Fugitiva

Fugitiva Alice Munro




Resenhas - Fugitiva


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Lety Tate 03/04/2021

Fugitiva
O livro foi um presente de uma amiga querida minha e fui ler com o coração todo aberto para essa autora até então desconhecida por mim, mas vencedora de um prêmio Nobel (o que aumentou muito as minhas expectativas).
Os seus contos não são muito profundos, mas você consegue pegar todos os sentimentos dos personagens. Todas as personagens principais são mulheres e cada uma é diferente da outra, não apenas pela idade, mas pelas personalidades e modo de ver a vida.
Porém, eu o achei bem confuso. Pode ter sido como ele foi formatado ou mesmo a escrita, mas o final de cada conto não dava uma sensação de término. Parece que a cada início eu caía de paraquedas numa estória e a cada novo conto eu era bruscamente transportada para outra estória. Nem todos os contos conseguiram me motivar tanto assim, mas consigo ver valor em cada um deles visto que cada um deles mostra um tipo de fuga e como cada pessoa reagia a isso. Por exemplo, no primeiro conto, é uma fuga ao pé da letra, mas mesmo estando em uma situação ruim em casa com o marido e Carla retorna para casa. Enquanto no caso de Lauren, a fuga é da realidade ao se relacionar com uma moça estranha.
Por fim, eu gostaria de dizer que é um livro que te ajuda a passar o tempo, mas não sei se pode ser considerado mais que isso.
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Gisele 27/03/2021

Fugitiva - Alice Munro
A fugitiva reúne 8 contos (alguns mantendo os mesmos personagens em épocas distintas), ambientados em diferentes locais do Canadá. 
Circulando na temática de fuga, seja de relacionamentos, da realidade ou uma fuga do destino, os contos apresentam predominância de personagens femininas.
Ambientado em sua maioria no Canadá, os contos trazem narrativas do cotidiano expondo relações humanas e com o meio, trazendo descrições dos locais e costumes.

Escolhi esse livro para minha meta de leitura para 2021, que é ler um livro de cada país do continente americano. Foi a escolha para o Canadá.
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Frederico 17/02/2021

Uma escrita rebuscada que consegue com alguns contos chagar na alta qualidade da literatura, com histórias sobre mulheres bem desenvolvidas e com grande capacidade de trabalhar com tempos e ritmo. As histórias soaram como um amálgama da frieza das relações humanas num coquetel de dor e tristeza.
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Dude 03/08/2020

Fuja se puder
Livro bem avaliado, mas não me entreteve. Esperei empolgar, mas não acontecer.
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Lira 30/04/2020

Sobre ser
As personagens centrais dos contos são mulheres, sendo assim, muitas questões são sobre o que permeiam as suas vivências. Contudo, a possibilidade de reflexão encontrada pelo leitor é plural, pois podem desaguar no âmago da condição de ser. As narrativas são construídas paulatinamente, logo, para quem espera acontecimentos extraordinários e frenéticos, essa coletânea de contos não é recomendável, aqui o conflito se desdobra na inquietude, na presença de sentimentos cuja imersão é tão profunda que, constantemente, se torna o cerne de muitas reflexões. E, por isso, o livro é interessante, aqui o interior é relativo a própria vida, arraigado ao imprevisível e a mudança na qual todos nós somos acometidos, a mudança pelo tempo.

11. #DesafioSkoob
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Ricardo 17/04/2020

A literariedade das narrativas de Munro não surge da linguagem - esta dá vida a um estilo sóbrio e serve, sobretudo, como veículo para a construção dos personagens, que são o elemento realmente importante nos contos da autora. Suas vidas nos dizem muito sobre nossas próprias personalidades, vivências, desejos... e fugas. Uma leitura que pode se revelar bastante profunda, sobretudo com releituras.
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Juliana.Kuster 07/04/2020

Contos bem desenvolvidos
Fugitiva é o meu primeiro contato com a autora, e, digamos, que eu comecei muito bem. Alice Munro tem uma característica incrível, ela consegue dar profundidade aos personagens e ao enredo em poucas páginas. Fiquei pensando como ela é ótima só por essa qualidade, muitas vezes, romances de 400 páginas, não conseguem esse feito.
Dito isso, outra característica ótima é o tipo de universo que ela circunda nos contos, são enredos que refletem as complexidades humanas diante de situações que envolvem decisões, perdas, afetos...
Além disso, a autora trás mulheres como protagonistas, e assim, trabalha um contexto social em que essas protagonistas enfrentam adversidades sociais por suas escolhas e comportamentos.
Livro mais que recomendado!
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Bia 04/04/2020

