Os Filhos de Anansi

Os Filhos de Anansi Neil Gaiman
Neil Gaiman
Neil Gaiman




Resenhas - Os Filhos de Anansi


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André Prado 15/10/2015

OS FILHOS DE ANANSI (NEIL GAIMAN)
Anansi é uma antiga lenda africana, um Deus tão antigo que data-se do início do início de quando no mundo não haviam-se histórias pra contar. Mundo triste esse não?! Tais histórias não existiam pois até ali elas pertenciam a Nyame, o Deus do Céu e um dia Anansi quis contá-las ao povo da sua aldeia, mas o jeito era comprar as histórias.

Nyame de primeira riu e estabeleceu um preço, de que Anansi trouxesse Osebo, o leopardo de dentes horríveis, Mmbobo, os marimbondos que picam com fogo, e Moatia, a fada que nenhum homem jamais viu. Ele pensava que com esse preço faria Anansi desistir da ideia, mas o pequeno velho respondeu: - Pagarei seu preço com prazer, ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Então Anansi, um velho esperto, pregou peças e fez armadilhas capturando os três deuses e lhe entregando sua própria mãe como prometido, e tecendo uma teia para levar seus tesouros até o pé de Nyame, tomando pra si o baú com todas as histórias e espalhando-as para os quatro cantos do mundo.

Charles Nancy ou "Fat Charlie", como queiram chamar (mesmo que ele não queira ser chamado assim), é o filho de Anansi que dá título ao livro. Bom, como você pôde ver pela história dos parágrafos anteriores, meio que dá pra entender que Anansi não é um dos deuses mais confiáveis e solícitos que existem, na verdade pelo contrário, é bem fanfarrão e zueiro, daqueles que não perdem a piada e nem a oportunidade de tirar sarro. Portanto, boa parte da personalidade introvertida e chata de Fat Charlie (e ele mesmo acredita nisso) é provocada exatamente pelo número de vezes que seu pai lhe fez passar vergonha em todos os lugares possíveis. Então quando ele viu-se na oportunidade de partir para Londres para tocar sua vida, nem pensou duas vezes.

Lá Fat Charlie, mesmo sendo totalmente desprovido de charme, conheceu uma garota chamada Rosie e estão prestes a se casar (e sua sogra odeia isso), O jogo começa a virar quando na lista de convidados para o casamento, Rosie acaba convencendo Charlie, à contragosto, a convidar o seu velho pai para o casamento, mas na ligação ele recebe de uma velha amiga da família a notícia que seu pai faleceu e nutrindo um misto de respeito e sentimentalismo Charlie pega um voo e retorna ao lugar onde ele tanto odeia.

Chegando lá sua antiga vizinha conta o que Fat Charlie nunca sequer suspeitou, que o Sr. Nancy era na verdade um Deus da mitologia africana detentor de todas as histórias. Claro que Fat Charlie reluta a acreditar e como se a situação não pudesse ficar mais desagradável, ouve da sua vizinha que seu irmão Spider ficou com todos os poderes, desagradável como se você soubesse que seu pai não tivesse deixado um centavo de herança pra você e detalhe, sem saber até ali que você tinha um irmão! Como "solução" proposta para a confusão, a velhinha diz a Charlie que ao ver uma aranha, qualquer aranha, era só preciso falar que ele queria encontrar Spider, e ele viria.

E Spider atendendo ao chamado de Charlie vêm e ele é tudo aquilo que Charlie não é e no fundo queria ser, descolado, bem -articulado, extrovertido, charmoso, enfim, um cara bom em tudo. De início Charlie e Spider se dão muito bem, mas Spider veio pra ficar, e como se fosse aquele familiar chato que diz que vai embora da sua casa e nunca vai, arruma um lugarzinho na até então vida pacata de Charlie e ajuda a transformar a sua vida numa bagunça ainda maior.

O resto da rica história fica por sua conta. ;)

Neil Gaiman é um escritor de mão cheia que tem como característica mais presente a mescla de casos do cotidiano, passagens históricas e arquétipos mitológicos. E em "Os Filhos de Anansi", como em "Deuses Americanos", ele se aproveita mais uma vez desse nicho de deuses esquecidos pela humanidade, que pela perda de fé, seguem vivendo entre nós.

