As irmãs Makioka

As irmãs Makioka Junichiro Tanizaki




Resenhas - As Irmãs Makioka


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Tharlley 11/05/2020

Lindo
Ritmo lento e história envolvente, uma viagem pelos costumes do Japão antes da guerra pela ótica de um monte de irmã cada uma com sua personalidade.
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Emilia 20/05/2023

O tempo passa suavemente e discretamente
Lá na Europa a 2a Guerra Mundial acontece, mas no Japão parecia que nada mudou, pelo menos para a família Makioka, as tragédias são devidas a outros acontecimentos: o escândalo envolvendo a fuga da caçula, a impossibilidade de realizar o casamento de Yukiko, as doenças eventuais e as pequenas calamidades.

Assim o tempo corre suavemente sem perceber. Em ciclos somos apresentados a uma nova proposta de casamento, uma nova atitude de Taeko e a uma nova primavera, celebrada através da contemplação das Sakuras, os festivais e o teatro. A necessidade e a busca da arte é algo que me chamou a atenção: existe a dança tradicional, o teatro Kabuki e os musicistas, além da culinária desfrutativa.

O autor faz uma passagem tão suave que às vezes uma semana dura diversos capítulos e um capítulo vê pular vários meses, selecionando recortes de uma família tradicional em decadência perante às mudanças da sociedade. O tempo é tão sutil que vemos uma menina de 11 anos ainda com 6, quando tem no início do livro. A leitura de um ou dois capítulos tornou-se um hábito e Sachiko vira quase uma grande amiga, despejando seus dilemas entre proteger suas irmãs ou manter o tradicional familiar em rumo. Vou sentir saudades desse livro, foram mais de 700 páginas, mas realmente pareceu que foram anos e ao mesmo tempo apenas alguns meses.
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Karina599 28/05/2023

As irmãs Makioka
O livro é muito longo e não acontece praticamente nada de muito empolgante, acho que foi por isso que demorei 5 meses pra finalizar a leitura. Apesar do ritmo eu gostei bastante da história. A ambientação, os personagens, as tradições japonesas , tudo muito bem escrito.Demorei tanto que vou acabar sentindo falta dos personagens e seus cotidianos como dose homeopática de Tanizaki.
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Gláucia 04/02/2013

As Irmãs Makioka - Jun'Ichiro Tanizake
Nesse livro Tanizaki retorna à região de Osaka e Kyoto com o objetivo de retratar as tradições culturais japonesas narrando o cotidiano das quatro irmãs Makioka a partir das inúmeras tentativas de casar a terceira irmã, Yukiko. O livro é excelente para te situar nesse ambiente tradicional dos anos quarenta mas o excesso de minúcias e de pequenos acontecimentos cotidianos acabou me incomodando com a leitura. Não leia esse livro se estiver esperando algo parecido com Voragem, aqui temos outra faceta do autor, mais voltada às origens e tradições e tem muito de autobiográfico.
Jessé 04/09/2017minha estante
Na verdade o livro se passa mais nos anos 30 do que nos 40


Gláucia 04/09/2017minha estante
Valeu


Leila 17/06/2019minha estante
comecei hoje amiga, vamos ver
eu odiei voragem e como vc está falando q é bem diferente, tenho chances de gostar desse, hehe




Susana 02/10/2023

Não gostei, muito enrolado e cansativo ?, li para saber mais da cultura japonesa, mas não consegui me interessar por nenhum personagem.
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Léo 05/06/2023

As Irmãs Makioka: uma história de contrastes
Terminei hoje a encantadora leitura d'As Irmãs Makioka. Embora seja um livro extenso, sua narrativa simples permite uma leitura relativamente rápida (levei duas semanas).

Se tivesse que resumir a trama em uma palavra, seria contraste. Tanto no que se refere à ambientação, com a comparação constante entre Tóquio e Osaka; seja no que se refere às tradições e aos costumes, que estão em decadência ante a ocidentalização do Japão. O contraste também pode ser visto quando comparamos o temperamento e o comportamento das quatro irmãs -- Tsuruko, Sachiko, Yukiko e Taeko.

A narrativa por vezes é lenta, porém, a meu ver, isso não é um demérito. A exploração do cotidiano nos permite conhecer melhor as personagens e os costumes e transformações pelas quais passava Japão da época. Consequentemente, os acontecimentos mais tensos da trama, ao serem contrastados com a calmaria habitual, se fazem sentir de forma muito mais impactante.
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Mario Miranda 04/11/2021

Dentre as obras de Tazinaki que tiver a oportunidade de ler ("Amor Insensato", "Há quem prefira as urtigas" e "Diário de um velho louco"), "As irmãs makioka" figura sem dúvida como ápice da escrita do autor.