Leitura difícil, mas boa. Comecei este livro para escrever um capítulo da minha monografia, e inicialmente tinha o plano de ler somente o capítulo denominada "a fugitiva" e depois parar de ler, mas confesso que fiquei curiosa para continuar os contos. As vezes eles são um pouco arrastados, é verdade, mas todas as histórias te fazem pensar sobre a mulher e o seu papel no mundo.
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Julia Dutra @abibliotecadebabel 03/04/2020

Eu amo Almodóvar e amo mais ainda como ele fez com que esses contos canadenses se tornassem tão espanhóis quanto se pode ser.
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Samanta 14/08/2019

Sobre esticar a história o suficiente pra o que um dia foi feliz se despedace de algum jeito. Não deixa de ser real não é?
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Separações e Regressos
Publicado em 2004, "A Fugitiva" é um livro de Alice Munro, vencedor do Giller Prize, uma das mais prestigiadas distinções literárias norte-americanas.

Tendo como cenário as províncias canadenses, seus oito contos relatam momentos difíceis, envolvendo separações e regressos. Suas personagens, em constante movimento, vão de um lugar para outro, tentando reconstruir suas vidas, mas nem sempre, essa mudança é possivel.

Com grandes saltos temporais, essas histórias cobrem cerca de cinquenta anos e vão até meados da década de setenta. Suas protagonistas (nem sempre empáticas) sabem o que querem e estão dispostas a pagar um tributo por suas escolhas.

Através desses episódios, desfilam o sofrimento de uma mãe a procura da filha desaparecida, o desamparo de uma esposa abandonada num hospício pelo marido e até mesmo, a coragem de uma jovem que troca um noivado sem amor por uma aventura com o futuro cunhado.

Dois contos merecem particular atenção, pois exibem pontos obscuros que dependem da interpretação pessoal, um artifício bem ao gosto de Munro que ignora narradores oniscientes. O primeiro, "Fugitiva", que intitula o livro, retrata um casamento falido através do sumiço de uma cabritinha que pertencia ao casal. O segundo, "Peças", inspirado na "Comédia dos Erros" de Shakespeare, exibe o reencontro frustrado de dois jovens enamorados após um ano de separação.

O livro apresenta um traço bastante singular: três narrativas com uma mesma protagonista, Juliet. Na primeira, ela é uma jovem professora que durante uma viagem de trem encontra o homem de sua vida. Em seguida, aparece como uma jovem mãe em visita a casa da pais, revelando uma difícil convivência. Finalmente, no último, ela surge como uma mulher de meia-idade enfrentando a rejeição da filha que acaba de abandoná-la.

"Munro explora a dor sem compaixão e, se em suas narrativas não há espaço para a felicidade, ela jamais cede as lamúrias ou ao sentimentalismo barato, revelando como escritora a mesma tenacidade de suas protagonistas." Atrever-se por suas histórias é uma experiência literária perturbadora e sem julgamento moral, elas desafiam a reflexão.
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Pandora 18/03/2018

Ler Fugitiva é uma experiencia de introspecção e reflexão e tem sido impossível não lembrar de outros livros capazes de proporcionar a mesma experiencia. Como não pensar nos ensaios da Herta Müller em "O Rei se Inclina e Mata", dos contos curtos da Natália Ginzburg em "As pequenas virtudes" ou das cartas de Sofia e Mariana no inesquecível "Nebulosidade Variável" da Carmen Martin Gaite.

