Elogio da madrasta

Elogio da madrasta Mario Vargas Llosa




Resenhas - Elogio da Madrasta


103 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Laura.Ferreira 06/09/2020

Recomendo a leitura, embora não seja nem de longe a melhor de Llosa. Leitura rápida, fluida, dá para ler num tempo bastante curto. A melhor parte são as leituras das pinturas, uma vez que a história em si é bastante previsível.
comentários(0)comente



Anderson916 24/07/2020

Que menino filho da puta!!! Kkkk
Isso lembra alguém...

"O que o jovem quis dizer com ?destino extraordinário, sobrenatural?? Minha timidez me impediu de responder o que deveria: ?Eu não estou preparada para isso, não sou aquela de que está falando. Vá buscar na casa da bela Deborah, será melhor, ou na de Judith, que é tão decidida, ou na casa de Raquel, a inteligente. Como pode me anunciar que eu serei a rainha dos homens? Como pode dizer que vão rezar por mim em todas as línguas e que meu nome cruzará os séculos como os astros cruzam o céu? Pois se enganou de garota e de casa, senhor. Eu sou muito pouco para essas grandezas. Eu quase não existo.?
comentários(0)comente



Jon Martins 07/07/2020

Conta sobre o "inocente" Afonso e sua madrasta, um garotinho bem sangue frio diga-se de passagem..
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Cassi 04/06/2020

Muito bem escrito, porém não é para pessoas sensíveis
O livro conta a história de uma família de classe média com pai, filho e madrasta. É uma ode às parafilias, inclusive à pedofilia, sendo esta tema central do livro. Apesar de o narrador ser onisciente a narrativa parte do olhar do pedófilo, a criança aparece com uma aura de inocência ao mesmo tempo em que apresenta uma sedução demoníaca a qual conduz o adulto ao pecado. Entre os capítulos aparecem textos que referenciam obras de arte presentes na casa onde vive o casal e representa outras parafilias. É um livro incômodo, dá uma sensação ruim, pois trata de tabus. Não recomendo a não ser que o leitor procure uma leitura incômoda.
comentários(0)comente



Thais CardBeg 20/03/2020

Perversão
O livro surpreende no final, destacando o perverso sob face angelical, principalmente! É a estética descrita por O. Wilde remoldurada, um novo Gray. Diante de tantos fetiches e descrições entre o pagão e o cristão, encontramos na obra o auge da manipulação sem remorsos típico desta estrutura psiquica. É, de fato, um bom livro com muito boas reflexões e paralelos.
comentários(0)comente



Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Elogio da Madrasta, Mario Vargas Llosa – Nota 8/10
Nessa obra, Vargas Llosa aborda - com toques de erotismo e de humor – os limites da inocência e da paixão. A narrativa gravita em torno de Fonchito, filho de dom Rigoberto, e sua madrasta, Lucrécia. O que era para ser apenas um amor ingênuo de uma criança por sua madrasta acaba se transformando em uma paixão, com demonstrações de afeto íntimas demais – e, para alguns, perturbantes. O livro ainda intercala alguns contos, que tratam do desejo e do erotismo, com a história principal. Apesar de não ser a minha obra preferida do autor, a leitura é bem rápida e agradável, com uma prosa rebuscada e um bom toque de erotismo e humor!

site: https://www.instagram.com/book.ster
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Nathalie.Murcia 31/08/2019

Subversivo e impactante
Adquiri este livro por intermédio de uma troca aqui no Skoob. São apenas 159 páginas permeadas de erotismo, pincelado em uma prosa elegante e assinalada pelo DNA inconfundível de Llosa.

O livro certamente é polêmico e não agradará a todos, haja vista que o enredo gira em torno do sentimento lascivo desenvolvido pelo enteado, ainda criança, por Lucrecia, a segunda esposa de seu pai, Dom Rigoberto. Os capítulos são curtos e, entrecortando a história principal, o escritor inseriu narrativas com temáticas libidinosas a respeito dos quadros que ornam as paredes da residência, uma das paixões de Dom Rigoberto. As gravuras das mencionadas obras iniciam os respectivos capítulos.

O mais interessante do enredo, sem dúvidas, são as artimanhas utilizadas por Fonchito para seduzir a madrasta, subterfúgios esses ocultados por sua beleza helênica e por sua falsa inocência.

"Seria a infância esse amálgama de vício e virtude, de santidade e pecado? Tentou lembrar se em algum tempo remoto ela tinha sido, como Fonchito, limpa e suja ao mesmo tempo, mas não conseguiu. Ah, quem me dera poder agir sempre com aquela semi-inconsconciência com que ele a acariciava e a amava, sem julgá-la nem julgar a si mesmo!"

Uma leitura que causa repulsa e aguça a curiosidade, tirando qualquer leitor da zona de conforto. Impactante e subversivo. Recomendo!

