Hellen @Sobreumlivro
12/05/2017Esse cara é foda! Mais uma vez, começo e termino essa resenha ressaltando quão bem escreve Neil Gaiman. Desenvolver uma história diferente e engraçada não é para qualquer um, ainda mais se nessa história contiver deuses, fantasmas, assassinatos e um cara pra lá de normal, e conseguir desenvolver tudo isso sem perder o ritmo (e a piada) é ainda mais difícil.
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Todo mundo tem aquele tiozão que se acha galanteador e te faz passar o maior constrangimento, certo? Que sempre faz todo tipo de piada e te deixa vermelho como pimentão, né? Pois é.
Toda família também tem aquele cara metódico, que só trabalha e não ri de nada, não é?! Então, esses são Deus Anansi e Fat Charlie, respectivamente.
Fat Charlie, morador de Londres, metódico e muito coxinha, à pedido de sua noiva, resolve convidar seu tão constrangedor pai para o casamento. Porém, quando ele tenta entrar em contato (depois de anos separados), descobre que o mesmo acabou de falecer.
Assim, Fat Charlie parte para Flórida e é jogado em um mundo no qual ele acreditava fazer parte apenas de histórias fantasiosas.
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Eu já tinha ouvido falar de Os filhos de Anansi, mas assim como todas as histórias do Gaiman, eu não tive interesse de conhecer. Afinal, sempre tive um medinho dele rs.
Mas aí eu li Lugar Nenhum e é tão bem escrito, que despertou o interesse em conhecer outras histórias desse universo chamado Gaiman.
Por isso, depois de uma pesquisa - Obrigada, @pipocamusical 💙 -, resolvi dar uma chance a Fat Charlie e MEODELS, EU RI DEMAIS.
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Destaco que o ponto principal dessa história é o autor conseguir colocar fantasia numa história aparentemente comum, que poderia ser a de qualquer um.
O ponto é que a magia pode estar em qualquer lugar, e Neil Gaiman tem o dom de transformá-la em palavras.
Assim como Fat Charlie, somos guiados pelo desconhecido, sem conhecer sobre esse universo em que Deuses podem ser pessoas comuns - e constrangedoras, diga-se de passagem.
Não vou dizer que amei o livro, afinal não sou fã desse universo mitológico, mas gosto da forma como Gaiman escreve uma história comum com toques mitológicos - o que a torna extremamente singular.
No mais, um recadinho: esse cara escreve bem pra caralho.
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