Encontrar nos livros a beleza e a dor de nossas vidas. Os desafios, dilemas, experiências e aventuras de ser mulher nesse mundo que nos diminui, sabota e tenta nos submeter é sempre uma experiência encantadora e fortalecedora. Alice Munro entra para a minha galeria interna de grandes autoras, suas personagens começam a compor a monja paisagem interior.
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@moniquebonomini 14/03/2018

Peculiares
As mulheres deste livro são peculiares, nada nelas é óbvio, assim como suas histórias.
Quando você acha que captou o rumo que a história está tomando se surpreende com a virada inesperada promovida pela autora.
Confesso que por diversas vezes não acreditei no fim, achei mesmo que a coisa teria uma continuação, mas a autora é mestre em te deixar cheio de expectativa, sabe o gif do Vicente Vega em Pulp Fiction, procurando o rumo? Então, é assim que Alice Munro te deixa!
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Babi.Dias 13/03/2018

LIVRAÇO!
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Airechu0 06/02/2018

"Foi tudo estragado em um dia (...)"
Foi praticamente por acaso que descobri as obras de Alice Munro e que ela se tornou uma das minhas autoras favoritas. Coincidência ou não é também o acaso o grande motor de mudanças em suas histórias cujas premissas aparentemente prosaicas e banais escondem uma densidade narrativa, psicológica e emocional duma contundência e agudez notáveis, das quais não se sai de modo algum ileso. Alice Munro é uma contista canadense que ganhou notoriedade mundial ao vencer o Prêmio Nobel de Literatura de 2013, um feito inédito até então entre escritores exclusivos de contos pois normalmente a Academia opta por premiar os romancistas, mas recentemente até um músico, Bob Dylan, conseguiu tal feito reavivando discussões sobre o que é, em essência, Literatura.

Toda a bibliografia de Alice é composta por contos e seus livros são uma espécie de coletâneas com vários deles reunidos. Fugitiva é talvez a sua obra mais popular, constantemente citada e referenciada, constitui um perfeito exemplo da prosa da autora além de já ter rendido algumas adaptações para o cinema inclusive pelas mãos de Pedro Almodóvar, famoso cineasta espanhol. E me lembro de vê-lo também em cena, na cabeceira da cama da personagem de Cameron Diaz na comédia romântica O Amor não Tira Férias (pessoas que pausam o filme pra ler as lombadas dos livros neles, por favor, me adicionem).

Fugitiva é composto por oito contos, não tão curtos e com boas páginas de desenvolvimento para cada um. Absolutamente todos são únicos e tem pontos fortes pesando a seu favor em termos de qualidade literária, impacto nos desfechos e originalidade da forma e nos temas abordados. Não houve um que eu tenha lido e não tenha saído impressionado ou reflexivo de alguma forma ou com algum aspecto. Destaco a seguir três dos que considero os melhores da antologia, embora já recomende a leitura de todos.

Peças é o melhor de todos. Nele uma protagonista solteirona e de gostos sofisticados que teme o julgo do vilarejo mesquinho em que vive faz uma vez por ano uma viagem até uma cidade grande de trem para se dar ao luxo de ver Shakespeare sendo encenado. Numa destas raras idas ela acaba conhecendo um estrangeiro que a ajuda e ao qual acaba se ligando por uma promessa de reencontro em um ano, quando ele estaria de volta duma viagem ao seu país de origem e esperando por ela. Neste tempo um amor platônico surge, mas após um ano o que temos é o destino pregando a mais cruel das peças neste casal, tudo dá errado, mas algo que ela só vai se dar conta muitas décadas depois, quase ao fim da vida é que nos faz perceber o quão. É de partir o coração e de ficar querendo “consertar” o mal entendido tramado pelo destino. Quantas vezes somos ludibriados por ele sem sequer nos darmos conta? No teatro da vida o que nós cabe quase sempre é o papel de trouxa.

Fugitiva, conto que abre e que nomeia a coletânea é sobre uma jovem num relacionamento infeliz, construído sobre mentiras e joguinhos de interesse com seu parceiro. A coisa muda e toma proporções mais sérias quando a protagonista se recusa a cumprir um plano bolado pelo marido para extorquir dinheiro da vizinha e decide fugir de tudo aquilo. O desfecho surpreende e me fez exclamar um “ah não!”, há correntes presas aos nossos pés que nós mesmos colocamos uma vez e depois nunca mais somos capazes de tirar. Bradamos por coragem e ansiamos o heroísmo quando na realidade somos covardes e com isso desperdiçamos as chances de mudança. Quantas vezes deixamos nossa própria felicidade nos escapar pelas mãos assim?