A obra que fui ao longo dos anos 30 até o início dos anos 40, centra-se na narrativa de 4 irmãs - Tsuruko, Sachiko, Yukiko e Taeko. As duas primeiras já casadas, as duas seguintes solteiras, porém já em idade para o matrimônio.

O panorama geral da obra nos é fornecido por Sachiko, responsável "de fato" (porém não "de jure") pelas duas irmãs mais novas: Yukiko, que sucessivamente fracassa em obter um casamento, mesmo tendo já mais de 30 anos, e Taeko, uma pessoa fora do padrão usual do Japão dos anos 30.

A sucessão da narrativa nos apresenta um Japão tradicional, orientado para a figura masculina, de baixa possibilidade de ascensão das mulheres. Os fatos pouco a pouco nos apresentam o fracasso/insucesso/decadência das irmãs, que sem dúvida retratam a própria decadência mundial ao cada vez mais adentrar em uma era da "Guerra Total".

Apesar de suas pouco mais de 700 páginas, a narrativa é bastante fluida e interessante, tornando-se uma das grandes indicações da Literatura Japonesa.
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Murasakibara12 15/02/2020

???
Parece uma novela da Globo, com muitas tramas e reviravoltas, mas com toda a suavidade das mulheres japonesas e todo o estigma da sociedade do século XVIII no Japão
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Luísa Coquemala 23/03/2018

Ler As Irmãs Makioka é entrar no cotidiano do Japão dos anos 30 e começo dos 40, momento no qual acontece uma mudança profunda – escancarada, sobretudo, no mundo do pós-guerra. Nessa transição, há um embate entre os deveres e costumes e a liberdade individual das pessoas. Os tempos são outros, mais acelerados, e nem sempre se encontra lugar para os costumes. A utilidade de tempos modernos invade o mundo de destinos e caminhos certos e preditos.

Acompanhar a história das irmãs Makioka, nesse sentido, é compreender as diversas posições presentes neste espectro. Vamos a elas.

Tsuruko é a irmã mais velha e, de acordo com a ordem familiar, a primeira a se casar. Seu marido, Tatsuo, em uma atitude inesperada, resolve não assumir os negócios do sogro e, por segurança, trabalha como assalariado em um banco. Em seu apego à tradição e deveres de boa esposa, Tsuruko tem 6 filhos e fica à mercê das escolhas e finanças do marido. Por isso, precisa sair da casa onde cresceu e se mudar para Tóqui, cumprindo seus deveres de mãe e esposa em uma casa abarrotada, em uma cidade que odeia. E, em seu apego estrito às tradições e trabalhos de casa, acaba por se afastar cada vez mais das irmãs – restando para si uma posição alta e distante, uma emissora de ordens e imposições.

Sachiko, por sua vez, se casou com Teinosuke e teve apenas uma filha, Etsuko. Sachiko, apesar de também seguir seus deveres e estar sempre pedindo permissão à casa central – representada pela irmã mais velha -, acaba por fazer frequentes desvios frente ao que se espera dela. Tal desvio se dá, sobretudo, na maneira como defende as duas irmãs mais novas quando suas atitudes vão de encontro às expectativas de Tsuruko e Tatsuo.

Entre as duas irmãs mais velhas e as mais novas, encontramos uma ruptura importante: a morte dos pais e a progressiva decadência financeira (e, portanto, social) da família. Para as duas irmãs mais novas, a importante missão do casamento se complica e se torna mais urgente. Yukiko e Taeko estão situadas no cerne do debate entre a ascensão e a decadência da família; entre o Japão antigo e o moderno, que perde aos poucos seus costumes tradicionais em prol de uma sociedade mais prática.

Diante desse cenário, não é por acaso que o romance já se inicia com mais uma das propostas de casamento para Yukiko, um dos conflitos centrais e urgentes do romance – e urgente porque, diante da decadência da família e de sua idade relativamente adiantada, Yukiko já passou da hora de encontrar um parceiro.

Pese as grandes exigências e ritmo lento das irmãs na resolução das propostas de casamento para Yukiko, é de saltar aos olhos como a própria Yukiko é deixada de lado. E nos distanciamos ainda mais de Yukiko na medida em que a narração passa, sobretudo, pelo ponto de vista de Sachiko e das observações de um narrador onisciente. Somando-se a isso o caráter introspectivo da moça, o que nos sobre são seus murmúrios e reticências. São raríssimos os momentos em que o vislumbre da consciência de Yukiko é permitido a nós, algumas linhas em mais de 700 páginas.