Neil também é mestre em entregar em suas histórias personagens carismáticos, intrinsecamente ligados ao nosso cotidiano, como Charlie que é o típico perdedor da cidade grande, aquele cara que aceita com desinteresse tudo o que dizem, nunca se arrisca, e constantemente reclama do passado justificando a falta de atitude sobre o futuro. Ou seu irmão Spider que é o típico canastrão charmoso, estiloso e esperto que topa-tudo e sempre está disposto a viver intensamente (é impossível não imaginar esse cara de jaqueta preta, cabelo pra trás e calça jeans rasgada). Rosie, a mulher que no fundo não sabe muito bem o que quer e que no fundo quer contrariar sua mãe. e Graham Coats, o típico chefão corrupto que quer se dar bem diante de todos.

"Os Filhos de Anansi" nada mais é do que uma obra que narra a história de um homem comum que se supera frente ao maravilhoso e obscuro mundo dos deuses, o livro é relativamente curto e muito gostoso de se ler, e apesar de sua simplicidade de roteiro, guarda várias referências, principalmente musicais, que nos contam um pouquinho do gosto que Neil quis compartilhar. A característica noveleira que Neil Gaiman entrega, expõe um escritor muito mais solto em comparação aos seus outros livros, disposto a explorar sua excelente veia cômica e aproximar os personagens ainda mais do leitor, sem desgrudar da fantasia que se mescla a realidade londrina capaz de nos prender a atenção como sempre.

Atenção que foi presa instantaneamente pela bela arte da Intrínseca na capa do livro (você vai saber quando o pegar) e que tendo Neil Gaiman como escritor, me obrigou a adquiri-lo logo de cara. "Os Filhos de Anansi" é imperdível para fãs, mas para quem quer começar a ler Neil Gaiman não tanto. Pessoalmente recomendo outras obras que mostram mais o que o escritor realmente é. Porém como disse no parágrafo anterior, "Os Filhos de Anansi" é um livro tão gostoso de se ler que acredito que se você curtir uma boa história vai curtir tanto o livro como eu! =)

site: http://descafeinadoblog.blogspot.com
Eric Rocha - Ersiro 27/10/2015minha estante
Ótima resenha e muito bem construída! Depois dela, fiquei com uma vontade maior ainda de ler algo de Neil, mas como você mesmo disse, para quem quer começar a ler, Os filhos de Anansi não é tão indicado... Queria saber qual você me recomendaria ^^




Duda ^^ 02/02/2023

Plot Twist surpreendente
Fat Charlie vai para o enterro do pai, que fez ele passar vergonha a vida toda, e acaba descobrindo um irmão e que o pai é um deus. Seu irmão herdou todos os poderes do pai e agora está de volta, devido um pedido quase sem querer do próprio, causando muita confusão. Uma leitura rápida, divertida e bem diferente.
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Horroshow 30/01/2016

Resenha por Renato Fonseca (Blog Horrorshow)
“Essa história começa, assim como a maioria das coisas, com uma música. Afinal de contas, no começo havia as palavras, e elas vinham acompanhadas de uma melodia. Foi assim que o mundo foi feito, que o vazio foi dividido e que a terra, as estrelas, os sonhos, os pequenos deuses e os animais vieram ao mundo. Eles foram cantados.”


Charlie Nancy é o personagem principal nessa obra de Neil Gaiman. No início do texto, ele é apresentado como um homem mais pacato do que o recomendável, extremamente rotineiro, previsível e que tem uma vida e um emprego que tendem à monotonia. Charlie está prestes a se casar e, à pedido de sua noiva, acaba concordando em convidar seu detestável pai para a cerimônia, em uma tentativa de reaproximação, desejada pela noiva.

O pai de Charlie vive na Flórida e, no momento em que fica decidido que ele será convidado para o casamento, o que acontecia era uma noite de karaokê, na qual o pai de Charlie canta, dança e cai morto em cima de três moças, turistas semi-bêbadas e extremamente atraentes. Assim termina a vida daquele que posteriormente será revelado como Anansi, o antigo deus pagão que é o dono e contador de todas as histórias. Charlie sempre tentou manter distância de seu pai e somente a morte e algumas conversas com as vizinhas do deus desconhecido o fazem se interessar pelo passado do pai e, sem querer, entrar numa trama de ódio e inveja entre deuses, de magia entre mortais e divindades e de castigos malsucedidos.

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2016/01/os-filhos-de-anansi-neil-gaiman.html
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spoiler visualizar
Neto Marcel 28/02/2016minha estante
marquei como spoiler mas eu aviso quando eles aparecem, pra caso alguém queira ler os pontos que achei positivo, apesar de tudo XD.


