Psicologia das Massas e Análise do Eu

Psicologia das Massas e Análise do Eu Sigmund Freud




Resenhas - Psicologia das Massas e a Análise do Eu


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Jose 15/09/2018

Interessante e atual
Resolvi me aventurar lendo um livro de Freud. Foi engraçada a forma que encontrei este livro, pois eu sempre quis ler algo que falasse sobre o comportamento de um aglomerado de pessoas, a massa. Isso porque eu percebia uma diferença no comportamento das pessoas quando estavam juntas em prol de alguma coisa (passeatas, congressos, etc.), principalmente agora em tempo de eleição. Eis que eu estava numa livraria olhando os livros e encontrei este. Pelo título eu já resolvi que seria interessante, mesmo eu não sendo da psicologia, mas admirando muito esta área.
Bom, no livro Freud investiga "o que mantém coesa uma massa de pessoas". Para isso se utiliza de outros autores que também abordaram este tema. A linguagem se utiliza de vários conceitos da área, os quais, alguns, não me eram familiares. Apesar disso, deu pra observar vários trechos do livros que são visíveis na prática. O livro se utiliza de dois tipos de massas para exemplificar: A igreja e o exército, ambos com um líder que une a massa em questão. No caso da igreja, Jesus Cristo, no cado do exército, o comandante de maior patente.
Quanto ao momento político em que vivemos, o trecho do livro que me chamou a atenção (dentre muitos outros trechos) e que mostra como as massas estão reagindo, foi o seguinte:
"Visto que a massa não tem dúvidas quanto ao verdadeiro e ao falso, e ao mesmo tempo tem consciência de sua grande força, ela é tão intolerante quanto crédula na autoridade. Ela respeita a força e se deixa influenciar apenas mediocremente pela bondade, que para ela significa apenas uma forma de fraqueza. O que ela exige de seus heróis é força, inclusive violência. Ela quer ser dominada, oprimida e temer seus senhores, No fundo completamente conservadora, ela tem a mais profunda aversão a todas as novidades e progressos, e um respeito ilimitado pela tradição"
Outro trecho importante é quando ele fala das características de um indivíduo que se encontra na massa, que são as seguintes: "desaparecimento da personalidade consciente, predomínio da personalidade inconsciente, orientação dos pensamentos e dos sentimentos na mesma direção por meio da sugestão e do contágio, tendência à execução imediata das ideias sugeridas. O indivíduo não é mais ele mesmo; tornou-se um autônomo desprovido de vontade".
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Paulo Silas 11/01/2016

O que determina a coesão da massa de pessoas? Há uma estrutura (pré) definida nos agrupamentos? Há uma lógica dedutível na manutenção da reunião organizada (explícita ou implicitamente) de pessoas? Há algum liame entre a psicologia do eu e a psicologia das massas?
São tais as indagações que Freud busca investigar nesta singela obra, almejando alcançar o modo de funcionamento de grandes grupos que se mantém ligados por determinada razão.

O autor retoma algumas posições de obras anteriores a fim de incutir a análise do tema proposto. Por exemplo, quando traça um pequeno panorama diferenciador sobre a identificação do eu com o objeto e a substituição do ideal do eu pelo objeto, há a exposição originária (proposta) realizada em "Totem e Tabu" - quando os irmãos matam o pai e assumem o seu lugar (mito do pai da horda primordial). Tal diferenciação pode ser observada em duas grandes massas artificiais que são estudadas na obra: a igreja (Cristo é amado como ideal e o cristão se sente ligado aos demais membros da religião por identificação, além de também se identificar com Cristo e amar os seus irmãos tal qual Cristo os amou) e o exército (o soldado toma o comandante como ideal enquanto se identifica com os seus iguais).
Freud também discorre, retomando as origens totêmicas, que "o mito é o passo com que o indivíduo sai da psicologia das massas", quando demonstra ser "possível indicar o ponto no desenvolvimento psíquico da humanidade em que se efetuou, também para os indivíduos, o avanço da psicologia de massas à psicologia individual".
O autor ainda lamenta, quando expõe a questão da sugestão e libido nas modificações profundas sofridas na atividade psíquica do indivíduo devido à influência da massa, a leitura crítica que foi feita sobre suas exposições da libido (algo como um pansexualismo exacerbado), a qual em realidade é uma expressão da teoria da afetividade, conforme o próprio explica, salientando ainda que esta seria a "energia, considerada como grandeza quantitativa [...], daqueles impulsos que têm a ver com tudo o que podemos reunir na categoria "amor"" (o parental, o próprio, o fraternal, o sexual...). Assim, as diversas categorias de amor acabam tendo em comum a mesma base primordial: a pulsão/impulso da libido.

