Lucinda Ju 27/03/2023
Terminei e nem acredito
Sem condições. Livro chato, personagens irritantes. Super clichê. Em 1/3 do livro, já via onde isso pararia: tragédia, choro e nada de bom para contar.
Antes da metade do livro, eu já tinha tomado antipatia pela Amanda. Achei chata, supérflua, inconstante, e não sabia tomar conta da vida dela. Reclamava da mãe, mas se tornou a cópia dela. Amanda apegou-se à uma lembrança porque não sabia lidar com o seu presente. Eu desisti dela, quando ela começou discutir as escolhas de Dawson. Como se ela soubesse escolher...
Dawson tinha uma solidão penitente. Aquela solidão auto imposta, de não se perdoar. Não porque escolheu terminar com a Amanda, quando eram jovens. Mas porque ele não se perdoava por ter tirado a vida de uma pessoa num incidente. Por ter tirado o futuro de outras pessoas que eram dependentes desse pai que ele, sem querer, matou. O "se" da vida dele era: e se eu não estivesse naquele lugar, naquela hora? Amanda era a única lembrança boa que Dawson se permitia ter. Não era um amor, era um alento.
Não gostei como o autor jogou com a vida dele, como se fosse um jogo onde alguém tem que sair. Nem que seja para outro continuar com o melhor de Dawson! (E eles ainda têm coragem de falar mal das novelas mexicanas e das soap operas).
Nicholas Sparks é um ótimo escritor, não tenho dúvida. A história fluiu muito bem, apesar da trama irritante. Frases bem construídas, parágrafos bem feitos e com conexão. Sente-se a emoção que ele quer passar. Mas a condução da escrita não é a minha preferida. Aquela coisa de: eu vou fazer vocês chorarem! Melodramático demais...
E Nicholas é muito midiático. Gosta de estar na boca do povo. Isso até rende um filme aqui, outro ali.
Portanto, ele não precisa de mais um fã. Pelo menos, não de mim.