Mais resenhas no meu Instagram.

site: http://.instagram.com/nathaliemurcia/?hl=pt-br
comentários(0)comente



Higor 01/09/2018

Sobre o erotismo através dos séculos
Todo autor tem uma obra-prima, que sempre é lembrada, até pelo mais leigo dos leitores, quando se comenta algo sobre um autor; o mesmo não pode se pontuar com precisão, no entanto, ao se tratar da obra de Mario Vargas Llosa. A crítica especializada, por exemplo, aponta ‘A festa do Bode’ como seu melhor livro, o que é fortemente contestado pelos fãs, que preferem seu ‘Travessuras da menina má’, ou até mesmo ‘Elogio da madrasta’.

este poderia ser, sim, seu melhor livro, afinal, a maneira como o autor teve um cuidado ao narrar a história de Lucrécia e seu afilhado Fonchito é incrível, e o resultado de todo o cuidado e zelo é uma história desconcertante, repugnante para alguns, mas com um alto teor de beleza, é preciso admitir, mesmo torcendo o nariz. O que mais vale neste livro são os detalhes, e, de fato, a minúcia se mantém presente ao longo das 160 páginas, não com enfado, mas com elegância e esplendor.

Adjetivos pontuados, mas que muitos dos que leram, acabam por discordar, se for analisar os comentários em outras resenhas, principalmente por conta da intensidade de detalhes a respeito das abluções de Don Rigoberto, mais especificamente o capítulo dedicado a defecação dele. Não são detalhes desnecessários e que almejam o enojamento do leitor, mas que desejam levá-lo a refletir sobre o erotismo, assim como toda a obra, mas, no capítulo específico, abordar onde começa o erótico, se apenas com a consumação do ato, ou ainda na preparação do corpo, antes da entrega em si. Zelo para o próximo, ou, quem sabe, para sua própria veneração, acima de tudo.

Na verdade, a grande impressão que eu tive ao ler o livro, foi a de que encarava um artigo sobre a história do sexo através dos séculos, da arte e da literatura ou algo do tipo. Tudo porque o autor não aborda o erotismo – tão banalizado e escrito apenas para entretenimento barato nos dias de hoje – à toa, mas cria tais cenas, pontuando com referências, tanto literárias, quanto artísticas, apenas para enaltecer ainda mais a grandiosa história em suas mãos, tanto que, no decorrer do livro, o autor não se prende apenas em contar as aventuras sexuais de Lucrécia e Don Rigoberto, insaciáveis em descobrirem os prazeres da vida conjugal; tampouco em focar apenas no cuidado excessivo de Don Rigoberto em se preparar para a mulher; ao invés disso, amplia o horizonte com quadros e autores renomados e suas próprias descrições sobre o erotismo, enaltecidas ou vulgarizadas em seus respectivos séculos e culturas.

Quadros conhecidos, como Diana após o banho, de François Clouet e A anunciação, de Fra Angélico, se juntam a outras pinturas menos conhecidas, como Caminho para Mendieta 10, de Fernando de Szyszlo e trechos gregos, bíblicos, dentre outros, em uma aleatoriedade, que soa coesa, e se unem para compor o sexo em suas várias perspectivas.

Não nos esqueçamos, claro, de Fonchito, a criança meiga e angelical, que perturba o leitor com sua conduta. Embora seja um personagem essencial para a construção e desenrolar da história, principalmente nos capítulos finais, ele não é o responsável por fazer com que o livro seja lembrado por mim, e pode acontecer o mesmo com alguns leitores mais exigentes. A escrita primorosa e cuidadosa, sim, é o que suscita do pensamento.

Comparar ‘Elogio da madrasta’ com uma obra de arte é certamente um exagero, mas é igualmente prudente afirmar que está acima de muitos livros sobre o erotismo, ficcionais ou não, e até mesmo do próprio autor. Um livro que, definitivamente, impõe respeito.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
comentários(0)comente



Mateus 26/03/2018

Certa vez, Kafka disse a um amigo: "No fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos ao trabalho de lê-lo?”. Obras clichês nos confortam, mas sem aquelas que nos incomodam e nos fazem pensar, perdem seu caráter primordial. Mario Vargas Llosa, escritor peruano ganhador do Nobel de Literatura, convida os leitores sempre ao raciocínio e à reflexão, com livros como “Travessuras da Menina Má” e “Pantaleão e as Visitadoras”. Já em “Elogio da Madrasta”, o autor mescla o pensamento crítico ao incômodo, causando asco, assombro e, principalmente, prazer.

site: https://mateuscalazans.blogspot.com.br/2018/03/um-orgasmo-com-elogio-da-madrasta.html
comentários(0)comente