É um livro curto que expõe as observações dos fatores primordiais que demonstram como correlatas a psicologia individual e a psicologia das massas. A psique do indivíduo em sua estrutura funcional possui um vínculo com a coletiva. Observando aquela é possível chegar à conclusões desta. Conceitos psicanalíticos como enamoramento, hipnose, sugestão, idealização, identificação, substituição e libido são aqui utilizados pelo autor no intuito de esmiuçar a psicologia dos povos e compreender os motivos que levam a multidão a se submeter a um líder.
Recomendo!
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Bruna 01/06/2014

Psicologia individual tbm é de grupo por que o individuo vai além da relação narcísica, é um ser social
Comportamento, pensamento e sentimento são diferentes no individuo isolado e em grupo. Em grupo, características individuais se apagam para aparecer caracteristicas das identificações pessoais conscientes e inconscientes. Tudo o que não é semelhante é deixado de lado, acontece uma cegueira.
Multidão – massa sem organização
Grupo primitivo – Se comporta como massa (é organizada), tendência mais destrutiva, não precisa de numero enorme. Sugestionabilidade é quando novas características são conduzidas a um grau de exaltação, se tornam irresistíveis, sem uma reflexão consciente e tem ação recíproca. A sugestionabilidade é derivada so instinto gregário. Faz com que a personalidade consciente saia (diminuição do ego) e entre a inconsciente(em comum). Reduz a capacidade intelectual do indivíduo e exalta sua emoção, o superego enfraquece, noção de justiça muda, tem sentimencto de:
onipotência, não tem mais crítica, não tem liberdade individual, é crédulo, pensa por imagens, a incerteza não existe, tem consciência da própria força, intolerante (idéia de aniquilação do outro grupo – ansiedade persec. E depress / meio de comunicação – projeção.) e obediente, fundo de medo do outro diferente, buscam a verdade, dominaods pela palavra, primitivos, procuram um chefe, vão a tras do que não existe, sentimento de força, não aceitam divergência. Neste ponto acontece o contágio (imitação, resultado da sugestão e reforço), sacrificam o interesse pessoal pelo coletivo.
Grupo artificial – Organizados e duradouros. Há também grupos direcionados a fins éticos, para isso ele tem que ter formalidade, posições fixas. Precisa de uma força externa/ coação para se manter coeso, o desligamento é desestimulado.Permanece e ingressa-se nele sem ser perguntado. Há uma ilusão de que há um cabeça/pai e o grupo se liga por laços libidinais que fazem alusão a uma família. Quando há um perigo/medo/perda do cabeça, os laços simplesmente se relaxam e cada um por si, ele se desintegra.
Grupo com ou sem lider – poderm ter identificação, criar vinculo com idéias (positiva ou negativa)

Qual é a força que mantém os grupos? É o algo novo de Freud. Eros, libido. Desejo de construir. O amor é um fator civilizante. O grupo vai do egoísmo para o altruísmo. A identificação leva ao amor e a coesão. Quanto maior a libido maior a coesão.
O contrário – impulsos hostis e anti-sociais dissolvem o grupo.

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Flavia Sena 23/09/2012

Diria que o livro tem uma linguagem bastante específica, que somada com a leitura pelo computador, não fez com que eu me concentrasse. Apesar disso possui teorias interessantes (consegui pegar algumas pelo caminho) que podem ser úteis pra pessoas que estudam o tema.
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