Bya 01/03/2016minha estante
pulei a parte dos spoilers, mas o melhor da review é que riu até no bus :) DSHDHSUHSAUSHA um ponto positivo que aliado a mitologia, devem ser o que rendeu as duas estrelas! nota mental: emprestar Oceano no fim do caminho, acho que vc vai curtir bem mais!


Neto Marcel 01/03/2016minha estante
sim, talvez rendessem até mais estrelas, mas minha frustração foi além :V. eu sou a favor de qualquer tipo de sentimento que uma história te faça sentir, acho que é sempre um ponto positivo do livro conseguir isso, mas quando é a intenção! quando o sentimento que vc tem é o oposto que o autor pretendia (no caso, odiei um personagem que é quase protagonista), assim dá ruim XD. quero sim! tb pensei nisso hj!


Lay 27/07/2017minha estante
Nossa, uma pena que justo esse livro foi teu primeiro contato com o Gaiman :c Tá longe de ser um dos melhores e só posso concordar com a frustração (embora eu tenha um ponto de vista ligeiramente diferente do teu sobre o final... ele realmente se safou? porque a impressão que eu tenho é que aconteceu com ele justamente o que ele menos queria... e o Fat Charlie, pra mim, saiu na melhor).
Reforço sobre o Oceano no Fim do Caminho, ótimo livro. Acho que está em segundo lugar, na minha lista de livros favoritos do Gaiman.




henys.silva 11/09/2021

Nunca conte algo a uma aranha...
Me senti revoltado com os absurdos que Spider fazia e ainda chegava a dizer ao irmão que depois iria embora e tudo voltaria a como era antes. Mas isso só ocorreria quando ele enjoasse da vida do irmão. Na maior cara de pau, como se tudo aquilo fosse a coisa mais normal do mundo de se fazer. Mas quando eles começam a se "reconciliar ", se é que é isso que acontece, aí a revolta quase é esquecida.

Após esse momento de desabafo, o livro é divertidíssimo. O Anansi é o típico "pagodeiro" e um de seus filhos (Spider) seguiu os seus passos. Fiquei várias vezes com pena de Charlie e me perguntava o motivo de ele não ter poderes, visto que é filho de um deus. Spider também é, e tem essas habilidades. Fiquei com a esperança que no decorrer do livro, talvez, a qualquer momento esses poderes seriam despertados em Charlie.

E pior que as atitudes de Spider, só o vilãozinho que foi criado para essa história: Grahame Coats. Não vou falar mais a respeito dele, mas sua descrição me lembrou a fisionomia do ator Michael Keaton do filme Fome de Poder.

E imagino que quase tudo isso poderia ter sido evitado se as aranhas fossem deixadas em seus devidos lugares...
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Igor.Silva 14/10/2021

Ótimo livro.
O livro conta que existe um significado nas pequenas coisas, mesmo que seja em brincadeiras de pai para filho. E que nada já está predestinado.
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Bianca 04/12/2021

Limão
Livro maravilhoso, como todos do Neil Gaiman. Aqui ele parte da mitologia afro-americana para falar sobre Anansi, um deus trapaceiro, bem humorado e atrevido. E seus filhos, que não podiam ser mais diferentes um do outro. Mas o melhor da história é o limão.
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Fontespedrorc 01/12/2017

Bonzinho
Falavam tanto de Neil Gaiman e resolvi dar uma chance. Mas, confesso que me desapontei um pouco. Não gostei nem do Fat Charlie nem do spider, talvez pq eles representavam os extremos de cada personalidade.

O livro fica melhor no final.
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Pandora 07/12/2017

É meio prolixo dizer o quanto amo a produção de Neil Gaiman, mas não resisto. Ele é um dos autores favoritos da vida, tento sempre ter um livro não lido dele na minha estante. Se tudo estiver muito confuso, um livro de Gaiman é um porto seguro para fazer de abrigo, montar uma fogueira, fazer uma refeição e encontrar a força necessária para voltar a luta. Talvez por esses meu amor por Gaiman em 2016 Aleska escolheu me presentear com um volume lindíssimo de "Os filhos de Anansi" publicado pela Intrínseca, não poderia ter acertado mais.

Em "Os filhos de Anansi" somos apresentados a Charlie, filho do deus africano Anansi (a Aranha tecedora de Histórias e artimanhas) quando nós o encontramos ele é um homem muito honrado, digno, cheio de pudores, residente em Londres, altamente perdido, fragilizado, sem sorte e com uma imensa tendencia a ser feito de trouxa por tudo e todos. Nossa!!! Fazia tempo que eu não me identificava tanto com um personagem nessa vida!

