O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


1040 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Gabriela.Andrade 25/05/2024

Não foi tudo o que achei que seria mas lerei outro livro da autora em breve, ou seja, também não achei ruim
comentários(0)comente



Andre.Pithon 25/05/2024

Hora de tapar uns buracos meio feios no meu currículo, e de dar opiniões meio controversas. O Quinze é um livro essencial, e ok. Bom até. Pensar que Queiroz publicou isso aqui com 19 anos em 1930 é impressionante, digno de respeito, historicamente poderoso. É uma obra que pega a dor e o sofrimento da vida no sertão, contrasta com o sofrimento de uma vida bem menos sofrida, e pronto, ficção regionalista de alta qualidade. Mas...

Mas Vidas Secas.

E Vidas Secas é muito melhor. E tudo que eu consigo fazer ao ler O Quinze é comparar com a obra de Graciliamos Ramos e considerar muito pior. O que é injusto, já que Vidas Secas foi publicado 8 anos depois, e Queiroz não tem culpa. Injusto, pois a qualidade de um livro não me deveria ofuscar outro. Não me sinto bem ao me ver incapaz de me conectar muito com uma obra, por não deixar de pensar em outra que fez melhor, e qual a consequência disso? Toda obra regionalista nordestina vai automaticamente parecer menor para mim ao não parecer melhor que o titã do gênero, mesmo que tendo sido publicada previamente? Acho que é a natureza humana comparar, mas me pego pensando que se eu lesse O Quinze, e depois Vidas Secas; eu gostaria consideravelmente mais de ambos. Este seria uma experiência excepcional, e o segundo beiraria apoteose. Mas não. Tudo que eu sinto é um leve desapontamento, enquanto ainda percebo que o livro é bom.

Tem cenas fortes. Todo o dissolver da família do Chico Bento (e que nome maldito que me fez demorar para conseguir levar o livro a sério) é doloroso e bem construído. Suas cenas são o grande destaque da obra, e onde se carrega o maior peso emocional, bem construída a jornada através da seca, e como o sofrimento se mantém até a cidade. Conceição tem bons momentos, e seu contraste com a pobreza mais explícita é um importante apontamento social nas diferentes escalas de vulnerabilidade. Vicente é meio sem graça, só andando de um lado pro outro meio confuso meio sem propósito, interesse romântico largado.

O livro é construída nessa dualidade de Chico Bento se fodendo e o vai-não-vai de Conceição e Vicente, história meio desconectadas mas que compartilham espaço, e eventualmente se cruzam. É um contraste que funciona, mas que tem suas melhores cenas na metade do retirante, e as perde quando ele sai da história, e perde fôlego para a conclusão.

É bom, tem uma construção legal, dá pra se emocionar se estiver com a mente no estado certo. Mas é um sofrimento esperado, contado de uma forma meio manjada, o que não torna ruim; reconheço a qualidade e a relevância de um clássico.

Mas não é Vidas Secas.
Ellen Seokjin 25/05/2024minha estante
Eu vivo comparando livros com temas parecidos e acabo tendo uma experiência parecida com a sua, não consigo evitar. Pra mim, nada sobre o sertão vai superar Grande Sertão Veredas. Eu até comecei um livro sobre o oeste/leste? dos Estados Unidos, e a questão da violência e da seca me lembraram Veredas, não consegui aproveitar o livro. Acho que isso já é uma doença.

~Ainda não li Quinze, mas tenho vontade.


Andre.Pithon 25/05/2024minha estante
Acho que é impossível não comparar, mas preciso sempre tomar cuidado para não julgar algo por já ter visto similares, ou por gostar mais de outro similar, senão acabado tirando crédito de quem merece. Veredas é um que eu pelo menos consigo afastar bastante do resto da leva regionalista, pq Rosa é único demais para merecer comparações, a prosa dele é incomparável.

Vale a pena colocar na lista, Quinze é rapidinho, leitura fácil.


Ellen Seokjin 25/05/2024minha estante
Tem razão, é saúdavel fazer comparações mas é bom ter esse cuidado.

obg pela recomendação.