Taeko, por fim, é a irmã onde o conflito entre tradição e modernidade se encerra da forma mais radical. A irmã mais nova já havia tentado fugir com o amor da juventude, Okubatake, e, para a vergonha da família, foi parar nas páginas de fofoca do jornal local. Outro detalhe a acrescentar é que, com o passar do tempo, como Taeko não pode se casar antes de Yukiko, o amor por Okubatake mingua (nada que uma boa dose de maturidade não nos ajude a perceber, não é mesmo?). Como Koisan (irmã caçula), Take é constantemente reprimida em sua tentativa de reavaliar a experenciar o amor, em seu desejo de passar um tempo na Europa e na vontade de ter um emprego e se sustentar.

A trajetória de cada uma das irmãs e traçada pela narrativa direta – e, por vezes, cruel – de Tanizaki. E, no conflito entre o velho e o novo, entre o caminho traçado e a vontade individual, as irmãs veem frequentemente sua liberdade sendo cerceada. O testemunho desses limites é doloroso e escancara o principal movimento do livro: a projeção da ação reprimida duramente.

Nesse movimento, todas as irmãs sofrem. Tsuruko se vê presa em uma cidade que não gosta, tendo que se virar com pouco dinheiro e seis filhos. Sachiko, na ânsia de ser uma companheira para todas as horas, vê sua ambição frustrada porque a defesa das outras irmãs nem sempre caminha junto com a posição que se espera dele – por isso, faz muitas coisas escondida ou se reprime para não fazê-las, sofrendo com isso. Yukiko, resignada e sem voz própria, passa por diversos encontros com pretendentes que pouco lhe interessam e não demonstra em momento algum ter ânimo com a ideia de casamento. Ademais, é levada da casa central à casa secundária mais à revelia do que por vontade própria, sofrendo por estar, às vezes, em lugares onde simplesmente não quer estar. O que mais me penaliza, em todo o romance, é uma sensação de que Yukiko simplesmente não quer quiser, mas não tem coragem para dizê-lo. Taeko, cujas vontades são mais fortes e modernas, sente o peso das privações também em dobro. Suas frustações vão culminar em comportamentos indignados e pavorosos aos olhos das irmãs.

E, no final das contas, é isso. As irmãs nascem e, antes mesmo de se darem conta, já têm todos os deveres a cumprir – mesmo que sejam dolorosos, mesmo que se choquem com seus desejos e prazeres. E as perguntas feitas são apenas as que permitem as respostas ideais. Ninguém pergunta a Tsuruko se ela quer ir a Tóqui, mas quando ela vai; ninguém pergunta a Yukiko se ela quer casar, mas se gosta deste ou daquele pretendente.

Apesar de ser uma história difícil e por vezes dolorosa, imita o movimento da vida onde, por vezes, nem tudo é só tristeza, nem tudo é apenas dor. Há pequenos e bons momentos de sensibilidade e discreta beleza. E tais momentos são o testemunho das cerejeiras em flor, tão apreciado pelas irmãs: breves, mas marcantes.

Por fim, diria que contraste dos deveres das irmãs com um mundo cada vez mais livre de tradições, o dever em contraste com a beleza, faz com que suas privações nos doam ainda mais e me recorda, apesar da enorme distância temporal, os versos de Calderón:

"Ai de mim, ai, pobre de mim!
Aqui estou, ó Deus, para entender que crime cometi contra Vós.
Mas, se nasci, eu já entendo o crime que cometi.
Aí está motivo suficiente para Vossa justiça, Vosso rigor, porque o crime maior do homem é ter nascido.
Para apurar meus cuidados, só queria saber que outros crimes cometi contra Vós além do crime de nascer. Não nasceram outros também?
Pois, se os outros nasceram, que privilégios tiveram que eu jamais gozei?
Nasce uma ave e, embelezada por seus ricos enfeites, não passa de flor de plumas, ramalhete alado quando veloz cortando salões aéreos, recusa piedade ao ninho que abandona em paz.
E eu, tendo mais instinto, tenho menos liberdade?
Nasce uma fera e, com a pele respingada de belas manchas, que lembram estrelas.
Logo, atrevida e feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade, monstro de seu labirinto.
E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade?
Nasce um peixe, aborto de ovas e Iodo e, feito um barco de escamas sobre as ondas, ele gira, gira por toda parte, exibindo a imensa habilidade que lhe dá um coração frio.
E eu, tendo mais escolha, tenho menos liberdade?
Nasce um riacho, serpente prateada, que dentre flores surge de repente e de repente, entre flores se esconde onde músico celebra a piedade das flores que lhe dão um campo aberto à sua fuga.
E eu, tendo mais vida, tenho menos liberdade?
Assim, assim chegando a esta paixão, um vulcão qual o Etna quisera arrancar do peito, pedaços do coração.
Que lei, justiça ou razão pôde recusar aos homens privilégio tão suave, exceção tão única que Deus deu a um cristal, a um peixe, a uma fera e a uma ave?"