Sem consciência de ascendência divina para o Charlie o pai foi para ele um tipo de fonte de constrangimento. Dado a fazer brincadeiras Anansi pregou varias peças em seu filho das quais ele sempre saiu com cara de bobo e sendo um alvo eterno para bullying, no entanto, as vésperas de seu casamento nosso herói descobre que seu pai faleceu e que ele precisa atravessar o Atlântico, ir para a América, enterrar seu pai, descobrir todos os segredos familiares e ter sua vida virada pelo avesso quando descobre a existência de um irmão gêmeo a muito perdido que aparentemente herdou todos os dons mágicos da família.

Charlie é um tipico personagem de Neil Gaiman, ele começa a história perdido em sua própria vida e então se ver em meio a uma aventura desconsertante. No meio dessa aventura sua vida pacata é colocada pelo avesso, a situação de tensão evolui causando uma bagunça insuportável e conduzindo o herói a uma jornada de autodescoberta, autoaceitação, crescimento pessoal com uma dose sempre bem acertada e misturada de magia a vida real. É sempre uma leitura deliciosa cujo ritmo segue em uma constante linha crescente na qual todas as bagunças criadas no meio do caminho tendem a serem resolvidas no final.

Foi uma delícia acompanhar a história dos filhos de um deus africano, não esperava, mas fui surpreendida por uma história na qual 95% dos personagens são negros e negras, contando inclusive com um elenco maravilhoso de mulheres idosas extremamente independentes e protagonizando cenas impagáveis. Vi Voinha encarnada em uma das idosas e relembrei o quanto minha avó conseguia ser terrível hahahahaha (a gente ri, mas na época dava medo). Me apaixonei um pouco pelo Charles, temi por ele, torci e amei a forma como ele concluiu sua jornada de descoberta.

Agora, olhando para o livro ao meu lado, concluindo esse texto, me sinto um pouco mais leve, um pouco mais pronta para voltar a minha própria aventura de autodescoberta.

site: http://www.pandoraesuacaixa.com.br/2017/12/os-filhos-de-anansi-de-neil-gaiman.html
Paloma 07/01/2020minha estante
Sabe que até aceitei melhor o livro depois dessa sua resenha? Eu tinha achado muito confuso e arrastado. Mas tem seu valor, sim!




Sindu 09/02/2022

O livro é bem diferente da pegada do Neil, bem voltado pra comédia, mas não deixando o todo o misticismo característico dele. O começo é um pouco massante, porem com o decorrer da estória, você vai se apegando aos personagens e sempre querendo saber o que vai acontecer a seguir. O livro tem um começo, meio e fim bem satisfatórios.
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Karla Lima @seguelendo 30/03/2018

Mais um livro de um dos meus autores preferidos. Mais um livro em que a capacidade que Gaiman tem de contar histórias me surpreende. Se você já leu Filhos de Anansi, por favor, comente dizendo o que achou!

Vamos à história!

Nosso protagonista dessa vez é Charlie Nancy: um cidadão, morador de Londres, com uma vida normal e entediante. A pedido da noiva, ele concorda em convidar o pai para seu casamento e fazer uma tentativa de reaproximação, já que há vinte anos os dois não se falam. Enquanto isso, no palco de um karaokê na Flórida, o pai de Charlie tem um ataque cardíaco fulminante. A viagem de Charlie até os Estados Unidos para o funeral acaba se tornando a jornada de uma nova vida.

Nesse livro também descobrimos que todas as histórias são de Anansi.

E que, além disso, Anansi tem muitos inimigos.

Charles descobrirá sobre o seu passado e também terá que lidar com um irmão cuja existência desconhecia.Entre magia, realidade, mitos e investigações policiais, embarcamos em uma fantasia de leitura fácil e contagiante. Gaiman consegue misturar universos e contar histórias épicas de forma simples, com linguagem direta e sem floreios. Mais do que um escritor, ele é um contador de histórias: pois Os Filhos de Anansi nos lembra, e muito, um conto de fadas.

Como se o personagem, até então um típico ser humano, se deparasse com um mundo fantástico com o qual tivesse que lidar: poderes, frustrações, raiva e aceitação.

