Lucas 12/11/2009
Mais um livro do Palahniuk que segue mais ou menos os mesmos parâmetros: personagens entre o comum e o inverossímil. Sempre um protagonista legal, mas cheio de defeitos, e uma mulher maluca e excêntrica. Pessoas com atividades estranhas (corretor de imóveis assombrados, compulsivo em grupo de apoio, barriga de aluguel etc), viajadas sobre assuntos aparentemente estranhos (flores artificias, técnicas de limpezas, casas em miniatura), uma crítica à sociedade, situações escatológicas... e mais um monte de coisa. Tá tudo aqui, de novo. Acabo achando essa maneira de escrever em cima de fórmulas meio fácil demais, mas isso não torna o livro menos interessante ou divertido do que é - e é pra isso que livros servem.
Acho que o tom panfletário de criticar a mídia foi ficando chato pro final. No começo tava sutil, pro final virou uma bandeira disfarçada em cima de um monte de metáforas. Ficaria melhor se parasse na coisa do sileciofóbos. Aliás, tava bem legal a coisa do Big Brother, mas como eu já disse, ele zuou e forçou a barra no final.
Outra coisa que me desagradou é que a coisa foi ficando harry potter demais com as magias do grimoire.
Mas no fim, livro legal de ler, que prende. Como sempre, a sinceridade do protagonista nos livros do palahniuk é foda, o desfecho é sempre doente e tá cheio de pequenos detalhes interessantes. Fora os capítulos aparentemente sem nexo que só vão fazer sentido lá pro final.
Enfim, mais um bom livro que eu recomendaria - pra quem curte umas nojeiras e uns realismos extremos. Mas gostei mais d'O Sobrevivente.