Maria5701 24/05/2024

O quinze
O quinze é um livro o retrata sobre a pior seca que acontecera no nordeste em 1915, por ser um livro antigo a linguagem e mais ?complexa? algumas vezes tive de reler as paginas pq e uma linguagem mais difícil de compreender.
O livro fala sobre um pequeno romance entre Vicente e Conceição. Também fala sobra a viagem que Chico Bento faz com sua família em busca de sair daquela miséria seca ao embarcarem nessa viagem várias tragédias aconteceram.
Retrata explicitamente a tristeza, a miséria, a angústia que às pessoas sentem com as grandes dificuldades que a seca traz. A autora escrevera esse livro muito nem retratando a sua vivencia com a seca de uma forma um pouco mais romântica
Mesmo assim o livro e bem triste porém muito interessante!!
comentários(0)comente



AndrAa 23/05/2024

Mais um favoritado!
Que livro! É impressionante como a Raquel conseguiu colocar nesse livro a essência do povo Nordestino, eu pude vê através da história tudo que meus avós falavam sobre o que foi o sofrimento durante o ano de 1915. Até hj costumo a falar " vc tá com a fome do 15? Ou eu estou com a fome do 15"
O livro me tocou muito, ao finalizar me senti órfã, sentirei saudades desses personagens.
comentários(0)comente



Yasmim 22/05/2024

O Quinze
É um livro clássico e nacional, sempre tive vontade de ler por conta das aulas de literatura. Não gosto de avaliar os livros quando se tratam de acontecimentos reais, porém só não coloco 5?? porque foi uma leitura rápida até demais, sem nenhum aprofundamento ou detalhes, meio que só falou ?olha tá acontecendo a seca aqui e alguns vão ficar outros vão fugir é isso?.
comentários(0)comente



LuanLima94 21/05/2024

1915
Na obra "O Quinze", Raquel de Queiroz retrata o impacto devastador da seca no cotidiano do povo nordestino, especialmente dos habitantes do interior do Ceará. O livro me atraiu à primeira vista por abordar uma história real, a seca de 1915, e seus desdobramentos trágicos.

"O Quinze" narra a história de Chico Bento, Cordulina e seus cinco filhos, em sua luta desesperada para sobreviver à seca, retirando-se de sua terra infértil em direção à capital. A trajetória deles é entrelaçada com a de Vicente, um fazendeiro que resiste à seca, e Conceição, uma professora dedicada a apoiar os refugiados da seca.

Os personagens não são desenvolvidos profundamente, acredito que isso se deve ao desejo de permitir que qualquer leitor possa ver neles um reflexo de seus próprios antepassados nordestinos que enfrentaram ou fugiram da seca. Mesmo sem uma construção detalhada dos personagens, a autora consegue nos fazer sentir uma profunda conexão e familiaridade com cada um deles. A maneira engenhosa como as histórias se entrelaçam também é notável.

Os diálogos são curtos, mas incrivelmente profundos. As descrições da autora trazem um grande peso e criam um retrato detalhado das misérias provocadas pela seca. A leitura da obra não é cansativa; o talento de Raquel de Queiroz evoca uma voz cearense que nos acompanha durante a leitura, tornando-a leve, apesar dos temas pesados e emocionantes.

Amei a leitura e recomendo fortemente!
comentários(0)comente



bruna 21/05/2024

Profundamente brasileiro. Extremamente nós, nosso, a gente. "O quinze" trata-se de uma narrativa do sertão do Ceará, da seca, da dor, da fome, do ser retirante, das dificuldades.

Ao escrevê-lo, Rachel foi precisa, porque não há "arrudeio"; ela foi direta no que queria tocar e tocou, marcou profundamente. Há uma naturalidade no uso da palavra, na construção dos personagens, do diálogo, do cenário. Há, de fato, o sertão vivo - pela voz de uma mulher.

Além do mais, há a narrativa envolta também de uma personagem que tanto me tocou: Conceição! Há, nela, a sensibilidade e doçura, o pulso firme com suas atitudes, o olhar sensível ao outro, a forma de lidar com tudo.
comentários(0)comente



Renato 18/05/2024

Citação
... nas horas de tempestade, de abandono, de solidão, onde iria buscar o seguro companheiro que entende e ensina, e completa o pensamento incompleto, e discute as ideias que vêm vindo, e compreende e retração às invenções que a mente vagabundos vai criando? Pensou no esquisito casal que seria o deles, quando à noite, nos serões da fazenda, ela sublinhasse num livro querido um pensamento feliz e quisesse repartir com alguém impressão recebida. Talvez Vicente levantasse a vista e lhe murmurasse um "é" distraído por detrás do jornal... Mas naturalmente a que distância é com quanta indiferença...
Erika Rios 23/05/2024minha estante
Li esse trecho ontem?isso tocou lá na minha alma