É uma história gostosa demais, que pode ser lida rápido e ainda assim ficar na memória por muito tempo. É uma história que, tirando os detalhes mais adultos e violentos, podemos contar para uma criança antes de dormir…

Afinal, todas as histórias são de Anansi.


site: https://www.instagram.com/seguelendo/
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Geovanna 25/07/2022

empolgante....
Este livro me envolveu desde o inicio, a historia é leve e pode tirar vários risos.
essa leitura foi empolgante e acho que vou ler mais livros desse autor.
Recomendo.
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DuinneBlyth 17/07/2019

Esse foi o meu primeiro contato com o autor e confesso que esperei mais. A ideia do livro me interessou, mas foi só no fim mesmo que comecei a me empolgar com a história. Custou muito para eu terminar pq o início não me prendeu. Acho que a única coisa que não posso negar, é que os personagens principais são muito engraçados. Vale a leitura, só achei que o início e o meio poderiam ser mais interessantes, afinal, são as partes que definem se o leitor vai ou não prosseguir, claro.

Anansi, Fat Charlie e Spider. Toda a trama gira em torno da relação entre os três: pai e filhos. Anansi é o deus africano das aranhas, ele detém todas as histórias (é meio que aquilo do Dispositivo Institucional que tem o lugar da fala e tudo mais é regido pelo seu discurso). Fat Charlie e Spider são seus filhos, no entanto, Spider é quem possui todos os poderes de Anansi. Mesmo sendo um comum, que vive de maneira totalmente ordinária frente às situações da vida, Fat Charlie ganha destaque na obra por ser, justamente, o herói. Seu único talento, o de cantar, é o seu maior poder. Pode parecer improvável que alguém sem poderes possa ser mais poderoso que alguém com poderes (se quiser, pode entender isso como uma metáfora da vida real também), mas é assim mesmo que acontece. Os Filhos de Anansi é um livro que, ao meu ver, fala sobre poder, relações humanas (familiares, conjugais, profissionais...) e moral.

Mesmo que eu não tenha gostado tanto desse livro, ainda tenho muita vontade de ler os outros títulos do autor. Coraline é um que já adquiri e Oceano no Fim do Caminho é outro que eu quero MUITO ler.
Arthur Pacheco 17/07/2019minha estante
Altamente recomendável o magnífico: Deuses Americanos. Vale muito muito a pena


DuinneBlyth 17/07/2019minha estante
Um dia vou parar para ler. As sinopses dos livros dele sempre me interessam, por isso não julgo tudo só pq esperava mais desse.


Arthur Pacheco 17/07/2019minha estante
Esse em específico e mais descontraído realmente. Mas o autor e sensacional. Se tiver a oportunidade leia os quadrinhos do SANDMAN, e absurdo de maravilhoso.


DuinneBlyth 18/07/2019minha estante
Aaah, eu comprei a edição especial desses quadrinhos anteontem no Amazon Day! Mas é para o meu namorado que é apaixonado pelo Neil Gaiman (só que ele me deixa ler, claro. Na verdade, ele que me incentiva a ler esse autor).




Christmas 19/12/2019

Afinal, todas as histórias são sobre Anansi
Só tenho coisas boas a falar sobre esta obra, foi meu segundo livro do Gaiman e a partir do momento que li a primeira página, não consegui mais parar. De leitura fácil e narração fluída, o livro te prende do inicio ao fim, com a estória dos irmãos e até mesmo nas mini-histórias que contam um pouco das aventuras do velho Anansi, o modo como ele te arrasta pela mitologia africana, apresentando deuses, bruxas e como ele transforma personagens que inicialmente aparentariam não ter importância alguma para história, em personagens chaves, é incrível! Já é de longe, um dos meus livros preferidos!
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Aline BS 28/04/2020

Neil Gaiman NUNCA desaponta!
Uma edição caprichada (tal qual Deuses Americanos e Lugar Nenhum).
No começo da leitura eu esperava algo mais fantasioso e a mitologia era um pano de fundo sutil pra uma história bastante cotidiana. Desentendimentos (e inveja) de irmão, relacionamentos, uma fase difícil, memórias, perdas, problemas no trabalho, ser alguém comum... uma história até engraçada que daria uma boa aventura comédia da Seção da Tarde.
Mas depois tudo muda. O estilo de Neil Gaiman se torna visível e temos um mundo mágico se revelando junto ao comum, cheio de complexidades que vão se fechando e personagens que de suas realidades individuais vão se encontrando para culminar num desfecho perfeito, surpreendente e emocionante.
Neil Gaiman NUNCA desaponta!
???????????????
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