E Ocasião onde uma jovem estudante de latim acaba se culpando por uma fatalidade que acontece com um dos passageiros do mesmo trem que ela tomou para voltar pra casa dos pais numa longa viagem pelo Canadá. Entristecida ela encontra consolo e desabafa com um pescador por quem, tempos depois acabaria se apaixonando. É talvez o mais romântico dos contos do livro e a cena de ambos passando a noite no vagão panorâmico observando a noite e as estrelas enquanto falavam de constelações e mitologia me tocou bastante.

Merecem menção as sequências Daqui a Pouco e Silêncio que junto de Ocasião compõem a base para o filme Julieta de Almodóvar e nos quais a jovem protagonista do primeiro conto se mostra anos mais tarde como mulher madura e mãe dum bebê, novamente de volta à casa dos pais (agora avós) e depois como uma senhora já velha e de vida ativa tentando compreender as escolhas de vida tão diferentes feitas pela filha no que tange a religiosidade. Os três perfazem um ciclo completo no qual se encerra toda uma vida e as mudanças ao longo dela: jovem, mãe e velha, tal qual é comum nas histórias e mitos. Ofensas também é uma ótima peça, no qual são postos em conflito o amor maternal, dum lado pela mãe adotiva e do outro o da mãe biológica que entregou a filha para adoção e se arrependeu, tudo narrado pelo olhar sincero duma criança, é aflitivo, desconcertante e tocante ler sobre duas mulheres tão ávidas por amar e proteger, e dotadas de toda razão daquela forma.

Alguns temas são uma constante na obra de Munro e é possível notar com facilidade alguns deles, mesmo assim, a atmosfera de Fugitiva me soou completamente diferente da de Ódio, Amor Amizade, Namoro, Casamento que havia lido anteriormente. Um abrange espectros mais amplos dos relacionamentos ao longo de amplos espaços de tempo numa vida, enquanto neste o acaso do destino e a impossibilidade de escape ou mudança seja do destino ou do status quo das personagens parece ditar boa parte dos contos, mas obviamente os relacionamentos também têm grande destaque aqui. Suas protagonistas sempre são mulheres, sempre diferentes em aparência, personalidade, comportamento e postura. Nenhuma, exceto Juliet que protagoniza três contos em três fases diferentes da vida, se parece com a outra, nenhuma é rasa e é a complexidade psicológica de cada uma delas que as faz tão verossímeis e adoráveis.

Essa recorrência de temas e figuras femininas pode incomodar alguns, mas ainda que o material base para as obras de Alice seja o mesmo, os pequenos grandes momentos da vida, os contos são completamente diferentes uns dos outros e a experiência de lê-los passa longe de poder ser considerada “mais do mesmo”. Neste caso, uma dica para aproveitar melhor talvez seja ler cada um deles de forma espaçada, entre outras leituras, como fiz.

No Brasil, a autora é publicada pela Companhia das Letras e pelo selo Biblioteca Azul da Globo Livros. A edição de Fugitiva que li é da Folha de S. Paulo, parte integrante da coleção Folha Mulheres na Literatura, mas conta com a mesma tradução de Pedro Sette-Câmara do selo da Globo.

Assim como em Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento, vale o conselho para Fugitiva e acredito que para as demais coletâneas de Alice: deixe-se conquistar aos poucos pela prosa da autora que não se desnuda tão facilmente nas primeiras páginas, mas que te conduz a desfechos espetaculares e inacreditáveis dado o material aparentemente simples que Alice toma como matéria prima e lapida até entregar ao leitor um verdadeiro tesouro. A força de suas histórias reside na ressonância facilmente perceptível entre aspectos de nossa própria vivência e as situações, hábitos, escolhas e erros com os quais ela conduz suas personagens nos contos. É fácil se ver refletido neles e é difícil, neste exercício, lidar com as consequências das escolhas que você, caso estivesse no lugar dos personagens de Munro também faria. Um personagem de Alice, assim como nós, mesmo que sem nos darmos conta, nunca é apenas alguém desempenhando uma ação, ele é a somatória de todas as vivências anteriores, de todas as escolhas feitas e também de tudo que pode vir a ser a partir dali. Quão poderosa é a literatura e a prosa dela nestes aspectos. Reitero as afirmações de Cortázar e Noemi Jaffe acerca dos contos na sinopse e na potência do nocaute causado pela leitura de Munro, que recomendo fortemente e sem ressalvas.

site: http://www.multiversox.com.br/2018/01/fugitiva.html
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