Camila Bispo 16/05/2024

O QUINZE - ROMANCE NO NORDESTE
"O quinze" é um romance escrito por Rachel de Queiroz, publicado pela primeira vez em 1930. O livro é uma obra seminal da literatura brasileira e destaca-se por sua representação realista da seca de 1915, no Ceará, um evento devastador que afetou profundamente a região Nordeste do Brasil.
Dessa forma, a obra divide-se em duas tramas principais, que ao longo do romance entrelaçam-se. A primeira, segue a família de Chico Bento, um retirante que,junto com sua esposa e filhos, enfrenta a miséria e a fome enquanto tenta fugir da seca em busca de sobrevivência. A jornada de Chico Bento é marcada por dificuldades extremas, ilustrando o sofrimento e a resistência dos sertanejos.
Diante disso, a segunda trama, acompanha Conceição, uma jovem professora e independente, que vive na fazendo de sua avó. Conceição, representa a intelectualidade e o esforço do progresso em meio às adversidades. Ela envolve-se emocionalmente com Vicente, um primo que representa o homem simples e trabalhador do sertão. A relação entre Conceição e Vicente é complexa, por conta das diferentes perspectivas mudanas, assim como, pelas dificuldades impostas pela seca.
Rachel de Queiroz, utiliza uma linguagem simples e direta para retratar a realidade brutal da seca e a luta pela sobrevivência. O romance não só expõe as dificuldades matérias enfrentadas pelos sertanejos,mas também explora temas como a solidariedade, a resistência e a esperança.
"O quinze" é uma obra importante não apenas por seu valor literário, mas também por sua relevância social e histórica. Ao dar voz aos sertanejos e às suas dificuldades, Rachel de Queiroz contribui significativamente para à compreensão das condições de vida no Nordeste brasileiro. O livro permanece atual e relevante, refletindo sobre questões que ainda afetam a região e seu povo.
comentários(0)comente



Dam 14/05/2024

Ótimo livro
Curto, simples, direto, seco, cruel. Primeiro livro da Rachel que li, e gostei bastante. Retrata a realidade dura da seca no nordeste de uma forma que qualquer leitor consegue sentir as mazelas junto com os personagens.
comentários(0)comente



Lívia 08/05/2024

Gostei bastante
Achei a leitura bem fluída, sem muitas dificuldades. Apenas, é claro, o vocabulário regional da época, que nem sempre o glossário ajudou a suprir minhas dúvidas. Todavia, é óbvio que é esse mesmo vocabulário que torna a obra mais significativa, real.
O interessante do livro é que ele mostra dois lados de quem passa pela seca: quem tem condições de sair dela são e salvo e quem precisa cometer sacrifícios para fugir dela. Infelizmente, o Brasil era e ainda é um país com muita miséria.
Acabou que o "Romance romântico" nem teve, né? ?
comentários(0)comente



Paulo2196 08/05/2024

Um romance da seca

O romance O Quinze, é um livro curto com cerca de 150 páginas, fiz a leitura num período de 24h. Fazia tempo que eu não lia um livro em período tão curto
O romance foca mais na seca do sertão do Ceará, a fome e aqueles que não aguenta tanto sofrimento que se tornam em retirantes. Retrata também o racismo, num sertão de 1915. A autora tinha apenas 19 anos quando escreveu o livro. Uma trama de muito impacto e dor daquela gente tão sofrida, onde o poder público não existe e casa um tem que se virar como pode.
O livro contém muitos vocábulos regionais, mas que não atrapalha em nada a leitura.
comentários(0)comente



tella 08/05/2024

Um livro sobre 'ser humano'
Mais uma leitura para o Miguilim, e não poderia ter sido melhor proposta. O que Rachel de Queiroz escreve em 'O Quinze' toca qualquer um que possua o minímo de humanidade. Parafraseando a Profa. Jasmine, Queiroz descreve de forma a que 'mesmo que você esteja hidratado, sinta sede'.

Em sua obra, traz três narrativas distintas - mas, ao mesmo tempo iguais - para mostrar a forma como a seca afetou os cearenses em seus diferentes contextos: Vicente, que fica no sertão, Conceição e D. Inácia que se mudam para a capital, e Chico Bento e sua família que, quando não conseguem passagens, se aventuram sertão afora com o objetivo de encontrar melhores condições de sobrevivência na capital. Conforme a história vai se desenrolando, Rachel consegue passar ao leitor todo o sofrimento sentido pelos personagens, seja em permanecer em sua terra, seja em deixá-la.

Com certeza foi uma leitura que ficará na minha memória por um tempinho. E uma leitura que nos propõe a questionar: o que o ser humano é capaz de fazer em condições extremas?
comentários(0)comente



Adri 05/05/2024

O quinze
Livro para a faculdade, fofo, levinho e bom!
não me chamou atenção no começo, mas depois, a história dos casais me deixou curiosa para ler mais!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



1040 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR