Giselle 29/10/2016
O verdadeiro retrato de uma tirania
O que era Hitler, afinal de contas? Um psicopata? Um homossexual enrustido? Um neurastênico? Um mero oportunista ou um crente sincero na doutrina antissemita? Ou ambas as coisas? Uma das causas do seu monumental complexo de inferioridade poderia ter sido uma deficiência física? Qual?
Todos sabem a história de Adolf Hitler, o que fez e o terror que praticou. O livro de Fernando Jorge revela o que já sabíamos sobre o nazista e o nazismo.
Sem nada diminuir da monstruosidade de Hitler, a biografia tecida por Fernando Jorge procura preservar-lhe a dimensão humana, buscando nas deformidades do seu caráter a verdadeira origem da selvageria nazista. Nesta biografia equilibrada e imparcial de Adolf Hitler, Fernando Jorge reconstitui a trajetória do Führer em toda a sua dimensão monstruosa e também humana, do artista frustrado, do vagabundo ressentido e morador de rua em Viena, passando por sua carreira de soldado destemido na Primeira Guerra Mundial, depois pela de orador popular, político demagogo, líder do Partido Nazista, até se tornar chanceler e, por fim, chefe supremo do Estado alemão, perseguidor das minorias e flagelo de toda a Europa, causando a Segunda Guerra Mundial, cujo saldo foi de milhões de mortos e uma destruição sem precedentes, que só teve fim com o suicídio dele numa casamata sob as ruínas de Berlim. Alguns aspectos tratados no livro merecem uma análise mais aprofundada ou debatida. Para termos ciência do que seja a falta de democracia e liberdade. E o que a mente de um tirano é capaz de fazer.
A biografia reconstrói a trajetória do menino pobre maltratado pelo pai e mimado pela mãe, o jovem Adolfinho era um rapaz extremamente tímido, incapaz de iniciar uma conversa com uma moça. Entre outros fatos pouco conhecidos da vida dele, somos informados de que Adolf se apaixonou quando adolescente, por Estefânia e jamais tomou a iniciativa de abordá-la. Dizem os especialistas que essa maneira introvertida é uma das causas de suas crises de megalomania.
Hitler tinha hábitos ascéticos. Alimentava-se de pão, frutas e leite. Não ingeria bebidas de álcool. Quem não queria um rapaz assim para genro?
Segundos relatos, Hitler era impotente, mas sentia orgasmos quando falava para um grande auditório, como confessou em certa ocasião. Hitler achava que tinha poucos inimigos, apenas, os judeus e os bolchevistas.
Cada página que se avança na leitura renova-se um elogio à barbárie, à insensatez. São várias e inacreditáveis as descrições de loucura e fanatismo.
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