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Gilberto 27/05/2016

As irmãs Makioka
A estória se passa no núcleo de uma família tradicional mas decadente, da classe social dos comerciantes. Outrora rica e poderosa, os Makioka tentam arranjar um casamento para a 3a irmã, Yukiko, com um marido que esteja a altura, tanto na escala social quanto economicamente, daquilo que foi a família no passado. Mas os tempos são outros, e o nível de exigência para com os proponentes deixa tudo mas difícil tanto para Yukiko quanto para Taeko, a irmã mais nova, que pela convenção social, só poderá se casar após Yukiko se casar.
Um rígido protocolo social rege a vida dos personagens, onde fica explícito o respeito à tradição e a preocupação constante com o julgamento da sociedade. Coisas curiosas, como por exemplo, investigar a vida e o passado dos candidatos, buscando pelos mínimos detalhes, são descritos como corriqueiros e até esperados, havendo pessoas dedicadas a este ofício e remuneradas por isso.
O autor descreve com simplicidade e beleza eventos triviais como a florada das árvores na primavera, ou então, uma lúdica brincadeira de caçar vaga-lumes na noite. Ao mesmo tempo é intenso e dramático ao descrever uma enchente de proporções históricas ou então a doença a que Taeko foi acometida.
A narrativa segue o mesmo modelo de novela já visto em outros autores japoneses, o da protagonista sofredora, em que nada dá certo, que é perseverante e resiliente e acima de tudo, inabalável em seus princípios e valores. O dilema entre tradição e modernidade também está presente, através das irmãs Yukiko e Taeko. Paradoxalmente, Yukiko, que representa a tradição e Taeko, a modernidade, convivem harmoniosamente.
Levando em conta a época em que o livro foi escrito, é interessante ver como o autor, Jun’ichiro, blindou sua obra de quaisquer referências ao militarismo e ao nacionalismo característicos naqueles anos no Japão, fazendo apenas referências secundárias ao início da 2a guerra mundial e ao conflito com a China.
Já no contexto da atualidade, há de se refletir o quanto desta sociedade, tal como descrita no romance, ainda existe no Japão dos dias de hoje, e como a cultura deve ter mudado desde então, mas a dualidade tradição e modernidade parece fazer parte da cultura deste país.
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Leonardo Bezerra 14/10/2022

Senti que o livro poderia ter sido muito mais grandioso se seu final não tivesse sido tão apressado. Gostei dos personagens, gostei da trama, gostei do livro em si, mas também senti que alguns momentos estagnaram minha leitura. Se fosse um livro menor, talvez se saísse melhor no que propôs.
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Joey Resende 18/10/2023

Arrastado demais.
Bem arrastado e poderia ter muito menos páginas para contar a mesma história. Não pesquisei sobre o autor por falta da vontade mesmo mas me parece que tem bastante afinidade com medicina pois incluiu bastante doenças e tratamentos no decorrer do livro, algo que achei incomum. Inclusive o final e estranho e também tem uma doença envolvida. Dá para ler mas podendo evitar...
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Paty 04/02/2013

Leia mais sobre as minhas impressões seguindo o link abaixo:
http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2013/02/entre-pontos-e-virgulas-3-as-irmas.html
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gabicore 11/06/2023

Acho que foi uma má escolha de livro para me introduzir no universo da literatura japonesa, mas o objetivo é justamente sair da minha zona de conforto. Acho que posso me acostumar com descrições longas e monótonos que os próximos livros terão.

Gostei da história, gostei mais ainda do Teinosuke.
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Renata Fialho 21/01/2010

Simplesmente fascinante. A história das irmas nos revela um Japao cheio de tradiçao e costumes tao arraigados que faz do livro uma obra super atual. É interessante perceber como os costumes vao se modificando lentamente, muito lentamente. A irma caçula apesar de fazer o que quer, tambem esta presa a essa cultura de uma forma como nem ela imagina. Ao contrario de sufaca-las, essa rigidez as ajuda a saber sempre o que esperar do futuro...
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