MF (Blog Terminei de Ler) 04/02/2018

Seu contexto lembra muito "Lolita" de Nabokov, mas as semelhanças terminam aí...
"Elogio da madrasta", polêmico e pequeno livro do peruano Mario Vargas Llosa. Trata-se de um pequeno livro, uma novela erótica, onde conhecemos a rotina apaixonada de Dom Rigoberto e sua voluptuosa segunda esposa, Dona Lucrécia. Ele, divide sua rotina entre zelar pela higiene pessoal, bem detalhada (por que?) por Llosa, trabalhar e usufruir dos prazeres carnais de Lucrécia, com quem compartilha as mais diferentes fantasias. Já ela, apaixonada pelo marido, tenta ser uma boa esposa e uma boa madrasta para o filho dele, o pequeno Fonchito. As coisas começam a desandar quando Fonchito começa a demonstrar um afeto muito exacerbado por Lucrécia, o que, com o tempo, acaba conduzindo ambos a um envolvimento amoroso/sexual.

O tema do envolvimento de um adulto com uma criança é polêmico e pode ser feito um interessante paralelo com outra obra literária: "Lolita" de Vladimir Nabokov. Em ambos os livros temos crianças/pré-adolescentes precocemente sexualizados envolvidos com adultos, mas há diferenças: em Nabokov, é um homem adulto relacionando-se com uma menina, o que escandalizou a Europa, quando de seu lançamento. Além disso, em Nabokov, o personagem adulto, Humbert Humbert, se reconhece como alguém que se sente atraído por meninas e busca, com diferentes meios, atingir seu objetivo. Em Llosa, Dona Lucrécia evita o contato com o jovem Fonchito, mas acaba cedendo aos avanços do pequeno e ao turbilhão de sensações díspares que o contexto lhe proporciona. Interessante notar que, se "Lolita" causou escândalo, "Elogio da madrasta" passou relativamente incólume. Seria a iniciação sexual precoce masculina mais bem aceita pela sociedade? Enfim...

Em "Lolita", o que sempre se destacou foi seu inegável e inquestionável mérito literário, com uma prosa rica e bela. Nesse sentido, limitar a obra ao seu tema/contexto tabu, seria o mesmo que diminui-la, sob o espectro literário. Não há apologia à pedofilia, mas o relato de uma relação complexa que pode perturbar/incomodar. E tal relato representa um dos melhores livros já escritos e, incomodando ou não, é uma história liricamente bem contada.

Contudo, se devemos encarar "Elogio da madrasta" da mesma forma, não se pode dizer o mesmo em relação ao mérito literário. Sim, Llosa tem uma boa narrativa, alguns personagens bem complexos (Fonchito, por exemplo) e tal... mas falta ao escritor, pelo menos nessa obra específica, o lirismo e o desenvolvimento de personagens, que faça com o leitor se maravilhe pela beleza das palavras e/ou se importe com o destino dos envolvidos. O final da obra, que poderia soar instigante, acaba soando como abrupto, ao deixar perguntas que poderiam ter sido respondidas/melhor analisadas se o desenvolvimento tivesse sido mais apurado.

É um livro bom, pois Llosa conduz a narrativa de forma satisfatória, direta, tratando um tema polêmico de forma sincera. Perde contudo em detalhes narrativos desnecessários (defecação?), personagens que poderiam ter sido melhor trabalhados, dado que sua essência é parca devido ao tamanho pequeno do livro, não justificando certas atitudes. O contraste da malícia com a inocência é tratado, mas não tão bem trabalhado.

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2017/12/22/elogio-da-madrasta-mario-vargas-llosa/
Kellyton 09/10/2018minha estante
O trecho da defecação,não acredito que foi minuciosamente detalhado por acaso. Até porque vem depois de fala sobre todo corpo ser erógeno


MF (Blog Terminei de Ler) 11/10/2018minha estante
Entendo seu ponto-de-vista, Kellyton, mas não percebi, na época da leitura, esse elo entre o trecho da higienização e o caráter erógeno do corpo... e confesso que me soa, independente da forma como se encara, como um trecho "solto", que não agrega nada à obra em si.




Rodrigo Pessini 24/07/2017

Intimidades
Trata-se de um livro sobre intimidades e erotismo infantil. Há um encantamento dos homens pela beleza da mulher madura. Existe conflitos entre sentimentos e moral, gerando desconforto entre as pessoas. Boa leitura.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



glhrmdias 17/03/2017

Vargas Llosa exercita um estilo que não é o seu habitual e o faz com maestria. O romance evoca as mais diversas sensações e reações, através de uma prosa semanticamente rebuscada que procura do sagrado, do profano e, sobretudo, do prosaico, extrair cheiros, toques e temperaturas despercebidos à desatenção do dia a dia.
O retrato das atitudes da criança vai muito além da vaga comparação com a mentalidade de um adulto, talvez por representarem justamente o oposto do cinismo e da malícia desenvolvidos no decorrer do amadurecimento. Algo perdido no tempo que, por nos ser tão incompreensível, torna-se assustador. Vale a reflexão sobre a dicotomia maldade/inocência.
comentários(0)comente



103 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR