

A sutil psicologia feminina em roupagem romântica
Como leitor declarado de José de Alencar, reconheço sua importância e genialidade imaginativa dentro do Romantismo brasileiro, mas dou predileção aos seus romances urbanos, particularmente os três que compõem os famigerados “perfis femininos”, formados por “Senhora”, “Lucíola” (meu favorito) e “Diva”. Acho fascinante como Alencar consegue ser o expoente máximo da prosa romântica nacional e, ainda assim, conseguir ir além desse movimento através desses três livros, que já apresentam traços pré-realistas, antecedendo características do Realismo, como o primoroso delineamento psicológico das personagens femininas e a diluição de alguns estereótipos românticos.
Dos três, “Diva” foi o último que li e o que notei claramente é que, diferente dos outros dois romances, que possuíam uma temática específica a ser criticada (o casamento como meio de ascensão social em “Senhora” e a prostituição nas altas camadas em “Lucíola”), “Diva” é mais simplista e sua trama é centrada basicamente na psicologia da protagonista, Emília (Mila). A meu ver, “Senhora” e “Lucíola” possuem essa abordagem psicológica mais aprofundada, tanto por causa dos temas criticados quanto pela própria complexidade das histórias, que permitiram um vasto campo para análise. Isso, contudo, não me parece um desmerecimento para “Diva”, pois, se não há a crítica direta e específica, há um caprichoso esboço de tais críticas, feitas de modo sutil, mas nítido em todo o romance. A própria personagem central, Mila, possui características que me fizeram recordar de Aurélia, sobretudo a constante revolta da personagem em relação à hipocrisia social e aos pretendentes que parecem mais interessados nas posses da família dela do que em sua pessoa. Curiosamente, no romance “Senhora”, em certo ponto, há uma interessante referência a “Diva”, quando Alencar discute as personalidades “impossíveis” de ambas as protagonistas em um debate literário na casa de Aurélia.
A história de “Diva” gira em torno da mimada Mila e de seu conturbado relacionamento com o Dr. Augusto. Na transição da infância à adolescência Mila tem uma séria doença que torna necessários os cuidados médicos de Augusto; salva por ele, a moça cresceu alimentando ressentimentos em relação a ele, com a ideia negativa de que lhe “devia” a vida e que o regresso dele, quando ela já é moça formada, se deve ao fato de ele querer favores através de especulações com a família dela. O livro se desenrola, então, apresentando o clássico “puxa-estica” de aproximação e rejeição do casal, do amor que os atrai e dos empecilhos sociais e morais que os afastam. Alencar desenvolve a personagem Emília de forma complexa, descrevendo meticulosamente suas ações e pensamentos, que o leitor conhece através dos constantes conflitos internos do narrador Augusto, fascinado e atormentado por essa mulher singular, e também por meio do instável gênio de Mila, mimada em demasia e habituada a ter seus caprichos atendidos sem demora.
Para mim, Mila é uma personagem de extremos, sempre no limite entre a cândida afeição e o arrebatamento do ódio. É uma personagem multifacetada, difícil de ser interpretada em sua completude, diferente da maioria das “mocinhas” do Romantismo, cujas ações e personalidades seguem uma cartilha maniqueísta. Eu diria que a própria Mila não compreende a si mesma e a seus sentimentos, o que notamos por sua insegurança em relação ao amor de Augusto. Como nos outros dois romances, “Diva” vai além de uma história romântica, ainda que o amor triunfe no final, seja pela consumação das relações do casal ou pela redenção dolorosa e não raro fatalista proporcionada por esse mesmo arrebatamento amoroso.
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Camila.Oliveira 24/07/2016

Meu primeiro contato com José de Alencar! <3
Diva é um livro envolvente, que te prende desde o primeiro capítulo.
A narrativa através dos olhos de Amaral, mostra a trajetória de Emília , uma personagem cativante, misteriosa e muito autêntica que encanta a todos com sua personalidade tão forte e arredia!
A história de amor entre Amaral e Mila não é das mais normais, na verdade difere bastante do que era escrito na época,, a nossa "mocinha" é forte, não se deixa convencer tão facilmente! José de Alencar tem uma escrita tão bela que é impossível largar e por isso amei tanto essa narrativa. Alguns aspectos da personalidade de Mila não me convenceram tanto , mas isso em nenhum momento tira o brilhantismo dessa história!
Favorito e já quero mais de José de Alencar.
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z..... 04/05/2017

O romance é história compartilhada por Augusto à Paulo, amigos e respectivos narradores de "Diva" e "Lucíola". É o elo entre as obras, mas cavucando um pouco, percebemos que tem em comum mulheres que despertam paixão e frequentam ambientes celebrados pela burguesia carioca no século XIX. Se os narradores se conheciam, não teria ocorrido o mesmo com as protagonistas? O romance nada fala, mas isso foi tema de novela da Record em 2005, "Essas Mulheres", que trazia para a trama também uma terceira personagem de Alencar, Aurélia Camargo, do "Senhora". Só lembranças... Assisti na época, por conta da proposta inusitada, e "Senhora" será meu próximo encontro com o autor.

Especificamente à "Diva", podemos dizer que antes da Emília de Lobato, teve a Emília de Alencar. Mila para os íntimos que, dentro de certa percepção, era diferenciada como protagonista, realçando descaso com convenções sociais, naquela de se sujeitar à galanteios de praxe como mocinhas apaixonadas bobas facim, facim... Mila dá um gelo constante em Augusto e essa história tem fundamentos em seu passado, quando foi tratada por ele de temível doença. Especulam timidez de sua parte, mas gosto de pensar que seu comportamento espirituoso estaria relacionado à orgulho próprio, que valoriza seu sentimento amoroso, não querendo que seja visto como obrigação ou sujeição por gratidão. Acho que se Augusto percebesse a coisa assim, não a amaria na disposição que mostrava.

Mila era uma mulher que revelaria seu sentimento em força genuína, e não por qualquer fato que mascarasse, sugerindo outras percepções. O romance é basicamente esse percalço de jogo amoroso entre eles, sem ser dramalhão arrastado em melancolia ou comédia amorosa. É autenticidade na paixão, quando se preconizavam arroubos e devaneios na literatura.

Gosto do romance, mas também achei decepcionante o final, na forma como as coisas se caracterizaram para o casal. Desejei o enlace, mas não entre a Amélia e o conquistador rufião... As coisas enfim se dobraram à escola em projeção...

Emília definitiva era para o Lobato mesmo... e espirituosidade marcante no desenrolar amoroso, para ser melhor trabalhada pelo Machado (que o digam Capitu, Iaiá Garcia e Lalau).

Vamos ao "Senhora". Prazer senhorita Aurélia Camargo... O Zezé vai bem?

Li na edição da Martin Claret (2005) e como último registro deixo o desagrado com a capa. Parece imagem medieval, despertando percepção arcaica, contrariando a proposta moderna em Diva. Não combina.
Renata Molina 04/05/2017minha estante
Meu terceiro preferido dele. O primeiro é A pata dá Gazela e o segundo Sonhos d'ouro.


z..... 05/05/2017minha estante
Eita! Achava que ja tinha lido todos os romances de Alencar, mas O Sonhos d'puro ainda não li. Se dizes, deve ser legal e vou conferir tambem. Neu preferido é o Diva e ainda nâo cheguei a uma conclusao em por que o escolhi ja que nao curti o final enao é tao elaborado quanto outros. Gosto dele mesmo assim e talvez seja pela memoria cativante que associei a uma novela.


Samara 06/05/2017minha estante
Está fazendo também maratona de Alencar?


z..... 06/05/2017minha estante
Sim, mas será quase tudo releitura
So registro as obras que li a partir do momento que comecei a usar o skoob




Marcelappg 17/05/2017

Amor em contradição
Um livro delicioso, de leitura prazerosa. Admiro sempre as obras de José de Alencar e esta não me surpreendeu. A personagem feminina do livro Emília ou Mila, é encantadora, porém muito contraditória. As pessoas sempre estão a ordem dela, vários homens embebem de sua beleza. Porém há somente um deles a quem ela entrega sua alma pura, como ela diz, por quem de tanto desprezar acaba entregando o seu amor a esta pessoa. Mas o livro inteiro é esta mulher, ora desprezando, sendo sarcástica( como as mulheres de José são) ora amando e sendo doce gentil pessoa com dr. Amaral ou Augusto. Amei este livro e recomendo-o, mas antes saibam , José de Alencar enfeita muito suas palavras e descrições, é necessário ter muita paciência. De resto, deliciem-se!!
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

A Diva Dos Salões
Diva", publicado em 1864, é um bom exemplo do romance urbano de José de Alencar, o que torna valiosa a leitura. É o segundo livro da trilogia "Pefis de Mulheres", composta ainda por "Senhora" e "Lucíola". Os três assim foram reunidos graças a algumas semelhanças: suas histórias possuem como cenário o Rio de Janeiro durante reinado de D. Pedro II, retratam a alta sociedade e abordam temas polêmicos também voltados para "psique das suas heroínas".

Aqui, a protagonista é Emília ou Mila, uma jovem mimada e voluntariosa. Filha de um rico negociante, ela busca incansavelmente um casamento por amor ao contrário de um mero compromisso regido por interesses financeiros. Seu brilho reina pelos salões da corte, por isso ela é comparada a uma "diva" ou divindade (final do terceiro capítulo), dando título a obra.

O enredo gira em torno do preconceito de cor. Seu herói é Augusto Amaral, um negro formado em Medicina. Entre idas e vindas, encontros e desencontros, o amor dá o tom, aprisionando o casal num jogo perverso, humilhante e infantil. Resta somente acompanhá-los nessa jornada, torcendo por um final feliz.

Finalmente, "Diva" não é continuação de "Lucíola". Essa frequente confusão deve-se a um fato curioso: o narrador de "Lucíola" é Paulo que recebe do amigo Augusto um manuscrito contando essa história depois de um período ausente.
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Steh18 17/11/2018

Diva
Este é o meu 3 ou 4 livro do Alencar até o momento (não tenho certeza), mas nenhum lido até o momento superou "Senhora". No entanto, assim como os lidos anteriormente, Diva, traz esse encantamento que só o Alencar sabe fazer. Você se encanta com os personagens, vibra com eles e enlouquece com as idas e vindas da história. Emilie é durona e cheia de caprichos, mas há lá no fundo (bem no fundo mesmo kkk) aquela esperança do amor que toda moça na flor dos dezessete anos tem em seu coração. Amaral, ou Augusto para os íntimos rs é o bom e velho príncipe encantado, que deixa alguns defeitos a mostra ao longo da narrativa, mas que não deixa de ser um rapaz encantador. (Embora o cafajeste do Fernando ainda seja o meu mocinho favorito haha). Sou apaixonada por José de Alencar e deixo aqui mais uma indicação. Diva é um romance curtinho e delicioso de ler! ??
Renata 15/02/2019minha estante
O personagem principal chama Augusto. Eu também sou apaixonada por José de Alencar. Estou fazendo a coleção das obras dele.




Renata 20/02/2019

Diva
Ah Alencar, Alencar, como não te amar?
Com um português de dar inveja, não mais comum no século XXI, o escritor apresenta ao leitor o jogo da sedução no amor em Diva.
Temperado com orgulho, ciúmes, idealizações, ilusões, charme e muito sentimento, o relacionamento de Augusto Amaral e Emília Duarte vai se desenvolvendo ao longo da narrativa, e prendendo a cada capítulo mais a atenção do leitor.
A obra faz parte dos chamados romances urbanos de José de Alencar, e assim como seus outros livros mata um pouco a curiosidade dos contemporâneos que obviamente não conheceram o passado na corte do Rio de Janeiro.
Ao ler a biografia do autor fiquei sabendo que ele em sua mocidade se apaixonou por uma jovem de nome Chiquinha, que desprezou seu amor para aceitar o matrimônio com outro rapaz de condições financeiras mais favoráveis. Talvez por isso o relacionamento por interesse é tão criticado em algumas obras de José de Alencar. Pode ser um meio de desquite por ter vivido tal desilusão em carne própria.
O herói de Diva, o médico Augusto mantem amizade com o herói de Lucíola, Paulo, como pode ser percebido por narrar seu conto de amor a este remetente por meio de uma carta.
Outra questão que pode ser levantada é o fato de Augusto Amaral ser de descendência africana e ocupar posição de destaque. Lembrando que José de Alencar viveu ao tempo da escravidão e por muitos hoje é tachado de escravocrata. Fato que desconheço ser verídico ou não e não vem ao caso discutir, porém ao dar ao seu protagonista características afrodescendentes e a profissão de médico, posto notável na sociedade nos dias de hoje, muito mais em seu tempo, pode ser um meio de questionar o que se acredita do seu posicionamento político- social sobre a causa abolicionista do séc XIX
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Flávia 08/08/2021

Que José de Alencar é o nome do romantismo brasileiro em prosa, isso já sabemos. Diva é um romance urbano e psicológico e, de fato, Alencar explora bem as contradições humanas nessa obra. Sinto que, em alguns momentos, eu fiquei desanimada com a leitura porque Emília, a personagem principal, é extremamente imatura e muda de humor e comportamento facilmente. Isso fez com que eu tivesse uma antipatia por ela, mas nada que estragasse a obra como um todo.
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Lucio 25/05/2020

Melhor que 5 minutos, mas não que Senhora
Li Diva a primeira v z em 2015 quando terminei a faculdade de letras. Sempre fui atraído por José de Alencar pelo seu desejo de descrever o Brasil de ponta a ponta. diva que está incluso em seus romances urbanistas, traz uma história de amor rápida como em 5 minutos, mas com uma protagonistas mais forte, mesmo que no século XIX as mulheres não tivessem tanta voz ativa, nos livros de Alencar as mulheres ganham esse protagonismo. Uma leitura rápida, mas sem grandes emoções.
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